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Capítulo Seis | At Nightfall

Se as lágrimas pudessem ser engarrafadas
Haveria piscinas enchidas por modelos
Disseram: Um vestido justo é o que te torna uma puta
Se dizer eu te amo fosse uma promessa
Você a quebraria, se fosse honesto?

idontwannabeyouanymore |
Billie Eilish

━ ANY GABRIELLY
EUA · Califórnia · Los Angeles

Olho para meu reflexo no espelho e finalizo a maquiagem carregada para mais uma longa e tortuosa noite. Minha expressão é apática e meus olhos não contêm brilho algum. Meu ânimo e vontade de viver foram embora desde que perdi minha mãe e toda a inocência que me restava.

A maquiagem mascara as rugas de preocupação e eu camuflo todas as minhas emoções e os meus sentimentos. Eu desde que fui sequestrada passei a viver como um zumbi, como uma morta viva.

Não tenho vontade de comer, de beber, de tomar banho... De viver.

Mas eu não tenho escolhas, preciso dedicar meus dias para ganhar mais e mais dinheiro e quitar minhas dívidas para poder ir embora.

Eu pego o cheque que Zoe me entregou. É o pagamento de Josh que veio com mais uma cartinha. Ele dizia que estava pagando pelas noites que esteve comigo, pois sabia que eu não ficava com nenhum dólar do serviço que prestava.

Hoje era mais um dos dias em que eu estava cansada, sentindo como se tivesse corrido uma maratona inteira.

Eu tomei um dos meus comprimidos tranquilizantes junto com água e logo Lamar apareceu na porta avisando que já tínhamos clientes prontos para receber dos nossos serviços.

Eu puxo a saia um pouco mais para baixo, inutilmente, como se isso fosse melhorar minha situação. Centímetros de saia mais abaixo não muda o que eu sou forçada a fazer, não muda o quão exposta eu fico, não muda os olhares e as palavras que recebo.

Nada muda. Nunca.

Todas nós forçamos sorrisos e caminhamos uma atrás da outra até o salão principal, onde tem toda a recepção, o bar, as mesas de stripper e todo o show de horrores.

Cada menina vai a procura de um cliente que tenha a melhor aparência possível, como se esse detalhe amenizasse nosso inferno diário.

Eu me encosto no bar e peço o drink de sempre, um dos mais fortes possíveis. Eu tomo uma, duas e três doses para começar a relaxar um pouco mais.

Só posso aguentar ficando chapada o suficiente para não me recordar das noites tenebrosas. Sina se junta a mim e suspira ao meu lado.

- O que foi? - eu questionei, a olhando de canto.

- O de sempre, mãos em lugares que eu não queria onde estivessem. - ela sorriu triste.

Eu afaguei seus fios loiros e encostei minha cabeça em seu ombro.

- Um dia nós conseguiremos sair daqui, desse inferno. - eu tentei conforta-la com um sonho que para mim já não parece mais possível.

Minhas esperanças morreram a algum tempo.

- Nem você acredita nisso. - ela pediu por uma bebida e Angel entregou uma marguerita para Sina.

- Posso não acreditar agora, mas ainda sonho com esse dia. O dia da liberdade. - eu sorri e me endireitei na cadeira ao sentir alguém se aproximando.

Sina e eu nos viramos com nossas bebidas em mãos. Tivemos a visão de um senhor que deve ter por volta dos cinquenta anos, cabelos grisalhos, olhos azulados, alto e pouco acima do peso.

- Olá meninas. - ele sorriu para nós e umideceu os lábios de uma maneira que parecesse sensual. Eu senti vontade de vomitar. - Vocês estão livres?

Eu encarei Sina e ela me encarou de volta.

- Claro. - não poderíamos inventar outra resposta. Nós sorrimos falsamente.

- Então eu vou querer as duas mocinhas. - ele sorriu malicioso e Lamar se aproximou.

- Está gostando, senhor? - Lamar olhou para nós e depois para o mais velho.

- Mal cheguei e já encontrei mocinhas belas. - o homem disse para Lamar que sorriu satisfeito.

- Mal pode esperar para descobrir o que elas são capazes de fazer. - ele deu um incentivo ao homem. O mais velho puxou a carteira e colocou notas nas mãos de Lamar.

Nós fomos levadas para um quarto e mais uma tortura começou. Fingimos sentir prazer, quando queríamos vomitar. Gememos como cadelas no cio, quando queríamos gritar de dor e angústia.

Ele nos amarra e nos bate depois de nos pagar a mais, não pudemos rejeitar.

Foram minutos que pareciam nunca terminar. Depois dele apareceram mais.

O primeiro violento.

O segundo precoce.

O terceiro um completo drogado que nem sabia onde enterrar a miniatura que ele chama de pau.

