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━ ♡ : O9 Chᥲρtᥱr.

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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!

Cᥲρίtᥙᥣo O9 ↶

¡! Pᥲρᥲι ᥱ́ qᥙᥱrιdo
mᥲmᥲ̃ᥱ ᥱ́ ᥙm doᥴᥱ  !¡


ฅ^•ﻌ•^ฅ
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O silêncio foi ouvido, não era como se a aura acolhedora do ambiente mudasse, mas era perceptível uma falta de assunto após a tal resposta de Minho, que havia deixado Han um tanto quanto pensativo e curioso. Era difícil, para os dois, não apenas para um, mas toda aquela situação, mesmo que o novo casal tentasse fazer com que tudo se tornasse normativo, ainda era confuso.

Lee Minho, era muito positivo, havia tido a brilhante ideia de se casar, pois não admitia perder o casamento de seu único e amado irmão mais novo, para ele, que foi criado com tanto amor e carinho vindos de sua grande e confusa família, era uma desfeita não presenciar o momento mais feliz da vida de seu mais novo, mesmo que o de pouca idade não o quisesse no local, Lee estava disposto a fazer de tudo para comparecer em tal cerimônia.

E sim, não era o certo conseguir o tal desejado convite com base em mentiras, mas simplesmente ele não conseguiu convencer Lee Donghyuck, o seu irmão, de outro jeito. Por Deus e todas as coisas, ele tentou, mas nada obteve tanto sucesso quanto a sua mentira e mesmo que depois a culpa e o arrependimento batessem em sua porta, ele não pensou em desistir, pelo contrário, ele teve a brilhante idéia de arrumar uma namorada e se casar com ela o mais rápido possível, o casamento ia demorar meses, Lee passaria pelo seu plano com excelência.

Mas tinha algo que o jovem sonhador tinha esquecido, algo que atrasou os seus planos.

O seu trabalho. Sim, mesmo que Lee Minho nunca tivesse se apaixonado verdadeiramente por ninguém, que rejeitasse muitas das suas opções, por saber que eles apenas se interessavam pelo seu dinheiro e benefícios e, que ele também era um rapaz difícil de lidar às vezes. Mesmo assim, ele sabia que a porra do seu trabalho assustava muitos dos seus pretendentes, sendo que desde a sua primeira namorada, aos quatorze anos, ao seu último namorado, aos vinte e sete, quase todos terminaram por saberem de seu trabalho nada comum.

Lee Minho não se envergonha de suas raízes, de seu modo de vida e trabalho, então não se importou com tantas rejeições, eram apenas pessoas, ele podia muito bem tentar um relacionamento com outro ser humano qualquer. Mas desde o seu cadastro repentino naquela empresa super chique e cara, finalmente o amado fora da lei havia encontrado a sua alma gêmea.

Tudo bem, a sua alma gêmea tinha 1,69 de altura, gostava de entortar os seus pés quando estava sentado, era ansioso, falante demais, tinha medo de filmes de terror, aranhas, baratas, larvas, palhaços, altura, fundo do mar, espíritos malignos e espíritos bons, ratos, vírus facilmente transmitidos pelo ar e toque, bactérias que podem te deixar doente, pressão alta e diabetes, Ozzy Osbourne e estranhamente, medo de brigas.

Sim, a alma gêmea de Lee era um medroso que precisava rapidamente de um psicólogo ou um psiquiatra, mas ele não era apenas isso.

Jisung anormalmente era o que Minho sempre procurou, uma calmaria pura, sinceridade, caos, gentileza, arrogância, tudo o que Lee sempre esperou em uma pessoa, ele teve no jovem de bochechas fartas.

Sem contar que Han era um cozinheiro bem situado em sua cidade, o restaurante sel au goût era bem conhecido em sua cidade, sendo que quatro, de cinco estrelas estavam em seu nome, como prova de sua qualidade no sabor e atendimento. Ele tinha dinheiro, era óbvio, uma casa muito legal, o carro do ano, era cheiroso, pareceu ser amoroso e dedicado, porra tudo aquilo agradava os olhos interessado de Lee.

