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Último Capítulo 30: A Sentença

Todos os envolvidos finalmente chegaram ao tribunal, que se enchia com a presença da promotoria, investigadores, juízes — um deles, uma mulher — e várias testemunhas. O ambiente estava tenso, com seguranças e policiais posicionados ao longo das laterais da sala, prontos para garantir a ordem. Chanyeol chegou logo após algumas testemunhas, observando a movimentação de estudantes de Direito, que aguardavam ansiosos para assistir ao julgamento. Yoongi já estava no local, acompanhado do Dr. Roy, ambos segurando envelopes repletos de documentos que seriam entregues à promotoria. Park Chanyeol se preparava para testemunhar sobre as condições dos réus, enquanto Hoseok e Taehyung chegavam de carro, prontos para enfrentar a realidade dura que os aguardava. Eles se acomodaram nos bancos, observando o tribunal se preparar para o início do julgamento.

A última a chegar foi a dupla de detentos, trajando uniformes de presidiário, que foram levados até a mesa dos réus por policiais competentes. Sentaram-se de frente para os juízes e a promotoria, com os advogados de defesa posicionados à direita. Assim que as portas se fecharam, um silêncio reverente tomou conta do tribunal, aguardando a ordem da juíza.

— Por favor, silêncio ao tribunal! Todos de pé! — ordenou a Juíza Kim, conforme indicado em seu crachá. As portas se abriram novamente, revelando um casal que entrou no tribunal com dignidade. — Sr. e Sra. Presidente — anunciou a juíza, fazendo referência a eles, enquanto todos se curvavam em respeito. Hoseok virou a cabeça, surpreso ao ver seus pais na plateia.

— Jung... como vai, meu bem? — sussurrou Shim Su-Ryeon, enquanto segurava o braço de Jung Hoseok, seu pai acenou com um sorriso caloroso, mas preocupado.

— Mãe, pai? — Ele questionou, sua voz baixa, repleta de surpresa, mas logo voltou a atenção aos juízes.

— Sentem-se, por favor — ordenou a juíza, e o tribunal começou a se preparar para o que seria uma audiência decisiva.

Minutos antes da audiência,

Taehyung caminhava sozinho pelos corredores do prédio do ministério público. As paredes estavam adornadas com quadros de figuras proeminentes da justiça e da política do país. Um deles chamou sua atenção, e ele parou diante dele.

— Kim Inyeop... — leu em voz alta, a assinatura de seu falecido pai. Sentiu uma onda de nostalgia e saudade invadir seu coração. — Sinto muito, pai... por estar novamente sendo julgado em um tribunal — suspirou, imaginando o que seu pai diria se estivesse ali. — Se o senhor estivesse aqui, não sei como estaria se sentindo em relação a mim... Mas, acho que você estaria fazendo de tudo para me proteger da mídia...

Enquanto falava em voz baixa, o som de passos altos ecoou pelo corredor, interrompendo seus pensamentos. Ele segurou um colar com a foto de seus pais, tentando se manter focado e não olhar para os lados. Então, uma mulher se aproximou, vestindo uma blusa de manga longa bufante preta, uma saia com pequenos desenhos rosa e scarpins brancos aveludados com plumas nas pontas. Seu cabelo estava perfeitamente arrumado e sua maquiagem era marcante, com olhos esfumados em um tom de preto profundo, quase vazio. A presença dela preenchia o ambiente.

— Com licença — uma voz familiar o chamou, e Taehyung se virou, reconhecendo Oh Nayeon, que parecia estar a caminho de algum evento. — Kim? Você está bem?

Taehyung hesitou por um momento, mas aliviado, soltou o ar e forçou um sorriso gentil.

— Oh Nayeon, há quanto tempo! — exclamou, uma risada breve escapando de seus lábios. — Estou, obrigado por perguntar.

— Que bom! — Ela sorriu genuinamente. — Sei que não sou uma presença tão agradável por tudo que meu irmão te fez passar, mas fico feliz em saber que você está se sentindo melhor a cada dia. Você encontrou alguém que te faz feliz e cuida de você. Isso já deixa meu coração quentinho, e imagino que o seu também.

As palavras dela tocaram Taehyung, que, mesmo sem saber como reagir completamente, sentiu um calor se espalhar pelo peito.

— Obrigado por todo apoio e carinho... — disse ele, um sorriso de gratidão em seu rosto. — Fico agradecido que, mesmo depois de tudo, você tenha vindo me procurar.

— Não precisa me agradecer... — Nayeon então se virou, vasculhando a bolsa antes de retirar um pequeno caderno robusto, cheio de folhas, e entregá-lo a Kim. — Encontrei isso no quarto do meu irmão quando éramos adolescentes. Agora que saímos de casa, estou devolvendo para o verdadeiro dono.

Taehyung olhou para o diário, sem se lembrar de imediato do que se tratava. No entanto, ao folhear rapidamente, as memórias começaram a retornar, e ele o segurou contra o corpo como se estivesse protegendo algo valioso.

— Pode ficar tranquilo, eu não li nada que estava aí... — garantiu Nayeon, enquanto Taehyung segurava o diário com uma mistura de curiosidade e apreensão.

[...]

Assim como os dois presidiários, Taehyung estava próximo a eles, não como um mero espectador, mas como alguém profundamente envolvido no desenrolar dos eventos. Aquela audiência era, de fato, sobre ele também. Quando se levantou em respeito aos presidentes do tribunal, seu coração disparou ao perceber para onde seu olhar estava direcionado. Sentiu um frio na espinha, o choque da surpresa percorrendo seu corpo. Sem articular uma palavra, ficou em silêncio, seus olhos um pouco arregalados, e voltou a se sentar, tentando processar a intensidade do momento.

— Por favor, mantenham silêncio — anunciou Namjoon, o juiz central da bancada, sua voz firme ecoando pela sala. Ele direcionou o olhar para a promotoria e para Min Yoongi, o detetive de investigação e policial que estava presente. Com um golpe do martelo, ele prosseguiu. — Pode começar, promotoria, e detetive Min Yoongi.

A promotora, de cabelos ruivos e postura decidida, começou a expor o caso.

— Os réus aqui presentes estão sendo julgados perante a lei para receber a punição adequada pelos atos que cometeram. As testemunhas que irão depor hoje devem ter em mente que mentir em tribunal é considerado perjúrio, um crime. Estamos todos diante do presidente Logan Jung e da vice-presidente Shim Su-Ryeon, além do príncipe da corte real europeia, Park Chanyeol, que trouxe análises médicas e psicológicas sobre a instabilidade mental dos réus.

Namjoon leu os nomes com atenção:

— Os réus acusados presentes são: Kim Taehyung, Yoon Oh Jaehyun e Kim Jungwoo. As nossas testemunhas são Han So-hee, o próprio réu Kim Taehyung contra os demais réus, e a adolescente Liz.

Enquanto isso, o clima no tribunal se tornava palpável. Namjoon, com seu manto preto e óculos, parecia concentrado e ciente da responsabilidade que tinha em suas mãos.

— Começando pelo caso mais recente, nossa vítima, Kim Taehyung, claramente apresenta sequelas — continuou a promotora. — O senhor Jaehyun admite que teve a intenção de ferir o réu, não apenas por má intenção, mas também por ter estado em uma constante perseguição ao réu, ameaçando-o de morte e exercendo pressão psicológica e abuso. Isso ocorreu devido ao término de uma relação que, segundo consta, já havia se tornado insustentável, especialmente porque o réu já estava comprometido. — A promotora caminhava com segurança pelo espaço entre a mesa do réu e a dos juízes, sua voz firme ressoando na sala.

O advogado de Jaehyun, um homem de aparência séria e bem vestido, se pronunciou imediatamente.

— Senhora promotora Sana, quais provas você tem para demonstrar que a menina estava no exato local do acidente? Todas as evidências até agora indicam que somente Kim Taehyung estava na rua naquela noite.

— Devido às câmeras de segurança do prédio próximo — respondeu a advogada Moonbyul, segurando fotos que mostravam a cena do crime. — Tenho imagens nas quais Jaehyun aparece segundos depois em direção ao mercado onde Kim Taehyung estava. E, minutos após a saída deste local, um carro preto surge da esquina. Poderia me explicar isso? — A advogada entregou as fotos à promotora, e um vídeo começou a ser exibido na tela do tribunal. A tensão no ar crescia.

— Protesto! Essas provas não foram apresentadas ou discutidas previamente! — exclamou o advogado Kyujin.

— Eu vou ouvir o que ela tem a dizer. Mantido! — declarou Namjoon, decidido a manter a ordem.

— Advogado Kyujin, é importante lembrar que a garota, duas quadras antes, estava vestida de bailarina. Ela é apenas uma menina. Não seria desrespeitoso discutir isso na frente de seu pai? O seu cliente estava a uma distância considerável, com os faróis acesos. De acordo com a visão do motorista, ele poderia facilmente ter visto a menina na calçada, próximo a Kim Taehyung. E mesmo assim, optou por acelerar e seguir em frente. — A advogada Moonbyul lançou as fotos sobre a mesa do defensor de Jaehyun, seu olhar fixo e desafiador.

— Pode se sentar, advogada Byuil — ordenou Namjoon, e ela retornou ao seu lugar.

— Como já foi apresentado pela advogada e com base no que afirmei anteriormente — prosseguiu Namjoon, virando-se para Jaehyun —, réu, você admite que suas ações afetaram não apenas a vítima, mas também outras pessoas envolvidas por suas más intenções?

— Promotora... — interrompeu Kyujin, tentando retomar o controle da conversa. — Meu cliente teve motivos.

— Prossiga, promotora — pediu Namjoon, cortando o advogado.

— Foram investigados indícios de que o réu Yoon Oh Jaehyun possui condições de saúde mental instáveis. Passo a palavra ao psicólogo Park. — Ela disse isso e se sentou, dando espaço para que Chanyeol assumisse o centro da sala.

