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01


𝒫𝓇𝒾𝓂𝑒𝒾𝓇𝑜

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O ônibus velho chacoalha e relincha como um cavalo raivoso. Com tantas pessoas amassadas uma contra as outras, eu faço o possível para manter a mala pesada firme entre meus pés e me atento à chamada de cada parada como uma penitência sem fim.

Num último solavanco, a gravidade me atinge e sou obrigada a fazer de uma senhora que dormia tranquilamente de anteparo. De imediato, ela esbugalha os olhos e solta:

— Mocinha insolente! – aponta o braço frágil e faz balançar a pele flácida abaixo dele.

Engulo em seco e logo trato de tomar a mala em mãos.

— P-perdão – digo rápido e abaixo a cabeça.

Torno em seguida ao corredor estreito, entretanto ninguém faz questão de liberar o caminho ou de se mover minimamente.

Abro passagem entre corpos imóveis e me desculpo a cada resmungo infeliz. Sou então capaz de saltar dos degraus altos do automóvel e esticar os braços enfim livres.

O ar nada suave me abraça. A fumaça dos veículos que vêm e vão pela rua movimentada fazem com que meus pulmões reclamem a cada inspirada.

Mas ignoro — essa é a maneira de Nova Iorque dar as boas-vindas.

A vida no convento interiorano e pacato em que cresci é o completo oposto do que a visão cinzenta da cidade transmite. Vendo a pressa de transeuntes e motoristas, o tempo parece até mesmo encurtar.

Chamar este lugar de casa parece ser uma tarefa difícil.

Meus pés fazem o caminho curto até a Igreja de Saint Paul — Irmã Cristine fez que eu o decorasse de cor e salteado. Passo curiosa por prediozinhos de tijolos vermelhos e idênticos que se alternam com o comércio local.

Pouco passos depois, se destaca na mesmice uma construção imponente. A Igreja se ergue não muito além dos prédios em altura, mas suas torres pontiagudas e os belos vitrais que refletem a pouca luz solar restante encantam-me os olhos. Sou preenchida por uma sensação familiar e aconchegante ao olhá-la. Levo a mão ao crucifixo em meu peito e o acaricio sorrindo. Hell's Kitchen não seria de todo mal, afinal.

— Jessamine!

A voz feminina que chama vem de uma das janelas laterais, mas logo que soa, some. Não me alongo na procura, pois logo reaparece no portão de entrada.

— Você chegou, finalmente! Pensei que tivesse sido engolida pela cidade grande.

É a Irmã Maggie. Ela ruma em minha direção com a mesma expressão agridoce de sempre, e o tilintar de seus saltos no chão me faz relembrar memórias antigas. Deixo a mala escorregar entre os dedos e corro em sua direção.

— Meu Senhor! – ela cambaleia para trás quando a atinjo em um abraço.

— Irmã Maggie! Você não sabe o quanto senti a sua falta!

— Certo, certo.

Margareth não consegue conter o riso e me afaga as costas por um instante. Em seguida, segura meus ombros e me afasta, analisando cada pedaço de meu rosto pensativa.

— Continua como o bebê que criei... só muito maior do que me lembro – os olhos dela, bem como os meus, viajam para anos antes, quando ela me acolhera como sua própria filha – mas vamos entrar logo, você deve estar exausta.

E eu realmente estava, a viagem havia durado algumas longas horas. Então, quando ela sugere, não perco tempo e volto para recolher a mala e a seguir igreja à dentro.

Irmã Maggie empurra a porta de madeira entalhada e eu a ajudo até que suas duas partes estejam completamente abertas. No mesmo instante, as badaladas dos sinos indicam as cinco horas da tarde e me acolhem no ambiente mágico que se revela à frente.

Cada mísero ponto da grande extensão do átrio é banhado pela luz vermelha e suave vinda dos vitrais. Meu coração se enche da paz que ali reina, e eu não posso deixar de suspirar em encanto.

Maggie olha de relance e sorri em compreensão. Ela sabe exatamente o que sinto.

— É por aqui, venha.

