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━ ♡ : 15 Chᥲρtᥱr.

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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!

Cᥲρίtᥙᥣo 15↶

¡! A Mᥲmᥲ̃ᥱρᥲρᥲι
ᥱstᥲ̃o ρrᥱoᥴᥙρᥲdos   !¡


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As coisas estavam muito boas para ser verdade, era um fato, o querido Han mesmo já estava estranhando a pacificidade de seus dias antes cheios de drama e ódio, sem pessoas ruins o cercando, sem coisas atrasando a sua vida e sim, ele estava gostando, mas pareceu que algo não estava bem e essa confirmação apenas apareceu quando dois assistentes sociais acompanhados de um policial apareceram na porta de sua casa, os dois assistentes sociais pareciam sérios, duros com o olhar frígido que os julgava antes mesmo de iniciar uma conversa, que nem ao menos aconteceu, já que eles apenas explicaram que era uma visita surpresa para observar o tipo de casa que as crianças viviam.

Às vezes Lee Minho se esquecia do seu propósito, do porquê de ter entrado na família Han, desde o começo ele apenas estava ali para parecer ser uma "esposa perfeita" que carrega a "família perfeita" enquanto o seu "marido perfeito" traz riquezas á sua casa, sim aquele pensamento misógino, conservador e irreal o irritava, quase nenhuma família real funcionava de tal maneira, mas ele soube que se Jisung estivesse casado com uma mulher o tratamento e os olhares vindos dos assistentes sociais seriam muito diferentes, mas isso também lhe dava idéias, a homofobia que o povo carregava podia o servir de algo, então ele não se abalou.

Piscando lento enquanto observava os dois funcionários públicos, ele suspirou lento, ambos estavam arrumando alguns papéis e olhavam algumas planilhas impressas tentando achar as informações da família Han. Minho bateu uma palma para quebrar o gelo e desviou o olhar para o policial que ainda estava em pé observando o seu pé direito duplo.

━ Tá legal, o clima está bem estranho. - Acabou por rir baixinho e logo se explicou se sentando em sua poltrona enquanto observava os assistentes sociais que pareciam ocupados demais verificando uma tonelada de papeladas sobre a família Han.━ Deve ser porque a informação do serviço social querendo tirar os nossos filhos da gente abala um pouco o nosso raciocínio. - Minho tentou sorrir de forma despojada, mas logo voltou a falar. ━ Sabe, não que seja ruim, eu reconheço que o trabalho de vocês é importante, mas quando a gente passa por uma coisa dessas, dá um medo…

Já Jisung sentia suas pernas bambas, pareceu por um momento que havia algo preso em sua garganta, mas ele tentou ser forte, os receber com gentileza, mas simplesmente as suas palavras desapareceram de sua boca. ━ É… eu… - Seus olhos se arregalaram ao perceber que Lee o observava com um tom de seriedade extrema, Minho era doce, nunca havia o olhado daquela forma e Jisung se assustou, ele estava fragilizado demais para tentar organizar os seus próprios pensamentos.

Mas, ao invés de pedir para o seu marido se acalmar, Minho mudou o seu olhar se expressando de forma mais atenciosa, era estranho, mas Lee conseguia fingir bem. ━ Querido, vai pegar uma água ou um suco para eles, que má educação a nossa, né. - Acabou por rir descontraído, Jisung percebia, era mais uma de suas encenações.

━ Tá legal. - Concordou com a cabeça e perdido se virou, observou a sua própria sala tentando colocar os seus sentidos à ativa e inspirou rápido se retirando do local.

Minho conseguiu. Sua prioridade no começo era tirar o seu querido marido de cena, assim ele podia se acalmar melhor, não que Han fosse um pai ruim, mas quando estava sob pressão sempre acabava passando mal, chorando ou falando coisas terríveis.

Lee não o culpava, Jisung era humano e mesmo que o seu marido tentasse conter os seus próprios sentimentos, era difícil, havia muita coisa em jogo, era a vida de seus filhos, o futuro deles estava em jogo, Han e Lee não tinham a opção de falhar, eles tinham o dever como pais em não errar. Já os funcionários públicos apenas pensaram que Jisung ia lhes trazer água.

Um dos assistentes sociais era uma mulher de cabelos curtinhos, estilo chanel, que usava óculos redondinhos e uma calça jeans flare, ela tentava se vestir bem, aparentava ter um bom gosto para roupas, mas Minho percebia que ela não possuía muito dinheiro, já que seus sapatos não estavam em uma das melhores condições, sem contar que eram falsos. Lee nunca foi um entendedor nato de moda, mas a sua mãe sempre foi obcecada por sapatos de grife e ele sabia bem reconhecer uma réplica.

Um suspiro longo foi ouvido. ━ Bom, podemos começar? - A mulher o observou de modo receptivo, mas voltou a sua atenção à folha que estava na sua frente.

Seu sorriso se abriu, era falso, carregado de nervosismo, da mais pura pressão familiar que qualquer um poderia imaginar. ━ Claro, eu não sabia que vocês iam vir, na verdade estamos esperando a visita já faz algumas semanas e vocês nunca apareceram, então eu pensei que tinham desistido. 

