Capítulo 5
Quando chegou à entrada da caverna, viu Kiara deitada ao lado de Nala e Sarabi, seu corpo relaxado, mas seus olhos ainda refletindo a preocupação. Ela percebeu sua presença e ergueu a cabeça levemente, hesitante. Nala e Sarabi trocaram um olhar breve antes de se afastarem discretamente, dando espaço para o casal.
Kovu se aproximou devagar e se deitou ao lado de Kiara, sentindo o calor dela próximo ao seu. Por um momento, nenhum dos dois disse nada, até que ele suspirou e quebrou o silêncio.
— Me desculpe, Kiara. Eu... não deveria ter gritado com você daquele jeito. Eu estava com medo, e ainda estou.
Ela o observou com atenção, seus olhos suaves, mas carregados de emoção. Kiara piscou algumas vezes, surpresa com a abordagem dele. Então, suspirou e encostou a cabeça no peito de Kovu.
— Eu também estava com medo. Achei que daria conta... Achei que poderia continuar como antes. Mas agora vejo que preciso ser mais cuidadosa. Pelo nosso filhote. — Ela ergueu os olhos para ele. — Mas, Kovu, eu preciso que você confie em mim. Eu não sou frágil. Eu só preciso aprender a equilibrar isso tudo.
Ele sorriu suavemente e roçou o focinho no dela.
— Eu confio em você. Só preciso aprender a demonstrar isso melhor. — Ele suspirou. — O pensamento de perder você me assusta demais.
Ela sorriu levemente, tocada pela confissão. Se aproximou mais e encostou sua cabeça na dele, sentindo a familiaridade do cheiro de Kovu.
— Eu prometo ser mais cuidadosa — sussurrou.
— E eu prometo tentar não surtar tanto. — Ele sorriu, fechando os olhos por um instante.
Por alguns momentos, eles permaneceram ali, apenas sentindo a presença um do outro, reconectando-se depois da tempestade de emoções. Kovu envolveu Kiara com sua pata, segurando-a com delicadeza, como se quisesse protegê-la de tudo.
Na manhã seguinte, a savana despertava com o brilho dourado do sol banhando a Pedra do Rei. O frescor matinal trazia consigo a promessa de um novo dia, Kovu e Kiara caminhavam lado a lado, rindo e se divertindo como nos tempos em que ainda estavam descobrindo um ao outro, esquecendo-se por um momento das responsabilidades e das preocupações.
— Aposto que te alcanço antes da árvore caída! — desafiou Kiara, com um sorriso travesso.
Kovu arqueou a sobrancelha, fingindo desdém. — Você quer competir comigo? Depois de tudo que já viu do meu talento? — Ele deu um passo para trás, preparando-se. — Tudo bem. Vamos ver quem vence!
Kiara não esperou a resposta. Saiu disparada, rindo, e Kovu, pego de surpresa, demorou um segundo antes de começar a correr atrás dela. A poeira subia sob suas patas, e o vento bagunçava seus pelos enquanto corriam pelo território.
— Isso não vale! — Kovu protestou, tentando alcançá-la.
— O que foi? Esqueceu como correr? — Kiara brincou, saltando sobre um tronco caído.
Por fim, ambos pararam perto da árvore, rindo e tentando recuperar o fôlego. Kovu deitou-se no chão, ofegante, enquanto Kiara sorria vitoriosa.
— Admito... — Kovu riu. — Você está mais rápida do que nunca.
— Bom saber que você reconhece! — Kiara piscou, satisfeita.
Não muito longe, Simba e Nala também aproveitavam a manhã, mas de um jeito bem mais brincalhão do que se esperaria de um casal real. Em um raro momento de descontração, o rei fingiu perseguir sua companheira, enquanto Nala, ágil como sempre, escapava com saltos graciosos, provocando-o com risadas. A cena lembrava a juventude de ambos, quando corriam juntos pelas terras do reino sem maiores preocupações.
— Está ficando lento, majestade — provocou Nala, saltando para trás.
— Ah, é? Vamos ver isso! — Simba lançou-se para frente, pegando Nala desprevenida e fazendo os dois rolarem juntos na grama.
Nala riu alto, mordiscando de leve a orelha de Simba. — Isso não conta como vitória.
— Claro que conta! Consegui pegar você! — respondeu Simba, sorrindo.
Em um rápido movimento, Nala derrubou Simba ficando por cima dele enquanto dava risada.
— Sua vitória só vem com a trapaça, grande rei? — Nala provocou seu marido, em tom de brincadeira.
— Eu nunca aprendo. — Disse com uma risada, deitado de costas enquanto Nala ficava sobre ele, vitoriosa.
Enquanto os casais brincavam, Sarabi sentada à sombra de uma rocha os observava. Seu olhar carregava carinho, mas também uma pontada de saudade. Ela sorriu suavemente, mas seus olhos brilharam com nostalgia.
Foi então que Vitani se aproximou, hesitante, e perguntou com respeito:
— Rainha, posso me sentar aqui?
Sarabi olhou para ela e sorriu gentilmente.
— Já faz tempo que não sou mais rainha, minha querida.
Vitani retribuiu o sorriso com um olhar respeitoso e disse:
— Uma vez rainha, sempre rainha.
Sarabi riu levemente, balançando a cabeça divertindo-se com a lealdade de Vitani . As duas ficaram em silêncio por um momento, observando os casais interagindo com alegria. Mas, ao mesmo tempo, ambas sentiam uma leve melancolia pesando no peito.
Foi Vitani quem quebrou o silêncio.
— Sente falta dele, não é? — perguntou, sua voz mais suave do que o normal.
Sarabi suspirou profundamente antes de responder, seus olhos perdidos na vastidão do céu.
— Demais... Mufasa era único. Foi o grande amor da minha vida. — Ela abaixou as orelhas por um momento antes de voltar a olhar para Simba e Nala. — Mas fico feliz ao ver Simba tão feliz. É o que Mufasa sempre quis para ele.
Ela permaneceu com as orelhas abaixadas, perdida em lembranças.
Vitani sorriu, mas um olhar triste brilhou em seus olhos.
Depois de um instante de silêncio, Sarabi percebeu e virou-se para Vitani, perguntando com suavidade:
— E você? Quem está preso em sua mente?
Vitani sorriu de forma triste e desviou o olhar para o horizonte. A leoa hesitou por um instante, depois suspirou com um sorriso triste.
— Não importa mais... — disse, sua voz quase um sussurro. — Descobri que o leão importante para mim morreu. Passei tanto tempo achando que ele havia fugido, que estava perdido em algum lugar, esperando para ser encontrado... Eu nunca parei para pensar que ele realmente poderia estar... — sua voz falhou, e ela balançou a cabeça. — Mas agora sei a verdade.
Sarabi a observou com atenção, percebendo a dor oculta por trás de suas palavras. A sábia leoa não precisou dizer nada; apenas colocou uma pata sobre a de Vitani, um gesto silencioso de compreensão e conforto. Vitani olhou para ela, surpresa no início, mas logo relaxou, aceitando o gesto.
As duas continuaram ali, lado a lado, compartilhando um silêncio compreensivo. O vento soprou suavemente, carregando as lembranças do passado, enquanto o presente continuava a se desenrolar diante delas.
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Oioi gente! Espero que gostem do capítulo!
Perdão por qualquer erro que vocês encontrarem aí pelo caminho, meu olho já ta pesado de sono kkkk.
Peço ajuda de vocês para divulgar a fanfic se possível, receber novos leitores e ver a reação de vocês é sempre gratificante!
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