Quando me dou conta, ela já está longe da entrada e me aguarda em uma das pequenas portas ao lado do grandioso altar, então aperto o passo e caminho rápida sobre o tapete vermelho. Assim que chego aos pés da pequena escada frontal, levo o joelho ao chão e faço o sinal da cruz. Levanto e vou em sua direção.

Os cômodos que seguem são adornados por peças grandes de mármore trabalhado, denunciando a riqueza do local. A iluminação dos corredores longos é rudimentar, apenas candelabros de aparência elegante e antiga permitem que enxerguemos o caminho.

Andando um pouco mais pelo labirinto, chegamos ao que presumo serem as criptas. Irmã Maggie abre uma espécie de porta feita unicamente por hastes de metal que simulam vigas e caules. O ambiente que se revela, porém, é um espaço improvisado.

A cripta não tinha janelas e eu suspeitava que as manchas escuras pelo chão fossem respingos de sangue. Ainda sim, foi um lugar estranhamente acolhedor que me recebeu.

— Não é grande coisa, mas vai te servir por algum tempo.

Neguei suavemente com a cabeça.

— É ótimo. Fiquei contente por ter recebido o seu chamado, e isso é mais do que o bastante.

Maggie se desliga por um segundo.

— Padre Lantom ficaria ainda mais feliz por tê-la aqui. – fala baixo e, depois de uma longa pausa, pigarreia disfarçando o fantasma que parecia ter lhe passado pela mente – Bom, preciso voltar para o orfanato. Mais um minuto longe e talvez aquelas pestinhas ateiem fogo no prédio.

O clima suaviza instantaneamente ao mencionar das crianças, voltando ao leve e confortável. Despedimo-nos brevemente e ela se pôs a seguir seu caminho.

Agora sozinha no subsolo da igreja, é impossível deixar de relembrar o dia da tragédia. Vários noticiários anunciavam o atentado que aqui acontecera e entrevistavam testemunhas.

Sento-me acima do sarcófago e aliso uma mancha vermelha em sua quina com o polegar.

Fecho então as pálpebras e permito que as memórias venham.

"Eu o vi. Era ele, o próprio demônio!"

O tal demônio era um pseudo-vigilante, alguém que combatia crimes — e pelo visto também inocentes — com os punhos. Mas o relato da frágil senhora, que afirmava ter visto com os olhos cansados a encarnação do mal, não deixava de ser verdadeiro.

Naquela noite, o próprio demônio sorriu pelos olhos do vigilante.

Lembrar da única imagem capturada dele, um borrão vermelho no qual se distinguia uma silhueta masculina, é o suficiente para me dar calafrios.

Contudo, quando a imagem do corpo de Padre Lantom desfalecido me vem à cabeça, abro rapidamente os olhos e solto o ar que nem percebi estar segurando.

Sentindo o corpo pesar, não me importo com a mala ainda fechada ou com os sapatos em meus pés; caminho até a cama e afundo meu rosto no travesseiro macio e de cheiro agradável.

— Nós sabemos que ele está aqui!

Acordo de súbito com a voz imponente que bradava. Alguém, ou vários alguéns, andava a passadas fortes em direção à cripta. Na confusão de vozes, Irmã Maggie se faz de desentendida com um tom nada crível.

— Ache por si só, Agente, pois não vejo nada por aqui.

Ainda fincada na cama e embaraçada pelo sono, distingo figuras rentes à porta. Levanto-me de pronto e desenrolo rapidamente a manta fina que me sufocava.

Dois homens tomam a frente de Maggie e adentram o local com seus revólveres empunhados. Como se não bastasse a expressão atônita em minha face, ergo os dois braços em rendição.

Atrás deles, outros surgem e em menos de um segundo já se punham espalhados por todo o cômodo em busca de algo. Quando enfim percebem não haver grande coisa ali, os dois de antes retomam a frente e trincam os maxilares em irritação.

O mais alto deles, um louro de aparência assustadora, guarda seu revólver no coldre com violência enquanto o segundo, um homem de traços indianos, parece suar frio.

O louro retoma a compostura com dificuldade e parece finalmente me notar ali. Torna o olhar para cima e a visão de seus olhos me paralisa por um instante.

— Senhora, – meneia com a cabeça – somos os agentes Poindexter e Nadeem.



N/A:
Horay! Muitas intrigas a caminho.

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