Mas o que de fato o fez decidir que um possível término estava fora de cogitação, era algo um pouco mais sensível de se citar.

Seus motivos estavam centrados em Han Youngsun, uma garota de cinco aninhos que tinha como ursinho de proteção um Chuck, como de "o boneco assassino" e Han Moonbin, um garoto de doze anos asmático que tinha menos personalidade que uma porta sanfonada.

Sim, a simpatia que Lee desenvolveu com Han foi quase toda voltada aos seus filhos, mas não era como se o jovem mal incompreendido cogitasse a fazer algum mal às crianças, era um motivo pessoal apenas dele e não. Não era como se ele pensasse em se apossuar das crianças de Han.

Mas como a sua diagnosticada azoospermia o privou de ter as certas condições físicas, que eram essenciais para o conceder filhos, Minho correu para onde pareceu ser mais seguro e ele não se arrependia. Sua nova família era tudo que o mesmo sempre quis e o melhor, ele não teve que perder anos de sua corrida vida para encontrar a mulher ou o homem certo para a construção de seus sonhos.

Seus lábios estavam meio abertos, como se tomasse fôlego para soltar algumas palavras, mas pensando no que fazer com o suéter que carregava, Han respirou fundo, sorriu dócil mais uma vez e com tamanha doçura em sua voz lhe perguntou inocente, ele quis passar segurança, mas precisava perguntar. ━ Você costuma ser violento em todos os lugares? - A falta de segurança lhe atingiu, mas não demonstrou ao seu marido.

Minho se virou e mais uma vez respirou fundo se sentindo julgado. Ele não havia entendido a pergunta de seu esposo. ━ Desculpe, como assim Jisung?

Mas, ao ver que mais uma vez havia chateado o seu marido, Han abriu seus olhinhos soltando um sorriso sem graça e comentou baixo. ━ Você falou que era impaciente e violento… - Arrumou a sua voz e com cuidado guardou o suéter que estava em sua mão. ━ Min, eu não me importo muito em lidar com alguém impaciente, mas eu não posso colocar meus filhos em… - Murmurou sendo interrompido por Lee que derrubou uma caixa de madeira no chão.

Era uma caixa de jóias, cujo tinha os piercings, anéis, colares e pulseiras que Minho mais gostava de usar, a joalheria inteira da caixa se espalhou pelo chão, mas ele apenas se abaixou e respondeu sincero, naquele mesmo tom calmo. ━ Pelo amor de Deus Jisung, eu nunca encostaria a mão nas nossas crianças, nem em você, isso tudo fica apenas no meu trabalho, eu nunca te machucaria, nunca vou fazer mal a minha família. - O observou enquanto pegava alguns de seus brincos do chão e suspirou chateado.

Mas, seu peito se aliviou no mesmo instante que a frase foi concluída. ━ Isso me alivia, sério. Por favor, nunca os machuque. - Jisung rapidamente se aproximou de seu marido para o ajudar a organizar as jóias na caixinha. ━ O Moonbin, ele não aguentaria e a Youngsun não se esqueceria. - Jisung pensou em seus filhos e logo engoliu o seco, ele só conseguia pensar em seus filhos e mesmo que soubesse que Lee era uma boa pessoa, seu medo do futuro desconhecido ainda permanecia em seu coração. ━ Me desculpe perguntar. Não quero te fazer pensar que eu estou te julgando, eu só quero ter certeza, faz pouco tempo que estamos juntos e… - Tocou fraco no ombro do mais alto.

Já Minho compreendeu o medo. Jisung passou por muito em pouco tempo de vida, era mais que certo o garoto se sentir pressionado a desconfiar de tudo e todos. ━ Não se explique, eu já entendi. - Com clareza murmurou. ━ Pessoas como eu fazem o mal, a sociedade sempre diz isso, mas a minha mãe sempre me dizia que o caráter de uma pessoa deve ser honesto, honrado e responsável, independente do que falem sobre você. E isso pode parecer a porra de uma frase motivacional, mas ela nunca gostou de me motivar muito, então é só uma das muitas verdades da Senhora Lee. - concordou com a sua cabeça explicando o quão normal era Han sentir medo de seu futuro sendo casado com um membro da familia Lee.

