━ ♡ : O8 Chᥲρtᥱr.
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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!
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¡! A mᥲmᥲ̃ᥱ ᥱ́ ᥱmρrᥱᥱᥒdᥱdorᥲ
ᥱ o ρᥲρᥲι ᥱ́ tᥲρᥲdo !¡
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Han havia acabado de sair de seu banheiro, enquanto secava os cabelos com uma toalha, se encarava no enorme espelho que tinha em seu closet. O grande papai apenas usava uma calça preta de moletom, seus pés estavam descalços e seu tronco estava desnudo pela falta de uma camisa. ━ Vamos terminar. - Jisung terminou de falar secando novamente as suas costas e com um girinho alegre se virou observando o homem que estava sentado no chão cercado de caixas e malas. ━ Eu tô falando, eu fiquei chocado igual você. - Se animou ao contar um pouco de seu dia e saiu do closet indo até o banheiro e estendendo a sua toalha no box, apagou as luzes e voltou até o seu quarto entrando mais uma vez no cômodo acoplado a suíte, o enorme closet.
Lee ainda estava no chão, sentadinho rodeado de roupas, seus cabelos já estavam secos e ele já usava o seu pijama, que nada mais era que um shorts de moletom e uma camisa simples branca. O casal estava finalmente aconchegado em sua casinha após um longo dia de trabalho.
Minho parou de separar os seus casacos e abaixou um pouco os cabides que estavam em suas mãos, ele levou um tempo para raciocinar, mas logo arregalou seus olhos impressionado e perguntou com tamanha curiosidade. ━ Gente, mas o que ela leu no celular dele para ela surtar, bater no cara com um buquê de flores e quebrar uma garrafa de vinho na cabeça dele? - Minho esboçou um sorriso largo e levantou as sobrancelhas ainda curioso para saber o desfecho da fofoca que o lindo maridinho o contava.
Mas Jisung não conseguiu fazer mistério, caminhou até uma parte de seu closet, que antes era de sua antiga esposa, e terminou de tirar todas as bolsas de grife da falecida do lugar e as colocou com cuidado em uma grande caixa de papelão. Ele não soube o que fazer com tanta coisa, assim que a falecida tinha partido de sua vida, Jisung conseguiu doar muitas das suas coisas para a igreja e lares carentes, mas muitas das roupas de grifes, sapatos de grifes e claro, a sua majestosa coleção de bolsas não pode ser simplesmente doada.
Era o certo, mas Han não conseguiu, pensava em leiloar todos aqueles artigos de luxo e investir aquele dinheiro no fundo das faculdades de seus filhos, mas ainda sim se sentiu culpado por tal pensamento.
Riu baixinho fechando a caixa com a ajuda de uma fita adesiva. ━ Min, eu não sei. Eu tô encucado até agora para saber o que diabos estava escrito no celular dele, tipo, eles estavam tendo um encontro lindo, o encontro dos meus sonhos, ele reservou todas as mesas que estavam em volta da mesa deles, contratou violinista para tocar, eles só pediram os pratos mais caros da casa e ele me pediu um Cabernet Sauvignon 2015, da Scarecrow, amado esse vinho é caríssimo, obviamente não é o mais caro da minha adega. Mas custa em torno de 695 dólares, eu nem sei converter direito isso. Eu só tenho três deles, três, mas claro, um ela quebrou um todinho na cabeça dele. - Terminou de contar a briga que lhe foi proporcionado ver de perto e olhou de relance para Lee, que por algum motivo estava amando tal conversa.
Mas ele odiou se lembrar que tal garrafa de vinho tinha ido para o lixo sem consumo, tal bebida era uma das mais cobiçadas de sua adega.
━ Eu vou largar o meu emprego e virar garçom, é isso. - Lee comentou se levantando, se virou colocando todos os seus casacos e blusas pendurados no lugar que foi reservado para si, mas logo se aproximou de Han tocou cuidadosamente na linha de suas costas para lhe chamar a atenção.
Mas ainda verificando se mais uma das muitas bolsas de grife tinha ficado para trás, parou de se esticar e completou. ━ E tipo tava tudo muito romântico, foi ele ir no banheiro e esquecer o celular pra trás, depois de um tempinho começou a tocar e a mulher só desligou, mas Min, quando ela olhou a tela, Minho, a mulher fez uma cara feia, desbloqueou o celular dele e jogou ele na mesa. - Se virou meio alegre olhando o marido que antes lhe chamava a atenção e continuou com um belo sorriso de animação. ━ Pois bem, ele voltou do banheiro, mas nem deu tempo do coitado sentar. Fiquei com medo, pensei que ela ia destruir o restaurante inteiro, teve até polícia pra separar, ela quase fez ele engolir a aliança dela. - Bateu fraco no peitoral de Lee que umedeceu lento os seus lábios ainda entretido.
