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AMIRA.








Meus planos, ao menos estavam saindo como o esperado e o previsto por mim. Keith havia metido o nariz torto onde não foi chamado, consegui instalar um sistema de disfarce na nave alteana, também consegui colocar um chip de controle no poodle rabugento, o trazendo - contra minha vontade -, comigo, utilizei o soro de camuflagem para me passar por uma galra e também usei um holograma de disfarce para que minhas roupas se assemelhassem com as vestimentas do típico uniforme da tropa galra.

Como o esperado, os galras não abriram fogo e permitiram nossa entrada no hangar das naves da Nave Central Mãe, os galras a chamavam de Andrômeda, era uma gigantesca e importante nave para o Império, uma vez que aquela era à base de reabastecimento de suprimentos, energia e reparo de todas as outras naves da frota de Zarkon, mas também aquele lugar era uma prisão de alta e rigorosa segurança. Eu estava aqui, antes de me levarem para Olkarion com intuito de usar minha capacidade de gerar energia a partir de qualquer coisa, para abastecer energeticamente o gigantesco Cubo Negro que replicava os ataques.

Então, sim, eu conhecia essa nave como a ponta da minha cauda. Era como se todas as plantas arquitetônicas de Andrômeda estivessem enraizadas dentro da minha mente. Toda vez que me levavam para extração da minha radiação cósmica, sempre tomava o certo cuidado de observar atentamente cada corredor ou ala da nave, não deixando nada escapar do meu olhar predatório e rigoroso, sempre fazendo questão de estudar as possibilidades e estatísticas para uma possível fuga. Bom, infelizmente não tive a oportunidade de utilizar as minhas memórias fotográficas ao meu favor, até esse momento. Pois, Rockett ainda estava aqui e agora iria resgatá-la a qualquer custo.

Como sabia que minha mascote estava bem aqui? Fácil, draconianos e suas mascotes possuem um elo de ligação muito forte um com o outro, ao ponto de poderem se rastear pela ligação da alma.

As mascotes draconianas são a forma animal, primitiva e física da alma de cada draconiano. É a manifestação do plano físico da alma. Juntamente ao nascer de um draconiano, nasce também sua mascote e por toda a vida eles serão companheiros um do outro. Se um draconiano morre, sua mascote também morre. Mas se uma mascote, que é a manifestação física da alma, morre, o draconiano irá não só perder sua alma, como também se transformara em um devorador de estrelas, uma criatura bestial, maligna e cruel.

Como sou uma mestiça, Rockett, minha manifestação física da alma, nasceu com uma natureza dual. Podendo ser uma fofa e inofensiva raposa espacial, mas também com a possibilidade de se transformar em algo assustador e sombrio quando se é ameaçada. Meu povo diz que a forma que sua mascote assume é a forma refletida do que você é por dentro. E por dentro, sou duas coisas. Metade humana. Metade draconiana. Uma parte boa e outra parte ruim. Luz e trevas.

Já fazia meses que tanto, Rockett e eu fomos capturadas pelos galras, ao menos nossa nave não foi, odiaria saber que esses bastardos haviam roubado minha máquina de fazer waffles. Digamos que durante minha curta estadia na Terra, peguei alguns hábitos humanos, como beber a bebida super energética que eles chamam de "café" e as comidas viciantes que também chamam de "chocolate" e "waffles", acredito que já não consigo viver mais sem esses dois últimos.

Acho que se minha avó me encontrasse agora, certamente ela me desprezaria ainda mais por agora agir mais como humana do que draconiana.

Mas sinceramente? Até que gosto desse lado humano que experimentei pela primeira vez em anos. Em Dhákaron, meu planeta natal, todos sempre me desprezaram e me trataram de forma indigna o tempo todo, minha espécie é muito preconceituosa e racista. Eles gostam de pensar que só porque foram os primeiros seres do universo, devem ser tratados como verdadeiros Deuses e são superiores as demais raças. E mestiços... Nunca serão bem aceitos por nenhum draconiano.

