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🝮︎︎︎︎︎︎︎ ℂ𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝕆𝗻𝘇𝗲 🝮︎︎︎︎︎︎︎

Chapter eleven: As culpas do doutor

Ao sair do quarto caminhei até a sala central para entregar a chave do quarto, mas Heyoon não estava, em seu lugar estava outra das enfermeiras. Não quis lhe entregar as chaves, lembrava das minhas indicações de que tudo relacionado com Josh era com ela ou com Dr. Beauchamp, ninguém mais. Eu sentei em uma cadeira no canto da sala para esperar ela chegar. Aguardei alguns minutos até que ela cruzou a soleira da entrada junto com Demetri.

Rapidamente fiquei de pé, ela sorriu quando me viu.

Heyoon: Ficou dormindo? - Perguntou enquanto tomava as chaves das minhas mãos e a aguardava. Demetri notou minha presença quando parei junto a ele.

- Faz um tempo - Respondi. Ela se limitou a sorrir.

Demetri: Any, que surpresa, o que faz por aqui? - Perguntou.

- Vim visitar Josh.

Demetri: Que linda. - Sorriu e voltou a dirigir o olhar para os papéis que assinava.

- Já vou. Nos vemos na segunda. - Disse a Heyoon, ela se despediu de mim com um gesto de mão. Comecei a caminhar quando Demetri me chamou.

Demetri: Espere, eu também já vou sair. - Disse enquanto deixava a caneta no lugar e se despedia de Heyoon.

Eu fiquei lá esperando que ele me alcançasse. Andamos juntos por um tempo até que notei algo.

- E por que você trabalhou hoje? - Perguntei lembrando que igual a mim ele não trabalhava no fim de semana.

Demetri: Um dos enfermeiros está de férias e eu peguei seu turno. O dinheiro extra cai bem, quero pedir minha namorada em casamento e eu preciso de um anel decente para ela. - Sorri para sua resposta.

- Então você tem namorada hein? - Sorriu.

Demetri: Já sei o que esta pensando, desculpe se te dei a impressão errada, mas eu sou assim, amigável e tudo. - Respondeu triste.

- Não se preocupe, somos amigos certo? - Perguntei para que passasse um pouco o incomodo. Fiquei realmente surpresa pelo fato de que ele tinha uma namorada, pensava que talvez procurava algo comigo, graças a Deus não era assim.

Demetri: Claro que sim. - Disse com um sorriso. - Eu soube que hoje a senhora Beauchamp esteve por aqui, a conheceu?

- Sim, é uma grande senhora.

Demetri: Claro que é. Fico triste por sua doença.

- Você sabe o que ela tem?

Demetri: Não, na verdade só sei que operou do coração.

- Sei. - Disse tristemente. - Desde quando conhece a senhora Beauchamp?

Demetri: Quase desde que comecei a trabalhar aqui, faz uns três anos. - Disse calculando as datas.

- Está aqui a tão pouco tempo? - Perguntei desconcertada, achava que tinha mais tempo.

Demetri: Não se assombre, a maioria do pessoal atual não tem mais do que cinco anos, são muito pouco os que estão desde antes.

- E por que isso? - Perguntei estranhando.

Demetri: Bom, faz cinco anos que esse hospital foi processado por maltratar os pacientes, a maioria das pessoas desse tempo foi demitido.

Fiquei perplexa com o que ele estava dizendo. Cinco anos? Josh estava aqui há cinco anos atrás, pensei com horror.

- Quem está desde isso? - Perguntei ainda mais interessada.

Demetri: Bom, Heyoon é uma delas e um par de enfermeiros, um deles morreu à dois anos, seu sobrenome era Drew... não lembro bem seu nome. Jaime? Jack? Não sei, mas era um bom cara.

- Sei. - Respondi pensativa.

Demetri: Ai vem um táxi, o chamo? - Levantei o olhar, eu não tinha percebido que tínhamos chegado à rua, eu estava tão absorta nas coisas que Demetri me contava que não prestei atenção onde eu estava, eu só consegui assentir diante de sua pergunta.

Me despedi dele e corri para pegar o táxi.

De algum modo, cheguei a minha casa, eu estava tão horrorizado com o que Demetri tinha me dito.

Passei a noite pensando sobre tudo, desde o que tinha acontecido anteriormente com Josh, em Úrsula, no que Demetri disse.

Segui pensando até que estava em minha mente foi o toque dos lábios de Josh, foi uma leve carícia, pequena, quase inexistente, mas eu tinha certeza de que a memória me fez sorrir antes de adormecer.