━ Mesmo assim, não importa qual lado, sempre vai existir gente ruim e eu infelizmente não sei distinguir, é o certo eu desconfiar de tudo e todos. - Sorriu desconfortável pronto para se desculpar mais umas mil vezes com tal desconforto que havia lhe causado. ━ Eu não posso te prometer ser bom, às vezes as pessoas erram, mas eu nunca vou te machucar, tá legal? Nunca vou te empurrar, te bater, tentar machucar o seu coração ou brincar com os seus sentimentos. Vamos ter um bom relacionamento e criar os…me…desculpe, os nossos filhos bem.

O rosto de Lee se abriu de alegria, tentou segurar o seu sorriso e assim que fechou a caixinha olhou para os lados contendo a fofura que adquiriu após ouvir a promessa inocente de seu futuro amado.

━ A vida não faz parte de um filme da saga duro de matar, só começa a viver sem se importar com tudo e todos, você vai morrer cedo assim. - Negou fingindo estar irritado e apertou as bochechas do mais novo. . ━ O velho que era meu vizinho vivia assim, se preocupava com tudo, xingava todo mundo, pois morreu de derrame, se irritou muito e virou presunto. Não se preocupe muito, essas barras dão derrame. - Apontou sério para o rosto de Han e o alertou sério, realmente, o senhor Go dah tinha morrido de derrame, seria horrível acontecer algo assim com o Senhor Han Ji.

Em tão pouco tempo que Jisung estava com Minho, ele já esperava ansioso por momentos como aquele, que o mais velho contava uma história aleatória sobre algum parente ou conhecido, as histórias eram boas e alimentavam a criativa mente de fofoqueiro do jovem papai. Realmente eles eram feitos um para o outro, aquele casal gostava de histórias sobre a vida dos outros, dois fofoqueiros de plantão.

━ Pode deixar, eu não vou me preocupar mais, não vou ter um derrame. - Tentou conter a sua risada já que Lee pareceu estar sério.

Suas sobrancelhas estavam erguidas e o seu dedo estava apontando para o narizinho avermelhado do mais novo. ━ Bom, pois eu não estou preparado para ser um viúvo, Pai de duas crianças, espera eles ficarem mais velhos, o Moonbin é bem grandinho para doze anos, tenho certeza que ele vai ficar alto, daqui a uns anos eu coloco ele em uma academia para ele ganhar uns músculos, aí eu faço ele trabalhar como segurança para mim. Porra, eu sou um gênio. - Murmurou baixo a sua última frase contente com os seus planos futuros.

Realmente, Han Moonbin tinha um belo futuro ao lado de seu mais novo Papai postiço, ele só não sabia ainda e claro, quando ele descobrisse, nunca concordaria com tal proposta, o garotinho odiava violência, assim como o seu Pai Han.

━ Você já pensou em tudo Lee Minho? - Cruzou os braços meio curioso e bravo pela listinha futura que o maridinho contava com tanta animação. ━ Nem casamos direito e você já pensou na minha morte? Misericórdia garoto, olha a boca.

Era normal para Lee pensar em como seria a sua vida se uma das pessoas em sua volta partisse para o além, antigamente ele fantasiava tal acontecimento com o seu pai,  era sempre algo de sua imaginação, mas não era algo nem um pouco traumático para o jovem agiota, era como o seu hobbie, imaginar diferentes cenários era divertido.

━ É claro que sim, também sou inteligente, pensei até na Youngsun, ela é especial, ia trabalhar juntinho comigo, deixo ela e aquele boneco estranho do chuck com um cliente que não pagou, pensa, eles trancados em uma sala por trinta minutos. Vish, o cliente me paga até adicional. - Riu alto tentando imaginar a cena de sua pequena fera intimidando um de seus devedores com aquele boneco bizarro do brinquedo assassino. Han Youngsun realmente amava aquele brinquedo feio, já seus dois papais tinham um pouquinho de medo.