Vagamente uma memória horrível passa em minha mente. Foi quando assumi pela primeira vez minha forma humana aos cinco anos, lembro-me das palavras horríveis proferidas contra mim, lembro-me dos beliscões fortes com as garras penetrando na minha pele e fazendo-me sangrar sangue vermelho. As crianças que me rodeavam me achavam uma aberração, com a pele clara, cabelo preto, com duas mãos com cinco dedos, que sangrava vermelho ao invés de prata e ainda por cima sem uma cauda. Para eles, eu era a "aberração de circo", como os humanos dizem. Ainda sou capaz de me lembrar também quando as outras crianças draconianas me deixaram sozinha na floresta obscura, lá era tão escuro e frio, enquanto chorava desesperadamente e gritava para que me tirassem dali, nenhuma delas me tirou, ao contrário, elas só riam mais.

Quando as risadas cessaram dando indícios que elas tinham me abandonado ali. Para morrer ou só para envergonhar ainda mais minha avó, foi quando dei de cara com um devorador de estrelas, em sua forma demoníaca e bestial. Dentes longos, olhos sanguinários, garras letais que rasgaram minha pele nas costas e se tornaram cicatrizes que nunca desapareceram; mesmo com os draconianos sendo capazes de se regenerarem de qualquer ferimento. Não sei como havia matado aquela coisa, apenas senti muito medo e fiquei totalmente aterrorizada, enquanto rezava para Núcleo e Wally me protegerem.

Porém, quando minha avó me encontrou junto com Rockett, seu olhar para mim na minha forma humana não poderia ter sido pior. Acho que ela estava decepcionada pelo devorador de estrelas não ter me matado e por isso a única coisa que ela disse para mim naquele instante foi: "você fede e sangra como um terráqueo". Então poucas horas depois, ela me enfiou em uma nave e me abandonou juntamente com Rockett, nos deixando sobre os cuidados de Kolivan e da Espada de Marmora.

Nunca mais após aquele incidente voltei a ser humana, até o dia em que fui para a Terra e pelo menos conseguir me adaptar bem melhor no planeta que me era estrangeiro, ao invés do meu próprio. Na minha forma humana, sou mais calma, tranquila, racional, menos selvagem e sanguinária, no entanto quando assumo meu lado draconiano, viro uma pessoa completamente oposta. Uma pessoa que certamente a equipe Voltron não iria querer por perto. Na forma draconiana sou apenas Amira, A Esmaga Ossos e na forma humana, sou Amira Darkon.

Existem dois lados meus e, pelo visto, também existem duas personalidades.

Assim que Keith e eu saímos da nossa nave disfarçada, tratei logo de expulsar as memórias horríveis do meu passado e tentar me concentrar no agora.

No instante em que estou de pé e dentro do Hangar das naves na minha forma disfarçada galra, percebo o quão alta estou; juntamente com a minha pele, nesse momento, púrpura e um pouco peluda. Até mesmo sou capaz de sentir os caninos inferiores sobressalientes o suficiente para não caberem dentro dos meus lábios e pelo meu reflexo contra o metal da nave disfarçada, percebo que também estou com minhas orelhas pontudas e os olhos estão de uma cor completamente âmbar fluorescente. No entanto, a única coisa que estava me incomodando muito era os pelos. Porque alguns galras tem que ter o copo infestado de pelos? Isso é tão desconfortável e nojento, sem falar que sinto vontade de me coçar a todo instante, mas tenho que me controlar, pois qualquer movimento suspeito eles abririam fogo contra mim e Keith.

- Identifique-se! - Um galra armado com uma pistola de laser e com dois robôs sentinelas atrás de si próprio, pergunta me encarando fixamente.

Senti o Kogane ao meu lado, ficar com o os ombros tensos, provavelmente ele acreditava que meu plano era um erro e por isso, iria dar errado em qualquer momento. O paladino vermelho sequer fazia questão de esconder seu semblante desgostoso com a minha ideia, porque também havia usado o chip de controle novamente para que ele me obedecesse contra sua vontade e colocasse a droga das algemas de plasma típicas que galras usavam em seus prisioneiros. Sobre suas perguntas constantemente irritantes e desconfiadas sobre como conseguir aquele item galra.

Porém, é inegável o fato de que meu instinto interno gritou para que pegasse a pistola laser que tinha presa ao meu cinto, mas não o fiz, pois como já mencionei, não poderia parecer suspeita.

