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— O que você está fazendo aqui? — ele sorriu ladino e se aproximou de mim.

— Temos muitas pendências. — me afastei a cada passo que ele dava para se aproximar.

— Não, não temos pendência alguma, saia daqui imediatamente, se não obedecer chamarei meus seguranças. — ameacei e ele parou.

— Tudo bem eu vou, mas volto. — passou sua mão em meu rosto e olhou novamente meu corpo e eu me senti nua aos  seus olhos.

— Vai embora. — grunhi.

— Me encontre ás oito em ponto no café principal do centro, sugiro que não conte a ninguém sobre isso e que compareça. — engoli em seco e ele finalmente foi embora.

Cai sentada na espreguiçadeira, respirei fundo diversas vezes sentindo um nó em minha garganta, um arrepio pelo meu corpo e uma dor no pé da barriga.

Richard sabe de todos meus segredos mais obscuros, tudo o que eu guardei para mim mesma durante todos esses anos, ele me têm em mãos e sei que irá se aproveitar para tirar tudo o que quiser de mim.

Respirei fundo e peguei um copo d'agua, bebi de uma vez e fui nadar um pouco para ver se me acalmo.

...

— Josh o que é isso em seu pescoço? — perguntei reparando uma marca roxa e também um corte no canto de seus lábios e no seu supercílio.

— Foi um treinamento, amor, eu estou bem. — suspirou cansado e retirou sua gravata seguida de suas meias e logo já estava apenas com sua boxer preta. — Como está? E Jack?

— Estamos bem, os negócios estão bons? — ele me puxou para seu colo e cheirou meu pescoço enquanto agarra minha cintura.

— Tem ido bem, apesar dos ataques frequentes. — beijou meu pescoço e foi descendo pela minha clavícula.

— Para de me provocar Joshua. — falei saindo de seu colo.

— Para onde vai arrumada desse jeito? — se levantou e caminhou até mim. — Vamos jantar fora e nem me falou. — voltou a me agarrar e eu me soltei.

— Não vamos jantar fora, eu vou jantar fora, no caso com Savannah. A mesma me disse que tinha algo importante para me contar, eu já estou até atrasada não demoro. — dei um selinho rápido no mesmo que me olhava surpreso.

— Any Gabrielly!

— Tchau amorzinho. — peguei minha bolsa e as chaves do meu carro e sai correndo dele. Com um clique no chaveiro meu Mercedes-Benz destravou e eu entrei rapidamente no carro e dei uma  buzinada para Joshua que me olhava da entrada.

Em torno de vinte minutos estacionei meu carro e adentrei o restaurante, olhando o local em uma mesa discreta vi Richard acenar para mim. Respirei fundo e caminhei até lá.

— Está gostosa. — ele sorriu safado e eu revirei os olhos.

— Eu sei disso, mas creio que não me chamou aqui para dizer o  que eu já tenho plena consciência, vamos direto ao ponto não tenho tempo a perder. — falei sem paciência. Pendurei minha bolsa no encosto e me sentei.

— Nervosinha, sempre disse que essas são as melhores. — respirei fundo controlando minha paciência mínima. — Eu te chamei aqui porque quero você de volta, Any. — comecei a rir e algumas pessoas no local me olharam.

— Você só pode estar louco. — falei voltando a minha postura. — Eu sou casada e muito feliz, tenho uma família linda e invejável. E nunca que eu voltaria para você depois de todo o mal que me fez. — falei seriamente.

— Você disse que me perdôo, então disse da boca para fora! — exclamou com raiva.

— Eu te perdoei, mas  isso não quer dizer que eu voltarei com você ou que eu tenha me esquecido de tudo, eu te perdoei para deixar de remoer o passado, para ter paz. — dei um gole na taça com água que tinha sobre mesa.

— Ter paz? — ele riu cínico. — mesmo depois do que você fez acha que pode viver em paz? Você é tão pior do que eu Any.

— Não me  compare a você. — indaguei nervosa. — Era só isso que tinha para falar então eu já vou. — me levantei, mas ele  me puxou e eu cai sentada na cadeira.

— Você vai ficar comigo, ou se não eu conto tudo para seu maridinho. — falou com um falso sorriso.

— Eu te  odeio. — esbravejei. — Nunca vou ficar com você novamente, nunca.

— É o que veremos, docinho. Acho que você não quer seu filho machucado não é mesmo. — bati com força na mesa atraindo a atenção de alguns por ali.

— Você nem pense em tentar nada contra  meu filho, seu miserável, eu acabo com você.

