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Único

ANY GABRIELLY

O dia foi péssimo, eu estou morta de cansada sem exageros, mas não no literal. Eu estava em minha décima quinta entrevista de emprego mal-sucedida, alguns disseram que me ligaram para dar o recado se fui aceita ou não, mas pelas caras e bocas dos entrevistadores perdi o ânimo.

E a última foi a que realmente me fez quase chorar de raiva. Contando aqui, basicamente, eu fui para a entrevista e cheguei lá fui chamada e encaminhada para a sala de uma mulher que fez questão de jogar em minha cara de primeira que eu não serviria para o trabalho, pois eu não me encaixo com o padrão adepto da empresa.

Ela se referiu a minha cor de pele e ao meu cabelo.

Eu fiz o mínimo de escândalo possível para uma situação com essa, apenas estraguei o belo vestido Gucci com meu café quente. Fui impulsiva, mas não me arrependo.

Mas parando para pensar mais profundamente sobre o assunto eu percebi que quanto mais nós tentamos agradar aos outros mais deixamos de ser nós mesmos, acabamos nos tornando personagens que vive a mercê de aprovações dos que só nos vê como bens preciosos quando há benefícios.

Não importa o quanto lutamos para acabar com todo esse preconceito, sempre existiram aqueles tipos de mentes trancadas.

Como eu já ouvi falar e é uma verdade: É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Eu me aproximei do balcão do bar rústico, ou pub, que eu resolvi parar para beber e tentar esquecer o desastre que tem sido minha vida nos últimos meses.

Pedi uma cerveja e com rapidez fui servida. Me sentei em uma das banquetas e sem ao menos perceber comecei a derramar algumas lágrimas enquanto bebia o líquido amargo.

— Por que você está chorando? — me questionaram. Eu virei minha cabeça na direção da voz  e encontrei um homem de cabelo cacheado num tom de loiro, olhos azuis e barba por fazer.

Lindo 'pra caralho.

— Te interessa? — fui meio grosseira.

— Não. — ele balançou os ombros. — Mas desabafar pode ser ótimo, mesmo que seja com um desconhecido.

— Hum. — murmurei não dando muita atenção. Enquanto ele fica esperando eu falar bebo a cerveja tranquilamente.

— Tudo bem. — ele suspirou e o escutei fungar. — Eu também estou mal, eu acabei de descobrir uma traição depois de ter passado dez anos com uma pessoa. Eu a peguei transando com meu primo no quarto que era para ser dos nossos filhos, na casa que eu tinha acabado de comprar para finalmente podermos casar. Ela ainda ficou com o cachorro que era nosso e parece estar feliz com o outro.

Ele começou a contar sua história triste.

— Eu abri mão de muita coisa por ela e agora estou aqui falando com uma estranha que possivelmente não vou mais ver na vida e com um belo par de chifres na cabeça. — eu o olhei de soslaio ao mesmo tempo que ele fala. — Eu só me pergunto o que fiz de errado. Aonde foi que eu devo ter errado?

— Eu não te conheço, não me pergunte isso. — falei baixo. Ele me encarou.

— Eu fui insuficiente para ela, por isso preferiu outro. — ele falou apoiando os cotovelos no balcão e o rosto entre as mãos. — Eu sou um idiota.

Ele está bêbado — defini isso ao vê-lo começar a chorar como um bebê.

— Ela quem foi a vadia, ela quem deveria estar chorando, você foi a vítima nessa história. Talvez tenha sido bom demais, sempre existirá um que faz a merda na relação. Quando não é o homem que não presta então é a mulher. — eu hesitei em tocar no desconhecido.

— Eu a amo. — ele soluçou. Eu senti meu coração dar um leve aperto.

Eu nunca tinha visto um homem chorar por uma mulher que não fosse em filmes.

— Você terá que esquecê-la, ficar pensando nela pode até ser inevitável, mas agora você tem que seguir em frente independente de qualquer coisa. — o aconselhei.