- Sou Chors da décima divisão da frota do Imperador Zarkon. - Disse com convicção e sem fraquejar, pois de qualquer forma aquela não era a primeira vez que teria de passar por alguém que não sou. - Acabo de voltar de mais uma caçada de um dos prisioneiros que fugiram com o grupo rebelde. - Quando as palavras saem pelos meus lábios, instintivamente puxo bruscamente Keith pelo braço, sem nenhuma delicadeza, o paladino vermelho faz uma careta, provavelmente sentindo uma leve dor.

Quase sinto pena por ele. Sem querer havia machucado suas costelas e agora sou obrigada a tratá-lo como um verdadeiro prisioneiro dos galras, uma vez que os seres com a pele púrpura diante dos meus olhos não são muito gentis ou tampouco bondosos com seus prisioneiros. Conheço bem como é o verdadeiro tratamento deles com os prisioneiros, pois já o senti na minha própria pele. Contra minha vontade, sou obrigada a pressionar uma das dobras do joelho esquerdo de Keith com a ponta do meu pé direito e pressionar com força minha mão sob seu ombro, o obrigando a cair de joelhos perante o galra e suas sentinelas.

Mordo o interior da minha bochecha com força desprezando e me odiando por dentro sobre como a forma que estou tratando o paladino vermelho. Sei que não é o certo e não é o correto, porém, preciso os convencer que sou uma deles, que sou como eles. Não ligo se o Kogane irá me desculpar, mas sinceramente, não me importo, a única coisa que me importa é resgatar Rockett e manter Keith vivo, pois acredito que se voltasse para o Castelo Navio sem ele, Shiro - que sequer sabe que é meu pai -, não me perdoaria e acho que não suportaria perder a única coisa próxima que tinha uma família que nunca tive.

Ainda não sabia qual era a verdadeira ligação entre o paladino vermelho e o meu pai, mas realmente ela está sendo de grande dor de cabeça para mim. Porque além de assegurar a segurança de Rockett, tenho que assegurar também a segurança do poodle irritante. Acho que não preciso dizer o quanto isso me desagrada, certo?

- Esses terráqueos realmente acham que são o centro do universo, não é? - Comento em um tom debochado após Keith gemer contrariado, ele já estava dolorido demais e eu só estava intensificando sua dor.

Como esperado, o galra diante de mim ri se deliciando internamente como a forma que estou tratando um "prisioneiro".

- Terráqueos não costumam sobreviver muito tempo em nossas prisões. - O galra sorri sadicamente enquanto encara Keith. - Leve-o uma para nossas celas e pegue o que precisar em nossa Nave Mãe. - Avisa antes de nos deixar sozinhos, sendo seguido pelas sentinelas e nos deixando sozinhos.

- Levanta. - Sussurro baixo, puxando o braço de Keith de uma só vez, fazendo-o ficar de pé.

- Precisava mesmo daquilo tudo? - O Kogane resmunga contrariado perante minhas ações anteriores na frente do guarda galra.

- Precisava convencer eles e não levantar suspeita. A não ser que você acha que os galras dão flores e enchem os prisioneiros de carinhos e beijos. - Ironizei de forma debochada, ainda segurando o braço de Keith e o arrastando para fora do hangar das naves.

A porta magnética de cores lilás fluorescente e preto imediatamente se abriu perante nos dois, nos revelando o logo e sombrio corredor típico em todas as naves do Império Galra. Sem esperar e sem delicadeza nenhuma puxo o paladino para dentro do corredor e no momento em que a porta magnética atrás de nós dois, se fecha e nos deixa completamente sozinhos no corredor, é quando consigo respirar um pouco aliviada pela primeira parte do meu plano ter sido concluída.

- Como eles deixaram você entrar tão facilmente assim? Ou melhor: como sabia que houve uma fuga de prisioneiros pelos rebeldes? - Para minha infelicidade o paladino vermelho decide demonstrar sua desconfiança novamente para mim.

O olho com raiva e com as sobrancelhas arqueadas. Agora estou muito mais alta do que ele, o que quer dizer que talvez possa dar-lhe uns bons cascudos se for de minha vontade. Tenho que retornar com ele vivo, mas isso não quer dizer que não possa lhe dar uns bons tapas no seu rosto, até essa expressão de desconfiança irritante saia de sua face.

- Sério?! Achei que já tínhamos superado esse lance de você ficar desconfiando de mim a cada segundo! - Disse entredentes. - Se eu quisesse você morto, você já estaria.

