Capítulo 8
A luz da lua escorria suavemente pela entrada da caverna da Pedra do Rei, tocando o chão como um sussurro da noite. No interior, Kiara lambia cuidadosamente os dois pequenos filhotes que se encolhiam em sua pelagem quente e protetora. Nala, ao seu lado, não conteve as lágrimas que escorriam pelo rosto, emocionada ao ver os novos herdeiros do reino.
Logo, o som de passos ansiosos ecoou pela caverna. Simba foi o primeiro a entrar, os olhos arregalados de emoção. Sarabi vinha logo atrás, com um sorriso caloroso e os olhos brilhando de alegria. Vitani seguia por último, o coração disparado de emoção.
Kiara ergueu os olhos, sorrindo com ternura. Kovu permanecia ao lado dela, o peito inflado de orgulho, a cauda enrolada protetoramente ao redor dos filhotes.
Simba se aproximou de Nala, esfregando-se nela com carinho e ronronando. Nala retribuiu o gesto, se aninhando contra ele, dividindo com o companheiro o momento mais terno de todos: o nascimento de seus netos.
Vitani, ao ver os filhotes, abriu um sorriso amplo, o olhar marejado.
— Eles são lindos... — murmurou, os olhos fixos nas criaturinhas ainda frágeis.
Ela então se virou para Kovu, e o olhar de orgulho que trocou com ele dizia mais do que palavras. A leoa se aproximou devagar e esfregou o focinho contra o dele com um gesto cheio de afeto e alegria.
— Parabéns, irmão — disse ela, a voz embargada. — Hoje você não só é um futuro rei... você é pai. E que pai incrível vai ser.
Kovu sorriu, emocionado.
— E você foi minha guardiã até aqui. Sempre me protegeu. Agora é a minha vez de proteger eles... com tudo que tenho.
— Eu estarei com você. Sempre. Eles terão a melhor família que um filhote poderia ter.
Kiara olhou para os dois e sorriu, antes de se virar para Simba e Nala, que se aproximavam devagar.
— E então... já pensaram nos nomes? — perguntou Simba, a voz suave e calorosa enquanto Nala olhava para o casal com curiosidade.
Kovu assentiu, olhando para sua filhinha, que dormia encostada ao peito da mãe.
— Ela vai se chamar Nilah — disse, com os olhos fixos na pequena. — Significa "suave como o rio"... mas forte, constante. Porque ela pode ser calma, mas levará a força de tudo que passou por nós. Vai crescer firme, doce... e imbatível.
Kiara olhou para ele com orgulho, encostando o focinho no seu. A mesma olhou para o segundo filhote, que se mexia inquieto, as patas ainda pequenas se agitando no ar, como se já tentasse explorar o mundo ao seu redor.
— E ele vai se chamar... Tahir — disse com um sorriso carinhoso, os olhos acompanhando os movimentos do filhote dourado.
Sarabi franziu as sobrancelhas, curiosa. — Qual o significado?
Kiara trocou um olhar cúmplice com Kovu antes de responder:
— Tahir significa "coração livre". Porque ele já nasceu inquieto... curioso. Pelo jeito ele vai carregar uma leveza de quem quer descobrir o mundo. Ele é a brisa que corre sem rumo, o sonho que nasce com o sol. Nosso pequeno aventureiro aparentemente.
Vitani riu baixinho, encantada com a descrição.
— Vai dar trabalho.
— E muitas histórias — disse Sarabi, sorrindo com ternura. — Às vezes, os corações livres são os que mais nos ensinam.
— Nilah e Tahir — repetiu Nala, com voz suave, quase num sussurro. — Que sejam como seus nomes... e que tragam ao reino tudo o que de mais belo o ciclo da vida pode oferecer.
Os dois filhotes repousavam entre os pais, agora aquecidos não só pela pelagem de Kiara, mas por uma família inteira que os cercava de amor.
Simba sorriu, emocionado.
— Nilah e Tahir. Dois nomes dignos de realeza... e de esperança.
Nala se inclinou para cheirar levemente os filhotes, sem tocá-los, e falou com um sussurro.