Moonbyul se sentou ao lado de Taehyung, que estava de braços cruzados, observando atentamente o intenso debate entre os advogados e a juíza. Ao ouvir o nome familiar, uma surpresa tomou conta de Taehyung: Chanyeol estava ali como psicólogo do rapaz que estava detido.

— Park Chanyeol... Ele está cuidando do psicológico dele enquanto detento? — Taehyung sussurrou à advogada ao seu lado, sua expressão carregada de preocupação.

— Aparentemente, sim — ela confirmou com um leve aceno de cabeça, e ambos voltaram a se concentrar no homem que se aproximava da frente do tribunal.

Park Chanyeol se levantou e caminhou até a tela, o controle remoto em mãos, preparado para apresentar suas considerações.

— Vossa Excelência, todos os réus aqui presentes demonstraram instabilidade mental. Não apenas pela minha análise, mas por diversos profissionais que avaliaram os casos, incluindo a doutora que já atendeu o réu Kim Taehyung. Apresento os seguintes fatores sobre os três:

O réu Kim Taehyung já completou tratamento para ansiedade generalizada e ciúmes retroativos, que ressurgiram em decorrência do passado com a testemunha Han So-hee e com Jung Hoseok, seu parceiro na época. Essa condição foi utilizada contra a vítima, que estava grávida e foi psicologicamente abusada por Jungwoo, que explorou os ciúmes de Taehyung, coagindo-o a seguir com suas intenções prejudiciais. Embora tenha obtido 95% de cura, a parte restante ainda estava em tratamento e foi exacerbada pelas circunstâncias. Todos os dados pertinentes estão disponíveis com a advogada Moonbyul, incluindo o histórico do réu, que sofreu nas mãos de Kim Jungwoo. O réu está sob medicação e acompanhamento médico, no entanto, mesmo estando consciente de suas ações e arrependido, foi coagido a continuar os maus-tratos à vítima, Han So-hee. Antes de prosseguir, senhorita Han, gostaria de falar? — Park se aproximou da testemunha, sua voz firme e respeitosa.

— Sim. — Ela respirou fundo, sua voz trêmula, mas firme. — É verdade, todas as provas que existem sobre o galpão são verdadeiras. Kim Taehyung, sem dúvida, me feriu, mas não tanto quanto Jungwoo. — So-hee se virou para Namjoon, o juiz, com os olhos cheios de emoção. — Vossa Excelência, a perda do meu bebê foi resultado da pancada que Kim Jungwoo me deferiu enquanto Taehyung estava cuidando dos meus ferimentos, tentando me proteger e me vigiar. Jungwoo apareceu de surpresa e, em meio à confusão, o que aconteceu foi devastador.

Ela fez uma pausa, lembrando-se do momento aterrador, o peso da dor e da traição a pressionando. A sala do tribunal estava em silêncio absoluto, todos os olhares fixos nela.

— Kim Taehyung apresenta uma cicatriz em seu antebraço, do lado direito, um lembrete constante da luta entre eles — continuou ela, apontando discretamente para a área onde a marca era visível, um testemunho da violência que ocorrerá. — Essa cicatriz é resultado da tentativa em que ambos brigaram, um reflexo físico da brutalidade que permeou suas vidas.

So-hee respirou profundamente, seu coração batendo acelerado. Ela estava prestes a falar mais sobre seus sentimentos, quando se virou novamente para frente, decidida a não permitir que a vulnerabilidade a dominasse.

— No entanto, eu perdoei Kim Taehyung pelo ocorrido, apenas ele, porque foi ele quem me tirou de lá, mesmo que, no início, suas intenções não fossem as melhores comigo. Ele foi a única luz em meio à escuridão, mesmo quando não estava claro que ele mesmo lutava contra seus próprios demônios.

A sala continuava em um silêncio pesado, cada palavra de So-hee ressoando com um eco de dor e resiliência. O juiz Namjoon observava atentamente, absorvendo cada nuance do testemunho, enquanto a promotoria e a defesa trocavam olhares significativos, cientes de que aquela revelação poderia mudar o rumo do julgamento.

— Agradeço, Senhorita Han. Chanyeol mudou o slide.

— Agora apresentando o réu anteriormente debatido, Yoon Oh Jaehyun. Ele sofreu agressões físicas e psicológicas, classificadas como agressão doméstica e agressão infantil durante sua infância. Quem ousar negar este fato estará mentindo, pois o réu apresenta todas as classificações de transtorno pós-traumático grave que não foram devidamente tratadas. Por muito tempo, Jaehyun viveu acreditando que essa vida era normal. Os pais do réu exerceram um efeito espelhado, onde nada que ele fazia — sejam notas, provas ou atividades — era suficiente, levando a severos castigos, sem exceção da mulher Oh Nayeon, aqui presente. Diante de todos esses fatores, o ciúmes possessivo, o transtorno pós-traumático, a falta de controle da raiva e a síndrome de FOMO (medo de perder algo) emergem, sendo a ansiedade um dos principais sintomas. Além disso, o réu exibe traços de síndrome de borderline, caracterizados por instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, flutuações extremas de humor e impulsividade. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos, e o tratamento envolve psicoterapia e medicamentos.

— Pode voltar a se sentar, Senhorita Sohee. Muito obrigado — disse Namjoon, anotando enquanto ponderava sobre o depoimento dela.

— O réu concordou em prosseguir com tratamentos psicológicos, Dr. Park? — Namjoon questionou, ainda anotando.

— Sim, e está em acompanhamento — respondeu Chanyeol.

— É importante destacar que os pais do réu foram cientes dos atos imperdoáveis que cometeram, tanto como figuras parentais quanto pelas ações que levaram o filho a agir como agiu — disse Namjoon de forma séria. — Prossiga, Park Chanyeol. Qual é o caso do réu Kim Jungwoo e suas motivações?

Moonbyul, com as mãos entrelaçadas sobre a mesa, observava atentamente o que Chanyeol dizia sobre os problemas psicológicos de Kim. Taehyung também prestava atenção ao depoimento de Sohee, surpreendido pelo apoio que ela demonstrava. Isso intrigava Kim Jungwoo, que, de uma distância não tão grande, lançava um olhar mortal para Taehyung, calado e com os braços cruzados, nutrindo um ódio crescente pelo detento.

— O réu Kim Jungwoo apresenta um complexo de superioridade e sadismo, que são alguns de seus problemas mais sérios. Sociopatas narcisistas desconsideram os sentimentos alheios, explorando e manipulando as pessoas para ganho pessoal, sem remorso. É o caso de Jungwoo, que encontra prazer na vingança, como evidenciado pelo prazer que sente ao se vingar de Jung Hoseok desde a adolescência, quando praticou bullying e violência escolar, além de elaborar um plano de abuso sexual contra o réu aqui presente, sem demonstrar remorso algum — afirmou Park Chanyeol, suas palavras carregadas de desprezo. — Como profissional de saúde mental, posso dizer friamente que não me esforçaria para salvar você. E, para concluir, tanto Yoon Oh Jaehyun quanto Kim Taehyung estão diagnosticados com transtorno de personalidade antissocial, também conhecido como sociopatia. O réu Jungwoo, por sua vez, foi diagnosticado com psicopatia, o que se caracteriza pela dificuldade de sentir empatia ou remorso, além de comportamentos impulsivos e agressivos.

— Por favor, Park Chanyeol, pode se sentar. Muito obrigado, você foi completo em seus relatos — comentou Namjoon, olhando diretamente para os advogados. — Agora, darei a palavra aos detentos. O que têm a dizer em tribunal? Um de cada vez, por favor, e evitem palavras de baixo calão, já que há menores presentes. Admitem as alegações ou as negam? Lembro a todos que o que disserem aqui definirá a sentença dos três.

— Eu irei primeiro, excelência! — disse Jungwoo, levantando-se calmamente e se dirigindo à mesa central.

— É uma pena chegarmos a esse ponto, mas ações têm consequências. O que garante que cometi todos aqueles atos contra Taehyung? Tudo que ele alega é sustentado por apenas 60 a 80% de provas da época da escola. Onde estão o resto? Sem testemunhas, não se pode garantir — exclamou, levantando as sobrancelhas e dando de ombros, um sorriso maroto nos lábios. — É fácil acusar os outros quando você é o principal responsável. Afinal, eu não matei ninguém. Mas e você, Kim Taehyung? Se não fosse pelo falecido Kim Inyeop, você não estaria impune por assassinato — terminou Jungwoo com um sorriso, olhando para Namjoon.

— Só tenho a dizer isso, excelência, e lamento que tenhamos chegado a este ponto — disse ele, retornando ao seu lugar e observando Taehyung, que, alterado, levantou-se da cadeira, mas não pronunciou uma palavra.

— Sente-se, Kim, por favor. Não se altere — Moonbyul segurou o braço do rapaz, fazendo-o se retrair e sentar novamente.

— Min Yoongi — chamou Namjoon, suspirando, buscando paciência enquanto fazia uma anotação rápida. Ele pediu para que os olhos de Liz fossem cobertos e olhou para a promotora Sana. — Mostre a eles — ordenou, ligando a televisão. — As imagens a seguir são fortes e sem censura. — Bateu forte na mesa para chamar a atenção de Jungwoo. — Kim Jungwoo, você gravou e armou um abuso sexual e um sequestro. Você pode não ter matado ninguém, mas é engraçado que tenha tentado, não é? — As imagens revelaram marcas de mãos e pontos no pescoço de Kim e de Sohee, evidências ao lado de rostos conhecidos: SeokJin e Park Jimin. — Absolutamente indescritível o que você fez. SeokJin e Park Jimin, por favor, venham à frente e a promotora informará todas as provas.