Han lhe bateu fraco no braço fingindo estar bravo, mas não conteve o seu sorriso inquieto.━ Para seu besta, a minha menina é um doce. - Jisung a defendeu rindo baixinho e se levantando.

Aquele tapinha fez Minho soltar mais uma risadinha baixa, o mais velho mordiscou seus labios observando o seu companheiro organizar os últimos detalhes do closet, mas em vez de o acalmar ou se desculpar, tentou o atiçar mais.

━ É um doce, mas você não acha estranho ela com tão pouca idade gostar dessas coisas? - Perguntou em sussurros como se tal coisa fosse um grande segredo a ser guardado e se aproximou do ouvidinho de Han, que ainda esboçava um sorriso sínico. ━ Ontem ela perguntou se eu achava o palhaço do Poltergeist fofinho, se eu vejo uma porra dessas na rua eu chuto na hora, pra cima de mim não 'fi. - Contou engrossando a sua voz feroz e mascula , cruzou os braços fazendo a sua melhor cara de macho, mas a sua pose de alfa supremo foi-se pelos ares quando o seu "beta" se engasgou com a própria saliva ao tentar engolir a risada. ━ Sem contar aquela parada de jump scare que toda vez que parte um pra tela ela ri, ela não toma susto…

Minho o virou de modo brusco, agarrou seus ombros e o chacoalhou mais que um usuário de motorola quando precisa ligar a câmera de seu smartphone. Minho estava com medo de ter caído em um episódio banido de Korean horror story.

Jisung tentou se conter, mas não conseguiu, seus olhos estavam lacrimejando pela "encenação" nada convincente de Lee, mas tentou entrar no clima e acabou por desabafar com o maridinho.  ━ Claro que eu acho estranho, eu tenho medo de filme de terror, eu nem consigo assistir coraline sem chorar, odeio tomar susto e não gosto de ver sangue, o Moonbin só assiste pra fazer a Youngsun feliz e nem a Jooyeon gostava que ela assistisse esse tipo de coisa. - E o seu desabafo continuou quando desligou as luzes do closet e o seguiu até o quarto.

━ E tú deixa ela assistir, mesmo sabendo que ela pode virar uma Esther Coleman? Olha, se ela tentar me matar, eu te caço até no inferno, tá queridinho. - O avisou sério.

Mas, em vez de o achar estranho, ou perguntar quem diabos era Esther Coleman, Jisung apenas colocou as suas mãos em seu peito e tombou a sua cabeça fazendo um biquinho amoroso. ━ Nossa, você é tão romântico, eu sempre sonhei em ter um cavalheiro desses em minha vida.

━ Eu acho que me casei com um piadista mesmo. - Negou fazendo uma careta quando largou o seu celular na cômoda de enfeite.

Já Jisung, andando pelo seu quarto, riu baixinho. ━ E eu me casei com um completo medroso. - Fechou as cortinas de sua grande janela e se virou sugestivo. ━ Aiai, eu ainda continuo sendo o homem da casa, né?

━ Nunca deixou de ser, eu já falei, sou apenas a sua esposa premium. - Cruzou seus braços observando a cama que estava em sua frente. ━ Uma esposa que pode quebrar a clavícula de qualquer filho da puta que mexer com a minha família, mas claro, primeiro eu vou pedir a sua permissão, já pensou? Eu quebrar uma unha por bater em alguém? Seria um ultraje. - Minho não sabia o que significava ultraje, mas achava tal palavra chique e bonita demais, ele tinha gostado de fingir ser um riquinho mimado e ia se divertir horrores fingindo ser um esposo de ouro, que vivia apenas pelos seus filhos postiços.

━ Eu não sou rico, que tipo de esposa premium você vai ser? - Riu baixinho soltando a fria realidade para Minho que não o entendeu.

Seus olhos piscaram lento, assim como o seu raciocínio e logo falou. ━ Restaurante quatro estrelas, casa em um condomínio de luxo, carro do ano, filhos matriculados em escolas particulares e você está com um chinelo de lã
da prada, aqui dentro de casa.