— Rafiki ficará encantado. Ele deve aparecer pela manhã, antes do sol surgir por inteiro... já deve ter sentido pelos ventos a chegada dos novos membros da família. Essas coisas não escapam a ele.
Simba assentiu.
— O batismo será em breve. Quando o sol tocar o topo da Pedra do Rei.
Após algum tempo, ouviram o som das leoas do clã esperando do lado de fora. Simba se levantou e caminhou até a entrada, autorizando a aproximação. As leoas entraram em silêncio, reverentes, mantendo uma distância respeitosa. Algumas sorriram, outras sussurraram felicitações. Era o início de uma nova geração, e todas sabiam o peso e a beleza daquele momento.
Quando a noite avançou, a caverna foi se enchendo de sons suaves: o ronronar de Nala e Simba, o ressonar das leoas, e o leve suspiro de Kiara ao se aninhar contra Kovu. Vitani deitou próxima à entrada, vigilante, mas com os olhos semicerrados de contentamento.
Os filhotes, aninhados entre o calor de sua mãe e o aconchego do pai, dormiam tranquilos.
E assim, sob a luz tênue da lua e o sussurro do vento trazendo bênçãos pela savana, a família real dormiu. O amanhã traria celebração.
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O sol ainda mal tocava o horizonte quando os primeiros raios dourados começaram a se derramar sobre a savana. Uma brisa suave balançava as copas das árvores, e o silêncio da madrugada foi lentamente substituído pelo despertar dos animais. Mas algo no ar estava diferente. Havia uma expectativa sagrada, como se o próprio ciclo da vida houvesse sussurrado às criaturas da Terra do Reino que um dia especial havia começado.
Na Pedra do Rei, a caverna estava serena. Kiara descansava com os filhotes aninhados ao seu lado, Kovu ao seu lado, ainda observando as pequenas respirações dos dois novos leõezinhos. O coração dele parecia maior, mais pleno, mais vivo do que jamais sentira.
Foi então que uma sombra alongada se projetou na entrada da caverna. Um bastão se apoiou suavemente na pedra. Um riso grave e conhecido cortou o ar como música antiga:
— Rafiki — disse Nala, com os olhos marejados ao se levantar.
O velho mandril sorriu largo, os olhos ainda mais brilhantes que de costume.
— Os ventos me contaram... ah, sim! Os ventos contaram, e eu ouvi. Duas novas luzes no céu. Duas vozes no coração do ciclo. Vim depressa... tão depressa quanto minhas velhas pernas permitem!
Simba se aproximou do velho amigo e o abraçou com a cabeça, um gesto de gratidão silenciosa.
— Chegou na hora certa — disse o rei, a voz embargada.
Rafiki caminhou até Kiara, parando diante dela com reverência. Ele se ajoelhou com uma mão sobre o coração, depois olhou para os filhotes com ternura quase ancestral.
— A futura rainha e o pequeno coração livre... — murmurou. — Já os conheço em sonho. Mas agora, os vejo com os olhos.
Kiara sorriu, emocionada.
— Eles são Nilah e Tahir.
Rafiki assentiu.
— Nomes fortes. Abençoados. E agora... o ciclo deve ser honrado. A vida deve ser celebrada.
Pouco depois, o topo da Pedra do Rei estava tomado. Os animais se reuniam por toda a savana, formando um mar de presenças vivas e pulsantes. Girafas, zebras, elefantes, antílopes — todos olhavam para o alto com respeito e esperança. Era o momento pelo qual todos esperavam.
Rafiki estava no centro da Pedra do Rei, diante de todos. As leoas formavam um semicírculo de proteção ao redor da entrada da caverna. Nala e Sarabi permaneciam próximas, vigilantes e emocionadas.
Simba apareceu primeiro, caminhando com o peito erguido e o olhar firme — como o rei que era. Seus olhos, porém, brilhavam com emoção contida. Logo depois, Kiara surgiu ao lado de Kovu, carregando os filhotes adormecidos cuidadosamente, a mesma se deitou e permaneceu com os filhotes enrolados em sua cauda e protegidos por seu braço. Pararam diante da Pedra do Rei, onde seria feita a celebração.