O domingo passou rapidamente dando finalmente lugar a segunda-feira, o dia que esperava ansiosamente. Queria ver Josh, queria corrigir o que foi estragado com ele.

Cheguei ao hospital muito cedo, muito mais do que o normal. Havia poucos funcionários apenas Heyoon, como sempre. A admirava, era uma mulher que amava o que fazia.

A cumprimentei alegremente e eu comecei a andar em direção ao quarto de Josh.

Ao entrar o encontrei ainda dormindo. Fiquei surpresa, mas o deixei ficar assim um pouco mais. Eu sentei na sua cadeira para esperar que acordasse.

Permanecia perfeitamente imóvel, seu rosto não tinha a típica tranqüilidade do sono, era como se estivesse fingindo estar dormindo. Passei cerca de trinta minutos observando-o, até que ele finalmente começou a se mexer entre os lençóis. 

Ele sentou-se lentamente na cama, ainda mantinha os olhos fechados, e quando os abriu pude ver como estava completamente desorientado. Ele passou as mãos pelo seu cabelo bagunçado antes de girar e ficar em pé, ele não tinha notado a minha presença, até que parou diante de mim. Por um momento eu pude ver a confusão em seus olhos de oceano, certamente não esperava que eu estivesse ali.

Joshua: O que faz aqui? - Foram as primeiras palavras que ele me deu. Suas palavras me deixaram um pouco envergonhada, talvez ele ainda estava com raiva de mim.

- Desculpe por eu ter entrado enquanto você dormia. - Disse em tom monótono, notei que não me olhava. - Se quiser eu saiu e volto depois. - Ofereci quem sabe precisava de um momento a sós para se trocar.

Joshua: Não, não. Espere um segundo. - Disse enquanto saia para se trocar.

O esperei pacientemente, uns minutos depois ele saiu com uma roupa limpa e arrumado. Eu já havia servido seu café da manhã.

Comeu em completo silêncio, silêncio que me desesperava.

- Está irritado comigo? - Me atrevi a perguntar. Ele não respondeu nada.- Josh, por favor fale comigo. - Lhe implorei. Ele saiu do seu lugar e se sentou na cama, batendo no espaço ao seu lado. Sentei-me no lugar que me indicou, quando o fiz tomou minhas mãos entre as dele.

Joshua: Não Any, eu não estou irritado com você. Eu nunca poderia estar. - Disse enquanto acariciava minha mão com a dele. Eu sorri para sua resposta, eu tinha me enrolado no dia anterior pensando sobre isso, mas aqui estava, junto a ele, sorrindo, sentindo-me aliviada e feliz.

- Desculpe. - Repeti as palavras que havia dito naquela noite. 

Soltei uma das minhas mãos das suas e subi para o seu rosto acariciando ternamente sua maça do rosto, sorriu para o meu gesto e descansou seu rosto contra minha mão. Ainda não entendia como apesar de tudo, sua proximidade tornou-se necessária para mim, mas eu realmente não tinha a necessidade de saber, com o fato de estar com ele era mais que suficiente para mim.

Ficamos em silêncio por mais algum tempo, mas desta vez era um silêncio confortável. Saímos em silêncio do seu quarto e como eu sempre tomei sua mão, ele não resistiu.

Passamos toda a manhã no jardim. Sua amiga não tinha saído hoje, então esteve só em seu lugar a maior parte do tempo.

Ao meio-dia o levei para Ron e depois almoçamos juntos.

Josh estava de bom humor e sabia que parte disso que era devido a visita de Úrsula 

Como seria se os seus pais o visitassem? Ficaria ainda mais feliz? Claro que sim, era o mais lógico.

Enquanto eu estava com Josh no refeitório, Heyoon veio a mim dizendo que o Dr. Beauchamp queria falar comigo.

Eu não sabia se deixava Josh lá sozinho ou o levava ao seu quarto. Mas Heyoon se ofereceu para ficar com ele até eu voltar. Ele parecia um pouco desapontado ao ver que eu ia, para o acalmar fiz algo que veio do meu coração. Dei-lhe um beijo na testa e sai.

Caminhe em direção ao seu escritório, com muita curiosidade. O que queria tratar comigo?

Bati suavemente na porta.

Ron: Any, entre. - Disse o enquanto entrava em seu escritório. - Queria falar de algo um pouco forte para você. - Fiquei tensa, não podia imaginar o que era.

- Sobre o que?

Ron: Escutei um rumor um tanto forte sobre você.

- Ah isso. - Disse monótona.

Ron: Por sua voz suponho que já sabe.

- Sim.