O quarto foi uma completa tortura, ele queria algo que eu nunca estaria disposta a dar. Mas eu não tinha escolhas, ele me pegou por trás e eu me entreguei como uma morto-viva.

Sem vontade alguma.

Houveram mais três para completar a noite. Três de uma vez só e isso me derrubou completamente. Eu acordei no dia seguinte sangrando em cima da cama, enquanto Sina cuidava de mim.

- Eles te machucaram muito, Matteo dará um jeito nisso. - ela murmurou, enquanto me secava após o banho, já que eu não tinha nem forças para isso.

- Ele deve ter ganhado uma fortuna por isso, não vai acontecer nada. - eu falei com escárnio.

Sina foi estender a toalha em silêncio, eu vestido a camisa grande sem me preocupar em vestir langerie, pois meu corpo estava tão sensível que as peças poderiam me incomodar ainda mais.

Me deitei na cama e fiquei olhando para o teto da beliche. Meus pensamentos foram parar em Josh, no quanto eu queria que ter ficado a noite inteira com ele novamente para não ter que passar por isso.

Eu nem consegui dormir de tanta dor nas minhas pernas e braços. Ao mais tardar fui chamada para ir até a sala de Matteo que ficava no segundo andar do salão principal.

Eu entrei encolhida e fraca, morrendo de dor na minha parte íntima.

- Eu soube o que aconteceu, já tomei a devida providência. - o homem de quarenta e cinco anos falou assim que fui empurrada para a frente da sua mesa.

- Sério? O que aconteceu com eles? Pagaram bem o suficiente para você aceitar a situação? O suficiente para quitar minha dívida? - eu me atrevi a questionar disparada.

Matteo ficou me encarando com um sorriso de desdém.

- Você sabe como as coisas funcionam, Any, você é a mais antiga daqui. Sabe que é uma das minhas preferidas. - ele se levantou e deu a volta na mesa.

Matteo me virou e me colocou curvada em sua mesa, sua mão segurando meus fios de cabelo bem no couro cabeludo, me fazendo apertar os lábios para conter um grunhido de dor.

- Sei que você é inteligente o suficiente para saber que jamais conseguirá pagar sua dívida comigo. - ele sussurrou contra meu ouvido. - Ela só cresce mais a cada dia. Por acaso você pensa que tudo o que usufrui aqui não tem um custo?

- Seu maldito. - eu vociferei perturbada.

Ele riu e deslizou a mão nojenta para debaixo da minha blusa comprida.

Eu fechei meus olhos com força e acertei um chute no tornozelo dele com toda minha força. Quando ele cambaleou corri para a porta que foi aberta por um segurança.

- Vadia! - Matteo gritou. - Segure ela.

O segurança me segurou pelo pescoço antes que eu pudesse escapar.

Matteo me tomou dele e me arrastou até um sofá no canto de seu escritório. Eu tentei lutar contra ele, mas não tinha forças suficiente.

Ele rasgou a minha blusa até a metade, deixando meus seios expostos.

- Eu sei que você tem recebido bilhetes de um cliente, atenção de um cliente. - ele segurou meu queixo com força. - Acho que o que aconteceu da última vez não foi lição suficiente para você, não é mesmo?

Ele murmurou contra meu rosto, soltando seu hálito que cheira a cachaça. Matteo beliscou um mamilo, o puxando fortemente.

Eu mordi meu lábio para conter o gemido de dor.

- Eu quero o dinheiro que ele te deu, quero os bilhetinhos. Da próxima vez que ele aparecer aqui não o receberá de forma alguma, ou então terá consequências. - ele falou severo.

Ele belisca o outro ainda mais forte.

Engulo em seco e tento não parecer afetada.

- Entendeu? - eu assenti, com o peito queimando de ódio. - Ótimo! Hoje você terá apenas um cliente para compensar o que sofreu.

Ele disse e eu queria rir de raiva. Ele tem um sorriso orgulhoso, como se tivesse feito grande coisa por mim.

Eu senti o gosto do sangue em minha boca, eu parei de morder os lábios, pois já os machuquei o suficiente.

- Leve-a. - o segurança me puxou pelo braço e me arrastou de volta para o quarto. Eu puxei os pedaços de pano tentando me cobrir durante o caminho.

- Amiga, o que aconteceu? - Sina veio até mim com uma toalha. Ela me enrolou no pano para me cobrir.

- Nada, ele não fez nada. - eu murmurei cansada.

Eu rastejei até minha cama e me enrolei debaixo dos lençóis. Sufoquei meu choro e a vontade de gritar contra o travesseiro.

Não pude me dar ao luxo de ficar deitada por mais tempo, pois tinha que me preparar para o cliente que deveria receber hoje.