━ Você quer que eu use chinelos fora de casa? - Perguntou como se fosse um crime.

━ Jisung, são da prada. - Piscou como se sua resposta fosse auto explicativa.

━ Lee Minho, vamos discutir sobre dinheiro agora? - Cruzou os braços olhando para os lados. ━ Pobre você não é, na verdade aqueles relógios da cartier valem muito mais que o meu chinelo.

━ Eu acho melhor a gente não discutir, não quero falar sobre as suas camisas polo da versace. - Comentou sério passando a novamente observar a cama de casal que estava em sua frente. ━ Okay, cama nova…

Minho, antes mesmo de se mudar para a casa de sua mais nova família, insistiu em comprar uma cama nova para o quarto do casal, pois se recusava a se deitar em uma cama usada por outro "casal". Ele tinha os seus motivos, acreditava que se deitar em uma cama usada por outro casal podia trazer azar ao seu amor.

Jisung sorriu dócil. ━ Tá, tudo bem, escolha o seu lado. - O empurrou fraco, aquela decisão pareceu ser tão difícil, Han sempre dormiu do lado esquerdo da cama e tinha se acostumado com tal lado, mas ele quis que Minho se sentisse confortável, então se dispôs a abrir mão do seu lado da cama.

Mas Minho não pareceu muito nervoso, apenas cossou o topo de sua cabeça e perguntou normalmente. ━ Você dorme para qual lado? - apontou para a cama percebendo que ela era realmente enorme.

━ Desde que aconteceu aquilo eu meio que durmo no meio… - Confessou meio frustrado com a sua resposta. Ele não quis lembrar Lee que ele havia se casado com um viúvo, mas não era como se ele pudesse excluir totalmente a existência de sua falecida esposa.

Deu os ombros desinteressados. ━ uhm, escolhe um lado, eu não me importo. - Sorriu tentando o incentivar.

━ Tudo bem. - Murmurou dando pequenos passos até a cama e por fim escolheu o lado direito. Sim, o lado que ele mais odiava dormir. Jisung pensou em dar ao Lee o seu lado da cama, era mais confortável, ficava perto da janela, longe da porta e do seu lado, ainda tinha uma tomada para o mesmo carregar o seu celular a noite. Ele iria amar aquele lado. ━ Essa cama é mais alta…cuidado para não cair e se machucar… - Jisung se ajeitou na cama se sentando e esperando por Minho que fez o mesmo, se sentou e logo se deitou tentando achar um jeito de se sentir confortável em tal cama.

Mas não tinha como, era desconfortável, não apenas para um, mas sim para os dois, provavelmente era culpa do colchão novo, ele precisava ser amaciado.

E com o desconforto, o silêncio surgiu.

━ Jisung. - Minho estava olhando fixo para o teto branco do quarto muito bem iluminado. ━ Sabe, você está confortável? - Perguntou tentando puxar assunto, ambos estavam deitados, imóveis, descobertos e quietos, era desconfortável só de pensar em tal situação.

━ Não… - Jisung respondeu sincero, ele odiava aquele lado da cama, por deus, era horrível, ficava longe da janela, perto da porta e ele provavelmente dormiria virado para o nada, já que apenas conseguia pegar no sono virado para o lado direito, não ia dar certo.

━ Eu também não…- Minho confessou frustrado. Ele sempre dormia no lado esquerdo, virado para o lado direito e nunca pensou em mudar seus costumes noturnos e mesmo se forçando a tal ato, ele não conseguiu. Era desconfortável e ele provavelmente perderia uma noite inteira de sono.

━ Vamos trocar! - Han quase gritou.

━ Graças a deus. - Lee desabafou com um tom de satisfação em sua voz, ele se levantou passando por cima de Jisung, enquanto o mais novo, por baixo, rolava lento entre os lençóis de algodão. Mas assim que o jovem casal se arrumou novamente na cama, Minho amaciou seu travesseiro e se deitou respirando fundo.━ Boa noite, você vai apagar a luz ou eu vou ter que apagar, sabe… eu tô na maior preguiça.