E tirei outra conclusão. Os melhores conselhos que a gente dá são aqueles que a gente mais precisa.

— Eu sei. — ele choramingou. — Agora é a sua vez de desabafar.

— Eu não quero falar. — falei cabisbaixa, enquanto ele pede uma rodada de cerveja.

— Não posso te obrigar. — ele começou a beber copo atrás de copo, ficando cada vez mais bêbado. Eu tentei frear e consegui em parte.

No karaokê que foi aberto alguns longos minutos mais tarde, o homem loiro, que eu não sei o nome, mas eu acho gato 'pra caramba, subiu no pequeno palco e tomou posse do microfone cantando uma música do Bruno Mars.

Sua voz ainda que embargada e arrastada era de se admirar.

Eu apenas fiquei o observando do mesmo lugar já meio lenta pelas doses que tomei. O loiro cantou umas duas músicas a mais e todas elas falavam sobre algum tipo de decepção amorosa.

O coitado quase que chorou cantando.

Eu ri de algumas caretas suas. Gargalhadas que eu não tinha a um bom tempo, com certeza coisa da bebida.

Alguns minutos mais tarde o loiro e eu fomos expulsos do bar, pois ele quis entrar em uma briga com o cara que ele achou estar me assediando e eu acabei jogando um copo cheio de cerveja na direção do mesmo cara, que por pouco não foi acertado.

No exato momento estamos nós dois  jogados no banco de uma praça rindo um da cara do outro.

— Qual o seu nome? — perguntei massageando minhas têmporas.

— Amor da sua vida. — ele disse e começou a rir feito louco. Não tinha graça, mas eu ri feito louca como ele.
— E o seu?

— Moana, dizem que eu pareço com ela. — falei e ele assentiu como se concordasse.

— Moana de Motunui. — ele murmurou deitando a cabeça em meu ombro. — Acho que estou com calor.

Ele começou a rasgar a própria blusa.

Eu segurei nas mãos dele.

— É melhor ir para casa. — falei firme.

— Quero ir para a sua. — ele disse.

— Nunca. — eu falei. Ele fez um biquinho manhoso.

— Nós podemos passar a noite juntos, não quero ficar sozinho, eu tenho pesadelo todas as noites desde que eu a vi com ele. — ele disse chorando mais uma vez na noite.

— Não é problema meu. — falei o empurrando do meu ombro. — Levanta.

Eu praticamente ordenei.

Ele até tentou, mas no mesmo segundo a suas pernas bambiaram e ele se jogou em cima de mim, nos fazendo cair na terra.

— Você é bonita. — ele disse em cima de mim enquanto cutuca meu nariz. O loiro beijou a ponta do meu nariz.

Eu senti o rubor pelo meu rosto.

— Seus peitos são silicone? Parecem bonitos. — ele falou olhando para meu decote.

Eu reuni toda a força que me restava e o empurrei para o lado. Ele caiu ao meu lado.

— Não tenho silicone, é natural. — falei me levantando e limpando a terra da minha saia.

— E a bunda? Não me diz que é natural também.

— Cem por cento. — falei e ele me olhou com a boca entreaberta.

— Eu posso ver. — falou quase que de maneira inocente.

— Não, seu tarado.

— Vou te colocar em um táxi e você vai para sua casa. — falei séria. — Vem.

Eu o puxei e o ajudei a se locomover até o lugar por onde passam os táxis. Um parou minutos mais tarde e eu o empurrei para dentro.

— Vem comigo, moana, eu vou te mostrar o mar de aventuras. — ele disse me puxando para dentro do táxi.

Eu tentei segurar a risada, mas nem o motorista se conteve.

Eu tive que pegar a carteira de Josh para procurar algo que indicasse a localização de sua casa, já que ele não lembrava. Eu descobri até o nome e sobrenome dele mesmo sem a intenção.

Nós chegamos em frente a uma casa enorme, uma mansão ao meu ver.