Era a verdade. Minho realmente pensou que por algum motivo eles apenas tinham desistido de tentar tirar as suas crianças, podia ser verdade, o sistema governamental era uma bagunça, eles viviam negligenciando crianças que precisavam realmente de ajuda, então era possível que eles só se esquececem de um caso sem fundamento, porém não ocorreu da forma que eles desejavam.

Mas o homem de cabelos encaracolados, que usava um óculos meia lua e uma camisa social azul marinho explicou calmamente. ━ Bom, é que infelizmente a demanda de casos é enorme e são poucos os assistentes sociais qualificados para esse tipo de inspeção, desde já eu quero pedir desculpas, o processo da vara da criança e do adolescente é extremamente lento. - Concordou consigo mesmo sendo acompanhado pela outra assistente. Minho achou que podia dar tudo certo, ele não pareceu odiar o seu trabalho, ou odiar crianças como a maior parte dos funcionários públicos. ━ Mas Senhor Lee, acima de tudo, não avisamos quando a visita vai ocorrer, achamos sempre bom chegar de surpresa, assim, a probabilidade de ver a verdade é maior. - Com calma terminou de explicar, sua respiração estava um pouco acelerada, provavelmente era a primeira vez que fazia uma visita onde os dois pais eram terrivelmente atraentes, ou era o sol mortal que o esperava lá fora, bem, nunca se sabe.

Jisung apareceu na sala carregando uma bandeja repleta de xícaras cheias de café e um pratinho com alguns biscoitinhos, ele tentou permanecer calmo, o calmante que havia tomado quando estava ali na cozinha ia demorar um pouquinho para fazer efeito.

━ Entendo, mas podem perguntar à vontade, sobre tudo. As crianças estão na escola e hoje é quarta, então hoje tem curso, infelizmente não vai ser possível às ver. - Ele tentou se explicar, seus filhos tinham uma semana muito bem atarefada. Jisung não podia simplesmente brecar todos os afazeres de seus filhos por conta daqueles assistentes sociais, ainda mais Moonbin, que odiava sair de sua rotina.

E o assistente social que acompanhava a mulher de cabelos curtinhos concordou robotizado. ━ Claramente, claramente. - Seu olhar era baixo, desanimador, mas não era como se ele odiasse crianças ou o seu trabalho, o pobre homem de aparelho e óculos que usava uma calça jeans e uma camisa social comprada na promoção era sensível quando se tratava de crianças, acima de tudo Yoon Jeonghan queria trabalhar de modo correto, sem julgamentos errados, a vida de uma criança e de um adolescente estavam em jogo. Yoon levantou uma de suas sobrancelhas e anotou algo em seu caderninho. ━ Mas não estamos aqui para visitar as crianças, eu estou interessada em você e no seu marido. - Apontou para os dois e voltou a se explicar com calma.━ Sabe, antes de conversarmos com as crianças, procuramos saber sobre os pais, sobre a casa, como é o funcionamento dentro da casa dessa família, às vezes um ambiente abusivo não é apenas um ambiente violento, vocês me entendem? - Terminou de explicar e se esticou pegando a xícara de café.

O pai se desesperou por um segundo, seu coração pareceu estar agitado e por Deus, ele quase estava o cuspindo. ━ Eu posso explicar tudo, tenho uma planilha com todos os compromissos das crianças. - Jisung falou enquanto pegava o seu celular no bolso e abria no aplicativo cujo estavam todas as planilhas de tarefas da família.

━ Compromissos? - Ahn Soojin não o entendeu bem, o certo era Han Jisung responder algo como "tudo bem"' como todos os pais que passavam pelo mesmo processo, ela estava acostumada com as lágrimas dos pais que se culpavam, com gritos irritados de pais violentos que não admitiam a intervenção do governo, com apenas uma concordância serena vinda de pais calmos e seguros, mas era a primeira vez que ela via crianças seguindo planilhas.

E Minho se impressionou com a rapidez do marido que logo após sacar o celular, conseguiu mostrar a planilha. Jisung estava nervoso, dava para perceber claramente em suas pernas que estavam bambas ou na sua voz trêmula, mas ele se esforçava ao máximo em passar uma boa impressão.

Lee concordou com a cabeça. ━ Sim. Segunda feira o Moonbin vai para a escola com a Senhora Hong, ela é a mãe de um amigo dele e depois os dois vão juntos para a natação, é bom para a asma dele, mas tudo bem, porque é do outro lado da rua da escola dele. - Minho os assegurou que Moonbin, que era o filho mais frágil era bem cuidado e que a sua asma era sim tratada e vista por eles. ━ Ele odeia natação, nosso filho nunca foi um prodígio nos esportes, mas a gente acha bom ele fazer, pelo menos até os dezesseis.

