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ℂ𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝔻𝗲𝘇𝗲𝗻𝗼𝘃𝗲

Chapter nineteen: Apaixonada por seu paciente 

No decorrer das semanas a situação de Josh não melhorava. Era todo o contrario, estava triste, absorto em seus pensamentos. Tinha que lhe pedir para que comesse, quase o empurrava da cama para que saísse dela. O único momento em que ele parecia reagir era quando eu devia me afastar, mas era só um instante já que eu lhe prometia que voltaria no dia seguinte ele se acalmava e voltava a sua letargia.

Cada vez era mais desesperador. Era como se em vez de avançar a condição de Josh piorasse e tudo na frente do nariz do seu médico "capaz".

As confrontações com Noah haviam passado, para meu alivio. Ainda que parecia que algo o estava incomodando e esse algo era completamente alheio a Josh ou a mim.

Noah dizia que tudo estava bem, que era compreensível que o fato de reagir dessa maneira diante de algo tão traumatizante. Que logo ia superar. Claramente, as palavras dele não me deixavam tranqüila. E a isso lhe somava ao completo sumiço de Sina.

Desde esse estranho dia ela não voltou, me ligou alegando que estava doente e não podia sair. Três semanas desde esse incidente, e Sina não tinha posto os pés nos arredores do hospital. As poucas vezes que a tinha sido visto foi no prédio, ela me cumprimentava brevemente perguntava como eu estava e sobre Josh e rapidamente desaparecia alegando ter que fazer várias coisas. Ela me deixou preocupada.

Demetri: Aqui está Any. - A voz me tirou dos meus pensamentos.

- Obrigada. - Sorri com cansaço enquanto me entregava um copo de café, nos últimos dias minhas horas de sono haviam diminuído graças aos repetitivos pesadelos de Edward.

Demetri: E como o garoto está? - Perguntou com cautela, Demetri sabia sobre meus sentimentos por Josh, não entendia, mas fazia a tentativa de me apoiar.

- Mal. - Me limitei a responder. Pude ver em seus olhos um pouco de pena por minha situação.

Demetri: E você não parece muito bem assim digamos. - Murmurou.

- Imagino. - Quis brincar, mas a verdade é que já não tinha forças para isso. Tudo era tão caótico, agora que não sabia se poderia agüentar.

Demetri: Any, porque não renuncia, isso não está te fazendo bem.

- Como me diz isso? Eu não posso renunciar. - Respondi nervosa.

Demetri: Está fazendo mal a si mesma. Sei que se ele estivesse nos seus cinco sentidos não iria permitir que você se matasse dessa forma.

- Vamos Dem, não é nada. - Tentei não dar importância as suas palavras.

Demetri: Como você quiser. - Murmurou sério. Ele se irritava quando não dava importância a sua opinião, mas estava certa de que não me pressionaria com seu ponto de vista.

- Obrigada. - Lhe disse, apesar de tudo sabia que se preocupava por mim.

Demetri: É uma garota muito teimosa. - Voltou a me repreender, mas sempre com seu sorriso característico, era sortuda por ser sua amiga. No fim de tudo ele se for deixando-me no refeitório deserto. Eram cerca de cinco da manhã, essa era a hora que tinha certeza de que Josh estava profundamente adormecido, era o único momento durante a noite que estava certa de que não devia me preocupar com ele. Mas infelizmente já não podia dormir. Havia começado a ter uma espécie de insônia, já estava a uma semana assim.

Apoiei minha cabeça contra a mesa e fechei meus olhos deixando-os descansar por um momento.

Noah: Por que está aqui? - A muito conhecida voz me fez abrir os olhos.

- Tomando café? - Respondi levantando o copo e balançando para que pudesse ver, ainda sem levantar a cabeça da mesa. - O que você faz aqui? Ou chegou mais cedo?

Noah: Continua me tratando assim? Qualquer um diria que depois de um mês trabalhando juntos me trataria com maior confiança. - Brincou nesse momento levantei a cabeça como uma mola, esperava ver seus olhos pintados de ironia de suas palavras, mas não, parecia mais como se estivesse triste.

