ℂ𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝕋𝗿𝗲𝘇𝗲
Chapter thirteen: Novo Médico
O silencio reinou no quarto depois de sua declaração.
A tarde passou rapidamente, e logo tive que ir. Mas não antes de me despedir de Josh, apesar de todo o redemoinho de pensamentos que me entristeciam não conseguia afastar-me dele.
Descansa sussurrei enquanto me aproximava dele para lhe dar um beijo. Quando me afastava ele segurou minha mão detendo minha ação.
- O que foi? - Perguntei preocupada. Ele não disse nada, sentou-se na cama e se aproximou de mim para dar-me um beijo, igual fiz com ele.
Joshua: Você também, descansa. - Sussurrou perto do meu ouvido antes de voltar a deitar na cama.
Eu fiquei cravada no chão, minhas pernas não respondiam e, de certa forma eu estava tremendo, não de medo, não. Não sabia identificar o sentimento.
Depois de alguns minutos pude sair do quarto. Ainda um pouco atordoada pude chegar até a ala central.
Assinei a saída e fui para casa.
Quando cheguei no meu apartamento só consegui me deixar cair em uma das poltronas. Minha cabeça dava voltas por tudo. Todas as experiências que tinham acontecido no dia deixaram-me exausta, em mais de uma maneira.
Josh dizia gostar de mim, mas de que maneira o fazia?
Queria pensar que era um carinho fraternal, amistoso. Era o único tipo de afeto que poderia ter entre nós.
Verdade?
De que maneira eu gostava dele?
Porque claramente eu gostava dele.
Como um amigo? Como meu paciente?
Não. O que sentia por ele era mais do que um simples carinho fraternal. Simples apreço, não, ia a um nível maior.
Mas o que era?
Passei minhas mãos cansadamente por meu rosto. Só dava voltas no assunto, e quem sabe não era tão necessário.
Josh havia se apegado a mim por tanto tempo que passávamos juntos. Simples e simplesmente isso. Não podia ser mais. Não podia.
Não me dei conta do momento em que dormi na poltrona, mas no meio da noite acordei com uma horrível dor na nuca, ainda meio dormindo caminhei para minha cama e rapidamente voltei a dormir.
Quando entrei no hospital havia um grande alvoroço. A maioria das pessoas especulavam sobre o novo médico.
Todos especulavam quem poderia ser.
A maioria estavam reunidos esperando indicações.
- O que aconteceu? - Perguntei a Heyoon, quando pude localiza-la no mar de gente.
Heyoon: O Doutor Beauchamp convocou todos. Chegou a tempo. - Respondeu enquanto caminhava junto a mim até o aglomerado de pessoas.
As pessoas murmuravam até que o Doutor Beauchamp parou em frente a todos. O silencio se fez presente antes que Ron começasse seu discurso.
Ron: Bom dia a todos. - Cumprimentou cordialmente. - Acho que a maioria conhece as razões dessa reunião. Por motivos pessoais tenho que me ausentar por um tempo das funções como diretor desse hospital. A minha ausência será um pouco longa, pelo o qual pedi a um colega que me faça o favor de cobrir meu posto. O Doutor Noah Urrea fez o favor de aceitar. - Enquanto falava um homem alto de cabelo castanho e olhos verdes estava ao lado dele. - Ele é um reconhecido médico na Inglaterra que hoje nos faz o favor de estar aqui.
Noah: Bom dia. - Falou o Doutor Urrea, sua voz era monótona, muito séria. - Como o Doutor Beauchamp disse, aceitei trabalhar nesse lugar como um favor para ele. Espero poder corresponder às expectativas que ele tem de mim e poder fazer um bom trabalho aqui. - Essas foram suas simples palavras.
Ron: Espero que não tenham problemas com minha ausência. - Voltou a tomar a palavra. - Isso é tudo, podem voltar ao seu trabalho. - Imediatamente as pessoas se dissiparam e eu com elas.
Já estava um pouco tarde e quem sabe Josh estaria desesperado.
Entrei em seu quarto e ele já me esperava, tinha em seu olhar um brilho de preocupação que desapareceu quando notou minha presença.