Jisung concordou e continuou. ━ Na segunda a Youngsun sai da escolinha e vai para a fonoaudióloga, ela fala meio para dentro e tende a falar muito rápido, às vezes ela perde até o ar por se esquecer de parar para recuperar o fôlego. - Bagunçou seus cabelos pensando em algo que naquele momento não o ajudava na calmaria que já era pouca: será que ele atarefava os seus filhos demais? Sim, Moonbin gostava de estudar e ele percebia a obsessão de seu mais velho pelo saber, mas Jisung sentiu que estava o motivando cada vez mais a se doar para os estudos, o que de alguma forma era ruim, tudo em excesso é ruim. ━ Às terças o Moonbin chega em casa e vai direto para o quarto, ele estuda matérias antigas que caíram no vestibular, ele fala que é bom se acostumar logo com aquele tipo de questão, pelo resto do dia ele fica no quarto.

Mas Minho por outro lado falava orgulhoso do planejamento diário das crianças, em sua época ele mal ia à escola, quase nunca fazia nada de produtivo e ficava todo o dia nas ruas fumando cigarros com os seus amigos e extorquindo dinheiro de valentões, pois achava engraçado as reações. Minho não foi um filho negligenciado ou esquecido pelo seus pais, pelo contrário, seus pais sempre o amaram e demonstravam esse amor para o querido filho mais velho, mas infelizmente seus pais sempre estavam ocupados e cá entre nós, sua mãe largou a escola com dezesseis anos após engravidar e seu pai ia para a escola pois era obrigado, para ambos, estudos não era tão importante assim.

Ele piscou sereno tocando com os dedos em seu próprio peito como um modo de se gabar.  ━ Na terça a minha menina fica até tarde na escolinha, eles passam umas atividades diferentes de terça, como dança, canto e teatro. - Sua cabeça se moveu para o lado direito, cujo o policial que ainda estava em pé os observava.━ A Youngsun gosta, ela odeia dançar porque cansa as pernas e odeia ouvir os coleguinhas tentando cantar, mas ela ama muito participar do teatro. - Minho tentava puxar o grande policial calado para a conversa, mas a única coisa que recebeu foi um sorrisinho contido do policial. ━ Ela diz que quer ser diretora de cinema para fazer um filme de terror bom.

Ele se orgulhava de Youngsun, após conhecer a sua querida filha um pouco melhor ele havia descoberto que a sua pequena não era apenas uma criança obcecada por filmes de terror e suspense, ele, naqueles últimos meses havia convivido com a família Han, que agora era a sua família, havia percebido que tinha um grande sonho e um talento na garota, ela amava câmeras e vivia roubando o celular do seu pai para tirar fotos, assim a pequena Youngsun podia sonhar um pouco com o seu futuro, gravar filmes de terror.

Jisung pensou um pouco e moveu a pontinha de seu dedinho indicador até os seus lábios tentando se lembrar dos compromissos de seus filhos. ━ Quarta o Moonbin faz reforço de inglês e matemática avançada, já a Youngsun tem cursinho de alfabetização, na escolinha eles atrasam um pouco as crianças, não concordo muito com o modo de ensino deles, então pagamos um curso à parte, assim ficamos mais tranquilos com a educação de nossa filha.

Ele não tentou mentir, realmente havia colocado uma garota de cinco anos em aulas de reforço, mas aquele pedido foi diretamente feito por Youngsun que queria muito aprender a ler e escrever antes de seus coleguinhas, a garota não tinha ambições e sim, era apenas uma criança, mas por conta da admiração que sentia pelo seu irmão mais velho, que sempre era pego lendo e estudando, ela quis fazer igual,

E como todos, ele se orgulhava de Moonbin, o garoto infelizmente não tinha hobbies ou verdadeiras paixões, mas ele gostava de se esforçar em tudo que fazia, bem, ele nunca começava algo apenas para ser bom, ele era o melhor em tudo que estava envolvido e esse fato deixava Minho intrigado e ao mesmo tempo preocupado. Ele não sabia se o não tão pequeno Moonbin se sentia sobrecarregado com a escola, com a família, bem, Minho não soube bem, mas parecia que o Han mais novo gostava da forma em que vivia, então ele não podia interferir.

Mas Soojin sorriu impressionada em como as crianças eram mais atarefadas que ela mesma. ━ Eu entendi, mas eles só estudam? - Sua pergunta surgiu de uma curiosidade própria, mas ela não deixava de anotar as suas experiências com aquela família naquele mar de papéis encadernados.

Minho negou simples com a cabeça e mais uma vez expôs a verdade. ━ Não, quinta eles ficam tranquilos, menos o moonbin que arruma qualquer desculpinha para estudar mais. - Suspirou meio baixinho antes de terminar, mas logo concluiu. ━ Olha, a gente não os obriga a estudar não, Youngsun quer ser inteligente como o irmão e o Moonbin tem como o seu maior passatempo estudar, já conversamos com ele sobre a carga de estudos dele, mas é o que ele gosta de fazer, então não podemos interferir.

E Jisung complementou a fala de seu marido observando os dois assistentes que bebiam mais do café. ━ Como hobbies em família, estamos investido nos filmes, quinta, sexta e sábado eles estão livres, então filmes maratonáveis, séries e programas é o nosso hobbie favorito, a gente ama pesadelo na cozinha e acompanhamos clube do terror e coragem, o cão covarde com a Youngsun, ela gosta bastante de terror e esse tipo de conteúdo é um terrorzinho para crianças, ela gosta. - Algo parecia estar preso em sua garganta, era o nervosismo, aquele maldito nervosismo que não passava, Jisung estava tentando ser o mais verdadeiro possível, mas e se a realidade que ele vive não fosse tão ideal como o sistema pede? Droga, ele estava com medo. ━ Mas também assistimos além da imaginação e doctor who, meu filho Moonbin gosta bastante de séries com o conteúdo de ficção.