Mas Jisung se levantou rapidamente, como um robô, desligou as luzes, ligou o seu abajur e se sentou na beirada da cama ainda meio confuso com a ação de Lee, ele esperava que a sua noite fosse diferente. ━ É… boa noite, mas você não quer nada agora? Estamos sozinhos no quarto, é noite e oficialmente estamos morando juntos. Eu pensei que você ia querer… - Murmurou se virando para o novo marido que abriu os olhos meio interessado na conversa.

Mas Minho ergueu minimamente o seu corpo para observar Han com mais clareza e apenas puxou fraco a gola de sua própria camisa, deixando o seu ombro exposto. ━ Se quiser me pagar uma puta massagem gostosa nas minhas costas eu estou aceitando, ainda mais na altura dos ombros, eu carrego tanta responsabilidade que até o meu torcicolo tem nome próprio. Inclusive, o meu torcicolo se chama August, nome de gente nojenta. - Brincou tentando aliviar o estresse que Jisung sentia.

Mas sua cabeça doeu por um segundo, era o seu desconforto em tocar em um assunto tão delicado. Jisung sabia de sua realidade, sabia que o seu papel como marido era satisfazer o seu companheiro de qualquer maneira, ele querendo ou não. ━ É que…é a nossa primeira noite juntos, pensei que você ia… desculpe. - Cruzou os seus braços envergonhado com o seu próprio comentário e observou o rosto de Lee que permaneceu sério.

O seu esposo se sentou em um impulso e bagunçou os seus cabelos mantendo uma de suas sobrancelhas levantada, como se ele estivesse analisando e julgando toda aquela situação. ━ Você quer transar comigo? - Perguntou sem filtro algum, eles eram casados, não precisavam mais de tantos rodeios.

━ Não, desculpe. - A sua rapidez em responder quase que ofendeu Lee, mas não foi sua intenção, Han ainda não se sentia confortável em tocar em alguém que ele ainda não tinha tanta intimidade. 

━ Mas a massagem podia rolar né? - Perguntou sugestivo esboçando um discreto sorriso safado.

Jisung não conseguiu compreender. Minho parecia ter suas necessidades, mas mesmo assim ele tratou a sua decisão como se fosse uma prioridade, era estranho, ele se sentiu bem com a ação do esposo, mas ainda sim, achou estranho. ━ Você está de acordo com isso?

━ Em você me fazer uma massagem boa pra caralho nas minhas costas? Sim. Se eu estou de boa em você ignorar o meu pedido e dormir sem apertar um pouquinho os meus pontos doloridos? Não. - Sorriu divertido deitando a sua cabeça em seu travesseiro e deu duas batidinhas em seu lado indicando que o seu marido tinha que se deitar logo. ━ Eu sei da nossa situação, vamos com calma, não é porque somos casados no papel que você precisa exercer um papel desconfortável e me satisfazer de alguma forma, tá cedo, tudo bem ir com calma. - Murmurou fechando os seus olhos.

O mais novo praticamente pulou em seu lugar, aquela ação foi o estopim de seu alívio noturno. ━ Nossa, graças a deus, eu estava quase surtando, porque a gente nem chegou a conversar sobre como as coisas vão funcionar e… - Explicava animada para Lee enquanto arrumava os seus travesseiros.

Mas o maridinho infelizmente não prestou atenção no falatório, ele se entreteu mais na animação de Jisung, que socava e batia em seus travesseiros para os deixar mais confortáveis. ━ Mas eu quero beijo de bom dia e boa noite, quero beijinho quando você sair e chegar em casa e eu quero ser tratado bem pra caralho, Minho de cú é rola, vai ser amor, ou querido, ou anjinho, porra, eu quero me sentir amado. - Seu tom se manteve sério, Minho estava exigindo tais ações com tamanha possessão, pelo menos ser tratado como um reizinho ele queria.

━ Tudo bem, meu doce. - E animado, acariciou o topo da cabeça de seu maridinho.