— Cartão de memória 1: conteúdo de 2018, entregue por Han So-hee e Kim Taehyung, Fotos do incidente: hospital central de Los Angeles, vídeos e arquivo de câmera de segurança da escola vencedora do prêmio estadual do ano privada de 2018-2019 pelo diretor-geral atual e o zelador antigo da escola. Os demais arquivos e pendrive, álbuns e fotos da adolescência dos réus, testemunhas e outros presentes foram entregues pelo namorado do réu e achados na casa de Kim Jungwoo e um diário. E o áudio do dia da formatura do terceiro ano. Isto é tudo, no caso de Han So-hee também temos a gravação original com o áudio real do ocorrido, além depoimento médica que tratou dos danos ao útero da mulher ferida, as câmeras do hospital psiquiátrico e psicologia para o tratamento psicológico da vida, além de fotos e    câmeras de segurança do pronto-socorro onde a vítima foi levada completamente ferida, o mesmo que deu as informações dos anos de 2018, 2019 dos corridos da época. - promotora Sana sentou-se novamente.

— Kim Jungwoo, ainda tem ressentimentos pelo primo que faleceu por acidente quando eram apenas crianças? Acho que Kim Inyeop na época não era tão duro com as palavras, mas não vou medir régua, não acha muita presunção achar que devemos tratar uma criança como adulta sendo que ela não tem noção dos seus atos.  Entenda bem, a sua insinuação é bem clara para mim, estou aqui como Juíz e um profissional, eu não vou jogar uma toalha encima de ninguém aqui presente independente de minhas relações pessoais com estes, não venha comparar a atrocidade que você fez como se fosse te ajudar, não vai e não ajudou, se engana se irei deixar alguém impune aqui, e o caso mencionado pelo Juiz Kim Inyeop já foi encerrado não existe possibilidades em reabrir ou revelar novas afirmação por alguém que não respondia por si sozinho no juizados de menor. Namjoon questionou e se levantou ao informar Jungwoo, claramente teve uma voz mais alta e em pé ou sentado Namjoon já era  alto. — réu Kim Jungwoo, lamentável que tenha chegado aqui, mas quem fez isto acontecer foi partido de você. Se o réu Yoon Oh Jaehyun não estivesse aqui não estaria sendo muito diferente o seu lugar no final aí ser aqui dentro deste tribunal. Vou perguntar réu Kim Jungwoo, isto aqui te garante e te prova, o que você fez? - Namjoon questionou apoiando na mesa retirando o óculos do rosto. — Advogada Byuil, por favor pode falar logo após as testemunhas e passem absolutamente todas as provas. - ele deu o sinal e se encostou enquanto conversaria com os demais juízes aqui

— Vossa excelência. — Shim Su-Ryeon levantou a mão e logo ficou de pé. — Antes de mais nada, eu, como família do réu Kim Taehyung, na condição de sogra, preciso dizer que os dois rapazes à minha frente, Yoon Oh Jaehyun e Kim Taehyung, eu os perdôo. Tanto Jaehyun pelas atrocidades cometidas quanto Kim Taehyung pelas ações que tomou. Eu compreendo que nenhum dos dois teve um passado bom e decente. — Ela se virou para Seojin. — Se eu soubesse, na época, que você não amava suas crianças e tivesse me entregado, eu as teria criado com uma educação adequada. É imperdoável o que você fez eles passarem, mas concordo que a lei deve julgá-los de acordo com o que é certo para as situações. — Ela virou-se novamente para o juiz. — Sei que, na essência, ambos são jovens com muito amor a dar, que tiveram seus motivos para agir dessa forma. Eu acredito nos dois.

— Diferentemente de Kim Jungwoo, meu jovem — Logan se levantou. — Não espero que você se arrependa ao estar aqui e ainda falar isso. Você pode não ter assassinado ninguém, mas, trabalhando na ala de enfermagem, sem dúvidas sabia da gravidez de Han So-hee, pois era evidente. Você tirou essa vida, e isso é imperdoável. Ela tinha um bebê, e você o tirou dela e do médico Inmyeon. Além da sua frieza no período escolar contra Kim, a formatura não é uma exceção. Seja qual for a sua decisão final, Vossa Excelência, que não tenha piedade diante de quem está presente aqui.

Hoseok olhou para os próprios pais e lembrou-se bem da época da escola e de como sua família tinha uma relação fácil com a família de Jaehyun, na época de empresas e negociações, além de ambas as mulheres serem amigas de estudos antigamente. Ele ficou aliviado que seus pais estavam perdoando Tae pelo que ele fez e Jaehyun, e sabia que a situação havia ficado mais tranquila. Apenas tinha a noção de que Park Chanyeol estava com Jaehyun nas mãos e acreditava nele.

— Pode ficar, eu vou primeiro... — Jin disse a Jimin, que estava sentado ao seu lado. Foi o primeiro a se levantar em meio ao alvoroço diante dos pronunciamentos de Namjoon, que claramente estava impaciente com Jungwoo, mas mantendo o profissionalismo.

Jin caminhou até a mesa central, com um andar leve e um coração que, ao mesmo tempo, estava aflito pelo melhor amigo. Sentia seu coração palpitar de felicidade por saber que estava presenciando finalmente o tão esperado tribunal. Ele então se sentou e, antes que pudesse falar qualquer coisa, olhou para Taehyung e se virou para o pequeno microfone à sua frente.

— Primeiramente, gostaria de dizer a todos presentes que é um prazer estar aqui dando esse depoimento e agradecer a todos as pessoas de cargo importante - Respirou fundo — Tomarei cuidado com as palavras e descrições de situações a respeito dos menores de idade presentes. E a Vossa excelência, me permite convocar Moon Byulyi, advogada de Kim Taehyung para a apresentação de fatos?

Namjoon deu a permissão e então, Moonbyul caminhou ao lado de Seokjin, um pouco distante pronta para apresentar as provas que tinha guardado, na televisão.

— Sou conhecido de todos os réus presentes aqui, desde que éramos crianças. Com certeza o réu Kim Taehyung é o qual tenho mais aproximidade e intimidade. Durante a adolescência Taehyung passou a sofrer abusos de Jungwoo, classificados por abuso psicológico, físicos, moral e até mesmo patrimonial pelo histórico de proximidade de família e negócios que já tiveram. Tudo era motivo de insulto.

SeokJin respirou fundo antes de se virar a Moonbyul assentindo com a cabeça dando permissão para passar. A moça então colocou na televisão as imagens que SeokJin guardava desde a época da escola. Ele se virou ao microfone olhando de canto que Jungwoo o encarava, furioso quase que bufando.

— Além de projetar um abuso sexual, foi capaz de espalhar boatos, ou seja, difamação sobre a própria vida não exposta de Kim Taehyung que se situavam como boatos de supostas doenças transmissíveis que Taehyung teria. Na época muitas pessoas entram em comunidades como grupos de redes sociais com o propósito de difamar Taehyung e espalhar as piores coisas que um ser humano poderia escutar.

Na televisão se passavam imagens de mensagens de grupos em redes sociais tais como Instagram e o próprio Twitter.

— Mensagens com intuito de sempre falar da aparência, do modo de viver do garoto, da ausência dos pais, da sexualidade e muito mais. Como se não bastasse um fato curioso sobre o vídeo que o réu Kim Jungwoo teve a brilhante ideia de gravar, foi parar em sites de pornografia. Lembrando a todos - Se virou aos júri — Que Kim Taehyung naquela época tinha apenas 16 anos. E o outro homem que o abusou, era maior de idade - Seokjin se virou observando o Juiz, vulgo Kim Namjoon — Por agora, finalizo meu depoimento. Deixarei que Park Jimin termine...

Jin se levantou curvando em forma de respeito e voltou ao seu lugar, dessa vez foi Jimin que estava encarando ao Juiz, advogados e Júri.

— Eu confirmo o que Seokjin disse a todos. A crueldade do ser humano não tem limites, e é doloroso quando se trata de alguém indefeso. — Moonbyul passou na televisão imagens da câmera de segurança da escola e documentos do hospital contendo horas e laudos médicos. — Taehyung foi empurrado por Jungwoo de uma escada com quase 5 metros de altura. A escada tinha uma ótima estrutura, sempre para se tomarem cuidado, mas Jungwoo se aproveitou da altura e usou isso a seu favor. Taehyung ficou em coma por 3 dias, com uma fratura no braço e o tornozelo torcido. Ao corpo completo do réu, pode-se ver diversas marcas presentes, cicatrizes que ele carrega até hoje. Uma marca, que mesmo depois de tratamentos, é a do joelho esquerdo de Kim, que não tem tanta força por conta da fratura que o próprio réu Jungwoo causou com um taco de beisebol em um surto que descontou em Taehyung. Provas? — Jimin olhou para o telão, que passava novamente pelas câmeras de segurança, mostrando uma cena em uma quadra da escola no momento em que Jungwoo se estressou com Taehyung por simplesmente ser do time adversário e estar fazendo seu papel. As cenas continham o momento em que Jungwoo atacou o rapaz, puxando-o pelos cabelos e deitando-o ao gramado, juntando as costas e joelhos, onde foi o foco daquela vez.

— Nós sempre tentávamos proteger Taehyung, já que, de nós três, ele sempre foi o mais sensível em termos de força, mas não era todo momento que estávamos por perto. — Jimin respirou. — E, por fim, nos momentos vagos da escola, ele sempre dava um jeito de tirar um pouco de sangue de Taehyung com um canivete ou qualquer coisa cortante. Os motivos? Ele sabe bem, e nós também sabemos. Quando não era apenas pelo fato de Taehyung existir, ele se lembrava do primo falecido que partiu por conta de um incidente, seja por ciúmes ou dinheiro.

Jimin engoliu em seco, terminando de passar alguns pequenos vídeos onde mostravam momentos em que Jungwoo implicava com Taehyung por absolutamente nada, intimidando-o e abusando de sua sensibilidade.