Yoon os observou em silêncio, mas assim que ambos o responderam ele concordou com a cabeça e mais uma vez perguntou. ━ Certo. Como Vocês realizam as tarefas? As crianças fazem algo?

Minho pensou um pouco, nem ele mesmo pensava muito em seu dia a dia, tudo era tão natural, não pareceu ser obrigação, ele gostava de viver como estava vivendo.

━ Nem eu mesmo sei. De manhã a gente concordou em troca de tarefas, um dia eu faço o café, no outro dia ele faz o café, eu trabalho quase todos os dias em casa, então eu fico com eles de tarde, até o Jisung chegar, mas não é muito tempo pois às cinco horas ele já está em casa, quando eu tenho que sair chamamos o nosso vizinho, ele é um ótimo babysitter, mas é bem raro, Jisung quase sempre está aqui quando eu preciso.

Ahn Soojin voltou com mais uma pergunta. ━ E como vão as finanças da família? Vocês já passaram por alguma dificuldade, algo que já tenha os afetado, digo, os afetado drasticamente. - Comentava balançando a sua cabeça minimamente de um lado para o outro um tanto pensativa quanto a avaliação.

Mas inocente sobre a pergunta, sem medo de falar sobre o seu trabalho nada normativo, Lee a respondeu. ━ Não, eu tenho uma empresa de financiamento, nosso forte é antecipação de recebíveis, mas trabalhamos em outras áreas também, meus funcionários são excelentes, então eu não preciso me preocupar com nada, ainda mais financeiramente e de quebra o meu negócio me deixa ter uma disponibilidade aceitável, o que é bom porque eu aproveito mais com a minha família. 

Esboçou em seu rostinho um sorrisinho sereno e fechou os seus olhos por um breve momento. Eles não iam investigar se a sua empresa era ou não de fachada, Minho estava tranquilo sobre isso, o governo não tinha lá tanto poder, ainda mais o órgão governamental da criança e do adolescente, eles não tinham recursos para abrigarem crianças em situação de risco, imagine investigar a sua vida inteira.

━ Eu sou dono de um restaurante no centro. - Han respondeu simples, ele não quis se aprofundar muito em sua resposta, até porque: ele era apenas dono de um restaurante qualquer.

━… qual? - Soojin o perguntou meio aérea ainda anotando coisas em seus papéis.

Mas, por não ver problema em responder a pergunta, ele coçou o topo de sua cabeça. ━ Sel au goût, eu antigamente também era um dos auxiliares de cozinha, mas após a minha antiga esposa falecer, eu passei para a gerência, assim eu tenho mais tempo para as crianças, mas eu posso até te mostrar as finanças da nossa família, podemos dizer que estamos bem de vida e as crianças também. - Jisung se referiu a herança que a sua esposa deixou para as crianças, ele resolveu não mexer naquele dinheiro, mas a tal quantia alta estava muito bem guardada na poupança de seus dois filhos, assim eles podiam usar o dinheiro quando alcançassem os seus dezoito anos, os irmãos Han tinham o direito de usar o seu próprio dinheiro como eles bem entendiam. ━ Ambos estudam em escolas particulares, fazem cursos nos lugares mais caros, vão a viagens, apenas usam roupas de marcas, comem do bom e do melhor e se quiserem eu mostro a casa para vocês, a qualidade de vida deles sempre foi a melhor. - Ele foi sincero. 

Um biquinho se formou nos lábios de Yoo Jeonghan ao pensar um pouco no nome daquele restaurante, mas assim que se lembrou de onde ele pareceu ser tão conhecido, seus olhos se arregalaram. 

━ Eu conheço o seu restaurante, ele é chique. - Afirmou com a sua cabeça, ele nunca havia frequentado um lugar daqueles, mas ele sabia bem que aquele restaurante era um dos melhores de toda a sua cidade. ━ Mas eu não entendo, porque vocês receberam tantas denúncias? - Não tinha mais o do porque de tanta formalidade, era mais fácil apenas os perguntar logo de cara.

━ Consta violência doméstica, abandono de incapaz e negligência médica. - Ahn Soojin leu na ficha ainda não saindo de seu profissionalismo, ela preferiu observar toda a situação sem interagir tanto assim com o casal. Dessa forma a sua avaliação seria mais justa.

Jisung, logo de cara, balançou as suas mãos freneticamente, sua cabeça também se mexia de um lado para o outro como um enorme "não". Foi um pouquinho infantil, mas nada passava do seu mais puro desespero após ser acusado de algo tão terrível como violência, abandono e negligência.

━ Eu nunca bati neles, eu acho que eu nunca gritei com eles, quando eu era criança eu sofri muito abuso físico, eu nunca faria coisas assim com eles, pois eu sei como é difícil para uma criança passar por isso. - Jisung tentou ser verdadeiro com os dois, mas o seu desespero apenas o deixou sem filtro, ele não quis falar sobre o seu passado, eles não tinham que saber sobre o que ele sofreu ou não, mas o fato escapou de seus lábios.

