Questiono-me muitas vezes porque é que o Homem sente tanta necessidade de procurar a "eternidade".

É tão cansativo viver... mesmo que com objetivos traçados, sonhos a agarrar, ambições a conquistar...

Cansativo e solitário. 

Há uns tempos atrás vi uma série que se passava num futuro não muito distante. Basicamente contava a grande descoberta do homem. Nada mais que a possibilidade  de prolongar a sua vida,  manter uma boa aparência e podiam ter filhos, por exemplo, aos oitenta tanto os homens como as mulheres. Como não há bela sem senão, o que começou a acontecer é que as pessoas não morriam e os mantimentos começavam a escassear, havia sobrelotação.

Começaram a surgir grupos, que eram contra a natalidade; outros, achavam que se vivia tempo demais. Os jovens mesmo jovens,  começaram a suicidar-se em massa, pois sentiam que nada daquilo fazia sentido.

Havia muitas mais nuances, mas o que quero retirar daqui é: quem gostaria viver num mundo onde não existem bébés, crianças, com os seus choros, risos, curiosidade, amor?

Mas é possível, quando o que interessa é o eu e, apenas o eu.

Sempre que me dizem tens que pensar mais em ti, gostar mais de ti... eu de alguma forma entendo o que me querem dizer, mas se sou eu o centro do mundo para quê viver em sociedade? Posso perfeitamente viver sozinha e achar-me fantástica. Satisfazer todos os meus caprichos e estar sozinha. Então?

Sim vamos falar do equilibrio. Então onde se sencontra?

Somos um todo matéria, energia e...espírito??

Pois é aqui que a coisa não me esclarece...

Agarramo-nos a esta vida feita de coisas, coisas imperfeitas onde o equilíbrio, se não nunca,  dificilmente, irá acontecer.

Eu não quero viver para sempre e estou tão cansada... e tão sózinha...tão frustrada...