E assim foi, eu me preparei e fui levada para o quarto vermelho, lá já havia um homem de pelos menos trinta e seis anos a minha espera. Ele tinha um sorriso no rosto.

- Antes de qualquer coisa quero que dance para mim. - ele apontou o poli dance.

Eu balancei a cabeça e caminhei para a barra metálica estendida em um canto do quarto, onde da cama se tem uma visão privilegiada.

O próprio homem escolheu uma música e eu a dancei da maneira mais erótica e rápida possível.

Eu desci da barra e ele estava ao pé do degrau que eu piso em seguida. O homem de cabelo castanho e olhos esverdeados me puxa pelo quadril e me empurra contra uma parede com brutalidade.

Sinto sua ereção cutucar minha barriga descoberta.

- Você não imagina tudo o que pretendo fazer com você agora. - ele murmurou no meu ouvido e lambeu meu pescoço.

Eu senti o vômito subir até minha bíli.

Não falei nada, me mantive em silêncio apenas esperando pelo momento que eu fosse mais uma vez violada.

Enquanto eu via o homem abrir as calças a porta do quarto foi aberta abruptamente. Por ela vi Josh passar como um furacão.

Josh puxou o homem e o golpeou no rosto fortemente. Os seguranças invadiram o quarto para conte-lo, mas ele parecia fora de si.

Eu estava estática. Completamente em choque.

- Me solte, seus filhos da puta. - ele grita feroz. - Eu paguei por essa porra e eu vou ficar aqui.

Ele vocifera cada vez mais alto. Matteo aparece e manda os homens o largarem.

O cliente foi embora transtornado por ter tido sua foda da noite fracassada.

- Eu vou deixar ficar, mas não tolero esses tipos de surtos em meu estabelecimento, Sr. Beauchamp. - Matteo falou seriamente.

O homem me lançou um olhar mortal antes de nos deixar sozinhos no quarto.

- O que você está fazendo aqui? - eu questionei me sentando na beira da cama.

- Eu precisava ver você, tive uma conversa com uma das prostitutas e sei que algo aconteceu. - ele falou passando as mãos pelos fios rebeldes de seu cabelo loiro.

- Que algo?

- Ele pegou o dinheiro que enviei para você? - ele questionou duramente.

- Sim, mas isso não vem ao caso. Por que fez esse escândalo?

O encarei com os olhos semicerrados em busca de uma resposta.

Ele se sentou ao meu lado e ficou olhando para os próprios pés.

- Me responda. - eu pedi.

- Eu... Eu não sei. - ele sussurrou. - Eu só não consigo esquecer você e isso aqui, essa realidade. Não posso seguir minha vida sabendo desse inferno.

- Isso importa? Não é como se fossemos as únicas a passar por isso. Isso acontece em tantos lugares, com muito mais frequência do que pode imaginar. - falei balançando os ombros.

- Eu me sinto um idiota, porque eu queria poder fazer alguma coisa útil. Quero ajudar você, Any. - ele disse, finalmente parando para me olhar .

- Você não pode me ajudar, Josh. A menos que queira arriscar sua vida. - ri com escárnio.

Ele suspirou frustrado.

- Você cresceu sendo um menino no berço de ouro e não sabe da metade do que acontece de verdade. Eu não estou tentando te menosprezar de alguma forma, mas essa é a verdade. Siga sua vida e esqueça de mim e desse lugar, é o melhor que você pode fazer por você mesmo. Pense em si! - aconselhei.

Falei com um certo aperto no peito.

- Você acha que eu não tentei? Queria continuar sendo um alienado, mas eu comecei a pesquisar e tenho descoberto coisas terríveis. - ele falou nervoso.

Josh não para de balançar a perna.

- Não consegui dormir esses dias. - ele falou.

- Josh, vá embora. - eu falei segurando as mãos dele. - Você não sabe de nada e é melhor não saber, volte para sua vida.

- Que vida? A que eu não vivi? Não, Any. - ele se levantou e falou indignado.

- Eu não posso mais encontrar você, então se quer me ajudar não me procure. - eu falei mesmo com relutância no fundo.

- Por quê?

- Porque Matteo quer assim e eu não tenho escolha. Eu também prefiro assim. - ele negou com a cabeça desacreditado.

- Você só está passando por um estado de choque depois de descobrir que nem todos nascem com os seus benefícios, agora acorde e volte para a sua realidade fútil. - fui o mais fria que pude.

Ele me olhou com uma certa mágoa. Eu engoli o nó que se formou em minha garganta e me levantei ficando de costas para ele.

Só ouvi a porta batendo após alguns segundos de silêncio perturbador. Não demorou muito até Matteo aparecer com um sorriso satisfeito e um novo cliente.

To be continued???

Ela sofre tanto, só queria colocar ela num potinho para proteger de todo mal 😭😭😭

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