— Não seria a primeira vez que acaba com alguém não é mesmo. — riu nasalado. Um garçom voltou trazendo uma comida pedida por Richard, ele comeu quieto com seu sorriso presunçoso, já eu nem toquei no prato. — Você tem dois dias para decidir.

— Eu vou ao banheiro. — não respondi, me levantei com minha bolsa e caminhei até o banheiro.

Deixei minha bolsa sobre a pia, e encarei meu reflexo no espelho, dos meus olhos transbordam lágrimas, enquanto da minha mente todas as lembranças que tanto me angustiam.

Peguei um pouco de água e lavei meu rosto, retoquei minha maquiagem. Assim que estava voltando resolvi não ficar mais naquele ambiente, o cheiro de comida estava me enjoando demais e eu mal consigo respirar.

Cheguei em meu carro e o destravei senti uma mão em minha cintura e meu corpo sendo virado em seguida, um beijo intenso foi depositado em meus lábios.

Empurrei Richard e acertei um tapa em sua face, ele me encarou vermelho de raiva, tentei entrar em meu carro, mas ele me segurou firme me apertando de forma que deixaria marcas.

— Me solta. — respirei fundo e ele não me largou. — agora. — ele desafroxou o aperto, mas ainda continuou me segurando.

— Pense bem, não acho que seu marido e nem ninguém ficaria ao seu lado ao descobrir quem você é, que você nunca foi a menina bobinha que todos pensavam. — ele colou nossos corpos e passou seu nariz pela meu pescoço.

O empurrei com toda minha força, ele cambaleou para trás e eu aproveitei para ir embora dali o mais rápido possível.

Assim que cheguei em casa Joshua estava na sala sentado em uma das poltronas encarando um ponto específico, mas parecia viajar em seus pensamentos.

— Como foi seu jantar, amor? — ele perguntou assim que eu passei por detrás dele.

— Foi bom. — respondi caminhando para meu quarto. — Savannah só precisava desabafar estava com muitos problemas. — falei assim que entrou no quarto.

— Hum, que bom que pode escuta-la não é mesmo? — perguntou e eu franzi a testa pelo seu tom de voz irônico.

— O que foi? — me virei para ele enquanto terminava de me despir.

— Nada. — ele se sentou na cama e ficou me encarando. Entrei no banheiro e fechei a porta, tirei minhas roupas íntimas e entrei no box.

Liguei o chuveiro no morno e senti a água começar a escorrer pelo meu corpo, peguei o sabão e a esponja e comecei a me esfregar para tirar o contato daquele miserável de minha pele. Minha pele começou a arder um pouco a cada esfregada raivosa que eu dava enquanto estava boiando em meus pensamentos e lembranças.

Reencontrar Richard foi com certeza a pior coisa que poderia acontecer. agora com todas essas ameaças eu não sei o que fazer, não quero perder minha familia, mas também não quero me entregar para Richard, isso nunca.

Eu não sei o que fazer definitivamente!

As lágrimas começaram a escorrer novamente, me encolhi no chão do banheiro e chorei baixinho para que Josh não ouvisse. Fiquei assim por um bom tempo até que eu me acalma-se.

Me enrolei toda e fui para o closet, vesti uma camisola de seda, prendi meus cabelos e passei meus cremes da noite, Josh me observava enquanto isso. Desliguei as luzes e fui me deitar.

— Você não tem nada para me contar não, Any? — me perguntou e eu que estava de costas me virei para ele.

— Não, por quê? — arquiei uma sobrancelha.

— Nada, só que você me parece tensa. — respondeu dando de ombros.

— Só estou cansada e enjoada. — falei voltando a me virar se costas para ele.

— Tudo bem, mas será que  eu posso mamar? — me virei assentindo, eu realmente precisava esvaziar um pouco meus seios estão inchados e doloridos.

Abaixei a alça da minha camisola, me aproximei de Josh que agarrou minha cintura e abocachou meu seio e com avidez o sugou. Era bom quando ele mamava a sensação gostosa de sua boca em meu seio, a sensação de esvaziamento era perfeita.

Acariciei seus cabelos, enquanto ele mamava um seio e aperta o outro entre seus dedos. Gemido ao sentir ele sugar com força o que fez doer.

— Vai devagar. — falei e ele se acalmou um pouco. Ele soltou alguns estalinhos fofos e ronronou com um gatinho manhoso, sorri com isso. — Eu te amo. — falei.

— Eu também te amo. — ele disse soltando meu seio e dando-me um beijo calmo e gostoso. — te amo muito.

— Eu preciso de você. — sussurrei entre os beijos que ele me dava. — dentro de mim.

To be continued???