- Você fala como se páreo para um combate contra mim. - Provoca, dando um sorriso desafiador.

Não pode ser... Aquele cara estava mesmo me desafiando?! É, acho que vou dar ele de comida para a Rockett, isso se eu não o estrangula-lo antes.

- Melhor tomar cuidado com o que fala. Sou eu que estou em vantagem aqui, não você. - Ergo meu pulso esquerdo exibindo meu bracelete de controle e logo vejo seu sorriso cínico morrer aos poucos, o que me dá uma satisfação interna gigantesca.

Claro que estava fazendo uma lista mental com todos os insultos que poderia dizer aquele pedaço de bolo de carne ambulante, mas infelizmente, não tinha tempo para isso. Mas, certamente, quando retornarmos ao Castelo Navio irei infernizar a vida de Keith.

Tá legal, eu sei que dei motivos para o paladino vermelho agir dessa forma comigo, não posso culpá-lo. Realmente não sou uma pessoa confiável, faz parte da natureza draconiana não ser leal e geralmente só fazer o que lhe convinha de alguma forma, não se importando com que se machucaria ou o que lhe custaria durante o processo. Somos trapaceadores e adoramos travessuras. No entanto, a minha parte humana gritava dentro de mim para que fizesse a coisa certa perante a moral e ética dos terráqueos, nunca ganhei ou conquistei muitas coisas sendo draconiana, mas talvez pudesse ganhar algo muito mais significativo e valioso sendo humana.

Os humanos são uma espécie deplorável. Cometem sempre o mesmos erros, são egoístas, estão sempre pedindo desculpas, mas nunca perdem a esperança. Eles sempre acreditam em coisas boas, em pessoas que possam se tornar melhores e diferente dos draconianos, eles sabem perdoar. Talvez tenha reprimido demais minha parte humana por vergonha e agora, acho que pode ser o momento em que posso dar uma chance a esse lado que um dia foi tão repudiado pela minha espécie.

- Ok... - Suspiro contragosto. - Consegui as informações porque quando era prisioneira ouvia rumores entre os soldados que vigiavam minha cela de que alguns rebeldes libertaram os prisioneiros galras nos campos de trabalho forçado e que uma galra chamada Chors foi enviada por Zarkon para recapturar os fugitivos. - Expliquei com sinceridade. - O soro de camuflagem faz você assumir a aparência que quiser e escolhi dessa Chors, a caçadora do Império Galra.

- E por isso ninguém fez mais perguntas a você. - Concluiu Keith.

- Realmente, tinha medo que seu cérebro não funcionasse, mas agora fico aliviada por ele estar funcionando bem. - Não consigo resistir e solto mais uma provocação.

O Kogane me olha furioso e vejo uma veia saltitar do seu pescoço. Sinto vontade de rir, mas mordo o interior da minha bochecha segurando a risada, ver o paladino vermelho com raiva me diverte como nenhuma outra piada em toda galáxia. Ele me lembrava justamente o poodle que Camille tinha como seu animal de estimação, claro que no início foi muito difícil para eu compreender que animais de estimação não são como as mascotes no meu planeta, os humanos tinham a alma dentro do corpo - o que era algo totalmente assustador para mim -, e tinham pets apenas por prazer de ter um animal para cuidar e mimar.

De todos os lugares mais esquisitos e selvagens que já estive na galáxia, certamente a Terra era a campeã de todas.

Reviro os olhos e espanto meus pensamentos, tentando não me distrair e perder meu foco principal: resgatar Rockett e manter o poodle em segurança. Rapidamente trato de direcionar toda minha atenção no que estava prestes a fazer e coloco minhas mãos nas algemas de plasma que prendiam ambos os pulsos de Keith, tratei logo de desarma-la e liberar o paladino vermelho do aperto delas.

- Nos separamos aqui. - Digo e vejo Keith arregalar os olhos, surpreso.

- De jeito nenhum! Temos que ficar juntos! - Diz firmemente.