— Antes de sair dessa cadeira, meu pronunciamento é para você, Kim Jungwoo. Você achou que nunca sairia impune dessa? — Ele riu e encarou Jungwoo. — Mesmo com seu advogado de defesa, sinto lhe dizer que seu lugar é na cadeia. Que você apodreça lá. Pessoas como você, e exclusivamente você, não devem estar caminhando e vivendo suas vidas normalmente, impunes. — Se virou para o juiz. — E, antes de tudo, é bom que saibam do tráfico de órgãos que ele cometeu, aproveitando-se da profissão.

Jimin se levantou, se curvou a todos e voltou novamente ao lugar que estava. A vez foi de Seojin, que encarava Suryeon, calada pelo que havia dito, seu olhar frio e vazio, gélido pela falta de empatia que tinha pelos demais e pela indiferença. Ela revirou os olhos, ainda de braços cruzados, e se manteve serena; afinal, sabia muito bem dos erros que cometera como mãe.

Moonbyul voltou a se sentar, saindo das gravações e provas, e deixou o controle em uma pequena mesa ao lado da televisão. Ela se sentou ao lado de Taehyung novamente, vendo que o rapaz estava sensível, porém muito feliz com a fala dos sogros.

— Eu achei que eles não iriam me dar apoio emocional nisso tudo, mas estou tão feliz com isso — disse baixinho para a advogada que se sentava ao seu lado. O ponto principal que fez Tae sorrir foi Suryeon mencionar que faz parte da família.

— Ela tem cara de uma pessoa gentil, deve saber o que perdoar e o que não se deve perdoar — disse Moonbyul.

— Kim Jungwoo, vou perguntar uma última vez: você vai continuar negando? — Namjoon questionou seriamente.

— Se há provas, não temos como negar — Jungwoo disse, de cabeça baixa inicialmente, e logo encarou Namjoon.

Namjoon e os demais juízes anotaram e trocaram algumas folhas, e então a juíza de cabelos pretos curtos, cujo olhar era de arrepiar de tão escuro e sério, puxou o microfone, diante do silêncio que se formou no tribunal.

— A sentença de Kim Jungwoo já foi decidida. Por favor, o réu Yoon Oh Jaehyun pode ter a palavra. O que você tem a dizer sobre a sua situação? No caso informado, me confirme se você realmente está fazendo acompanhamento médico, como foi mostrado? — Ela perguntou, levantando-se e caminhando até mais à frente dos três réus.

Jungwoo olhou a advogada furioso pela incompetência, mas respirou fundo, sabendo que não tinha mais o que fazer além de aceitar seu destino. Jaehyun se posicionou no microfone à sua frente, olhando para o juiz.

— Sim, eu confirmo que andei fazendo acompanhamento médico com o Dr. Park Chanyeol — assentiu com a cabeça enquanto falava no microfone.

— Certo, parabéns. No entanto, Jaehyun, acho que neste tribunal você deve desculpas a algumas pessoas aqui, não acha? Você também, não acha, Kim Taehyung? Não é a primeira vez que te vejo por aqui; te vi crescer e acho que mereço ouvir isso de você uma vez na vida, dos dois aqui à minha frente. — A juíza Shim Eun-seok disse, de frente para os réus em pé. — O réu à minha esquerda — referiu-se a Woo — não vou mais perder meu tempo com seu orgulho.

Jaehyun concordou com a cabeça e logo se levantou, indo até a mesa central, onde faria seu discurso de desculpas com mais clareza e firmeza.

— Pedir desculpas não é meu forte como ser humano; eu admito isso. Na minha infância, não aprendi a me desculpar com familiares e parentes, a não ser pela minha querida irmã, Oh Nayeon. Mas eu aprendi que, para me tornar alguém melhor, devo pedir desculpas e garantir com ações que vou me tornar alguém melhor. Kim Taehyung — olhou para o rapaz — temos um passado marcante e, por muito tempo, não aceitei te perder por ações que eu mesmo cometi. Hoje em dia, por mais difícil que ainda seja ter te perdido, fico honestamente feliz pelo cônjuge com quem você se encontra em união. Peço minhas sinceras desculpas por conturbar sua vida e psicológico, levando você a ter traumas que eu jamais poderei curar, se não for pelo tempo e uma boa terapia. Peço minhas sinceras desculpas a Jung Hoseok por ter insultado muitas vezes e conturbado o relacionamento de vocês. A Min Yoongi e a Min JiLiz, peço novamente minhas sinceras desculpas. Sinto muito que a garota tenha que carregar marcas de um acontecido do qual ela nunca teve sequer culpa ou conhecimento. E ao pai, que é responsável por passar pelas dores da filha em estado entre a vida e a morte. Reconheço meus erros e peço desculpas a todos, independente do que fiz. Me tornarei alguém que possa dar orgulho aos meus familiares, parentes, futuros amigos e ao meu futuro namorado. Obrigado! — Ele se levantou, se curvando a todos, incluindo o juiz.

A juíza Shim Eun-seok curvou-se para Jaehyun e viu que Yoon aceitou o perdão do rapaz, assim como sua filha. Shim Su-Ryeon suspirou aliviada e, assim como Hoseok, concordaram e aceitaram as desculpas. Shim pensou consigo mesma: eu sempre soube que esses meninos eram bons no fundo, mesmo que tenham cometido erros tão graves. Ela estava magoada com a mulher que criou aquelas crianças para serem daquele jeito, e seu peito estava apertado pelos dois meninos que ela pôde conviver e ver crescer, mesmo que tenham passado por tudo isso. Logan sentou-se ao lado de Shim Su-Ryeon, que tampava o rosto em lágrimas, enquanto Hoseok respirou fundo, sentindo um alívio no peito e no ambiente.

— Sem ressentimentos — proferiu Hoseok, que se sentou após um breve sorriso, e apenas ficou pensando sobre a última frase de Jaehyun, decidindo deixá-la para lá.

Com um sorriso nos lábios, Jaehyun voltava para seu lugar, sentindo o peito leve, por mais que soubesse que ficaria por bons anos preso. A vez agora era de Taehyung, que caminhou até a pequena mesa onde se encontrava Jaehyun, segundos atrás. Ele se sentou, tomando cuidado com o pé machucado, e ajeitou o microfone à sua frente. Respirou fundo antes de olhar a todos que estavam ali à sua frente, ao lado e atrás.

— Minha primeira palavra é gratidão. Queria agradecer a todos que compareceram e foram pacientes até o dia de hoje. ‐ Se virou para Jaehyun. — Agradeço imensamente pelo pedido de desculpas, Yoon Oh. Acredito que, no futuro, você se tornará um rapaz que nos trará orgulho. Continue assim. — Sorriu para ele e, em seguida, se voltou para todos os presentes. — Obrigado pela presença de cada um e pelos depoimentos das testemunhas, que se lembraram bem de momentos que ainda me marcam profundamente. E, principalmente, aos meus queridos sogros, pela presença e pelo perdão. Isso demonstra o apoio de vocês, apesar de tudo.

Taehyung respirou fundo, ajeitando o cabelo atrás da orelha, e olhou para o rosto de SoHee.

— Han SoHee... é gratificante ver que você está vivendo sua vida ao lado do seu esposo novamente. Mas meu coração se parte ao lembrar do que fui capaz de fazer um dia. O que mais me dói é saber que esse erro é irreversível; eu não posso simplesmente devolver o que você perdeu. Sinto muito pelo que você passou comigo, em condições tão precárias, e me arrependo de coração pelas atitudes que tomei contra você. Ela seria uma bebê linda... — Taehyung abaixou a cabeça, desviando o olhar, e limpou uma lágrima que escorria. — Peço desculpas, do fundo do meu coração, por tudo que fiz a você e à sua família. Perdão.

Dessa vez, ele se virou para seu namorado, oferecendo um sorriso fraco.

— Eu também devo desculpas ao meu próprio namorado. Desculpe pelas vezes em que me descontrolei por ciúmes de algo do passado que não deveria mais afetar o nosso futuro. Desculpe por machucar alguém que é tão importante para mim, escondendo isso e, consequentemente, mentindo que não estava fazendo nada de errado. Peço minhas sinceras desculpas por ter tornado tudo uma bagunça em nosso relacionamento. — Taehyung respirou fundo, abaixando a cabeça enquanto lutava contra as lágrimas, lembrando-se de tudo. — Peço desculpas a Inmyeon pela forma como tratei sua esposa e filha, que já não está entre nós. E também a Min Yoongi, por Liz ter sofrido o acidente junto comigo. Tudo o que eu mais queria era não machucar mais ninguém. — Ele se levantou, se curvando enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Ao se recompor, exclamou: — Obrigado. Agradeço também a Shim Eun-seok pela compreensão; imagino que meu pai estaria orgulhoso de você.

— Taehyung, ela ficará feliz em ouvir isso, mais uma vez. — Sohee comentou, levantando-se com Inmyeon, as mãos repousadas na barriga. — Desta vez, você terá a chance de conhecê-la, e com certeza, ela já te perdoou. — Sorriu. — Estou grávida novamente.

— E eu devo desculpas pela minha rispidez com você, mas por favor, continue os tratamentos médicos. — Doutor Inmyeon disse.

Taehyung olhou incrédulo, um sorriso bobo iluminando seu rosto, enquanto lágrimas de felicidade escorriam.

— Estou tão emocionado em saber disso... Meus parabéns ao casal! Essa notícia é brilhante! — Tae abraçou Sohee, acariciando a barriguinha. — Ela virá linda e saudável. — Então se voltou para Inmyeon, aceitando suas desculpas. — Sem problemas, Inmyeon. Agradeço muito. E claro que continuarei. — Riu brevemente, aliviado.

— Certo, Kim Taehyung, pode voltar ao seu lugar. — Shim Eun-seok observou, então se sentou novamente. — Por favor, todos de pé.