━ …eu não acredito. - Murmurou se odiando por não ter presenciado tal cena, Minho gostava de assistir brigas, ainda mais quando elas envolviam mulheres, às vezes uma bela senhorita de salto alto podia se portar de maneira mais violenta e selvagem que um homem mal disciplinado.
━ Pois acredite. - Sorriu meio interessado passando lento o seu olhar no marido que estava ocupado arrumando a sua pequena correntinha que tinha um pequeno pingente de coração. ━ Agora você entende o porquê que eu mereço um descanso gostoso e massagem nos meus pés? - Piscou delicado tombando a sua cabeça para o lado se mexendo de tal maneira infantilizada, sim, Jisung tentou fazer de tudo para ganhar um agrado de Minho.
Mas o máximo que conseguiu foi um fraco tapinha em sua cabeça, Lee se afastou do mesmo e voltou a guardar as suas costas em seu devido lugar e logo reclamou meio chateado por ser cobrado de algo que ele também almejava a dias.
━ Eu que mereço massagens, bem nos meus ombros. Eu estou tenso, o trabalho vem me deixando irritado, eu falei para o meu pessoal passar a papelada de nove anos para os arquivos online e eles reclamaram. - Comentou a sua frustração se virando rápido para observar o marido que o ajudava com as roupas e continuou a organização. ━ Sem contar que tem um filho da puta que tá me devendo quinze milhões e meio de wons. - Murmurou a última parte um tanto quanto frustrado.
Han engoliu o seco meio impressionado com a dívida do devedor que dava ao seu marido, uma enorme dor de cabeça. ━ Quinze milhões de Wons é bastante coisa. - Convertendo para a nossa moeda, a dívida estava beirando os sessenta e três mil reais. E tal valor não era lá muito comum de se adquirir em um banco qualquer, provavelmente Minho trabalhava em um banco de executivos, certo?
Seus olhos se fecharam por segundos, ele tentou ignorar a sua onda de fúria que estava pronta para aparecer e conseguiu, respirou fundo se acalmando e respondeu o acastanhado que pareceu interessado em seu dia.
━ Sim, ele fugiu por quase um ano, deixou de fiadora a esposa dele, que tipo, é mó daora, ela tem uma mercearia e vende os meus cigarro na metade do preço, as filhas dela são educadas também. - Lee tinha que parar de levar os seus negócios para o lado pessoal, sim, mas naquele caso ele não sairia como o beneficiado, a mãe, agora solo e as suas pequenas filhas nunca lhe pagariam. Era uma família muito carente para uma dívida tão alta. ━ Mas elas não tem nem onde cairem mortas, ai o idiota me vem e foge com a porra do dinheiro e com a amante escrota, me volta um ano depois sem minha grana e com a desculpa que eu tinha que cobrar da esposa dele.
━ Nossa, eu não sabia que o seu trabalho era assim. - Piscou inocente se cansando de o ajudar, caminhou até o local que as suas camisetas estavam guardadas e ali pegou uma que fazia parte de seu pijama.
Deu os ombros bufando irritado. ━ Pois é, você não viu nada, ele apanhou, eu só cheguei a dar uma tacada no rosto dele, tive que esperar ele acordar e mandei espancarem o cara, claro, em respeito a você e as crianças eu não vou mais usar as minhas mãos para bater em ninguém, nem vou me meter em brigas. Minha beleza puritana vai estar intacta. Carinha de bebê, mãos de moça, você sabe, delicadinhas, macias. - Sorriu dócil se aproximando do confuso acastanhado e lhe tocou nas bochechas para o mostrar como as suas mãos estavam macias, sem mais machucados e calos.
Mas Jisung se afastou colocando a sua camisa e logo se aproximou mais uma vez ainda confuso. ━… apanhou, misericórdia, por que? - Coçou o topo de sua cabeça confusa e o olhou um tanto quanto preocupado com o tal devedor.