Mas não se conteve, soltou uma risada espontânea e comentou alegre com tal ação, que para ele, pareceu ser surreal. ━ Caralho, que gay, eu vou gostar dessa vida. - E suas palavras foram sinceras, Minho nunca tinha sido tratado com tanto amor, sarcasmo e comédia em tão pouco tempo.

━ Você é divertido. - Jisung comentou ainda acariciando os cabelos de Lee, o papai havia gostado de fazer tais acaricias, suas mãos gostavam da textura dos cabelos de Minho, eram bem hidratados e macios. Han gostava de coisas macias e acariciar um pouco de Lee lhe pareceu a sua nova calmaria, agora, diária. 

Mas sendo interrompido por fracas batidas em sua porta, Jisung tirou sua mão dos fios castanhos do maridinho, que ergueu a sua cabeça tentando saber quem seria em tal hora da noite. Han soube, logo de cara, então apenas sorriu esperando que os sujeitos abrissem a porta, o que logo ocorreu.

A sua porta se abriu lentamente, primeiro a cabeça de Moonbin apareceu, observou os dois por um tempo e a abriu por inteiro arrumando a sua voz e falando em um tom baixo. ━ Desculpe incomodar… - Procurou algo pelo chão e suspirou mais uma vez saindo do quarto e logo voltando com Youngsun que se escondia atrás de si. ━ A Sunnie queria dar boa noite… - Respondeu tentando encontrar a irmã que havia desaparecido em meio as suas pernas e assim que a achou se abaixou sussurrando. ━ Ele não vai roubar o Papai, pode dar boa noite, não vai acontecer nada de ruim.

E com toda a coragem que apareceu em seu pequeno coração. Youngsun, a garotinha de cinco aninhos, que usava um pijama amarelo, cheio de coraçõezinhos laranjinhas, que tinha em seus cabelos duas marias chiquinhas e que carregava em suas mãos o seu boneco preferido, um chuck, bateu seus pés fortemente no chão, ergueu sua cabeça e parou em frente de seu mais novo papai, ou melhor dizendo, de sua mais nova mamãe.

━ Durma bem, que os monstros não comam os seus pés. - A garotinha ergueu a sua mão esperando que Minho lhe respondesse com um toque de mãos, o que aconteceu, sendo acompanhado por uma troca ameaçadora de olhares. ━ E não fuja da cama do Papai, ele não dorme nada bem sozinho. - O avisou quase que em tom de ameaça e deu a volta na cama tirando toda a reação de choque que Lee demonstrava.

Mas a sua voz mudou e a sua doçura apareceu em um click. ━ Ba' noit' Papai. - E a garota ergueu os braços e abriu um sorriso doce sendo erguida pelo seu pai e logo recebendo vários beijinhos em sua testa. ━ Durma com os anjinhos e cuidado com o frio, não fica doente, gente doente não pode comer sorvete e senhor prometeu levar eu pra comer sorvete.

Já Moonbin, o garoto de doze anos, que era alto demais para a sua idade, que usava um pijama totalmente cinza e que permanecia descalço, apenas se aproximou de Minho e o abraçou calmamente. ━ Boa noite Senhor Lee, espero que o senhor esteja confortável em nossa casa, toma conta do meu pai essa noite, por favor. - Pediu com delicadeza e assim que se afastou do abraço fazendo o mesmo de sua irmã, dando a volta na cama e se despedindo de seu pai. ━ Boa noite Pai, tenha uma boa noite de sono. Te amo. - O abraçou dando-lhe alguns tapinhas nas costas e logo se afastou ajudando a sua irmã a carregar o boneco aterrorizante que a menor arrastava de um lado para o outro.

━ Te amo filho, durma bem e tente não ficar acordado de novo, descanse as suas vistas. - Jisung comentou amoroso.

━ Claro, claro. - Murmurou pegando a sua irmã no colo e saindo do quarto.

━ Moonbin. - Lee sorriu meio pensativo. ━ Tenha uma boa noite. - Lhe desejou com positividade vendo um breve sorriso do mais velho das crianças. ━E projeto de Belzebu, se alguém comer os meus pés, eu já sei quem é a culpada viu, tô de olho. - A avisou autoritário chocado ao vê-la mostrar a língua para si antes de sair do quarto.

