Capítulo Quatro | For All Night
Eu dirigiria a noite
Só para ficar perto de você, amor
De coração aberto, ateste
Me diga que não estou maluco
Mercy | Shawn Mendes
━ JOSH BEAUCHAMP
EUA · Califórnia · Los Angeles
Any se estica na cama ao meu lado, com a cabeça apoiada na mão e cotovelo a mantendo um pouco erguida. Eu suspirei pensando por onde devo começar.
- Me diga como foi seu dia. - ela sugeriu quebrando o silêncio.
- Um pouco diferente do habitual. - falei e fiquei na mesma posição que ela, virado para ela. - Eu descobri que vou ter um irmãzinho depois de tantos anos.
Ela me olhou surpresa.
- Sua mãe está grávida? Quantos anos ela tem? - me perguntou enrugando o nariz.
- Meus pais contrataram uma barriga de aluguel, a mulher foi inseminada com o esperma do meu pai e assim eles terão um novo filho. - eu falei com um sorriso sarcástico de canto. - Minha mãe tem cinquenta e dois anos.
- Você não gostou? - ela perguntou me analisando, tentando me ler.
- Não é que eu não tenha gostado, um filho é uma benção, um irmão no caso. - me corrigi. - Mas...
Eu parei para pensar em como me expressar, porque nem eu entendo direito o que sinto em relação a isso.
- Mas... - me incentivou em continuar.
- Eles disseram que decidiram isso porque agora que estão aposentados poderão cuidar de uma criança da maneira que não cuidaram de mim. - ela balançou a cabeça parecendo compreender. - Eles sabem que fracassaram, mas eles pensam que eu não sou bom o suficiente e precisam criar alguém para ser melhor do que eu.
- Que merda. - ela sussurrou e eu assenti.
- Eu tinha muitos problemas de saúde quando pequeno e minha educação ficou para as freiras de um internato me darem. Eles me viram desde pequeno como um fracasso, um garotinho fraco demais e sempre fizeram questão de me comparar a qualquer menino melhor do que eu. - falei e soltei um longo suspiro. - Não quero que essa criança passe pelo o que eu passei com eles, porque eu sei o quanto dói.
- Você não pode evitar essa situação, mas quando essa criança nascer você pode ajudar ela, dar o afeto que talvez seus pais não darão. - Any aconselhou.
- Talvez eu deva fazer isso. - falei pensativo. - Mas eu não sei como fazer.
- Quando chegar a hora você saberá, porque você passou por algo pior. - ela disse tocando meu peito. - Agora me diz, você voltou por causa que seu primo fez mais alguma dívida?
Me encarou com os olhos castanhos brilhando em curiosidade.
Ela tem olhos lindos, mas eles carregam uma tristeza.
Como os meus carregam.
- Não, na verdade eu vim por causa de você. - falei sendo sincero. Ela me olhou surpresa.
- Um homem de princípios voltou a um bordel por causa de uma prostituta específica, é impressionante. - ela disse sorrindo.
O sorriso dela é lindo, mas não o que ele expressa no momento.
- Por quê? - me questionou.
- Não sei exatamente, mas você me impactou de alguma forma, tomou uma boa parte dos meus pensamentos. - admiti um pouco vermelho de vergonha.
Ela abriu um sorriso discreto.
- Eu vim também porque Noah me chamou. Depois do jantar em que eu descobri sobre meu novo irmão, tive alguns problemas de saúde e quase morri, por sorte Noah me encontrou junto com Lena, minha empregada. - contei. - Eu não gostava de Noah, porque meus pais sempre me compararam a ele, mas me lembrei do que você disse e Noah se importou com minha vida. Estou dando uma chance para uma melhor relação com ele.
Ela sorriu genuinamente.
- Que bom, Josh! Fico feliz por você. - ela falou sincera e eu sorri de leve.
- Me diz sobre você agora. - pedi. - Eu já falei muito sobre mim.
- Ah não, você me paga para eu te ouvir e não ao contrário. - ela disse em negação se levantando da cama. Ela ajeitou a mini saia.
- Mas eu quero te ouvir! Você não quer ser escutada pelo menos uma vez? - eu questionei me sentando na cama.
Ela fechou os olhos por breves segundos e se sentou na beira da cama, de costas para mim.
- Me diga como você chegou aqui. Você tem um sotaque diferente, é mesmo americana? - eu perguntei curioso.