— Kim Jungwoo, por: bullying, violência escolar, tentativa de homicídio, cárcere privado, danos morais, físicos e psicológicos, danos patrimoniais, projeção de abuso sexual, difamação e calúnia, e tráfico de órgãos. Sua sentença é de prisão perpétua.

Namjoon pronunciou em voz alta.

— Já que a família do réu pediu clemência e ele admitiu seus erros, está fazendo acompanhamento psicológico, Yoon Oh Jaehyun, sua sentença é de 5 anos de prisão. Caso retorne ao tribunal apresentando bom comportamento, essa sentença poderá ser reduzida a 4 anos, por danos psicológicos e morais, perturbação da ordem e atropelamento culposo e perseguição. Caso você apresente melhorias em sua saúde mental, bom comportamento e arrependimento, provando que pode voltar a conviver em sociedade.

Namjoon declarou seriamente.

— O último réu, considerando a clemência das testemunhas, a entrega e a admissão de suas ações, além do acompanhamento médico, terá sua sentença de prisão domiciliar por seis meses. Ele deverá retornar ao tribunal, juntamente com o detento, para comprovar a melhoria de sua saúde mental, provando que pode conviver em sociedade sem causar danos ou perturbações a terceiros.

Namjoon declarou finalmente, batendo o martelo três vezes.

— E, por fim, declaro que o caso está encerrado. Chegamos ao fim do tribunal. Podem levar o detento Jungwoo e Yoon-oh Jaehyun. Park Chanyeol pode acompanhá-los, juntamente com os seguranças - Namjoon informou, sua voz ecoando na sala.

As sentenças foram bem recebidas, exceto por Jungwoo, que estava em um estado de desespero pela prisão perpétua imposta a ele, dada a gravidade dos crimes cometidos.

— O QUE? NÃO, ISSO NÃO É POSSÍVEL! - Ele gritava enquanto era arrastado pelos seguranças. — EU VOU TE MATAR, KIM TAEHYUNG! EU VOU TE MATAR!

— Se você tivesse me matado e fosse um pouco mais inteligente, não estaria aqui. Mas, claramente, você não é nenhuma das duas coisas! - Taehyung retrucou, acenando enquanto Jungwoo era puxado à força pelos seguranças. Por outro lado, Jaehyun se comportou bem, retornando calmamente ao seu lugar. Ele acenou para a família, e Nayeon correu até ele, envolvendo-o em um abraço apertado como uma despedida.

— Jaehyun? - Shim Su-Ryeon se aproximou dele, envolvendo-o em um abraço e acariciando seu rosto. — Você continua aquele menino pequeno que eu conheci. Cuide-se, hum? E você também, Nayeon - disse, passando a mão pelo ombro da jovem.

Jaehyun virou-se ao reconhecer a voz e, ao ver a mulher familiar diante dele, seu sorriso se iluminou. De certa forma, Suryeon representava um conforto para ele.

— Pode deixar que vou me cuidar - respondeu, sorrindo como um bobo. — É muito bom te ver de novo, Tia Suryeon.

— Fico feliz que tenha vindo, Tia. Sentimos muitas saudades de você - Nayeon sorriu, olhando para a mulher.

— Podem me visitar sempre que quiserem, meus amores. Lamento muito por não ter percebido nada na época - Suryeon sorriu, antes de se afastar e se dirigir a Taehyung, abraçando-o e acariciando seu rosto. — Estou tão feliz que você esteja melhor. Vamos voltar para casa e comer - ela sorriu, puxando Hoseok, que logo se aproximou, tocando a cabeça dos meninos.

— Estávamos com saudades de vocês - ele declarou, olhando para todos.

Park Chanyeol saiu pelo outro lado, retirando o jaleco e se preparando, em seguida se dirigiu a Nayeon e Jaehyun.

— Oiê, cunhada - Chanyeol cumprimentou, acenando para Nayeon.

— Não tem problema, Tia Suryeon! - Nayeon falou, antes de Jaehyun. — É um grande prazer ainda termos você por perto - sorriu. — Mas, claro, venha nos visitar, sempre teremos novas histórias para contar. - Nayeon sorriu largamente e acenou para Suryeon, que os deixava ir. Jaehyun fez o mesmo, com um sorriso genuíno no rosto.

— Obrigado, Sra. Shim. Eu é que fico feliz por você ter aparecido - Taehyung sorriu amplamente, rindo ao ver a animação deles para saírem do local.

Enquanto isso, esperando Chanyeol, Nayeon permaneceu ao lado de Jaehyun. O choque foi a forma como ela foi chamada.

— Cunhada? - Sua expressão era de total incredulidade. — Espera, o futuro namorado do discurso do Jae... É VOCÊ?

— Sim, sou eu. Está tão chocada assim? Mas mantenha isso em segredo por enquanto, você sabe como é a linguinha solta. Na hora certa, todos vão saber - ele riu, ajeitando o jaleco nos braços e caminhando ao lado deles. Já tinha algo em mente para contar aos meninos, mas somente o faria a SeokJin naquela noite, enquanto acompanhava-os e o segurança.

— É claro que estou chocada! Não imaginei que fosse você... - Nayeon deu risada, incrédula. — Pode deixar que não contarei a ninguém! - piscou, enquanto os três saíam juntos.

— Boba - Chanyeol comentou, segurando o braço de Jaehyun. — Eu disse que sua sentença seria reduzida, seriam 8 anos.

— Hoje foi torturante. Minha garganta estava seca, sentia até a pressão. Não sei nem como consegui pedir desculpas a todos, estava tão nervoso - Ele olhou para Chanyeol. — Mas é bom saber que não vou perder tanto tempo na cadeia...

— Eu me senti mais leve depois que você pediu desculpas. Foi como se você tivesse me matado do coração - Chanyeol sorriu, rindo. — Bom, você realmente não vai perder tanto tempo - sorriu, enquanto chegavam à porta para que ele fosse levado novamente. — Amanhã, volto a te ver - ele sorriu, passando a mão nos cabelos do rapaz.

Jaehyun riu, descontraído, tentando ignorar que aquele seria um dos últimos momentos antes de ficar pelos próximos cinco anos dentro de um presídio. No final, ao se despedir, ele puxou Chanyeol para um abraço, surpreendendo-o com um selinho roubado.

— Vou estar te esperando amanhã - sussurrou no ouvido dele, acariciando as costas do rapaz.

— Você vai passar um bom tempo me vendo, quase todos os dias de consulta no presídio - Jaehyun sorriu, encostando-se ao namorado, ainda sorrindo com o selinho que havia roubado. E, como se estivesse em um impulso, roubou outro e abraçou o rapaz. — Vê se não arranja briga por lá - sorriu, soltando-se do moreno, enquanto olhava para Nayeon, que começava a perceber a seriedade da situação.

— Tentarei não estraçalhar a cara de ninguém por lá - ele respondeu, em tom irônico, bagunçando os próprios cabelos, sorrindo.

— Estou realmente chocada. Não sei nem o que dizer... - Nayeon declarou, admirada, observando como os dois se tratavam. — Mas até logo, Chanyeol. Vê se cuida bem do Jae. E você também, Jae, cuide muito bem do Chanyeol!

— Até mais, Nayeon. E pode deixar que eu vou cuidar desse aqui - Chanyeol riu com a fala dela, enquanto Jaehyun beijava a bochecha do namorado antes de ser levado. Chanyeol se dirigiu a encontrar Jin para o jantar. Ele aguardou que o jovem entrasse no carro.

— Nosso compromisso nos aguarda - Park sorriu, com um sorriso estampado no rosto.

🥂

Antes que pudesse ir embora, Nayeon se despediu do irmão com um abraço apertado antes de cada um seguir seu caminho normal do cotidiano, afinal, o tribunal já havia terminado. Jin, que estava conversando com Namjoon, se despediu do namorado, dizendo que tinha afazeres antes de ir para casa. Ele foi até o carro de Chanyeol. Entrou no automóvel, sentando-se no banco do passageiro da frente e colocando o cinto.

— Achei que você tivesse esquecido do nosso compromisso - Jin comentou.

— Não esqueci! Hoje foi um dia tenso, basicamente o dia inteiro no tribunal - Chanyeol comentou, dirigindo-se ao destino. — Mas agora podemos todos ficar em paz - suspirou, relaxando. — Não acha?

— Jungwoo pegou prisão perpétua. Jaehyun cumprirá pena de cinco anos e Taehyung, prisão domiciliar por seis meses... Acho justo. O principal está com suas consequências - Jin soltou o ar pelo nariz, aliviado.

— Exatamente. Agora... hoje vou te deixar um pouco chocado - Chanyeol comentou, dando risada.

— Não me diga que você está se envolvendo com alguém romanticamente - Jin fez uma hipótese, rindo.

— Acertou em cheio... você é bom nisso - Chanyeol confirmou, rindo. — Se eu te contar com quem, todos que souberem vão ficar indignados comigo - disse, mantendo o foco na estrada, enquanto chegavam ao restaurante que não era tão longe de onde estavam. — Chegamos - falou, estacionando e soltando o cinto.

Com os olhos arregalados, Jin soltou uma risada alta, sem acreditar que havia acertado tão bem. Ele soltou o cinto de segurança, saindo do carro e acompanhando Chanyeol.

— Humm, já que acertei a primeira parte, você deveria me contar quem é esse seu ou sua pretendente. Ou será que vai ser um choque e tanto para mim?

— Vai ser um choque e tanto - Chanyeol respondeu, coçando a nuca enquanto se dirigiam à mesa reservada. Sentaram-se e um vinho foi servido na mesa.

Jin agradeceu ao garçom com um sorriso por ter sido servido. Então, voltou sua atenção ao rapaz à sua frente.

— E quem não se lembra, né? O discurso inteiro do Jaehyun deve estar circulando por todos os cantos das redes sociais... Mas me lembro, sim. O que tem?