Han só estava sendo verdadeiro, ele nunca bateria, abusaria ou negligenciaria os seus filhos, ele sabia bem que cometer tais atrocidades com um adulto era algo desumano, imagine com uma criança?

Jisung queria proteger os seus filhos do mundo, às vezes esse era o seu maior defeito, não os deixar tão expostos ao mundo como muitos pais decidiam fazer, mas só de pensar em tê-los machucados ou magoados o seu ar desaparecia, para o jovem pai, os seus filhos eram a sua única direção, a razão por ele ainda estar vivo, por ainda existir felicidade em sua vida.

━ Eu não sei o porquê de uma denúncia de abandono, eles nunca foram deixados sozinhos, é sério, raramente saímos de casa, imagine abandoná-los e sobre a negligência médica é um grande mal entendido. - Jisung pareceu estar forte, os explicar sobre todas acusações sem gaguejar, chorar ou apenas desmaiar de nervosismo já era um grande avanço, ele realmente sentia uma grande dor no peito, ele se sentia sufocado e a sua garganta pareceu estar seca, mas mesmo assim ele ignorou os seus fortes sentimentos.

Lee sempre quis saber sobre esse mal entendido, mas tal acontecimento pareceu ser um tabu em sua casa, ele nunca havia tentado saber sobre o que realmente aconteceu para o seu marido ser acusado de negligência médica, mas pareceu ser algo sério, já que por conta de tal episódio lhe surgiram as denúncias.

━ E o que houve nesse dia? Bem, a sua versão, claro. - Jeonghan perguntou docilmente com os seus olhos fixados na ficha do caso, cujo contava o fundamento da denúncia sobre negligência médica.

Jisung deu início à sua explicação, ele odiava se lembrar daquela noite, não havia contado nem ao menos para o seu marido o que havia acontecido no passado, mas o coreano soube, se ele tivesse sido um pai melhor, se ele tivesse prestado mais atenção aos detalhes, nada daquilo teria acontecido, as denúncias, o perigo de os perder, os olhares de julgamento, nada daquilo ia existir.

━ O Moonbin teve uma crise asmática e a bombinha dele tinha acabado, ele sempre carrega uma na bolsa, tem uma no quarto e o resto delas fica na dispensa junto de outros remédios, eu não acho seguro deixar medicamentos no banheiro por conta da Youngsun, ela é curiosa e vive fuçando e comendo coisas estranhas. - Calmamente o explicava em etapas, para não se atrapalhar ou se embolar nas suas próprias palavras, Jisung resolveu observar os seus próprios pés, assim ele não precisaria observar os rostos sérios e os olhares cheios de julgamento sobre si. ━ O meu filho teve uma crise asmática quando estava no quarto dele, ele não conseguiu achar a bombinha que estava guardada e resolveu descer as escadas, mas pela falta do ar ele perdeu a consciência, caiu escada abaixo e…

━ Jisung…- Minho percebeu, não era culpa do seu marido, ele não podia simplesmente controlar as crises asmáticas de Han Moonbin.

━ Você estava onde? - Soojin disse em um fio de voz.

Um longo e pesado suspiro de culpa e exaustão surgiu. ━ No sofá da sala, dormindo…

Ele se sentiu o pior pai do mundo, enquanto o seu filho lutava para respirar, Han Jisung estava deitado em um sono pesado, mas não era lá realmente a sua culpa.

Jisung estava cansado e antes ele não tinha o seu marido para o ajudar com a casa e com as crianças, Jisung cuidava de um adolescente e de uma criança sozinho, ele não tinha a ajuda de ninguém e ambos estavam fragilizados pela morte da mãe e pelo pai ausente que sempre corria pelos cantos tentando lhes dar atenção, mas ainda sim, que se apressava para cuidar de uma casa e do seu restaurante.

Era difícil, era cansativo dormir extremamente tarde e acordar absurdamente cedo, fazer um café da manhã sozinho, preparar os seus dois filhos para a escola e depois os levar sendo que as suas escolas eram longes uma da outra, depois ele tinha que trabalhar e como na maior parte do tempo cuidava das finanças e outras gerências, ele não podia simplesmente deixar de trabalhar, mesmo que o restaurante fosse seu, ele também tinha que fazer a sua parte. Essa era apenas a parte da manhã do antigo e solteiro Jisung.

━ Bem, eram onze da noite e eu tinha acabado de os colocar na cama, a Youngsun falou que tentou me acordar, mas eu não me mexia e eu nem sei porque, eu tenho o sono leve, eu juro que sempre tive um sono leve… - Murmurou levantando o seu olhar para observar os dois assistentes que estavam calados ouvindo de sua história.  ━ A Youngsun ficou desesperada, pegou o meu celular e ligou pra emergência, nesse meio tempo eu acordei e consegui pegar a bombinha dele… quando os bombeiros chegaram o ajudaram com os hematomas da queda e eles me falaram que como era uma criança asmática, de alguma forma era normal e eu sei que eu deveria ter tomado mais cuidado, eu sei que eu não deveria dormir tão cedo, mas eu… - Jisung murmurou baixinho.