- Não, eu sou brasileira. - me surpreendi. Não imaginava. - Eu perdi minha mãe com dezoito anos. Eu tinha muitas dívidas e Lamar, um dos homens de Matteo, apareceu para resolver meus problemas. Ele pagou minhas dívidas e me ofereceu um emprego, fiquei desconfiada, mas ele mostrou sobre como era o emprego e eu acabei aceitando, pois devia a ele. Era para eu me tornar uma modelo em uma agência pequena de Los Angeles e agora sou uma prostituta. Essa é a minha história.
- Foi um sequestro. - eu falei em choque.
- Todas essas meninas somos vítimas do tráfico de mulheres, as escravas sexuais de Matteo. - ouvi ela rir com escárnio.
Eu sabia que o cara era um traficante e oferecia drogas para Noah, eu não imaginava que as coisas fossem tão piores.
Sinto ainda mais nojo agora.
- Porra. - eu murmurei coçando a cabeça.
- Achou que eu estivesse aqui por vontade própria? - ela se virou para me olhar. Seus olhos brilham em lágrimas. - Nós não temos vontade aqui. Nós não temos folgas, somos fodidas todo santo dia da maneira que os homens quiserem, mas a regra é que não pode deixar marcas. Não é irônico?
- Eu nem pensei em nada, apenas que você deveria passar pelas suas necessidades e não encontrou saídas, isso acontece. - eu balancei os ombros sem nem saber o que estava falando direito.
Eu sentia meu peito doer por ela. Pelo o que ela passou e passa com esses miseráveis.
- E aconteceu, eu não tive saídas e nem escolhas. - ela disse enxugando as lágrimas. - Eu não quero mais falar sobre isso, o tempo já está acabando e eu preciso voltar para o "trabalho".
- Não volte, fica aqui, eu pagarei pelo resto da noite, por todos os clientes. - eu falei rápido.
Ela me olhou com a testa franzida.
- Para que? Eu sei que está com pena de mim, mas você querer me impedir de trabalhar hoje não impedirá eles, amanhã tem mais, todo dia tem mais. - ela disse séria.
- Você nunca tentou fugir? Ou pedir ajuda?
- A polícia não está nem aí, eles ganham com tudo isso, você acha que não? Fugir não é uma opção, eles são como uma maldita máfia. - ela disse exasperada.
Seu humor completamente diferente e eu não poderia julgar. Falar sobre isso deve mudar o humor de qualquer um.
- Eu tenho dinheiro e vou pagar.
- Pagar para ficar uma noite toda e sair como não tivesse feito nada? Não vai funcionar. - ela disse em negação.
- Eles querem o dinheiro, eu dando não importa o que eu faça, não é? - ela balançou a cabeça. - Eles não precisam saber o que acontece aqui.
Eu me levantei e sai do quarto, com a carteira em mãos, eu encontrei o Matteo com algumas meninas. Minha vontade era quebrar a cara do maldito até que não pudesse reconhecer o rosto.
Mas me controlei. Eu tirei notas de dinheiro da carteira. Muitas notas.
- Eu vou querer uma por toda a noite. - eu falei e travei o maxilar quando ele parou de beijar uma delas para me olhar.
- A noite toda? - uma delas pegou as notas. - Você é o primo do playboy, não é?
Não respondi, pois estava tentando me concentrar ao máximo em não querer esmaga-lo, em minha mente.
- Ela já está no quarto a minha espera, eu só vim avisar e pagar. - falei sério.
- Aproveita, rapaz. - ele falou com enorme sorriso malicioso. - Só não deixe marcas. - ele ordenou.
Eu balancei a cabeça e segui de volta para o quarto.
- Está feito. - falei batendo a porta.
Quando bati a porta e me virei encontrei Any nua a minha espera.
- O que você está fazendo? - eu questionei, puxando o lençol que estava sobre a cama para cobri-la.
- Você pagou por uma noite toda, não podemos ficar a noite toda apenas olhando um para a cara do outro. - ela disse friamente.
Eu não estava entendendo seu comportamento.
- Eu não te entendo, estou tentando te ajudar. - eu falei segurando nos ombros dela.
- Eu estou facilitando as coisas para nós dois, sei no que essa sua atenção pode dar, eu já vivi isso antes. - ela falou tirando o lençol do corpo.