— O futuro namorado dele que ele disse... bom, sou eu... na verdade. — Park admitiu, tomando um gole do vinho.

Jin, que estava tomando um gole do seu vinho, se engasgou ao ouvir aquilo. Foi uma cena até engraçada dele lidando com o vinho, que escorreu pelo copo, pela boca e ao redor dos lábios e nariz.

— Como é que é? — Ele pegou um guardanapo para se limpar. — Não tô acreditando nisso... CHANYEOL!

— Eu disse que você iria ficar chocado com isso — ele disse, colocando a taça na mesa novamente.

— E faz quanto tempo que vocês estão com esse rolo, hein?

— Umas quatro semanas, quase isso. E há dois dias isso tomou um rumo certo... — Ele não se conteve em dar risada, pois sabia que para ele era um absurdo.

— Uau... Eu honestamente esperava qualquer pessoa que você fosse se relacionar, mas o Jaehyun é novidade. Ainda não vou muito com a cara dele, apesar do tribunal e das desculpas... Vamos ver quando ele estiver uma pessoa melhor. — Jin sorriu. — Pretendem se tornar namorados logo?

— Eu sei que isso parece claramente uma loucura, mas é exatamente por ser tão cedo que eu não vou contar aos demais, porque ele não tem mais a confiança de ninguém, mesmo depois de hoje. Somente da senhora Shim Su-Ryeon e da irmã, e a minha ainda está se formando... Mas se eu não der o segundo voto de confiança, já que Namjoon deu o primeiro, e a chance a ele, iremos esperar um tempo para isso.

Jin deixou a taça sobre a mesa e escutava atentamente o rapaz.

— Você está certo em não contar por agora. Na verdade, é bom que você conte a eles depois que toda a poeira assentar... Se contar agora, não vai ser uma notícia tão bem recebida, com tanto calor. Vão te desejar um bom relacionamento, mas o Jaehyun tem um histórico bastante marcante... Vamos esperar mais votos de confiança, assim você pode se sentir seguro em contar a eles... E lembre-se, conte a eles. Porque se eles descobrirem por conta própria, não vai ser bom!

— Bote marcante nisso, e bom, eu pensei bastante nisso... E até tenho uma ideia de como vou contar em breve, mas pretendo deixar isso só entre nós por enquanto — ele suspirou. — Tanto que ele também ainda está a caminho de melhorar a forma como pensa, então ele ainda está entendendo o que sente por mim e deixando o que viveu com o Tae ir embora e aceitando isso. Com frequência, ele percebe isso quando eu digo que já esperava; é como um gatilho para ele lembrar que está no fundo do poço e que talvez a última pessoa que ele tem para pedir a mão pode estar sempre a um passo de ir embora de novo. No caso, deixo-o constantemente na sensação de que ou ele vai perder de novo ou vai pensar e fazer direito. Um pouco cruel, mas... tem feito ele pensar bastante agora. — Sorriu, mexendo o vinho na taça.

— Entendi perfeitamente, é até admirável da sua parte. Realmente, um pouco cruel, mas se está dando certo... é o que importa, não acha? — Jin riu e logo o garçom trouxe seus pratos, servindo-os. Ele agradeceu com um sorriso generoso. — Olha, conheço o Jaehyun desde que éramos crianças; a minha família é próxima à família dele... E quando éramos crianças, apesar de ele ser muito quieto e rebelde, sempre teve um toque de amor e zelo pelas coisas que amava verdadeiramente. Só na adolescência se tornou um monstro e segue hoje em busca de tratamento... Mas ele vai conseguir, vocês vão ficar bem juntos. — O rapaz sorriu e pegou o talher para degustar seu prato.

— Meu jeito, a sua família e a do Hoseok e a minha e a dele têm um pequeno passado juntos para se conhecerem. Até lá, você vai esquecer, enquanto já vai estar valendo a surpresa de sairmos, ou namorando, ou noivando, qualquer coisa — Chanyeol comentou, sorridente, e deu risada, enrolando o garfo na comida e levando-o à boca.

🥂

Na casa do casal Jung Hoseok e Kim Taehyung, ambos chegavam juntos com os sogros, adentrando naquela casa luxuosa em detalhes, porém, do tamanho perfeito para eles e os bichinhos.

— É bom te ver de novo! Vocês têm passado bem? Desculpe, não avisarmos que veríamos o julgamento. Já faz muito tempo que... nós todos não nos encontrávamos desta forma. Eu senti saudades de vocês. — Shim Su-Ryeon, sentada ao sofá ao lado do marido, com seu jeito de mãe, tão carinhosa e atenciosa, transbordava carinho e preocupação em suas falas.

— Já faz bastante tempo mesmo que não vejo meu filho e o meu genro — Logan comentou com um sorriso. — Querem comer algo? Eu preparo para vocês. — Já se levantando, ele foi à cozinha para pegar taças para todos e servir um vinho, pois sabia que seu filho era amante de vinhos e sempre tinha um em casa. Abrindo a geladeira, bingo! Tinha um vinho aberto, mais que cheio ainda.

— Vocês estão ótimos, poderiam ter me avisado que veriam o julgamento acontecer — Hoseok disse, enquanto se encostava e cobrindo o cabelinho de ondas de chocolate do Taetae com uma coberta, já que sabia que ele ainda estaria com dor na beira da barriga.

Seokjin sobressaltou as sobrancelhas enquanto tomava novamente a taça com o vinho. Ele estava mais ouvindo do que falando.

💌

Na casa do casal, Tae se encontrava sentado no sofá novamente, além da presença de Hoseok, seus sogros dando companhia, uma visita que fazia muito tempo.

— Nós andamos bem, apesar dos acontecimentos anteriores... Ainda estamos para melhor — Tae se referiu à situação atual que se passava, com a perna ainda em tratamento e Hoseok que parecia estar para baixo semanas atrás. — Também sentimos — ele sorriu. — Não vejo vocês desde a formatura do Hobi... — Olhou para o namorado, que estava agarrado a si, fazendo carinho em suas bochechas e no queixo, como se fosse um gatinho. — Vocês estão bem também? — Tae perguntou antes que Logan pudesse fazer a próxima pergunta e, eufórico, pelas artimanhas do sogro na cozinha, já tinha um pedido. — Se não for pedir muito... O senhor poderia fazer aquela lasanha de quatro queijos com camarão...? — Tae fez uma carinha envergonhada, com um sorriso contido, mas nunca se esqueceu da lasanha do sogro, que uma vez já tinha comido. Ainda mais que estava sensível hormonalmente e não sabia por quê, estava com o apetite à beça.

— É pra já — Logan disse, colocando já o avental sobre sua roupa e separando os itens, levando a todos o vinho na taça e suco para Tae, já que sabia que o rapaz não poderia beber por conta de medicamentos.

— Faz muito tempo, muitos anos já desde que se formaram — Shim Su-Ryeon disse, tomando um gole do vinho. — Estamos bem, tudo bem sim conosco. Fico feliz que esteja tudo certo entre vocês. — Ela sorriu.

— Verdade, mãe, acho que estávamos todos meio ocupados nesse tempo — Hoseok disse, sorridente e empolgado. — Vou ajudar a fazer a lasanha também. — Hoseok disse, indo até a cozinha, que era compartilhada com a sala, modelo americana, e colocou o avental.

Com um sorriso gentil, Tae agradeceu pelo copo de suco que tomaria, sendo exclusivo para os demais, já que ainda estava tomando antibióticos e não queria arriscar. Tae deu um sorriso orgulhoso vendo Hoseok e Logan juntos; era um momento novo, querendo ou não.

— Obrigado... Eu também fico feliz que estejam bem! — Por que andaram tão distantes de nós nesses tempos... Estavam muito ocupados?

Por um segundo, os três se olharam em silêncio e Logan e Hoseok se entreolharam, e ele olhou para a mãe.

— Também, mas é que... bom, o que você gostaria de saber exatamente, meu amor? — Ela suspirou, segurando a taça que bebeu o vinho em seguida, vendo a expressão de dúvida de Tae.

— Acho que... — Pensativo na frase de Shim, já que não tinha algo em específico. — Eu não tenho algo em específico, acho que em geral... O trabalho ocupava muito vocês? Ou só estavam esperando o momento certo para reaparecerem?

— Olha, a verdade é que fizemos um acordo nós e o Hoseok em não nos intrometer nos afazeres dele, ou envolver a mídia, ou explanar a vida dele, até mesmo revelar em nível nacional ele e o seu relacionamento...

— Nós três discutimos e nos desentendemos, pelo que aconteceu na época em que soubéssemos o que aconteceu e porque meu filho estava tão acabado mental e emocionalmente.

Aqui está a versão corrigida do seu texto:

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— Logan... — Shim Su-Ryeon chamou a atenção dele, por estar sendo tão direto com a situação. — De qualquer forma, nós nos entendemos novamente, e agora algumas coisas irão mudar. Você terá mais notícias de nós. Não guardamos mágoas, nada disso, mas Hoseok, Logan e eu nos desentendemos por outras questões que estavam acontecendo, e quebramos a promessa que fizemos a ele recentemente. Desculpe por isso, e é por isso que ele não comenta muito sobre nós, ou por que não aparecemos e nem entramos em contato. Eu escolhi respeitar o meu filho e não incomodá-lo até que isso passasse. Estávamos esperando o momento certo.

Sua expressão era de total choque. Ele escutava tudo com atenção, curioso, e tomou um gole do seu suco. Não esperava que fosse por aquilo, mas, honestamente, era um motivo para se desconfiar.

— Entendo perfeitamente... Deve ter sido difícil para vocês três. Eu percebi isso no Hobi, apesar de ele esconder muitas vezes o que realmente sente ou o que está acontecendo. É bom ver que estão juntos e unidos novamente. Não há nada melhor do que a família unida novamente, não acham? — Ele sorriu e olhou para o namorado e sogro na cozinha.