Eu sei o que podia parecer que ele estava falando aquilo, porque estava muito preocupado comigo e por isso tínhamos que ficar um perto do outro. Mas, infelizmente a verdade era mais dura, tão óbvia e mais difícil de engolir do que suco Krag (uma criatura espacial selvagem que explana secreção de poros da sua pele e essa secreção é usada como suco. O gosto é horrível, mas em compensação é bastante nutritivo.). Keith queria que ficássemos juntos, pois ele ainda acredita que posso traí-lo.

O que tenho que fazer para esse bolo de carne acreditar que não sou uma ameaça?! Levar um tiro por ele?!

- Olha, eu não tenho paciência... - Dou uma pausa contrariada. - Ok... Você vem comigo, mas se me irritar, eu vou atirar em você.

Para minha surpresa e desgosto, o Kogane ri e sustenta um sorriso zombeteiro, enquanto começa a caminhar pelos corredores, me deixando para trás.

- Já te disseram que você é tão assustadora quanto o Lance?

Arregalo os olhos, perplexa e cética. Keith estava mesmo...?

- Está zombando de mim?! - Rosno entredentes.

- Desculpe, tem razão você não é assustadora como Lance, mas sim como o Hunk.

E enquanto ele sai andando de costas para mim no corredor, é o momento em que fico tentada em pegar minha pistola laser e atirar nele.





***





Andar novamente pelos corredores que já me foram tão comuns alguns meses atrás, me deixava inquieta e desconfortável internamente. Era como se a cada passo, eu me lembrasse de tudo que passava aqui em Andrômeda. Era capaz de ouvir novamente os gritos e os gemidos agonizantes de cada um dos prisioneiros ali, alguns estavam presos porque foram contra o Império Galra e outros estavam ali simplesmente porque alguns galras acharam melhor capturar pessoas inocentes, torna-la seus escravos ou mero brinquedos para sua diversão sádica, propositalmente.

Ainda me lembro que muitos eram torturados sem nenhum motivo ou apenas serviam de experiências para as práticas de magias sombrias dos druidas e até mesmo para os experimentos científicos macabros de Haggar, a bruxa que era o braço direito de Zarkon em seu império. Sem contar aqueles que eram escravizados nos campos de trabalho e os outros que eram mandados para as arenas de luta para o divertimento mórbido e sombrio de todos os galras. Quanto aos variados que morriam diante dessas diversas provações, seus corpos eram arremessados no vazio do espaço, condenados a ficarem flutuando e vagando infinitamente pela galáxia a fora.

Perdi a conta de quantas vezes via um corpo ser arremessado para fora de Andrômeda através da pequena e minúscula janela da minha cela. Lembro-me de sentir fome, frio, ter constantes pesadelos e mal conseguir ficar de pé. Tudo isso porque extraíram minha radiação e também tiraram meus alimentos, para um draconiano ficar sempre em forma e forte, ele deve se alimentar cada vez mais. É da comida que tiramos nossa força. E os galras sabiam disso. Uma vez, eles me deram uma sentinela robótica para comer, no intuito de me deixar um pouco forte e um pouco mais apresentável para ir lutar na arena. Estava com tanta raiva e fome reprimida dentro de mim, que não só venci meu adversário como o matei e depois o devorei, na frente de todos. E por mais bárbaro que parecesse, todos os galras ficaram em êxtase com minha "performance". Nunca deixe um draconiano com fome e sem radiação, pois essas duas últimas nos deixam completamente selvagens e perigosos, completamente loucos para saciarem sua fome.

Sim, tinha a plena consciência de que era arriscado invadir Andrômeda para uma missão de resgate, quando minha radiação ainda está baixa, o que quer dizer que não posso usar meus poderes. Mas eu preciso fazer isso. Preciso salvar Rockett. A cada movimento, certifico-me de deixar algumas pequenas cápsulas de explosivos, caídas a cada passo do nosso trajeto, sem que Keith perceba. Posso está sem os meus poderes, mas não ficarei em desvantagem aqui.

De fato, aquelas bugigangas de tecnologia alienígena que andei comprando no Shopping espacial com vale compras realmente parecia estar me sendo útil no final das costas, tudo bem que não era tecnologia de primeira qualidade, mas o tempo que fiquei trancada no meu quarto montando e desmontando aparelhos para que pudessem se transformar em algo útil para mim nessa missão, parecia ter valido a pena. Consegui não só criar um dispositivo de camuflagem através de um holograma super realista para a nave e minhas roupas recriei o soro de camuflagem draconiano, criei um dispositivo de controle que transformou Keith no meu novo poodle e ainda consegui criar explosivos, não muito mortais, porém, potentes o suficiente para causar uma grande explosão e fazer muito barulho. Sem contar as outras coisas que trouxe comigo para ajudar a soltar Rockett. Ou seja, uma distração perfeita. Eu sei, sou um gênio.

