⚡︎ Capítulo 6
ANY GABRIELLY
Os dias se passaram e eu os aproveitei com meus pais da melhor maneira possível, passeamos muito e viramos algumas noites em casa fazendo acampadentro na sala de estar. Mas o dia deles partirem, infelizmente, chegou e eu já estava morrendo de saudades.
— Se cuida, Gabrielly! Liga sempre e manda fotos para a gente saber se você não acabou com o apartamento. — minha mãe disse, brincalhona.
Eu ri falso e ela apertou minha bochecha.
— Em alguns meses nos veremos novamente. — meu pai disse, me puxando para um abraço. — Nós enviaremos dinheiro para sua conta todo mês e se precisar de qualquer coisa é só nos avisar.
— Obrigada, pai. — eu beijei a bochecha dele.
Ouvimos a chamada do vôo.
Eu senti meus olhos lacrimejarem. Nós três nos abraçamos.
— Nós te amamos, anjinho. — meu pai sussurrou.
Eu limpei uma lágrima e sorri.
— Eu também amo vocês. — eles se afastaram. — Façam uma boa viagem.
— Até logo, neguinha. — minha mãe acenou e segurou a mão de meu pai. — Sina, qualquer coisa nos avise se precisar, fique de olha nessa espoleta. — minha mãe disse para a minha amiga que estava alguns passos distantes.
— Estarei de olho nela, tia. Vão com Deus. — eu abracei Sina de lado.
Eles foram para a sala de embarque.
Eu funguei e abracei Sina mais apertado.
— Agora vamos poder dá uma festona no apartamento. — Sina disse quando a soltei.
— Para ter que arrumar toda a bagunça depois? Tô fora.
— Eu pago uma faxineira. — ela disse enquanto caminhamos para o seu carro.
— Então vamos até o Walmart comprar o que for preciso. — eu disse e ela abriu um sorriso animado.
— Vou mandar mensagem no grupo privado do nosso curso. — ela puxou o celular do bolso da calça e abriu nas mensagens. — Umas oito horas está bom?
— Sim. — eu confirmei. Sina e eu fomos até o mercado e compramos bebidas, petiscos diversos e descartáveis.
Assim que terminamos as compras, passamos na casa de Sina e pegamos sua enorme caixa de som. Passamos pelos pais dela de fininho e seguimos para meu apartamento.
Nós preparamos tudo em minha cozinha e logo após fomos nos arrumar. Eu vesti um dos meus vestidos costurados por mim mesma, já Sina vestiu o que trouxe de sua casa.
Já estava quase na hora da festa e eu pedi para o porteiro liberar quem viesse para a festa. Eu já liguei o som para entrar no clima da festinha.
Por sorte o apartamento tem paredes revestidas para que nenhum som chegue até o ouvido dos meus vizinhos. Eu aproveitei e imprimi alguns papéis para colar nas paredes, apenas para informar o que não fazer no apartamento.
Os primeiros convidados foram chegando e eu já abri as cervejas. Não demorou muito e já tinha um número considerável de pessoas espalhadas pelo lugar, umas se pegando, outras bebendo ou comendo e outras conversando entre si.
Eu me encostei no balcão com meu copo de ponche que um dos convidados trouxe. Eu tomei a bebida e tossi.
Tem um gosto forte e amargo. Isso está, com certeza, batizado com uma mistura forte de bebidas. Eu tossi e procurei por água com urgência.
— Any. — eu ouvi me chamarem enquanto eu engolia a água.
— Oi. — eu me virei encostando na pia da cozinha. — Bailey, como vai?
— Estou ótimo e você está incrível. — ele disse lançando uma piscadela para mim. Eu sorri de lado.
— Obrigada. — eu tinha as bochechas um pouco coradas.
Eu tinha um crush absurdo em Bailey desde que entrei na faculdade. Ele é um golden boy que joga no time de futebol americano. Bailey tem uma pele bronzeada e cabelos escuros tão lisos e brilhosos, seu corpo é escultural e o sorriso é de derreter qualquer uma.
Seus traços filipinos só reforçam sua beleza.
Eu tive que coçar a garganta, emitindo um barulho, para não parecer uma idiota babona.
— Como vai o time? Eu não pude ir no último jogo. — eu puxei assunto, enquanto o via se servir com o ponche.
— O último jogo com os Mayfield saiu em empate, então estamos treinando mais para conseguir ultrapassar eles no próximo. — ele disse se apoiando na ilha de frente para mim.
— Vocês são ótimos, vão conseguir, ainda mais com você sendo o capitão. — eu falei e arregalei um pouco os olhos por ter dito a última frase em voz alta.
Ele sorriu e passou a língua nos lábios após um gole do ponche.
— Já bebeu? Está muito bom, Matt é o melhor barman que temos no campus. — ele disse me oferecendo um gole.
— Já tomei e odiei. — falei fazendo careta e ele riu.
— Você é muito certinha, não é? Não é de beber muito. Fiquei surpreso quando soube que hoje teria uma festa em sua casa. — ele falou, me analisando de cima a baixo.
— Não acho que sou certinha, sou apenas responsável. Só topei essa festa porque estou afim de me distrair um pouco agora que estou sem meus pais por perto. — revelei.