Ron: Só quero que saiba que tomarei as rédeas do assunto, não tolero esse tipo de coisas em meu lugar de trabalho. Assim que não se preocupe.

- Não se preocupe, sério, não dei importância a isso, eu sei o que é a verdade e o que não.

Ron: Admiro a sua maturidade, mas não posso deixar que isso continue assim. Vou ver como resolver esta situação desagradável. - Me senti confortada com suas palavras, e apesar da minha afirmação sentia o incomodo em mim e seria como tirar um peso ao saber que isso ficaria no passado.-  Agora vamos para outro item, a minha esposa me disse que te viu aqui, no sábado.

- Oh sim, sua esposa é encantadora. - Respondi com alegria diante a lembrança de Úrsula.

Ron: Ela também esta muito feliz por você. Suponho que sabe que ficarei ausente um tempo, devido a operação de Úrsula.

- Imaginei quando ela me contou.

Ron: Chegará um colega para assumir a administração e, principalmente, o caso de Josh, espero sua colaboração com ele.

- Não se preocupe doutor, farei todo o possível para ajudar.

Ron: Muito obrigado, devo-lhe muito. Não sei como te agradecemos,  Úrsula e eu por tudo que você faz por Josh.

- Não é nada, eu faço com prazer. Mas gostaria de pedir um favor. - Me enchi de coragem.

Ron: Diga.

- Sei que ao Josh Ihe faria muito bem que seus pais o visitassem, se você lhes disser que venham, talvez eles o façam. - Minha voz saiu um pouco tremula, sabia que estava entrando em terreno proibido para mim, mas me arriscaria com gosto por ele.

Ron suspirou audivelmente.

Ron: Any Gabrielly.- Quando disse meu nome completo pensei que ia gritar ou algo, mas seu tom se manteve suave. - Os pais de Josh estão mortos.

Alguns segundos se passaram, segundos que demorei para assimilar o que ele me dizia.

Ron: Úrsula e eu, somos a única família que ele tem.

- Eu... eu sinto muito. Não era minha intenção, eu só... - Não tinha palavras, eu me senti estúpida claro que devia ser algo assim, não era que eles o tinham abandonado.

Ron: Eu sei que não foi. - Respondeu condescendente.

Passaram alguns minutos desconfortáveis, em que estava tentando ter a coragem de perguntar o que queria.

- Doutor sei que não é minha incumbência, mas por que Josh está aqui? - Ele ficou em silêncio, definitivamente nesse dia tinha ultrapassado os limites, eu estava me metendo na vida de um paciente, estava me metendo na vida do meu chefe, mas não poderia evitar.

Ron: Any, se tem alguém que deve saber isso é você. - Levantou-se de seu lugar e caminhou até uma estante que estava na parede contraria. Pegou algo dele e o trouxe de volta.

Era um porta-retrato, o colocou em frente a mim. Pude reconhecer sua irmã, Elisabeth, junto a um homem parecido com Josh.

Ron: Ele é Henrique Masen, o pai de Josh. - Disse enquanto eu pegava a fotografia entre minhas mãos. - Ele e Elizabeth se apaixonaram quando Elizabeth tinha dezesseis anos, Masen começava sua carreira como advogado, mas tinha um futuro promissor, coisa que alegrou meus pais e quando foi pedir a mão de Elizabeth para se casar não pensaram duas vezes para lhe dar sua benção. Ao contrario, eu estava relutante com isso, ela era muito jovem, acabava de completar dezoito anos. Mas ela não tomou conta da minha opinião e se casaram. Em poucos meses Masen tornou-se sócio de um dos mais prestigiados escritórios de advocacia em Chicago, cumprindo assim a promessa que fez aos meus pais, "dar o mundo para Elizabeth". - Disse as palavras com tanta amargura, como se fosse um sentença de morte ao invés de uma promessa.

Ron: Exatamente um ano depois nasceu o pequeno Josh, ele se tornou o orgulho de Masen e a culminação da felicidade de Elizabeth, o menino era o seu mundo. Elizabeth era feliz cuidando de sua casa e de seu pequeno, além do mais vivia rodeada de luxo. Ela estava bem, o seu mundo era perfeito. Elizabeth era uma ótima mãe, passava todo o seu tempo com o menino, ela mostrou seu amor pelo desenho. Mas tudo deu errado quando Josh tinha seis anos. Masen começou a receber ameaças de morte por causa de um caso que ele estava carregando, ele se assustou o suficiente para enviar Elizabeth e o filho para longe, temendo por suas vidas e com muita razão. Por quase um ano, eu não tive notícia de Elizabeth e a criança, eu estava completamente nervoso com isso. Só podia confiar que eles estavam bem, nisso então tinha acabado de me casar com Úrsula e faltavam dois anos para terminar meu curso. Uma noite recebi uma chamada, me perguntaram se... - Sua voz se rompeu, estava chorando.

