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🏎️𖦹 ׂ 𓈒 CHAPTER 003


🏎️𖦹 ׂ 𓈒(﹙˓" THE DAY AFTER ˒﹚)
Kimi Antonelli POV

A gravata já estava no bolso.

O carro avançava em silêncio pelas ruas quase vazias, e o zumbido baixo do motor era a única coisa que preenchia o espaço ao meu redor. O tipo de silêncio que gosto. Que entendo.

Mas hoje, ele parecia... ocupado.

Ela riu demais. Falou demais. Bebeu demais.

E mesmo assim - ou talvez por isso - eu não conseguia parar de pensar nela.

Layla Montenelli, de vestido azul-petróleo e olhos que dançavam antes dos pés. Uma confusão bonita. Um furacão embriagado de charme. Uma distração que eu tinha dito a mim mesmo que não valia a pena.

Até hoje.

Pensei na forma como ela se mexia na pista de dança. Não sabia dançar. Nem fingia saber. Ela só... ia. Me puxava. Me ria. E pela primeira vez em muito tempo, eu deixei.

Deixei o controle. Deixei o silêncio. Deixei-me ficar ali, perto dela, com a mão na sua cintura e a respiração a tentar acompanhar o riso dela.

"Não me deixes tropeçar", ela tinha dito.
Como se eu fosse capaz de a largar.

Encostei a cabeça no vidro do carro. As luzes da cidade passavam em reflexos borrados. Não sou bom com palavras. Nunca fui. Mas ela também não precisava delas. Parecia entender os espaços entre o que eu dizia.

Ela vê. E isso... assusta.

No bolso interno do casaco, estava o guardanapo dobrado - o que ela usou para secar o canto da boca depois de rir demais, e que eu, por algum motivo ridículo, guardei sem pensar.

Idiota.

Mas não joguei fora.

Porque por mais que eu tente convencer o mundo - e a mim mesmo - de que estou só focado nas corridas, nos tempos, no que realmente importa...
Hoje à noite, por alguns minutos, importava só ela.

E isso - essa ideia - foi mais perigosa do que qualquer curva em alta velocidade.

🏎️𖦹 ׂ 𓈒(﹙˓ ! ˒﹚)
next day!

As luzes estavam mais fortes do que deviam. Ou talvez fosse só o efeito residual de estar num salão cheio de gente, dançar com uma mulher que me vira do avesso, e depois fingir que nada aconteceu.

Entrevistas com a equipa.
Vídeos para patrocinadores.
Respostas decoradas.

O tipo de coisa que eu faço no piloto automático.

"Pronto, Kimi?" perguntou a assistente de comunicação da Mercedes.

Assenti.
Sentei no banco alto do estúdio improvisado com o logo da Petronas atrás e o microfone preso à lapela. Tinha feito isso mil vezes. Mas, hoje...

Ela estava ali.
Layla Montenelli.

Vestido midi, botas elegantes, tablet na mão e cabelo apanhado num coque imperfeito que provavelmente levou uma eternidade a parecer "desleixado" daquele jeito. Profissional.
Intocável.
Como se não tivesse rido comigo ontem à noite até o peito doer.

Ela nem olhou diretamente para mim. Ou olhou - só por meio segundo. Mas bastou.

"Começamos com o Kimi," disse ela à equipa de vídeo, sem emoção. "Três perguntas rápidas antes de passarmos ao George."

Três perguntas. Três chances para ela fingir que somos só isso.
Um piloto.
Uma jornalista.
Nada entre.

A câmera ligou.

Ela se aproximou, sem me encarar de verdade. Leu a primeira pergunta direto do tablet.

"Como foi a sensação de fechar o primeiro trimestre da temporada com pódios consecutivos?"

Respondi como sempre. Controlado. Polido. Um pouco entediado.
Mas atento.
Sempre atento a ela.

A segunda pergunta veio.

"Você sente que o carro está finalmente respondendo ao seu estilo de pilotagem?"

Mais uma resposta ensaiada.
Técnica.
Focada.

Então veio a terceira.

Layla hesitou por uma fração de segundo. Só eu notei. Depois, com um sorrisinho que era quase um desafio, perguntou:

"Você pareceu... mais relaxado ontem à noite, na gala. Alguma razão especial para isso?"

Ela sabia.
Eu sabia.
E a câmara também sabia que eu corei - só de leve. Só por um segundo.

Respirei fundo.
"Talvez... boas companhias."
Eu fiz uma Pausa.

O canto da boca dela subiu. Ela olhou para o tablet como se lesse algo, mas eu vi o brilho no olhar.

"Corta," disse o operador de câmara.

O silêncio caiu, denso, tenso, cheio de coisas não ditas.

Ela deu meia-volta para ir falar com o George. Mas antes de se afastar completamente, sem olhar para trás, ela murmurou:

"Fico feliz por não teres me deixado tropeçar."

Sorri.
Um daqueles sorrisos pequenos que quase ninguém nota.
Mas ela notaria. Ela nota tudo.

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