— Eles estão viajando de novo? — ele questionou.
— Eles se mudaram, agora estou aqui sozinha. — contei.
— Uau, quem me dera morar sozinho. — ele disse com um sorriso de lado e seu olhar muito focado em meu decote.
Eu me afastei sentindo meu corpo esquentar. Tratei de procurar por uma bebida não muito forte e nem muito fraca.
Bailey me atraí, mas eu não posso esquecer de que ele é o maior mulherengo do campus.
Resolvi aproveitar a noite bebendo e dançando com algumas das meninas que eu conheço da faculdade. Com uma boa quantidade de álcool no corpo eu estava livre e solta como uma pombinha.
Durante todo esse período eu senti Bailey de olho em mim. Algo que eu realmente não compreendia, pois ele nunca deu bola para mim. Na faculdade ele apenas me cumprimenta como um garoto educado, nada mais.
Eu subi os degraus querendo ir fazer xixi no banheiro do meu quarto, já que todos os outros pareciam ocupados. Eu destranquei a porta e a fechei, corri para o banheiro cambaleando quando pensei que minha bexiga iria estourar.
Sentada na privada meus pensamentos foram longe, pensando no quanto eu estava tonta, no quanto sentiria falta dos meus pais e logo estavam no meu vizinho.
Como será que ele está? Com certeza na solidão mórbida dele. O que será que está fazendo? As coisas de rico metido dele.
Eu não sei o que anda acontecendo com a minha cabeça que em meio a tantos pensamentos sempre me vinha ele. Josh tem algo que me puxa para ele, que me instiga a querer saber mais sobre ele, a querer estar perto dele.
E eu nem ao menos o conheço direito.
Faz apenas algumas semanas desde que o vi e o pouco contato já me fazia sentir um turbilhão.
Pareço uma adolescente na puberdade, louca por atenção.
Mas querendo ou não, Josh Beauchamp me leva a querer desvendar todos os seus mistérios, independente do quão rude ele seja.
Eu me limpei, lavei as mãos e sai do banheiro levando um susto. Bailey estava na porta do meu banheiro com os braços cruzados e um grande sorriso no rosto.
— O que você está fazendo aqui? Na porta está escrito que não pode entrar aqui. — eu falei, engolindo em seco com a proximidade dele.
Eu dou passos para trás e ele dá passos para frente até me encurralar na parede.
Ele cheira a álcool, muito álcool. Eu não estou muito diferente.
— Eu estava te observando...
— Eu reparei. — murmurei, tentando passar por debaixo dos braços dele.
Mas ele continuou a me pressionar contra a parede fria.
— Eu estive reparando em você por algum tempo, desde a festa de Hannah. — ele falou e eu franzi a testa. — Eu queria te chamar para sair, mas pensei que você não iria aceitar.
— Por que não? — eu perguntei olhando nos olhos escuros dele.
— Você deve pensar mal de mim. — ele disse e eu senti sua mão repousar em minha cintura e apertar o local.
— Um pouco. — confessei e ele sorriu.
— Mas eu também vejo como você me olha, atraída. — ele roça o nariz em meu pescoço e eu tranco a respiração.
— O que você está fazendo? — eu coloquei as mãos no peito dele para afastá-lo.
— Eu também estou atraído. — ele sussurrou e puxou o lóbulo da minha orelha. Eu senti um frio na barriga.
Bailey tocou meu rosto e avançou com um beijo, me roubando o fôlego. Eu não retribui de começo.
Mas o álcool me deixou mole e eu me rendi. Ele estava me puxando em direção a minha cama.
Bailey toca meu corpo, tenta puxar meu vestido. Eu contenho suas mãos quando ele me empurra na cama e beija meu pescoço.
— Eu não quero fazer isso. — eu murmurei.
— Como não? Seu corpo quer o meu. — sua mão percorreu um caminho entre minhas coxas.
Eu apertei minhas pernas parando a mão dele antes de tocar minha intimidade.
— Eu não quero isso. — eu tentei me levantar, mas estava tonta e cai novamente.
Vi Bailey sorrir e ajoelhar ao meu lado. Ele estava abrindo as calças e puxou seu membro para fora.
Eu arregalei os olhos.
— Bailey... — ele pegou minha mão e levou para acariciar seu membro.
Puxei meu braço e me levantei da cama.
— Eu estou bêbada e tonta, não quero nada disso. — eu falei sentindo minha cabeça doer. — Saia do meu quarto.
Eu cai na beira da cama sentindo minha cabeça girar.
— Você vai gostar, só precisa se dar uma oportunidade. — ele disse me puxando pelo braço para o centro da cama, enquanto minha visão fica nublada.
— Não. — eu murmurei sem forças, enquanto ele levanta a saia do meu vestido.
— Que porra é essa? — eu ouvi a voz de Sina.
— Filho da puta! — agora era Josh. Eu reconheci, mas nem tinha forças para reagir.
Parecia que eu estava medicada para morrer.
Parece que fumei muitas carreiras de cocaína.
Eu já não sentia mais Bailey próximo a mim, mas sim Sina e os gritos agudos de Josh e o barulho de seus punhos acertando Bailey, com certeza.
Até tudo ficar escuro.
To be continued???
Partiu matar o Bailey?!!!
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