- Bom dia. - Lhe cumprimentei com alegria.
Joshua: Oi Elly.
- Como você está?
Joshua: Bem.
- Que bom. - Respondi enquanto servia seu café da manhã.
Joshua: Por que demorou tanto hoje?
- Oh desculpe. É que tive uma reunião para apresentar o novo medico. Ron te disse que terá um novo médico? - Perguntei com temor, talvez havia dito algo que não devia.
Joshua: Sim, ele sairá do país com Úrsula não é assim?
- Sim. - Me limitei a responder, não queria falar algo que não devia. - Está preocupado com isso?
Joshua: Na verdade não. Enquanto você não se for nada me incomoda. - Sua resposta me surpreendeu de grande maneira?
- Sou tão importante para você? - A pergunta saltou dos meus lábios sem que eu quisesse e imediatamente me arrependi ainda que não tive tempo para retratar-me.
Joshua: Claro que é Elly. - E eu sorri como uma tonta diante sua resposta.
Ele tomou o café da manhã com calma e logo saímos um pouco para o pátio. Mas no caminho cruzei com Louise, a ultima pessoa que queria encontrar.
Louise: Oh! Olha que bonito, o lindo casal. - Disse com ironia enquanto se aproximava a nós, apontando com desdém nossas mãos juntas.
- O que você quer? - Perguntei tentando entender.
Louise: Se faz de inocente, maldita. Mas sei muito bem que por sua culpa, o Dr. Beauchamp me demitiu as coisas começavam a se encaixar na minha cabeça.
- Se te demitiram foi porque não fazia seu dever, não por mim. - Respondi friamente.
Louise: É uma maldita miserável! - Gritou, nesse momento Louise levantou a mão e eu não pude reagir a tempo para me esquivar do golpe. Esperava o som do tapa, mas esse nunca chegou aos meus ouvidos.- Solte-me! - Gritou. Meu olhar viajou até sua mão, e pude ver como Josh a segurava com força.
Joshua: Nunca mais volte a tentar bater nela. - Sussurrou visivelmente irritado.
Louise: Ou se não o que? - Disse ela enquanto com um brusco movimento soltava da mão de Josh. - Por acaso você vai me fazer algo?
Joshua: Se voltar a tocar nela, eu prometo que não terá vontade de voltar a bater em ninguém em sua vida. - A voz de era ameaçadora, até a mim me deu um pouco de medo.
Louise: Olha, tão apaixonado o tem que está disposto a me bater. O que fez? - Disse com evidente sarcasmo em sua voz. - Como fez para que ele virasse seu cão de guarda?
- Não o chame assim, maldita vadia. - Agora sim havia me irritado, podia permitir falar de mim, mas não dele.
Louise: Oh, olha se irritou. São um para o outro, você também deveria estar internada com ele. Está igualmente louca.
Estava a ponto de responder como merecia, mas o Doutor Beauchamp atravessou o corredor deserto para vir até nós.
Ron: Está acontecendo algo senhorita Soares? - Perguntou ao ver o quão alterada eu estava.
Louise: Nada doutor, só estou me despedindo da boa Any Gabrielly. - Respondeu por mim. - Cuide-se muito querida e prometo que nos veremos outra vez ultimo. - Disse em tom de ameaça, ela deu a volta e se afastou de nós.
Ron: Você esta bem? - Voltou a perguntar.
- Sim, não se preocupe.
Ron: Sabe o motive pelo qual a demiti.
- Imagino. - Sussurrei. O doutor Beauchamp me pediu que fosse ao seu escritório para que pudesse falar com doutor Urrea.
Quando ele saiu, meus olhos se encheram de lágrimas de raiva, tinha tanta vontade de quebrar a cara da Louise.
Joshua: Você esta bem? - Perguntou enquanto levantava meu rosto para que visse.
- Não. - Fui sincera, lágrimas de raiva correram pelo meu rosto. Era um mau hábito que quando estava irritada eu chorava.
Joshua: Não chore, você não está louca. - Ri um pouco pelo o que disse, sabia que ele queria me animar.
- Como pode assegurar? - Perguntei seguindo o jogo.