Ron: Se conhecia Elizabeth Masen. Imediatamente disse que sim, e me disse para ir para o hospital não sei onde, lembro-me apenas de sair da cama, eu não disse nada para Úrsula e corri para o carro. Eu não sei como cheguei, quando entrei no hospital como louco procurei por Elizabeth, eles me disseram que não tinha ninguém internado com esse nome. Percorri o hospital, até que na sala de espera pude reconhecer Josh, estava esquecido em uma cadeira, tremia, chorava, sua roupa estava cheia de sangue e segurava a boneca como se fosse sua vida. - Seus olhos se fecharam deixando cair as lágrimas que estavam presas ali.

Somente a idéia da imagem de uma criança assim doía, mas era uma dor ainda mais profunda saber que foi Josh que passou por isso.

Ron: Os policiais que estavam ali me disseram que haviam encontrado o menino sentado na poça de sangue do corpo de sua mãe, naquele momento o mundo caiu sobre mim, Elizabeth estava morta, e Josh estava... não sei como estava, ele só tremia. Quando o examinaram disseram que não tinha nada físico, mas o menino não falava. Pelas próximas horas ele passou falando com um psicólogo e eu estava tentando localizar Masen. Três horas mais tarde o encontraram... o encontraram em um dos rios em Chicago, o haviam baleado e jogaram o corpo dele lá. A criança agora só tinha a mim, era tudo que lhe restava, e falhei.

Não entendi suas palavras, havia falhado? Como?

Ron: Quando tentei levar o garoto comigo me disseram que não podia ter a custodia legal. Os malditos o levaram para um orfanato do Estado! - Gritou com frustração em sua voz. - Foram quase dois anos em que briguei por sua custodia, até que por fim me concederam, Josh tinha nove anos quando finalmente pude levá-lo para casa. Úrsula havia acabado de dar à luz o nosso filho, Jaden, mas ela estava feliz por ter Josh em casa, ainda que o menino estava em um estado de autista, não falava, não fazia nem a tentativa de se comunicar, sempre carregava a boneca, não podíamos tirar sem que entrasse em ataque de pânico, gritava e chutava quase até o ponto de sufocar, e de noite tinha pesadelos, horríveis pesadelos nas quais gritava, gritava e chorava. Mas Úrsula pacientemente cuidava dele, no mesmo ano comecei o meu estágio para me especializar em psiquiatria, queria ajudar Josh e eu pensei que seria a única forma de fazer. 

Ron: Nos próximos dois anos Josh começou à falar um pouco, e se relacionava mais com a gente, nós sentimos que este era um avanço, por um momento pensamos que tudo estaria bem. - Mais uma vez havia amargura em sua voz. - Que errado estávamos. Quando Josh completou doze anos, Úrsula ficou grávida pela segunda vez. Eu sabia que o estresse de cuidar de Josh e Jaden não lhe fazia bem, mas fui negligente, fui irresponsável. - Disse entre soluços enquanto afundava o rosto entre as mãos na mesa.

Ron: Uma noite cheguei em casa e todas as luzes estavam ligadas. Imediatamente me assustei, isso não era normal, procurei em todos os quartos por Esme e as crianças, mas não conseguia encontrá-los até chegar ao quarto de Jaden. Úrsula estava caída no chão em uma poça de sangue, Jaden chorava descontroladamente e Josh estava no chão completamente absorto, abraçando a boneca. Peguei Jaden de seu berço e chamei a ambulância, peguei Josh do chão e ele começou a chorar. Não sabia o que fazer, tinha medo, tanto medo. A ambulância chegou e fui com ela e os dois meninos. No hospital disseram que Úrsula tinha perdido o filho, pela segunda vez o mundo desabou na minha frente. Eu não sabia como poderia passar a noite com duas crianças, Jaden não havia sido um problema, ele tinha apenas dois anos, mas Josh, ele estava em choque de novo, eu me senti desesperado. Depois do que aconteceu Úrsula caiu em uma profunda depressão, ela fazia o que podia, mas a verdade é que nenhum dos dois tinha mais forças. - Podia ver culpa nos olhos de Ron, mas não entendia o porque. 