Lee piscou lento e o respondeu com clareza, em um bom tom, ainda não tirando o assoar dócil de seus lábios. ━ Porque ele não me pagou. Ou paga o que me deve, ou apanha, ele apanhou, levou uma lapada na cabeça, apagou, porque além de frouxo e sem palavra, é fraco. - Sorriu paciente explicando para Jisung que ergueu seu rosto minimamente para o encarar melhor. Aquilo deixava Jisung claramente confuso, as ações graciosas de Lee, toda aquela gentileza que ele depositava em suas ações não condiziam com as suas palavras intoleráveis e impetuosas.
Han relevou, como sempre fez em toda a sua vida, seus olhos percorreram por toda a extensão do rosto de Lee, tentou pensar em uma resposta clara para tal comentário, mas ainda se sentindo o homem mais burro do mundo, ele fez o seu inocente comentário. ━ Eu não sabia que eles resolviam as dívidas assim no banco…
━ Banco? Que banco? - Piscou meio confuso.
E com mais confusão em seu olhar, respondeu seguro de tal desaviso. ━ O banco que você trabalha. - Apontou para o rosto do mais velho.
Riu baixinho e se afastou novamente tirando mais uma de suas malas do chão a colocando encostada em um cantinho, Minho já havia explicado por cima qual era o seu trabalho, provavelmente Han tinha se esquecido. ━ Eu não trabalho em um banco. É uma agência de empréstimos e recebimentos. - Sorriu explicando com cautela e cuidado para Jisung o entender de uma vez por todas. ━ Eu cobro ágios. - O olhou de relance achando estranho o mesmo não entender o conceito de um cobrador de ágios.
Aquilo era sério, Jisung realmente pensou que Lee trabalhava em um banco? Aquilo não fazia sentido algum. Minho não tinha uma pasta, nem uma maleta e muito menos uma gravata, não tinha como ele trabalhar em um banco sem uma gravata, não era o certo!
Mas Jisung não ligou os pontos, até porque tentou não julgar mais a aparência de Minho, provavelmente ele tinha uma arma no carro para a proteção, as cicatrizes em seus braços eram fruto de uma infância conturbada, cheia de aventuras e os piercings eram apenas moda e o seu palavreado de baixa classe eram apenas a sua liberdade de expressão vindo a tona.
Nada fora do normal pessoal!
Era o que Han acreditava, inclusive, acreditou tão fielmente em tal lenda urbana que sua risada saiu infantil e inocente. ━ Tipo um agiota? - Bagunçou os úmidos cabelos achando tal informação engraçada, pareceu ser piada, uma piada bem sem graça e sem contexto.
E piscou simples esboçando um rápido sorriso forçado. ━ Sim. - Respondeu despreocupado e explicou com uma certa moleza por estar cansado. ━ Olhe, mas eu não gosto de ser chamado de agiota. Não é tão profissional assim, meu negócio é coisa séria. - Se gabou levemente passando sua mão por sua nuca o olhando de relance. Lee não olhava diretamente Han, mas percebeu que os olhos do marido se arregalaram em segundos.
Jisung abriu sua boca chocado com tal informação e os seus olhos se esbugalharam com o comentário, porém, tentou se conter e respirou fundo rindo pós surto de nervosismo, seu coraçãozinho bateu rápido e logo se apertou, mas ele novamente relevou. Era uma profissão qualquer, ele tinha que o respeitar, certo? ━ Você tá falando sério?
Porra, claro que não!
Um cobrador de agios era um criminoso como qualquer um, ele torturava, roubava, abusava psicologicamente, espancava e matava as pobres vítimas! Lee Minho podia o tratar bem, podia tratar os seus filhos bem, mas nada o fazia mudar a sua verdadeira natureza, ele era um monstro aproveitador.
Mas o seu pré conceito formado pela visão distorcida do trabalho de Lee, logo lhe foi tirado quando observou o rostinho do "monstro aproveitador" que se entristeceu ao perceber os olhares de desaprovação do Han. Minho não merecia tal olhar, ele desde o início havia deixado claro o seu trabalho e nunca mentiu sobre a sua família, sobre o lugar de onde veio e sobre a sua ruindade, que mesmo bem escondida, ainda estava ali presente em sua personalidade.
Minho não se aproximou, apenas o olhou cabisbaixo o respondendo sério, sem aquele tom adocicado em sua voz. ━ Sim. Eu te contei na nossa primeira conversa, eu trabalho em uma empresa que oferece empréstimos fora do mercado financeiro, sem a autorização do banco central. - Minho encostou as suas costas em uma das divisórias do close, ele o olhou meio irritado, mas seu olhar se desfez por mais um suspiro frustrado que logo veio. ━ Você não me ouviu? Caramba Ji...