Ele se sentia culpado ainda, naquela noite ele não deveria ter dormido na sala, ele não deveria ter pegado no sono com tanta facilidade, ele não deveria ter deixado de verificar se a bombinha que estava no quarto do Moonbin estava cheia ou não, ele não deveria ter sido um pai tão negligente, ele deveria ter prestado mais atenção aos detalhes.

Mas o próprio marido já não conseguia pensar assim, foi apenas um deslize. Jisung provavelmente estava exausto após mais um dia de trabalho e sinceramente, não era crime dormir um pouco, era tarde, seus filhos já estavam na cama, as crises asmáticas surgiam sem aviso prévio algum, não tinha como ele saber.

Mas como sempre, vão o culpar, ele era um pai muito novo para o papel e sinceramente, as pessoas nunca perdiam a oportunidade de apontar o dedo.

Minho não entendia o porquê de tanta culpa, ele odiava o quão rápido e fácil o seu marido conseguia se diminuir a nada, era um perigo, Han estava criando dois seres humanos, não máquinas, eles iam sim se machucar e adoecer como qualquer outro humano. ━ Foi um acidente. - Sua vontade era xingar todos que haviam o denunciado por algo tão idiota, toda criança se machucava, não era possível um adolescente ficar sempre na supervisão dos pais, era impossível. ━ Olha, na verdade todo mundo sabe que foi um acidente, mas bem…eu não preciso dar a minha opinião sobre isso, vocês como servidores públicos já devem ter percebido o porquê estão aqui. - Acabou rindo pela irritabilidade que surtiu em seu corpo.

Minho podia matar um.

Primeiro por complicarem tanto a vida de uma família que apenas queria viver em paz após passar por um luto tão doloroso. Minho tinha um conceito já definido sobre a falecida esposa de Jisung e sim, para ele Lee Jooyeon não era uma boa pessoa, mas ainda sim foi esposa de Jisung, o tirou de uma situação quase desumana cujo ele era abusado de diversas formas pelos pais que deveriam zelar pela sua qualidade de vida, ela o amou, o protegeu de alguma forma, mesmo que essa proteção e amor fossem errados, foi o que manteve o querido Han no conforto por tanto tempo.

Jooyeon também era mãe e mesmo que sempre rigorosa com o seu filho mais velho, ela nunca deixou de lhe dar amor, de cuidar de sua filha mais nova, de os mimar. Ela sempre fez de tudo para eles viverem bem, então era doloroso, doloroso para Jisung perder a única pessoa até aquele momento que já havia se importado com ele, que havia cuidado e zelado por sua vida e mais doloroso ainda para duas crianças que haviam perdido a querida mãe. A dor de perder uma mãe é indescritível.

Ele também não entendia todo aquele preconceito com um pai solteiro. Muitos pensavam que ele não era capaz de criar os seus próprios filhos apenas por ser jovem e solteiro, como se desde o começo Jisung não estivesse apto para o papel de pai. Era ridículo.

Ainda mais ridículo quando eles se casaram e os vizinhos começaram a olhá-los com caras feias apenas por serem dois homens. Minho não entendia, ele não cuidava da vida de ninguém, então por que diabos queriam tanto cuidar da dele e a do seu querido marido? Bando de desocupados.

━ Uhm? - A assistente social perguntou erguendo as suas sobrancelhas, o que chamou a atenção de Lee novamente, antes ele pareceu estar preso em mais um dos seus pensamentos secretos.

Mas o querido maridinho premium colocou uma pequena mecha de seu cabelo bem arrumadinho para atrás de sua orelha e suspirou baixo, ainda meio entristecido, nem ao menos Jisung soube explicar se ele realmente estava triste ou se novamente caiu em mais uma encenação magnífica de Lee Minho, o ator.

━ Somos um casal gay com dois filhos. Um gay incomoda muita gente, mas dois já é pedir por uma guerra, imagine um casal com filhos, é um crime nacional. - Afirmou firmemente. ━ Se vocês soubessem o que a gente passa diariamente…


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Provavelmente tudo havia corrido bem, sim, provavelmente, não tinha como os dois papais saberem se eles realmente haviam passado uma impressão espetacular para os dois assistentes. Mas Minho achava que havia corrido tudo bem, já que na longa visita, eles ainda conversaram um pouco sobre o bairro, sobre o tempo e outras coisas fúteis que de alguma forma serviu para acalmar os seus nervos que estavam à flor da pele.

Mas após os dois assistentes sociais e o policial calado irem embora, o casal ficou ali, sozinho no silêncio, aquilo os fez sentir um belo aperto no coração, aquela casa era grande demais sem os gritos de Han Youngsun que gostava de correr pela casa após roubar doces da cozinha, aquela casa era vazia demais sem todos os papéis, cadernos e livros de Han Moonbin, que após espalhar uma papelaria toda pelo chão da sala, resolvia usar o celular para pesquisar todos os conteúdos de suas matérias.

Han e Lee não podiam perder as suas crianças.