Shim Su-Ryeon escutou Tae e concordou com ele, sorrindo tranquilamente aliviada com o assunto esclarecido, e então perguntou:

— É verdade. E você, Tae, pretende criar uma criança juntos? Já pensaram sobre isso?

— Ah... — Tae abaixou a cabeça pensativo, brincando com uns pelinhos soltos da coberta, mas logo levantou a cabeça encarando Shim. — Estávamos esperando a poeira abaixar... Mas a garotinha que eu estava pensando em adotar já tem uma nova família. Isso me desanimou de certa forma...

— Sinto muito, meu amor. Mas não perca o ânimo; com certeza, alguma outra garotinha vai conquistar seu coração, assim como ela. — Ela sorriu e se sentou ao lado de Taehyung, passando a mão em seus cabelos. — E não só isso, se permaneça bem, enquanto nós estaremos ocupados novamente com os afazeres do país. Gosto de ver você assim, sorridente e feliz como sempre. — Ela disse, apertando as bochechas de Tae.

— Você tem razão... Uma hora encontrarei alguma criança que irei sentir amor paterno novamente... — Ele sorriu, olhando nos olhos da mulher. — Você sempre é um amor. Gosto muito disso em você. — Ele riu.

Algumas horas depois, a comida já estava pronta. Logan serviu a todos um prato bem cheio da receita, reunidos na sala, cada um com seu devido par, assistindo a um filme de ação na televisão. Até mesmo os bichos estavam tranquilos, aproveitando o conforto.

Hoseok se encontrava deitado esticado no sofá, com Tae deitado sobre sua barriga, sentado entre suas pernas, cobertos com um cobertor após a refeição. Assim como seus pais, que estavam juntos, cobertos por um edredom. Shim Su-Ryeon já dormia sentada, encostada no marido, que mexia em seus cabelos. Tal pai, tal filho, Hobi passava os dedos pelos cabelos de Tae, fazendo cafuné, enquanto abraçava e aquecia o namorado. Hobi pensava bastante, observando tudo aquilo. Mesmo que estivesse em paz e com tudo resolvido na sua vida, queria fazer as coisas direito, sem contar a ninguém desta vez, para sair certo e, no fim, viver com Tae em paz. Mas queria que fosse diferente, e agora pensar nisso não doía mais.

Naquela noite, era como uma que trazia paz sem ventos. Por um lado, Min se encontrava, a essas horas, na companhia da sua filha no hospital, e não podia estar mais feliz com a visita de Jungkook, que passaria a noite com ele. Depois de um julgamento tão tenso e cansativo que tiveram... Da mesma forma, Chanyeol estava virado para a janela do seu apartamento, em seu quarto espaçoso e vago, no escuro, com pouca iluminação vinda dos LEDs. Ele olhava a cidade de cima, com todas as luzes acesas, as ruas e estradas iluminadas, calçadas vazias, carros passando, pessoas andando, mesmo sendo poucas pelo horário. Prédios altos e mais baixos se destacavam. Ele suspirou, com a cabeça deitada sobre os braços, de bruços na cama, em silêncio, observando serenamente aquela cidade tão grande onde aconteceu de tudo um pouco. Park olhou para sua mão direita, e a única coisa que brilhava diante de seus olhos era o anel prateado que decidiu colocar no dedo, o mesmo que pegou da casa de Jungwoo, junto com os pertences de Jaehyun, trazendo para sua casa. Ele suspirou em silêncio, sabendo que aquilo ainda seria um tanto difícil, mas sorriu, pensando que parecia que tudo ia dar certo e logo não estaria mais em uma noite na cama, observando a cidade sozinho. Não que isso lhe incomodasse ou fosse um problema, mas isso iria lhe arrancar um sorriso, assim como agora, enquanto olhava para o anel e sorria como um bobo antes de apagar em um sono tranquilo.

Após o delicioso e apetitoso jantar, Taehyung se encontrava descansando no sofá. Aos poucos, foi fechando os olhos, sentindo as pálpebras pesarem, até finalmente cair em um sono gostoso, dormindo como um bebê. Sentia o coração tão suave, o peito leve e finalmente a mente sem barulhos e bagunça. Estava encerrando uma fase da vida com paz em todo canto, e aquilo o fazia tão feliz. Ele se deitou ao corpo do namorado, caindo em um profundo e bom sono.

De banho tomado e consciência limpa, Jin se encontrava deitado ao lado de Namjoon, após um dia caótico e finalmente em paz. Eles sentiam a brisa da noite, que aconchegava a alma de todos. Depois de tantos anos, pensar que finalmente os acontecimentos pendentes estavam resolvidos e no caminho da cura deixava qualquer um feliz. A justiça estava sendo feita, e só restavam pensamentos positivos daqui para frente.

Jimin não se encontrava diferente, com Hoojong, que estavam em casa apenas aproveitando a bela noite, enquanto os ventos cantavam pelas correrias e batidas nas janelas e cortinas.

Mas logo na suave manhã do dia seguinte, o quarto se clareava com os raios de sol batendo nas cortinas, que balançavam soprando e trazendo o vento quente e fresco daquele dia. Assim como a cidade, a casa estava em silêncio, onde somente o vento corria pelos ambientes limpos, organizados e frescos da brisa que entrava pelas janelas abertas. A cozinha estava tranquila e limpa, com o café da manhã pronto. Na cama, Taehyung dormia, sendo despertado aos poucos pela claridade que assolava seus olhos, até se deparar com a cama mais leve.

Com o corpo totalmente descansado e relaxado, Taehyung acordou com a luz que invadia pela janela do quarto. Estava sozinho na cama. Levantou-se, mexendo nas ondas escuras do cabelo, e foi até a cozinha procurando pelo namorado, mas não viu sinal de ninguém, apenas os dois animais que estavam dormindo no sofá.

A mesa estava arrumada, o café da manhã pronto e os remédios diários que tomava estavam ao lado. Ele se aproximou, vendo a presença do anel que usavam em conjunto e uma cartinha ao lado...

"Bom dia, meu amor...

Você dormiu tão bem na noite passada que eu não quis te acordar. Você estava tão calmo e tranquilo; seu sono estava ótimo. Olha, acho que você está mais acordado lendo o cartãozinho, então, antes de mais nada, tome seu café da manhã que deixei pronto na cozinha, com tudo já separado para você. A casa está limpa, então você não precisa se preocupar com mais nada durante o resto do dia. Eu chamei os meninos para virem pra cá; eles devem estar chegando daqui a pouco. Tem suco e café da manhã para todos vocês.

Meu bem, eu parti cedo com meus pais porque não queria te ver triste ou chorar na minha frente. Isso me doeria tanto quanto me doeu um pouco deixar a aliança em cima do balcão. Tenho certeza de que você está chorando agora e que os meninos talvez tenham acabado de chegar e não estão entendendo nada. Mas, mesmo que me doa sair desse jeito e nesse momento, não encontrei outra escolha melhor. Sinto muito, meu amor. Mas eu precisei terminar contigo sem te ver chorar desse jeito, em um momento complicado. Eu vou voltar, só me dá um tempinho para ajeitar as coisas, está bem? Eu te amo. Me espere um pouco... eu prometo.

— Seu amorzinho, Jung Hoseok."


A garganta estava em nó, mal conseguia dizer alguma coisa. Chorava como uma criança e com a consciência pesada ao relembrar que, da última vez, apesar de não estarem namorando há anos, estava completamente apaixonado pelo rapaz. Ele se foi novamente e, mesmo jurando voltar, Taehyung se sentia sozinho e vazio novamente.

Passaram-se alguns minutos até que ele viu Jin, Jimin e os demais entrando pela porta da frente, graças à senha que sabiam para a fechadura digital.

— Caramba, Tae, se não fosse pela fechadura digital, você não abriria nunca! — disse Jin, abrindo a porta e vendo Taehyung, que mal se mexia, encarando um ponto fixo, chorando de soluçar. — Calma, Tae...

— Como posso ter calma? — Ele olhou para Jin, sentando-se ao seu lado. — É por isso que eu estava estranho comigo? Por isso? — Mostrou a cartinha, embaraçado na emoção do choro. — Como ele teve a capacidade de fazer isso comigo de novo... Como, Jin?

Taehyung estava claramente indignado. Jin puxou-o, abraçando-o para que se acalmasse e respirasse fundo.

— Você mal comeu. Olhei a mesa; ele deixou café da manhã para você. — Acariciou as costas de Tae. — Acalma esse coraçãozinho e vamos comer antes de você se acabar de chorar pela despedida dele. — Ele tentou puxar o rapaz para ir até a mesa.

— Eu não quero comer, não quero nada. Eu quero ele. Eu quero o Hoseok, Jin! — Taehyung choramingava pelo rapaz, em uma nova crise de choro.

...

— Você tem certeza de que prefere ser assim, Hoseok? — Shim Su-Ryeon perguntou, olhando para o filho sentado no banco de trás do carro, escorado na porta e no braço de apoio, enquanto ela compartilhava suas dores em silêncio. — Hoseok? — chamou a atenção dele.

— Está tudo bem, mãe, eu precisava fazer isso. Vou resolver as coisas de uma vez, confia em mim. — Hoseok respondeu, de olhos fechados, tentando dormir um pouco para se distrair da vontade de chorar.

— Shim, ele sabe o que está fazendo. — Logan disse enquanto dirigia, olhando pelo retrovisor. — Não segure o choro igual a sua mãe. Sei que teve seus motivos para querer ir embora desse jeito de repente, conosco de volta para casa dessa forma.

— Ele vai ficar bem... até eu resolver tudo o mais rápido possível. — comentou baixo enquanto limpava o rosto.

Hoseok respirou fundo, e Shim Su-Ryeon limpava o rosto enquanto olhava pela janela, vendo-o chorar em silêncio pelo retrovisor, continuando o caminho em silêncio.