E a culpa caiu sobre o seu coração, Minho não era malvado, ele não pareceu ser malvado, ninguém que semeava o mal o olharia com aqueles olhos brilhantes e cheios de sentimentos puros. Han conheceu em sua vida muitas pessoas ruins, ele sabia quando alguém queria o fazer mal, Lee não pareceu com nenhuma delas.
Era mais como um sentimento estranho de total ternura, afeição, irmandade, amizade. Sim, amizade. Não era amor, não tinha como ser amor, mas Jisung sentia que assim como ele, Minho depositava vários interesses em cima de si e de seus filhos.
Aquilo o intrigou, por que diabos Lee Minho queria um esposo, antes viúvo de uma mulher abusiva que o encheu de traumas? Ele era pai de duas crianças que estavam sendo acusadas de sofrer maus tratos, sem contar que Moonbin, o seu filho mais velho, era um garoto com algumas limitações físicas pelos problemas de saúde e a sua filha, Youngsun não era lá uma garota muito fácil de lidar.
Não tinha porque Lee querer tanto uma familia como aquela, mas mesmo assim ele não pensou em pular fora do barco que já estava naufragando. Jisung não o entendeu, mas relevou os seus medos, pois ele tinha consciência que precisava do mais velho, Minho o tratava bem, tratava as suas crianças bem, tinha um bom dinheiro guardado e lhe prometia uma vida confortável e mesmo não o amando, ele lhe avisou que apenas se casou com o intuito de criar lacos afetivos com o Papai Han.
E o acastanhado também tinha esse desejo, ele gostava de ter alguém companheiro ao seu lado, que nunca lhe obrigava a nada. Jisung às vezes imaginava o quão revigorante deveria ser amar alguém que o ama e que o trata com carinho.
Sorriu dócil para acalmar o seu par. ━ Não, eu vou ser sincero, eu não ouvi, eu jurava de pé junto que você era um banqueiro, mas tudo bem. Estamos casados, não posso mudar isso. - Riu descontraído mais uma vez tentando aliviar as tensões deixadas no ar.
Lee massageou as suas têmporas erguendo o seu olhar para Han que apareceu magicamente não se importar com a sua profissão. ━ Caramba Jisung, o que custava ter me ouvido? Eu pensei que você sabia, só me senti cem porcento seguro com o casamento, porque eu pensei que você aceitava o meu trabalho. - Desabafou sincero. Sim, Minho apenas se sentia seguro com tal relacionamento por Jisung não julgar mais as suas origens e trabalho, mas quando soube que havia cometido um erro de comunicação, ele se frustrou.
━ Tudo bem. Não fica chateado. Na verdade, não precisa ficar tão chateado mesmo, às vezes eu só não ouço as coisas e está tudo bem, estamos no mesmo barco agora, você aceitou todos os meus problemas e eu aceito o seu trabalho. - O acalmou com paciência se aproximando lentinho de seu novo marido que pareceu chateado com a situação. ━ É um trabalho como qualquer outro, certo?
━ Não estou chateado, mas… - Desviou o seu olhar cruzando os seus braços ofegando amoado.
Se pôs na frente de Lee, suas mãos subiram até as bochechas quentes do mais alto e as apertou fazendo um biquinho aborrecido.
━ Você ficou chateado e eu te entendo, me perdoa por não te ouvir bem, eu penso muito em muitas coisas e a minha cabeça às vezes está longe, certo? - Jisung acariciou com leveza o rosto do que ainda estava de braços cruzados e terminou sincero. ━ Sem contar que Minho, você é livre para trabalhar com o que quiser, eu não posso te impedir, eu já te conheci assim e eu aceitei não me divorciar sabendo que você tinha uma vida diferente da minha, claro, tudo está bem, contanto que você não leve os seus negócios para dentro de casa, que você não coloque os meus filhos em perigo e que você não mate ninguém, pois isso é muito errado, tirando isso, por mim tudo bem.
━ Eu nunca faria isso, pode ficar tranquilo. Mas, você aceitou muito rápido. - Desviou o seu olhar não sentindo mais o mesmo incômodo de minutos atrás, Lee gostou do carinho, ele não pôde negar. ━ É normal você me expulsar, ou ficar com medo, não é um trabalho comum.