Rafiki, então, se aproximou do casal. Com gestos ritualísticos, quebrou o fruto sagrado, molhando a ponta de seu dedo no suco espesso, e passou-o delicadamente na testa de Nilah e depois na de Tahir. Em seguida, ergueu o olhar para Kiara e Kovu.
Com um breve aceno respeitoso, Kiara e Kovu se levantaram. Cada um pegou um filhote pela nuca com todo cuidado, e seguiram até o topo da Pedra do Rei, acompanhados por Rafiki. Nala caminhou logo atrás, posicionando-se ao lado de Simba como rainha, e Sarabi ficou mais atrás juntamente à Vitani, mantendo sua postura protetora.
No topo, Kiara e Kovu trocaram um olhar cheio de significado e orgulho. Então, Rafiki tomou Nilah nos braços primeiro. O silêncio tomou conta da savana quando ele a ergueu bem alto, oferecendo-a ao sol que surgia no horizonte.
O primeiro raio dourado da manhã tocou a testa de Nilah.
Os animais explodiram em sons — rugidos, bramidos, trombetas — saudando a futura rainha.
— Nilah! — bradou Rafiki, com a voz ecoando forte. — A estrela que guiará!
Logo em seguida, Rafiki pegou Tahir nos braços. O filhote se agitou, tentando mordiscar o ar, arrancando sorrisos de todos.
— E este... — disse Rafiki, com um riso suave — é o espírito dos ventos. Um viajante dos sonhos. Um filho da liberdade!
Ele ergueu Tahir com o mesmo respeito e solenidade.
— Tahir! — anunciou Rafiki. — Aquele que caminha sem medo!
Mais uma vez, os animais responderam com festa, celebrando os novos herdeiros do ciclo da vida. Rafiki devolveu os filhotes aos pais, que os receberam com carinho.
No alto da Pedra do Rei, Simba, Nala, Sarabi, Vitani, Kiara e Kovu se entreolharam com alegria e alívio. A família real reunida, orgulhosa, enquanto a savana abaixo vibrava de felicidade.
De volta à caverna, Kiara se encostou em Kovu, esgotada, mas com o coração pleno.
— Nunca pensei que me sentiria tão... completa — disse ela, olhando para os filhotes.
Kovu ronronou suavemente, acariciando a testa dela com o focinho.
— Você foi incrível... Você é incrível.
Simba e Nala se aproximaram.
— Vocês fizeram história hoje — disse Nala, com os olhos ainda marejados. — Os dois são lindos.
— Nilah será uma grande rainha — disse Simba. — Mas hoje... hoje, ela só precisa ser uma filhote feliz. Como o irmão dela.
Vitani apareceu atrás deles, sorrindo largo.
— Eu não sabia que era possível amar tanto alguém tão pequeno — disse, olhando para os filhotes com carinho. Depois virou-se para Kovu e Kiara. — Vocês formam algo... poderoso. Verdadeiro.
Sarabi, com voz baixa, se aproximou:
— Que a sabedoria guie vocês... como guiou os reis e rainhas antes. E que o amor mantenha esse reino firme quando os ventos soprarem contra.
Quando a noite caiu novamente, as estrelas pareciam brilhar com mais intensidade. Nilah e Tahir dormiam entre os pais. As leoas, antes mantidas à distância, agora se revezavam em turnos de proteção e vigilância, respeitando o espaço da família real.
Na caverna, todos estavam aconchegados. Vitani de um lado, Sarabi e Nala próximas à entrada, e Simba encostado à parede, vigiando com olhos atentos mas tranquilos.
Kovu e Kiara observavam os filhotes, os focinhos juntos.
— Amanhã começa uma nova era — sussurrou Kiara.
— E nós estaremos prontos para ela — completou Kovu.
Lá fora, a savana dormia em paz. E no topo da Pedra do Rei, dois novos nomes haviam sido inscritos no grande ciclo da vida.
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OIOI AMORES, QUE SAUDADE DE VOCÊS!!! PERDÃO PELO SUMIÇO, A VIDA TAVA UMA LOUCURA SEM FIM, COM ESCALA NOVA NO TRABALHO, FACULDADE, FIM DE SEMETRE E ENFIM!
AGORA FINALMENTE TÔ DE FÉRIAS E ATIVA NOVAMENTE!!!!!
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