Reconheço cada parte dos corredores e pressinto através do meu laço com minha mascote que estou perto. É verdade que Keith e eu estamos sendo até sortudos demais, por não encontrar com nenhum guarda ou sentinela. Algo dentro de mim revira e se move inquietamente denunciando que algo está errado. Muito errado por sinal. Isso está fácil demais para meu gosto.

Quando chegamos à porta magnética que por detrás dela está minha mascote, pois é isso que o meu laço com Rockett me diz internamente, uno as sobrancelhas confusa quando vejo que não há nenhum guarda de vigia ou plantão na porta a guardando e vigiando. Eles sempre tomavam o cuidado certo para que a cela de Rockett fosse muito bem vigiada.

- Algo está errado. - Keith comenta. - As coisas estão fácies demais para nós. - Diz às palavras que me fazem gemer de insatisfação.

- Você tinha que dizer essas palavras?! - Questiono irritada, me virando para o painel de controle e identificação da porta magnética, sentindo o olhar surpreso do Kogane sob meus ombros.

- Qual o problema?

Suspiro frustrada.

- Você é humano, então já deve ter percebido que quando alguém diz "isso foi fácil demais" em um filme, consequentemente algo ruim começa acontecer logo após a pronúncia dessas palavras. - Explico me virando para ele.

- Você está brincando, não é?! Isso só acontece em filmes, Amira! - O paladino vermelho me julga com o olhar.

- Porque está me julgando?! Foram vocês, humanos, que criaram as leis de Murphy.

- Leis de Murphy?

- Sabe... "Nada não é tão ruim, que não possa piorar". - Fiz aspas com os dedos.

- Não acredito em superstições.

Estava prestes a retruca-lo, mas mordi minha língua, impedindo que alguma outra palavra ou um xingamento em dracônico antigo saísse dos meus lábios em direção ao poodle irritante. Uma parte de mim gostava de irrita-lo e discutir com ele, porém também existia outra parte minha que estava com o dedo indicador formigando ansiosamente para puxar a pistola laser da minha cintura e disparar contra ele. Só preciso manter ele vivo, mas não inteiro. Talvez possa inventar uma desculpa plausível para convencer a todos que atirei sem querer na perna de Keith, afinal ainda sou a expert em mentiras aqui.

No entanto, algo aconteceu. O efeito do soro estava passando rapidamente. Logo em seguida senti voltar a minha altura normal, ao mesmo tempo em que meus caninos sobressalientes e a cor púrpura iam desaparecendo gradativamente. Ah merda. Eu estava voltando a ser humana e a pior parte era que o holograma realista que estava usando para que minhas vestimentas se assemelhassem com o uniforme da tropa galra, já estava falhando.

Droga! Keith e eu perdemos um tempo de suma importância enquanto discutíamos e trocávamos farpas um para com o outro.

O paladino vermelho ao meu lado estava prestes a dizer algo, ao mesmo tempo em que me via voltar à forma humana e meu holograma falhar. Porém quando uma terceira voz desconhecida ressoou próxima a nós, foi o momento em que senti minha espinha gelar e meu estômago revirar, não por medo, mas sim, por ter sido pega desprevenida. Odeio não ter controle sob as coisas e odeio ainda mais ainda quando meus planos perfeitos vão por água a baixo.

- Sabe; desde que nossa base em Olkarion foi destruída me perguntei quanto tempo você demoraria até vir buscar sua amiguinha, 626.

E quando viro minha cabeça na direção da origem da voz, cerro furiosamente meus punhos ao rever Nhym, meu antigo carcereiro, novamente e para piorar há uma dezena de sentinelas atrás dele com todas as armas voltadas para nossa direção.

Merda!





Oi, oi, oi people!

Demorou um cadinho, mas aqui está o capítulo <3

Não se esqueçam de votar e comentar sobre o que está achando da fic ^^

Tentarem postar mais um capítulo essa semana, prometo <3

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