Capítulo 8
Pov Any | Gabrielly
Los Angeles • Califórnia
×××
Esse capítulo contêm crise de ansiedade!
Tudo o que eu sinto agora é raiva, é como se eu estivesse em chamas, com meu sangue fervendo enquanto trilha meu corpo ao bombear fortemente meu coração. Minha vontade é de matar neste momento com minhas próprias mãos o maldito quem denunciou essa relação amorosa que nem existe, ainda.
Agora estou impossibilitada de me mover graças ao imbecil do Justin, o ruivo babaca, pois estou presa a uma camisa de forças por ter o atacado depois do que ele fez a Josh. Eu tenho quase a plena certeza de que foi ele quem nos denunciou inventando um monte de mentiras descabidas.
Naquele momento não era mais Any, mas eu, Gabrielly em uma crise explosiva de raiva.
Trancafiada dentro desse quarto completamente branco e afofado sinto um embrulho no estômago, um enjôo e mal estar. Só queria saber como Joshua está, se acordou após passar o efeito do tranquilizante.
Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto mesmo que eu tente ao máximo segurar minhas emoções, eu odeio parecer fraca, ou vulnerável. A minha vida toda tive que ser forte por mim mesma, para não falhar comigo, para não deixar me levar pela minha mente traiçoeira que sempre tenta me empurrar para a beira do precipício.
A tempos eu senti um vazio completo, como se nada fizesse sentido, como se a vida não fizesse sentido. Claro que existem coisas boas, mas o fardo se tornou tão pesado que a cada suspiro pesado uma perspectiva positiva fica para trás.
Muitos idealizam a felicidade, outros dizem que ela não existem. Mas eu digo estamos tão preocupados com os problemas que qualquer resquício de felicidade que há é como se não existisse. Eu sou uma dessas pessoas.
A porta foi aberta e um enfermeiro entrou e veio até mim me puxando e me levando de volta ao meu quarto. Ele tirou a camisa de forças ao perceber que pareço mais tranquila e saiu me deixando sozinha.
Aproveitei que estava em meu quarto e fui tomar um banho. Debaixo do chuveiro a água morna escorria pelo meu corpo, abraçada a mim mesma me permiti chorar um pouco, um choro dolorido, enquanto na minha mente passa um filme da minha vida.
- Eu só queria que tudo de fosse diferente. - sussurrei para mim mesma. As lágrimas se misturam com as gotas d'água.
Abraçada a mim mesma, arranho meus braços sentindo meu corpo tremer e um nó se formar em minha garganta.
- Any Gabrielly. - ouvi a voz dele enquanto batia na porta. É Joshua.
- Me ajuda. - falei no tom mais alto que conseguia. Me permiti dizer está pequena frase depois de tanto tempo.
A porta do banheiro foi aberta e com minha visão turva pelo choro, vi o loiro se aproximar e entrar no box e me puxar para um abraço. Por sorte estou de langerie, mas ele não pareceu se importar, só me abraçava como se tivesse o mundo em suas mãos.
Talvez eu gostasse de pensar que poderia significar isso para alguém, de certo modo.
- Eu estou aqui. - ele sussurrou acariciando minhas costas onde sua mão está repousada e também em meu cabelo.
- Não quero que vá. - confessei. Me encolhi mais ao seu abraço começando a sentir falta de ar.
- Respira, inspira. - ele desligou o chuveiro e pegou minha toalha e me enrolou nela. - Você consegue, vai ficar tudo bem.
- Eu só queria acabar com tudo. - falei trêmula. Tossi e ele começou a me secar.
- Isso vai passar, eu vou ver você vencer. - falou deixando um beijo em minha testa. - Eu vou ficar no banheiro para que se troque. - falou.
- Não tenho forças. - sussurrei abraçando meu próprio corpo.
- Então se sente naquela cadeira até que se seque. - falou apontando e eu neguei. - Eu não vou te trocar, poodlezinho. - o olhei brava.
- Joshua.
- Pelo o que vejo já está melhor. - falou e eu revirei os olhos.
- Mas ainda estou fraca. - ele contrariado concordou em me ajudar a me trocar.
Ele tirou a toalha do meu corpo a deixando sobre a cadeira, em seguida desprendeu meu sutiã e o tirou de meu corpo envergonhado, nota-se pelo tom avermelhado de suas bochechas. Agora parando em minha frente ele se agachou descendo minha calsinha.
Ele suspirou pesado e o canto do meu lábio se curvou em um sorriso ladino.
Levantou-se pegando a toalha e me secou melhor. Sentir seu toque através da toalha em cada parte do meu corpo é enlouquecedor, minhas pernas fraquejaram.
Ele pegou uma roupa seca e me vestiu apressado e eu tive que o xingar. Já estando vestida me sentei na beirada da cama sentindo-me bem melhor. O abraço dele me fortaleceu e isso me faz temer alguns sentimentos.
- Se sente realmente melhor? - ele perguntou me encarando e eu assenti. - A falta de ar se foi? - assenti e sorri notando sua preocupação.
- Agora preciso que penteei meu cabelo. - falei e ele negou.
- Eu posso acabar quebrando sua cabeça. - falou. - Eu penteei o cabelo de uma garota uma vez e ela ficou uma semana com torcicolo. - eu gargalhei.
- Eu não me importo. Um puxão de cabelo não é nada comparado a outras coisas. - ele entendendo o que eu disse riu.
- Você é uma depravada pelo o que vejo.
- Claro que não. - respondi e indiquei onde estava o pente e creme para que ele pegasse.
Ele se sentou atrás de mim e eu me acheguei mais a ele ficando entre suas pernas, ele se remexeu e começou a mexer em meu cabelo.
- Já namorou quantas vezes? - perguntei curiosa.
- Um relacionamento sério só vivi uma vez. - falou. - E você?
- Nenhuma. - fui sincera. - Nunca encontrei alguém que fosse meu tchan.
- E que caralhos é tchan? - perguntou.
- Nunca assistiu Hotel Transilvânia? - ele negou. - No filme o Tchan é quando você encontra o seu amor verdadeiro.
- E você acredita nisso? - perguntou sarcástico.
- Não acredito, mas não desacredito. - falei e ele se calou.
- Pronto, terminei.
- Olha sem nem um puxão de cabelo, temos um avanço.
- Tá, mas você já olhou o cabelo para ver como está? - ele saiu de trás de mim e pegou minha mão me guiando até o espelho do banheiro. - Parece um espantalho, só que bonitinho.
- Aí credo. - fiz uma careta. Ajeitei meu cabelo o prendendo em um coque. voltei a sentar na cama. - Como você sabia que eu precisava de ajuda? - perguntei e ele se sentou ao meu lado dessa vez.
- Eu não sabia exatamente, mas senti um aperto muito grande no peito e isso me despertou do sono causado pelo tranquilizante, eu fugi dos enfermeiros e aproveitei a distração da Hayley e entrei. - contou.
- Curioso isso. - falei pensativa. - Mas agora precisamos pensar em algo, para que não sejamos transferidos.
- Não vai adiantar, Any, assim que meu caso for julgado estarei em uma prisão psiquiátrica, bem longe daqui. - suspirou entristecido.
- Tem ter um jeito. - falei mais para dentro do que pra fora.
- Não existe nenhum jeito. - falou seriamente. - É melhor eu ir. - ele se levantou e caminhou até a porta.
- E se fugirmos? - falei o que me veio a cabeça e ele parou no caminho.
To be continued???
Eles são tão meus bebês, vou guardar num potinho pra proteger de todo mal.
Será que eles se arriscarão a fugir juntos?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Com