A boca dele mexia constantemente, se contendo do choro, mas era como se quisesse sair por aí gritando a todos, questionando mais uma vez o porquê dessa despedida tão inesperada. Jin pegou-o pelo braço, e os demais vieram logo atrás, dando apoio e indo até a mesa, onde colocaram Taehyung sentado em uma das cadeiras de frente ao café da manhã.

— Você precisa comer pelo menos; chorar desidrata. — Jin comentou, olhando Taehyung, que segurava apenas o pão, mas mal conseguia ter forças para colocá-lo na boca e mastigar.

— Hum... — Jimin pegou um pequeno pedaço do pão, mastigando e apreciando o sabor. — Está gostoso, Tae; ele fez com muito amor e carinho. Se ele estivesse aqui, iria adorar ver que você está comendo. — Sorriu e fez carinho no cabelo do rapaz, ajeitando-o atrás da orelha e arrumando a franja.

— Ele não está aqui... — Antes de mastigar, Tae comentou e comeu um pedaço. As lágrimas não paravam. — É culpa minha, né? Foi por causa da SoHee? Ou ele se apaixonou por outra pessoa enquanto estava trabalhando?

— Taehyung, para com isso! — Jin chamou a atenção. — Ele te ama tanto, caramba. Não fique remoendo o passado e muito menos ache que ele se apaixonou por outra pessoa. A única pessoa que ele ama verdadeiramente nesta Terra, fora os pais e a ele mesmo, é você, Kim Taehyung! — Jin disse, acelerando, um pouco impaciente com a mentalidade do amigo. — Ele é apaixonado por você... Mas não entendo o porquê desse término...

Jin questionou, e então Jimin, que dava carinho a Taehyung, olhou para Hoojong e fez um sinal para saírem do cômodo.

— Já volto, Taetae. — Deu um beijo na bochecha do rapaz. — Vou falar com o Hoo rapidinho, come direitinho, viu? — Jimin se levantou e esperou que Hoojong fizesse o mesmo para irem até a varanda.

Hoojong fechou a cortina da varanda e a porta para que não ouvissem a conversa enquanto Jin permanecia acompanhando Taehyung no outro cômodo.

Jimin viu a vista que a varanda dava, respirou fundo e logo olhou para Hoojong, cruzando os braços.

— Você sabe de alguma coisa. Não sabe?

— Por que eu saberia de alguma coisa, amor? — Hoojong questionou Jimin.

— Talvez porque você é melhor amigo do Hoseok. — Ele ergueu as sobrancelhas. — Não entendo... O Hoseok ter simplesmente ido embora, assim, por nada? Estava infeliz com o relacionamento?

— Não sei mesmo, meu bem. Ele não me disse nada esses dias, nem ontem nem hoje. — disse pensativo. — Mas não acho que ele estava realmente bem; não tenho certeza disso, mas talvez ele tenha bons motivos para isso assim...

Jimin soltou os braços e o ar pela boca, olhando para todos os cantos enquanto desviava o olhar.

— Quando achei que estava tudo bem, surge mais um motivo para o Tae ficar mal novamente. — Disse, retomando o olhar em Hoojong. — Em breve, saberemos o verdadeiro motivo pelo qual ele sumiu...

— Saberemos. — Hoojong sorriu e deu risada. — O que será que você está tramando, Hoseok, pra ter feito isso? — disse olhando para o horizonte. Logo sentiu o celular vibrar, olhou a notificação e leu: "A partir de agora, a loja de roupas...", mas o quê? — ele abriu a mensagem, não terminando de ler. — Ele passou a loja pro meu nome e do Jintaek? — questionou alto. — Agora eu quero realmente saber pra onde ele foi e o porquê disso tudo. — Ele suspirou e desligou o celular, colocando-o no bolso do moletom.

Jimin, que estava distraído, franziu as sobrancelhas ao ouvir o questionamento alto do namorado.

— É o que??? É isso mesmo que eu escutei???

— É sim. — confirmou Hoojong. — Bom, amor, vamos voltar pra lá; não vamos deixar o Jin e o Tae assim, antes que o Jin perca a paciência. Vai ficar tudo bem, amor; tudo dará certo até lá. Hoseok vai ligar em algum momento.

— É, o Taehyung está desesperado... Mas o Jin não pode perder a paciência tão facilmente. — Jimin suspirou, balançando a cabeça pensativo, e foi abrindo as cortinas. — Quando ele ligar, o Taehyung vai chorar muito ou vai xingar muito ele. — Deu risada e abriu a porta, voltando para dentro de casa. Quando menos esperou, Taehyung já tinha acabado o café da manhã, mas ainda chorava como uma criança.

— Uau, parabéns, Tae. Conseguiu terminar o café da manhã! — Jimin bateu palmas para o garoto.

— Foi difícil, mas ele terminou. — comentou Jin. — Se sente melhor, Tae

— Acho que não...— ele respondeu, secando o rosto, em um último suspiro de choro.  — Não — ele respondeu de forma seca, fazendo um bico de choro. — Não entendo por que ele deixou o Léo... É para eu me lembrar todos os dias que ele me deixou novamente? O gatinho veio até ele, mas em momento algum Tae o desprezou; pelo contrário, fez muito carinho nos pelos acinzentados.

— Desculpa te perguntar assim agora, mas quantas vezes ele te deixou? — Hoojong perguntou curioso, alisando o gato grande, que era muito carinhoso e manhoso ao toque. Enquanto isso, Hoojong viu o celular de Tae vibrar com uma mensagem chegando.

brrr...

HOSEOK: "Não quis deixar você sozinho com o Tany nem tirar a companhia dele. Não posso levar o Léo comigo, não agora; ele gosta muito de você. Cuide bem dele e fica bem, OK? Até logo."

Hoojong pegou o celular e evitou, por um momento, entregá-lo a Tae.

— Essa é a segunda vez que ele faz isso... Da primeira, nós ainda não namorávamos, mas tenho quase certeza de que ele sabia que meus sentimentos estavam se aflorando. Daí ele foi embora depois da formatura — continuou falando enquanto alisava os pelos do gato, mas acabou não percebendo que o celular tinha vibrado. — Você sabe de alguma coisa, Hoojong?

— Não. Ele não me disse nada, nem para o Jintaek — respondeu Hoojong, guardando o celular atrás das costas no sofá e sorrindo. — Mas não fique assim; tente pensar pelo lado bom: se ele disse que vai voltar, talvez não demore tanto.

Taehyung ergueu as sobrancelhas e limpou as lágrimas que escorriam pela bochecha. Ainda estava muito mal com a situação.

— É... assim espero — suspirou. — Eu vou me arrumar, que hoje é dia de tirar o gesso e a bota... — levantou-se e caminhou de volta para o quarto.

— Está bem — Hoojong sorriu, passando a mão nas costas dele. Em seguida, olhou para Jimin e Jin, jogando o celular de Tae novamente no sofá.

Jin arqueou as sobrancelhas ao ver o celular que Hoojong jogou no sofá.

— O que você estava escondendo, hein? — falou baixo, para que Taehyung não escutasse.

— Você quer que ele volte a chorar? — Hoojong perguntou, indignado. — Olha a notificação.

Jin pegou o celular e, pela tela de bloqueio, leu metade da mensagem. Como tinha acesso à senha do amigo, desbloqueou o WhatsApp e respondeu pelo Taehyung.

"— É o Jin. Onde foi que você se meteu, hein, Hoseok? Tá maluco? Não deixei o Taehyung ver a mensagem; ele mal consegue fazer as coisas direito sem chorar."

— Ele não vai responder, Jin. Se nem as minhas mensagens estão chegando mais pra ele... — comentou Hoojong, suspirando.

Jin desligou o celular, irritado, e deixou-o de lado, cruzando as pernas enquanto franzia o canto da boca, demonstrando indignação.

— Quero ver qual vai ser a história que ele vai contar quando reaparecer por aqui em Los Angeles. — Levantou-se do sofá e viu Taehyung voltando com uma roupa básica, rosto lavado, nariz vermelho e os cabelos atrás da orelha. Ele trazia uma bolsa de lado e as muletas que devolveria ao hospital.

— Vocês vão comigo? — Tae questionou, pegando o celular que estava em cima da mesa e apenas verificando o horário.

— Eu pelo menos vou... — disse Jin.

— Vamos todos nós — Hoojong afirmou, levantando-se e puxando Jimin consigo.

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ACABOU!

Kim Taehyung não estava ali por acaso. Seu coração pulsava descompassado enquanto caminhava pelos corredores do Instituto dos Talentos Artísticos. A escola, repleta de obras vibrantes e esculturas intrigantes, escondia um mistério que ele estava determinado a desvendar. Seu ex-namorado, Junghoseok, havia desaparecido sem deixar rastros, e as pistas que Taehyung seguira o levaram até aquele lugar enigmático.

Mas o que ele não esperava era reencontrar Yuta, o melhor amigo de Hoseok, que havia retornado à sua vida como um sopro de esperança em meio ao desespero. A conexão entre os dois reacendeu sentimentos antigos, e Taehyung se viu dividido entre a busca por Hoseok e o que poderia ser um novo romance com Yuta.

À medida que os dias passavam, Taehyung não conseguia escapar da sensação de estar sendo observado. Cada passo que dava o levava a um cotidiano repleto de desafios e relações complexas. Enquanto ele tentava descobrir o que aconteceu com Hoseok, novos laços se formavam: Jungkook e Yoongi se aproximavam, e a vida de Jaehyun, um detento, e Park Chanyeol, seu amigo, se entrelaçava de maneiras inesperadas.

A verdade sobre Hoseok estava prestes a emergir, mas Taehyung sabia que, ao fazê-lo, nada seria como antes. O que aconteceria quando todas essas histórias se cruzassem?

Continua...

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