Quem conseguia ter medo de uma pessoa tão doce como Lee Minho? Era como algodões doces e coelhinhos passarem pavor e terror, não tinha sentido algum.
Mais uma vez o seu sorriso apareceu, mas dessa vez foi acompanhado de uma concordância de cabeças e um arregalar de olhos pela frustração de se lembrar dos pontos fracos de sua personalidade. ━ Eu sou acostumado a ceder muito rápido. - Concordou com a sua verdade e riu nasalado. ━ Mas na verdade, eu vi como você tratou os meus filhos, como você se preocupou em me ligar todos os dias, como você se preocupa em se mostrar verdadeiro para mim, você também não se importou com os meus problemas, não é qualquer pessoa que faz isso. Se eu te perder, não vou achar alguém tão bom quanto. - E o mais novo lhe mostrou a verdade querendo o convencer rápido.
━ Bom que sabe, eu sou um… - Murmurou sendo cortado por Han que tampou a sua boca com as mãos.
━ Esposo de ouro, eu sei. - Tentou imita-lo e logo tirou suas mãos da boca de Lee que o olhava desacreditado pela audácia do maridinho. ━ Eu entendi da décima quarta vez que você me falou, agora, podemos terminar logo? - O empurrou fraco batendo em suas costas comi incentivo. ━ Eu estou morrendo de sono e sim, antes que reclame do horário, eu estou acostumado a dormir as oito, pois eu acordo às quatro. - O avisou com o seu nariz empinadinho.
Minho quase o respondeu com um belo " tá bom mãe" mas apenas sorriu e acenou com a sua cabeça. ━ Tudo bem querido. - Riu baixinho murmurando algo que não foi ouvido pelo outro e voltou a organizar o closet. ━ Quer me perguntar algo sobre o trabalho? - Arrastou uma das caixas cheias de bolsas de grife da velha falecida para um canto do closet e o olhou de relance.
Jisung se virou o encarando por um momento e negou com as mãos, procurou não ser invasivo, então não fez, apenas voltou a dobrar algumas peças de roupas enquanto pensava nas perguntas que queria fazer a Lee. ━ Você machucou muita gente? - Escapou de seus lábios, Jisung não quis o incomodar com tal pergunta.
━ Sim, é o meu trabalho, mas também fora do trabalho, eu às vezes consigo ser meio impaciente e violento. - O respondeu com clareza, não tentou emitir a verdade ou se fazer de bom moço, no fundo Lee não se importava de fazer um ser humano sentir um pouco de dor.
Piscou processando a resposta, ele não se impressionou, era óbvio que Minho já machucou muita gente, o ponto chave da sua profissão era machucar os menos afortunados. ━ Uhm. Você gosta de machucar as pessoas? - Ele pareceu estar curioso, sim, não houve tom de julgamento ou ofensa, Jisung só queria saber qual era o tipo de homem que ele havia se casado.
Já Minho, que abaixado organizava os seus sapatos em sua sapateira, suspirou lentinho mordendo os seus lábios enquanto desfrutava o silêncio que a pausa de segundos lhe proporcionou. ━ Olha, não é questão de gostar ou não. De onde eu vim, ou tu apanha ou tu bate, eu só segui o rumo que a vida me proporcionou, você pode achar errado mas… - Coçou o topo de sua cabeça de modo simples o olhando com indiferença.
E concordou com a sua cabeça se aproximando de Lee para acariciar seus ombros como um ato de apoio. ━ Eu nunca disse que achava errado. Você só seguiu o caminho mais seguro para si, sua única chance, eu sei como é isso, eu fiz o mesmo. - Lhe contou um fato e se afastou voltando a tirar alguns plásticos bolhas que estavam espalhados pelo enorme tapete cinza felpudo.
━ Querendo ou não, pelo caminho errado você conseguiu ter dois filhos lindos, educados e amoros e eu consegui a minha própria liberdade. - Murmurou terminando de arrumar os sapatos, era apenas um comentário sem sentindo, apontando um pensamento pessoal seu, Minho não quis o incentivar, apenas expressar o seu ponto de vista.
━ Isso é bom, não se arrepender de algo pelo resultado. - Tentou ser positivo se esquecendo da tamanha seriedade que o assunto mostrava ter.
━ Sim. - Minho o respondeu por educação, é, provavelmente a sua noite seria bem longa e cheia de perguntas, mas tudo bem, Lee tinha tempo e mesmo cansado de um dia cheio, ele estava acostumado a ficar a noite inteira acordado, mesmo morrendo de sono.
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