━Ontem a gente estava no carro e você falou que ela era o Mrs. Satã, agora é projeto de Belzebu? Olha, eu acho que vamos ter uma boa discussão sobre esses apelidos. - Comentou pensativo.

━ Tá bom Senhor Han, agora podemos dormir? - Murmurou cansado.

━ Claro, se esforce um pouquinho com a Sunnie, ela é uma boa garota, só tem ciúmes demais da família, mas ela gosta de você, até falou para você dormir bem… - Jisung, sorrindo pronto para tirar uma com a cara de seu parceiro, o olhou sugestivo e logo comentou. ━ Ou melhor, na próxima você vai pro sofá. Agora vai ser assim.

━ Ih, tá muito abusadinho pro meu gosto, você gosta de rir da cara do perigo né? - Empurrou fraquinho o braço de seu maridinho e lhe deu alguns tapinhas fracos em sua barriguinha. ━ Homem de coragem, muita coragem. - Sorriu aberto comentando já de olhos fechados.

Já Jisung o observava com um risinho estendido e baixinho em seus lábios. Fazia anos que ele não se sentia confortável daquele modo, tão à vontade em seu próprio íntimo brincando com alguém que pareceu o entender. ━ Não, mas como o homem da casa, eu tenho regras agora, se você matar alguém, arrumar multas de carros, falar do meu sapato, que foi baratinho sim ou vier com essa de Belzebu de novo, você vai direto pro sofá.

Um biquinho se formou em seus labios, Han pareceu ser um gênio. ━ Vou aderir, se você me instigar a usar sapatênis de novo, você vai para o sofá, se falar mal do meu piercing no peito, sofá. - Minho tampou a boca de Han com a sua mão e o impediu de falar. Jisung já estava de olhos arregalados pronto para começar a fazer mil e uma perguntas sobre o piercing.  ━ E o mais sério, se você me fazer comer mais uma carne feita de planta ou sei lá, serragem, eu te expulso de casa. Sério, você vai pra rua, vai morar com os mendingos. - Respondeu de modo pleno voltando a fechar os seus olhos.

Mas, se aproximando do rosto de Lee, ao vê-lo totalmente indefeso de tal jeito, Jisung selou lento a sua bochecha esquerda e acariciou os cabelos rebeldes do maridinho que abriu apenas um de seus olhos para descobrir o que estava acontecendo. ━ Boa noite meu doce, pode dormir tranquilo, que amanhã você vai ter surpresa.

Já soltava um sorrisinho safado enquanto mordiscava seus lábios. ━ Ai amor, eu fico todo bobo com essas ameaças, vai, me dá uns tapinhas e fala que quer o divórcio. - Brincou usando tal voz aveludada.

Jisung não se conteve, a sua risada foi tão espontânea que gotículas de sua saliva entraram em contato com a pele fácial de Lee, que após sentir o toque molhado da baba do esposo, se engasgou com uma risada. ━ Desculpe, eu juro que buhahaha, babei em você, desculpe meu bebê. - Jisung puxou a barrinha de sua camisa para cima e limpou o rosto de Minho que fez uma bela carinha feia pelo rápido banho. ━ Ah, pare, é só baba.

Mas Lee levantou o seu rosto cerrando os seus olhos estressado. ━ Baba? Só uma babinha de nada né? Que…ri.do. - E sem aviso prévio suas mãos o agarraram e sua língua foi posta para fora. Jisung quis gritar, mas não acordaria os seus filhos no meio da noite, tentou empurrar o seu maridinho, tentou se desculpar, fugir. Mas quando sentiu a língua úmida de Lee lamber toda a extensão de sua bochecha ele choramingou derrotado. Minho compartilhava da derrota, pois sentiu o gosto azedo do creme de baunilha de Jisung. ━ Eca. - Fez uma careta colocando mais uma vez a sua língua para fora. ━ Creme ruim.

━ ECA DIGO EU! - Aumentou a sua voz desacreditado por tal ação.

É provavelmente aquela relação ia funcionar bem, ou quase isso.

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