Ron: E então eu havia abandonado o estágio, não poderia deixar minha família naquele momento. Um de meus mentores se interessou do meu problema, o Dr. Leclerc muito gentilmente se ofereceu para tratar de Josh e o internar nesse hospital psiquiátrico. Ele disse que este lugar o faria bem, seria melhor cuidado, e naquele momento acreditei, estava desesperado e nesse momento deu uma saída rápida. Josh foi internado aqui. Mas me arrependerei por toda a minha vida por essa decisão. - Sua voz era um sussurro no final.

- O maltratavam certo? - Era a primeira vez que eu falava em todo o relato.

Ron: Este hospital era um inferno para os seus internos. A maioria era controlada com uso de sedativos ou eram presos por dias. Haviam uns poucos desafortunados que foram tratados com a terapia de eletro-choque. - Um soluço lutava para sair da minha garganta, em todos os cenários possíveis, jamais imaginei essa história.

Ron: Trancados, às vezes sem alimento por dias, sabe do por que não me dei conta? - Disse com ironia - Porque jamais o visitava, porque estava muito ocupado para velar por seu bem estar. Leclerc me mantinha informado de seus supostos avanços, mas era tudo mentira. Sabe o que mais me dói? Que demorei cinco anos para saber disso. Eu vim em duas de ocasiões e naquele momento tudo parecia normal, Josh era o mesmo, mas dizia que era porque seu estado era muito complicado para mostrar o progresso em um curto espaço de tempo, eu fui um idiota. Heyoon Jeong, essa então era uma das poucas enfermeiras que fazia o possível para ajudar os pacientes. Ela me contou o que acontecia aqui, não podia acreditar que tinha colocado Josh em um lugar assim. Ela e os outros enfermeiros me ajudaram a interromper a demanda, graças a todos eles tive provas suficientes para afundar esses caras na cadeia. Quando analisamos os prontuários haviam muitos pacientes desaparecidos, nunca se ouviu falar deles. A maioria dos pacientes que estavam ali eram pessoas sem família, sem recursos, sem que ninguém viesse por eles. E Josh, um pobre rapaz que eu tinha abandonado, o havia deixado no momento em que mais precisava de mim, por minha culpa esta assim, por minha culpa. - Chorou enquanto afundava mais seu rosto na mesa.

Após a sua história não encontrei a minha voz, eu senti minhas bochechas molhadas pelas lágrimas silenciosas que derramava por Josh, ele não merecia tudo o que tinha acontecido, desde uma idade tão jovem sua vida foi marcada pela tragédia e dor.

Ron ainda estava chorando e eu estava estática no meu lugar

Poucos minutos depois, Ron se levantou e me olhou como se esperasse uma rejeição da minha parte. Mas o que eu poderia dizer? Como eu o poderia julgar? Ele cometeu erros, grandes erros, mas estava pagando, com o tempo.

- Desculpe que tenha lhe pedido para me contar, não era minha intenção lhe alterar. - Disse uma vez que pude encontrar minha voz.

Ron: Gabrielly você devia saber. Você está fazendo com que Josh se cure só você pode fazê-lo sair. Te devo muito por isso.

- Não me deve nada, eu faço porque eu gosto dele, se está na minha mão que ele se cure, farei de tudo para que isso aconteça. - Disse enquanto Ihe dava um sorriso fraco. Minha imagem sobre ele tinha mudado, não para o mal, se eu tinha antes como um homem abnegado, agora era de um atormentado, com os demônios que buscava vencer, mas principalmente procurava a felicidade para Josh.

Ele disse que eu podia ir pedindo-me discrição sobre o assunto, coisa que prometi manter.

Ao sair do escritório, procurei Josh no refeitório, o encontrei com Heyoon. Quando o vi corri até ele e o abracei, não me importava que todos no hospital me vissem, não me importava que ficava como uma louca, não me importava nada mais do que abraça-lo. Saber que estava ali, que apesar de tudo estava ali para ele. E o queria sempre junto a mim, eu queria curá-lo, queria o ajudar. E o faria.

SPOILER DO CAPÍTULO 12

Joshua: Elly, você poderia... - Sua voz estava trêmula, nervosa. - Você pode ... - Não conseguia terminar a frase.

- O que você precisa? - Pressionei para que ele falasse.

Joshua: Será que você poderia me abraçar como na outra noite? - Disse em um sussurro.

Um som de surpresa escapou da minha boca diante seu pedido.

Eu não sabia o que responder. Nem sabia se era o correto.

O havia feito uma vez sim, mas o fiz sem pensar.

Agora pensando bem isso não correto.

Joshua: Entendo. - Disse de repente enquanto se enrolava na cama. Sua voz foi quebrada e triste.

Outra vez estava triste. Ele só me pedia uma demonstração de carinho, não era muito dificil de fazer.

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