Tudo bem, nada sério havia acontecido, ambos estavam em suas escolas, seguros, logo voltariam para o conforto de sua casa, mas os dois pais desesperados pensavam naquele possível futuro. O futuro que Jisung se recusava a acreditar e que Minho ignorava usando de sua positividade.

Minho voltou da cozinha lentamente, parou por um segundo observando Jisung que estava sentado no chão, com as costas encostadas no sofá, ele, assim como o seu marido, estava com o humor amargo. Lee suspirou baixinho e sorriu docilmente voltando a andar até a estante de livros que ficava em um canto mal iluminado da sala de estar. ━ Não precisa ficar estressado, vai dar tudo certo, esqueceu que temos sorte? - Observou de relance o seu querido maridinho, mas não ousou tirar o seu sorriso do rosto.

━Sorte o que? Que porra de sorte Lee Minho, estamos fodidos. - Han levantou o seu rosto observando o seu marido que parecia calmo enquanto se esticava para pegar algo em cima da estante. ━ Eu pensei que eles tinham se esquecido dessa porcaria de visita, mas não, não se esqueceram. - Respirou fundo abaixando novamente a sua cabeça. ━ Agora só basta sentar e esperar, a assistência social vai fazer um inferno nas nossas vidas, como eu vou esconder da Youngsun e do Moonbin? Eles vão surtar quando eu explicar o que está acontecendo.

Lee ignorou o tom amargo do marido, estava na casa que Jisung apenas tentou jogar a sua raiva e frustração na única pessoa que estava perto dele, não era pessoal, afinal, a situação era delicada demais. ━ Você pode estar fodido, eu estou até que bem calmo sobre tudo isso, nossa família é bem estruturada, eles viram isso, não que isso vá ajudar muito, mas a minha sorte está nas alturas, então eu sei, tudo vai dar certo.

Assim que alcançou o que tanto queria se virou indo até a janela. Minho não pareceu nervoso, ele tentou não parecer, já bastava um pai sem esperança, mas diferente de suas palavras cheias de positividade, ele havia recorrido ao seu vício em cigarros, já que em suas mãos estava um maço de cigarros já aberto e um isqueiro.

━ Cale a boca. - Murmurou rude.

━ O que? - Minho realmente não conseguiu ouvir o que Han murmurou.

━ Puta que pariu! Cala a boca, que sorte o que, sorte não existe, para de viver no seu mundinho perfeito e volta para a realidade, a nossa realidade. - Sua voz se alterou um pouco. ━ Sorte não ajuda em nada, se der alguma coisa no histórico escolar ou médico das crianças, se a gente receber mais uma denúncia, se falarmos algo de errado na próxima vez eles vão tirar as crianças da gente, você não ouviu? Independente do que eles pensam da gente, o serviço social ainda vai tirar as nossas crianças se cometermos um deslizo só. - Os olhos do querido Han se encheram de lágrimas, mas infelizmente a sua revolta era tanta que nem ao menos conseguiu chorar, ele nunca entendeu o porque de tudo dar errado, ele não entendia o porque diabos ele só não podia viver com a sua família sem mais preocupações.

━ Surtou? - Perguntou calmamente descendo o seu olhar até o marido que permaneceu com as suas mãos sobre a cabeça. ━ Grita menos, sua garganta é sensível. - Comentou delicado, com o seu tom baixo.

Mas aquele tom forçado, aqueles comentários, tudo estava o afetando. Jisung queria ficar sozinho, pensar sobre o que diabos faria sobre toda a situação, mas o seu marido estava lá, usando de seu tom dócil para o acalmar e tal ação só o deixava mais magoado e irritado.  ━ Lee Minho!

Mas aquele mesmo sorrisinho sacana surgiu no rosto de Lee, que comentou uma coisa que para si, era óbvia. ━ Não me trate mal pelas suas frustrações, eu não sou o culpado disso tudo. - Ele segurava fortemente a embalagem de cigarros, mas após dizer o que tanto quis, a abriu, tirou um cigarro dali e o colocou em seus lábios o acendendo logo em seguida. ━ Eu não tiro a sua razão, você está bravo, mas você não tem o direito de me tratar mal em qualquer oportunidade. - Minho se sentou no sofá e pela primeira vez no dia tragou de seu cigarro, seu sorriso, pelo mais simples que seja, desapareceu de seu rosto e ali, o silêncio novamente apareceu.

Jisung tinha se esquecido. Lee minho era viciado em cigarros, um fato estranho já que o marido se recusava a fumar perto de sua família ou em algum cômodo da casa, ele sabia bem em como controlar o seu vício perto daqueles que ele ama, mas dada as circunstâncias, Minho precisou acender um cigarro, sentir a nicotina em seu corpo, só isso poderia o ajudar naquele momento.

━Isso me cansa.- Seu comentário foi baixo e friamente falado enquanto os seus olhos se fixaram em um ponto vazio da sala de estar.

Lee precisou pensar, colocar os seus pensamentos em ordem, a pressão, o medo, a irritabilidade que ele sentiu… Minho também não queria perder a sua família, ele não admitia os perder.