- Ok Noah. - Destaquei seu nome. - O que faz aqui tão cedo? - ele riu das minhas palavras, era um riso estrangulado e frágil.

Noah: Any, você definitivamente me acha um monstro, não é assim?

- Eu não acho que use essas palavras para você não, minhas palavras foram mais como idiota sem coração.

Noah: Provavelmente. Usa piores? Eu quase posso apostar que é assim.

- E o que importa o que eu penso?

Noah: Não me importa muito na verdade. Mas não pense que o que eu te falo é para te machucar. O faço por seu bem e pelo dele. - Disse referindo-se a Josh.

- Obrigada. Mensagem entregue, não é ruim. Algo mais? - Comentei irritada, era sempre o mesmo. "É para seu próprio bem" Eu gostaria que deixasse de ficar adivinhando e me dissesse tudo de uma vez.

Noah: Por que está aqui tão cedo? - Voltou a perguntar ignorando meu sarcasmo anterior.

- Já disse, tomando café. - Respondi irritada.

Noah: Eu já entendi, mas por que tão cedo?

- Não posso dormir.

Noah: É por que está preocupada?

- Muito, como tem idéia. - Fui sincera. O que mais queria agora?

Noah: Não deveria. Te disse que não se preocupe tanto por ele.

- Como não preocupar? O vejo todos os dias, esta triste, tem pesadelos constantes, não come nem dorme bem. Como não me preocuparia? Seria um ser sem coração se não o fizesse, seria como...

Noah: Como eu. - Terminou por mim.

- Pois sim, como você. - Riu sem humor antes de me responder.

Noah: Às vezes queria ser o que você diz. Um ser sem coração.

- Por que?

Noah: Por nada Any. Mas é serio, não se preocupe tanto por ele. Na verdade é completamente normal sua reação agora depende dele começar a manejar a situação, como ir a superando. - Comentou.

- Suponho que tenha razão. - Declarei rendida.

Teve um momento incomodo silêncio até que voltou a falar.

Noah: Bom acho que é hora de voltar. Tenho coisas para fazer. - Disse enquanto se levantava da cadeira que ocupava e caminhava em direção ao seu escritório.

Me deixo um pouco assombrada que poderíamos ter uma conversa mais ou menos civilizada. Não era um costume entre nós, mas pelo menos melhoraria um pouco o humor no trabalho, nem sempre era confortável estar discutindo com ele e, às vezes engolindo o que eu precisava gritar. Era uma mudança agradável, embora eu sabia que poderia ser temporária.

Eu fiquei no refeitório enquanto terminava o café a goles, repassava e repassava a conversa com Noah, ele realmente tentou fazer conversa comigo e eu não havia sido nada mais do que rude, mas nesse momento com ele havia aprendido a estar na defensiva sempre que estivesse presente. Quando o copo estava vazio me levantei da mesa e decidi ir para o escritório de Noah, eu não tinha idéia de porque queria falar com ele, eu apenas pensava que talvez não fosse tão ruim como eu achava anteriormente.

Tinha tempo que não entrava nesse escritório, não desde a ultima vez que Ron tinha ido, como sentia falta dele e sabia que Josh também o fazia, mas todo mundo o tinha.

Dei dois toques na porta e fiquei esperando até que escutasse um "entre".

Eu quase desmaiei quando vi o formoso escritório do doutor Beauchamp cheio de pilhas e pilhas de históricos. Uma pilha mais antiga que a outra, capturando todos os espaços possíveis na sala.

Esqueci completamente o motivo da minha visita.

- O que é tudo isso? - Exclamou perplexa.

Noah: Históricos. - Respondeu sem levantar o olhar dos papeis que tinha no escritório.

- E para que precisa?

Noah: Busco um em particular.

- Para que?

Noah: Bom, sei que esta cheia de curiosidade. Por isso é melhor me dizer para que precisa de mim.  - Respondeu levantando seu olhar.

- Sim, claro. Pois eu vim me desculpar por minha atitude agora pouco, suponho que tentava ser amável, coisa rara em você e eu me comportei muito grosseira. - Na verdade estava me arrependendo de estar ali, mas já havia dito.