Joshua: É muito bonita para estar. - Meu coração batia com força, mas não de raiva, senão pelo o que Josh me fazia sentir com sua aproximação, só por suas carícias ou suas palavras, faziam que meu coração quase saísse do meu peito.
Logo depois de um pequeno silencio me dei conta de que ainda estávamos no corredor, graças a Deus havíamos estado sozinhos durante o ataque de Louise e se mantinha assim.
- Obrigada. - Sussurrei antes de voltar a pegar sua mão e entrelaçar seus dedos com os meus.
Joshua: Por que me agradece?
- Por me defender.
Joshua: Não tem porque me agradecer. Proteger-te é o que mais desejo fazer. - Suas palavras foram solenes, estavam impregnadas de sinceridade e carinho.
Só sorri, agradecendo suas palavras de carinho.
Sem demora estava no escritório do doutor Ron na hora que ele me pediu.
- Boa tarde. - Cumprimentei enquanto entrava, só se encontrava o doutor Urrea que já Ron estava com Josh.
Noah: Boa tarde senhorita Soares, entre.
- Bom doutor, diga.
Noah: Gosto da sua atitude direta. Bom, suponho que sabe meu nome sou Noah Urrea e trabalharemos juntos durante a ausência de Ron. Gostaria de conversar, sobre as mudanças no tratamento de Josh. - Sua voz era monótona e seu semblante sério. - Primeiro de tudo, deixaremos de subministrar alguns medicamentos, os antipsicóticos, antidepressivos e sedativos, para ser mais específico.
- Por que? - Perguntei.
Noah: Provarei um método pouco ortodoxo ainda aqui e preciso do seu sistema limpo de qualquer possível agente que interfıra nos resultados. Você o conhece grosseiramente como hipnose, mas eu prefiro dizer regressão. Tentaremos chegar às lembranças que suprimiu, lendo seu histórico penso que isso é a chave de tudo.
- O doutor Ron está de acordo com isso?
Noah: Claro que esta, o informei de tudo o que pretendo fazer e tenho sua permissão para fazer. - Disse irritado por meu questionamento.
- Tudo bem.
Noah: Uma coisa a mais Soares. Tenho entendimento que sem os sedativos Josh tem pesadelos e requer alguém junto a ele todas as noites. Esta disposta a ficar? Claro que não serão todas as noites e vai te pagar pelo tempo extra. - Seguiu com seu discurso.
O seu pedido me deixou um pouco intrigada.
Noah: Se você não quiser, podemos contratar outra enfermeira seguiu ao ver minha vacilação.
- Não, não. Eu o farei doutor.
Noah: Perfeito, pode ficar a partir de amanhã. Começaremos com suas sessões amanhã, mas esperaremos que os efeitos dos remédios passem.
- Tudo bem.
Noah: O doutor Beauchamp me disse que tem um quarto extra, pedirei que seja arrumada para você, acho que é somente isso. E claro será um prazer trabalhar com você Soares. - Apesar de suas palavras de entusiasmo seu rosto não o refletia.
- Eu digo o mesmo. - Respondi enquanto me levantava e saia do escritório.
Esperava que o que tentasse o doutor Urrea ajudasse Josh.
SPOILER CAPÍTULO 14
Noah: Lembre-se claramente do êxito ocorrido aqui. - Falou monótono. - Devemos falar mais do que se lembra para poder chegar no que não, não será fácil, mas acho que poderemos conseguir um progresso.
- Por que tinha que fazer assim? - Perguntei irritada. - Por que tinha que o fazer mencionar coisas dolorosas? Por que dessa forma?
Noah: Porque era necessário, não nuble seu juízo Gabrielly. É sua enfermeira, não sua mãe, não sua irmã, não é nada dele. É por isso que até agora o tratamento com Ron não tinha funcionado, não tem perspectiva. Não se confunda, deve atuar profissionalmente, é seu paciente, não esqueça, nada mais do que isso.
Suas palavras pulsavam em meus ouvidos enquanto voltava para o quarto.
Nada mais do que isso.
◈ ━━━━━━━ ⸙ ━━━━━━━ ◈
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