Lee se sentiu cansado, tudo dependia de um ponto de vista, mas infelizmente, ou felizmente Jisung não conhecia toda a verdade por trás de seu marido e não, não era como se Minho estivesse escondendo o seu passado ou quem ele realmente era para Han, mas ele não queria ser aquele homem das ruas violento, que era obrigado a seguir uma lei da selva. Lee Minho gostava de ser apenas Lee Minho, o pai da garotinha Youngsun e do jovem prodígio Moonbin, Minho gostava de ser o marido de Jisung, gostava de chegar em casa e ser recebido por bombardeios de beijos e abraços, de ter com quem se sentar em uma mesa, ele amava ter em quem pensar, em quem lembrar com a certeza que também seria lembrado.

A mais pura verdade era que ele almejou uma família por tanto tempo, que o seu sonho não podia simplesmente ser arrancado de si, de uma hora para outra, ele não aceitaria a derrota de perder o seu sonho logo que havia virado realidade.

Mas aquele único traço que não pertencia ao marido que Han acreditava ter estava aparecendo.

Minho nunca cheirou a cigarros, seu beijo nunca teve aquele gosto amargo, mas pensando bem eram raras às vezes que os beijos e carícias aconteciam e mesmo que tentando diariamente que aquele relacionamento cheio de interesse se tornasse um relacionamento movido pelo amor, o entristecido esposo não queria forçar Minho a nada, não queria o assustar ao explicar o que sentia, até porque uma confissão podia mudar tudo.

━ Cansado de mim? - Han perguntou baixinho.

Mas sem pensar duas vezes, Lee o respondeu, sem nem ao menos olhá-lo. ━ Da situação. - Tragou um pouco do seu cigarro, ainda observando o completo nada, assim como o seu marido, o mais velho precisava colocar os seus pensamentos em ordem, ficar um pouco sozinho, mas ainda sim ele não conseguia deixar Jisung só, não naquela situação. ━ Não tem como você se cansar de algo que ama.

Jisung queria o abraçar, o mais forte e rápido possível, mas porra, aquilo soou tão egoísta de sua parte, sendo que ele nem ao menos soube bem se Minho, visivelmente irritado daquele modo aceitaria um abraço. Han precisava ser consolado, ele necessitava da voz doce de seu marido em seus ouvidos, jogando positividades e piadas em sua cabeça, ele precisava ser consolado, mas ele não teve coragem de pedir por um colo amigo, pelo abraço de seu próprio marido.

Não pelo cigarro, jamais seria por um cigarro inútil. Jisung estava acostumado com o cigarro, com o cheiro, com o gosto, com o vício, sua mãe desde muito nova fumava constantemente e resolveu nem ao menos parar na gravidez, seu padrasto costumava usar de simples cigarros até a coisas mais pesadas, sua falecida mulher também fumava, mesmo que nunca admitisse em voz alta e tudo bem, novamente, Jisung não se importava, para ele havia coisas que destruiam o corpo humano bem mais rápido do que apenas o tabagismo.

O que lhe assustou e assim o privou de se abrir foi o olhar de Lee, ele estava amedrontado por conta daquele olhar frio, sem vida, que esbanjava, tudo e ao mesmo tempo nada.

Sim, assustava Jisung não saber o que se passava na cabeça do seu marido Lee. ━ Me desculpe por te tratar mal. Não foi a minha intenção, eu só estou com medo. - Antes, sentado no chão, agora Jisung se encontrava ajoelhado, em frente ao marido que o observava sem entender muito. ━ Me desculpe mesmo, eu nunca mais vou...

━ Jisung. - Minho o interrompeu dando um longo suspiro, mas ele não terminou, apenas o observou, pegou lentamente em seu rosto com uma das mãos e se calou deixando ali um acariciar cuidadoso no rostinho do marido. ━ Senta aqui. - Pediu baixinho e sem questionamentos Han se sentou ao seu lado, ainda cabisbaixo, com tanta vergonha de o tratar mal que não ousou abrir a sua boca novamente. ━ Espere. - Pediu mais uma vez antes de se levantar, apagar o seu cigarro e o jogar no cinzeiro que tinha em cima de um móvel, era apenas usado para a decoração, mas Lee não se importou de fazer bom uso.

━ Eu sei que eu errei, mas …- Droga, ele não deveria o ter tratado mal. Minho sempre foi bom, mesmo com o seu passado, com o seu emprego nada convencional e com os seus costumes, ele nunca havia tratado Jisung mal, nunca havia o feito mal e nem ao menos o olhava feio. Jisung não tinha o direito de levantar a voz para o seu marido apenas por ser o seu marido. ━ Me perdoa…

Minho se sentou no mesmo lugar que antes estava, observou-o por um breve momento e sem falar nada envolveu os seus braços pela cintura de Jisung, o puxou para mais perto e apenas o abraçou, lhe roubando um beijo e logo escondendo o seu rosto no pescoço exposto de seu marido. ━ Acredite em mim, tudo vai dar certo, seja por bem ou por mal. Eu prometo. - Suspirou pesado, exausto por saber que logo teria que buscar Moonbin na escola, Minho terminou. ━ Eu te prometi, tudo vai ficar bem e eu não costumo mentir.

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