Noah: Como eu te disse, não culpo você por pensar assim de mim. É o que eu mereço. Mas o fato que tentei ser amável com você não muda o que penso. - Respondeu. E claro tinha que arruinar. Tinha que voltar com seus comentários.

- Continua pensando que eu sou uma enfermeira obcecada com o seu paciente. - Não perguntei, era uma declaração.

Noah: Nunca pensei nisso.

- Então o que você pensou? Porque para você eu sou uma espécie de perseguidora louca. - Ele riu do meu tom indignado.

Noah: Não te classifico dessa maneira. Apenas tento corrigir algo que eu acredito que poderia eventualmente prejudicar o meu paciente. E você.

- Ok, estou farta que sempre fale a mesma coisa. Diga de uma vez o que quer me dizer. - Espetei com irritação em minha voz. - Sempre está dizendo "É por seu bem e pelo dele", mas sabe não me vi fazendo mal de nenhuma forma.

Noah: Eu sei do que estou falando. - Seu tom de voz deixou de ser condescendente para converter-se em um irritado.

- Então ilustra por favor! - Exclamei com desdém.

Noah: Eu também me apaixonei por um paciente. - Disse com voz monótona. - Faz anos, quando começava a exercer na Inglaterra. Por isso que isso não é nada sã.

Não saia do meu estupor diante sua revelação.

- Como? - Foi o único que saiu da minha boca.

Noah: Tão surpreendente isso é para você?

Não tive palavras para responder.

Noah: Suponho que tenho que te contar para que entenda minha posição. - Suspirou. - Eu comecei a exercer como psiquiatra na Inglaterra, faz uns sete anos. No começo custou que os diretores do pequeno hospital em que trabalhava notar a minha capacidade, mas quando eles começaram a me dar mais e mais casos complicados. Até que veio o dela. - Riu suavemente. - Na verdade ela não era nenhum caso complicado, tinha um caso severo de hiperatividade e falta de atenção, mas apesar disso era muito divertida e alegre. Foi como se de repente visse a luz pela primeira vez. Sua condição fez com que a internassem por umas semanas, somente para observa-la não era algo necessário, mas sua irmã insistiu demais nisso, mas essas semanas foram as melhores da minha vida. Com o tempo seu estado caiu um pouco e não entendia o porque. Sempre que estava com ela, era completamente feliz. Mas quando eu não estava, deprimia completamente. Assim que fazia o possível para passar tempo com ela. Suponho que foi meu erro. Pensei tanto e não encontrei outra resolução. - Murmurou mais para si mesmo.

Pela primeira vez em muito tempo pude ver cair sua marcaria de frieza, podia ver emoções refletidas em seu rosto. Podia ver a alegria de suas lembranças, a saudade e finalmente a culpa.

- O que aconteceu com ela?

Noah: Ironicamente, uma enfermeira relatou meu tratamento antiético ao diretor do hospital. Fui demitido e não soube mais dela, mas que sua irmã a tinha trago para os EUA. Especificamente este hospital. - Seu olhar de horror não passou despercebido de mim e entendia perfeitamente o porque disso.-1 Tempo depois descobri que sua irmã, só queria se desfazer dela, por isso insistia que ficasse internada, por uma situação que não precisava. Me senti tão idiota por não perceber, mas a razão estava na frente do meu nariz. Eu havia perdido a perspectiva do que era meu trabalho, muitas vezes havia me questionado. Mas jamais quis aceitar. Quando fiz que me contratasse em outro hospital tentei entrar em contato com ela. Mandei uma carta a qual jamais tive resposta, imediatamente soube que tinha esquecido de mim. Soube que havia sido um idiota ao pensar que tínhamos algo, ela estava um pouco desequilibrada, suas emoções não eram constantes e por isso havia esquecido de mim. -  Comentou com tristeza na voz.

- Sabe o que acontecia aqui certo? - Falei com suavidade.