Com as chaves no bolso dele e com ajuda do motorista eu consegui leva-lo para dentro da casa enorme. Eu paguei o taxista com dinheiro da carteira dele e o taxista se foi me deixando com o bêbado desconhecido, agora não tão desconhecido.

— Moana. — ele murmurou com a voz arrastada, jogado no sofá de sua sala de estar. — Me dá um beijinho? Só um.

Ele pediu e eu neguei.

— Estou carente. — falou esfregando os olhos.

— Nem percebi. — falei sarcástica.

Eu estava sentada ao seu lado tentando recuperar o fôlego que perdi ao tentar carrega-lo até o sofá.

— Dorme comigo, eu te pago.

— Não sou prostituta. — falei séria.

— Não assim, só dormir mesmo. — ele apoiou a cabeça em meu colo.

— Não posso, tenho que ir para casa. — tentei empurrar Josh, mas ele colocou mais do seu peso sobre mim.

Eu senti uma líquido começar a escorrer em minha pernas, logo notei que o nojento do Josh vomitou em meus pés.

— Desgraçado. — eu gritei irritada.

— Desculpa, moana, desculpa. — ele disse começando a chorar.

— Cala a boca e saia de cima de mim. — falei brava e o empurrei. — Sujou minha saia.

Eu choraminguei me levantando.

— Vou te dar outra, prometo.

— Aonde é o banheiro?

— Eu não sei. — ele murmurou. — Mas tem um no meu quarto.

— Como você não sabe? Bêbado babaca. — eu mesma fui atrás de um banheiro na casa gigante.

Eu encontrei um, lavei meus pés e pernas e tentei limpar a saia. Não deu certo, eu tive que tirar e ficar com o micro short apertado que eu uso por debaixo da saia.

— MOANA. — escutei Josh gritar. Eu sai do banheiro as pressas e fui até ele.

— O que foi? — eu perguntei o procurando com os olhos pela sala de estar.

Ele saiu de um corredor praticamente pelado.

Tapei meus olhos.

— Por que você está assim?

— Eu cai no vômito. — ele disse esticado no chão da sala.

Eu bati na minha própria testa. Eu tive que faze-lo ir para debaixo do chuveiro e ele fez questão de me arrastar para o banho com ele.

Eu meio lenta e zonza não resisti e acabei tomando banho com o estranho, só que com roupas.

FLASHBACK OFF

Lembro que após aquela noite louca acordei ao lado do homem loiro e fugi de sua casa com as roupas dele já que as minhas estavam molhadas e sujas.

Se passaram meses daquele episódio e eu ainda estava buscando por um emprego, quando eu estava decidida a investir em meios mais urgentes de conseguir dinheiro me fizeram uma ligação e disseram que eu tinha sido aceita para uma das maiores empresas de arquitetura do país e para melhorar o meu chefe era ninguém menos e ninguém mais do que Josh Beauchamp.

Ele não me reconhecia, mas eu lembrava de tudo daquela noite.

Eu me pegava o olhando frequentemente e ele notou isso. Foi em uma viagem que ele me questionou sobre as minha atitudes estranhas com ele, então eu contei.

Josh ficou morrendo de vergonha de si mesmo, nós rimos bastante e jantamos juntos naquela noite. Mal eu imaginava que dali surgia uma amizade que não demorou muito para se tornar paixão e atualmente amor.

Faz cinco meses que nos casamos, isso mesmo, cinco meses. Enfrentamos muitas coisas, principalmente a ex namorada que o traiu.

Foi difícil a superação dele para que finalmente pudesse me aceitar amorosamente em sua vida, mas aconteceu e agora estou aqui o observando dormir tranquilamente abraçado a mim.

Não recomendo que façam a loucura de tentar ajudar um bêbado, mas nunca se sabe se ele é o amor da sua vida.

FIM!

espero que tenham gostado dessa one shot.
fiquem ligados no perfil para mais!

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