- Any... - ela abraçou meu pescoço com seus braços. Colando seu corpo nu ao meu e me puxando para um beijo feroz.
Seu beijo é agressivo, sua língua toca meus lábios querendo passagem, eu tento resistir, mas falho e me entrego ao desespero dela. Eu círculo sua cintura com meus braços e retribuo o beijo com a mesma intensidade.
Completamente confuso e excitado.
É assim que me sinto.
Eu a empurro devagar para a cama e ela cai deitada.
- Eu não sei pelo o que passou e o que você está pensando sobre isso. - eu falei olhando nos olhos dela, antes de deslizar eles para o corpo nu.
- Você não precisa saber, apenas me foda, Sr. Beauchamp. - ela disse me olhando fixamente nos olhos.
Olhos desafiadores.
Eu tirei minha blusa e olhei mais uma vez para o corpo delineado por curvas. Ela tem cintura fina, seios medianos e pernas grossas. Empurro ela mais para o meio da cama até que sua cabeça esteja perto da cabeceira.
Eu me ajoelhei na cama e segurei os joelhos dela. Abrindo as pernas dela tenho a visão da boceta lisinha.
Eu suspiro pesado e olho para os olhos dela mais uma vez.
Ela sorriu minimamente.
- Você não precisa ter pena de mim, você pagou e pode fazer o que quiser. - ela disse e isso me incomodou.
- E você quer isso? - eu perguntei. Ela não me respondeu. Eu fiquei parado na mesma posição.
- Você sabe que eu não tenho querer, mas eu quero isso com você, porque apesar das circunstâncias você é um homem excitante. - ela disse e eu semicerrei os olhos analisando sua feição. - Estou falando sério.
- Quando terminei com as minhas ex's elas sempre usavam minha aparência como desculpa para suas traições, diziam que eu não era homem suficiente. - eu falei algo sobre uma enorme insegurança.
- As pessoas que não tem como negar, ou quando não assumem o próprio erro, usam o que a pessoa tem de melhor e distorcem para ofender. - ela tentou me confortar. - Você é um dos homens mais bonitos que conheci aqui.
- Obrigado. - agradeci um pouco corado.
- Não precisa agradecer, são fatos, Kyle. - ela disse e sua voz saiu um tanto sensual.
Eu e me agachei entre as pernas dela me apoiando pelos cotovelos. Eu agarrei os lados do quadril de Any e soltei uma lufada de ar contra a boceta dela.
Se ela queria isso, mesmo eu garanti que ela não teria mais ninguém por toda uma noite, proporcionaria o prazer que a maioria dos homens não estão dispostos a dar para ela.
Ouvi Any arfar com isso.
Eu trouxe ela um pouco mais para baixo e toquei as dobras dela com minha língua. Senti meu membro enrijecer em excitação ao ter contato com a intimidade úmida.
Any soltou um gemido baixo, se contendo.
Eu toquei as dobras com meus polegares os afastando um do outro, encontrando seu ponto sensível pulsando. Circulei o clitóris com minha língua e suguei lentamente, enquanto seguro firme o quadril dela.
Sinto ela se inclinar mais em minha direção quando minha língua percorre sua boceta suculenta. Comecei a chupar com vontade, com minha mente dominada por ela e a luxúria.
Enquanto eu chupo com avidez pressionei um polegar em seu clitóris e comecei a esfregar.
- Kyle. - ela gemeu e eu levantei meu olhar brevemente. Ela se contorcia e agarrava os lençóis.
Afastei minha boca e deslizei meu dedo até sua entrada.
- De um a cinco, qual você prefere? - perguntei ficando com a coluna ereta para observa-la melhor.
- Dois. - ela disse e com certeza sabia das minhas intenções. Dois de meus dedos passaram pela entrada. - Porra!
Ela gritou e eu movimentei meu dedo lentamente e o ritmo acelerou ao decorrer do tempo e seus gemidos se tornaram ainda mais altos.
- Você quis isso, então eu vou te dar, o prazer é todo seu hoje. - falei a encarando. Any abriu os olhos e me encarou de volta.
Seu corpo tremulou com os espasmos e ela chegou ao clímax e seu líquido viscoso escorreu em meus dedos.
To be continued???
A Any também já sofreu e ainda sofre muito.
Quero proteger a nossa neném.
O que acha que ela viveu e não quer viver de novo?
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