Noah: Esse foi o motivo pelo qual conheci Ron. Quando finalmente pude vir para os Estados Unidos, o primeiro que fiz foi vir a esse hospital. Apesar disso havia pensado que tentaria saber o que havia acontecido com ela. Eu nunca lhe dei seu nome para ele, mas sabia que ela já não estava mais aqui. Tentei não dar importância por não encontrar nada sobre isso, mas algo não me deixava ficar quieto, até Ron me dizer que o tipo de tratamento que davam nesse hospital. Ao ver que ela não estava no hospital, eu pensei que havia saído daqui. Talvez ela voltou para a Inglaterra e me conformei com isso. Até há pouco tempo. Quando Josh falou numa sessão da menina gritando, disse que ela morreu.

- O que tem ela?

Noah: Josh me disse que se chamava Sina. Igual a ela. Sina Maria Deinert.

Imediatamente reconheci esse nome. Era o nome que estava escrito no envelope que encontrei no apartamento de Sina.

N.U

Noah Urrea.

Não podia ser.

- Qual é o ponto de tudo isso? - Perguntei com a voz tremula. Não queria continuar pensando nessa possibilidade.

Noah: Ainda não entendeu. É minha culpa que ela está morta! Foi por minha culpa que ela veio parar nesse horrível lugar. Eu podia ter evitado tudo isso, se tivesse me mantido no papel de médico. Machuquei ela e fiz mal a minha carreira também. Em seu caso é muito pior, mas você não quer entender. - Espetou irritado. Pude ver em seus olhos algumas lágrimas que não chegaram a cair. - Com suas ações só vai machucar a ele, a longo prazo a você também terminara mal, olhe para mim. Segundo você sou um idiota sem coração, mas posso te garantir que dói aqui. - Colocou sua mão em seu peito. - Somente em imaginar com o que ela passou antes de morrer.

Eu não podia responder nada, a confusão não me deixava pensar com clareza.

Eu não sabia como consegui sair do escritório e chegar ao quarto de Josh.

Agradeci que ele estava dormindo. Eu me tranquei no quarto conjunto.

Ao chegar cai no chão.

Sina Maria Deinert.

N.U.

Poderia ser que minha Sina e a Sina do Noah serem a mesma pessoa?

Mas como?

Ainda que isso explicava muitas coisas.

Quando mencionei o nome de Noah, ela parecia completamente assustada.

Sua relutância em entrar no hospital.

Sua expressão ao saber onde eu trabalhava, a sua simpatia por Josh, apesar de não o conhecer.

Essas seriam suficientes provas para saber que era ela?

Não acredito.

Quem sabe a única forma de saber era perguntando a ela.

O suave toque na posta me fez ficar de pé e tentar parecer calma.

Sabia que a única pessoa que poderia estar aqui seria Josh. E diante disso devia estar sempre bem. Apesar de tudo.

Agora entendia um pouco mais a Noah. E podia entender seus sentimentos e o porque de sua forma de agir.

Mas jamais lhe daria razão.

De alguma forma sabia que não era sua culpa ter se apaixonado de seu paciente.

Agora tínhamos isso em comum.

SPOILER CAPÍTULO 20

Joshua: Por que se esforça tanto? - Perguntou depois de um momento de silêncio.

- Não entendo.

Joshua: Comigo... Por que se esforça comigo? Sabe perfeitamente como eu que não tenho cura, morrerei internado nesse hospital.

- Não diga isso. - O repreendi com verdadeira irritação, ele não sabia. Ele não entendia.

Joshua: Por que não? É a verdade. Cada dia mais tudo piora, os pesadelos, as lembranças, tudo. Ainda não entendo porque continua aqui. Te dou tanta pena? - Suas palavras fizeram as lágrimas chegando de novo. Não só estava dando por vencido senão que também estava subestimando meu amor por ele. Mas claro, como o teria se jamais havia dito.

- Não volte a dizer isso. - Murmurei. - Você não sabe o que eu sinto.

Joshua: Antes pensava que... - Ficou em silencio. - Isso é o único motivo que podia te prender assim comigo. - Refletiu abaixando seu rosto.

- Não é o único. - Sussurrei. Quem sabe devia dizer a verdade, apesar de tudo. Talvez podia ser o único momento em que poderia.

Joshua: Me diga então... o que te faz ter esperanças que sairei daqui? O que te faz estar sempre comigo? - Exigiu exasperado.

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