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Capítulo 12

Agosto de 2023

Contei absolutamente tudo para minha irmã no dia seguinte, ela estava fazendo uma pausa na sua lua de mel - eles iriam viajar só no próximo final de semana, dois dias em Los Angeles, para me levar até o aeroporto e ouviu cada palavra atentamente.

Sina: Sinceramente? Nem sei o que falar. - Murmurou quando terminei de contar, o carro dela já estava parado no estacionamento do aeroporto. — Você a ama.

- Ela escondeu a verdade de mim.

Sina: Isso é maior do que o sentimento que nutre por ela?

- Eu mal a conheço. - Sussurrei.

Sina: Não acredito que amor tenha um tempo tabela para surgir, irmãozinho.

Respirei fundo, encarando o painel do carro, sem saber o que dizer.

Sina: Posso ler seu livro?

- Claro, Sina.

Sina: Nunca passou pela minha cabeça que você gostava de escrever, achava apenas que curtia ler.

- Eu amo. 

Sina: Não deixa isso ir, volta mesmo a escrever, tá? Já sabe sobre o que será seu próximo livro? Algum spoiler para sua irmã? Um teaser?

- Não tenho spoiler, não tenho teaser, não tenho nenhuma linha escrita. Apenas caos e desespero. - Ela suspirou alto. - Só sei que quero escrever de novo, preciso fazer isso.

Sina: Vai encontrar o tema certo.

Abri minha mochila e tirei o livro que tinha pego emprestado com Any de lá.

- É da Any, devolve pra ela?

Sina: Não.

- Sina!

Sina: Você pegou emprestado, é sua obrigação reencontrá-la para devolver. Quer que te leve para o apartamento dela?

- Preciso voltar para New York.

Sina: Não é para New York que está voltando, Josh.

- Te amo! - Tirei o cinto e abracei minha irmã com força. - Prometo que vou ser mais presente na sua vida.

Ela chorou por longos minutos, contive minhas próprias lágrimas. Nos despedimos e segui sozinho para o interior do aeroporto.

••••

A primeira coisa que fiz quando pisei em New York, depois do meu voo revelador de várias formas, foi mandar uma longa mensagem para Any.

Josh: Estou em New York, indo para meu apartamento. Podemos conversar? Posso te ligar? Comecei a escrever algo no avião, meio que baseado em nós dois... Me desculpa por ter sido grosseiro com você. Eu te amo, isso é verdade, queria ter dito ontem de forma melhor. Não acho mais que seja possível abafar tal sentimento, Any. Você me ama?

Ela não me respondeu e quando liguei para Sina pedindo que ela e Noah intercedessem por mim, eles contaram que Any tinha decidido viajar, sem falar o destino para ninguém. Isso me deixou arrasado, como imaginei no avião, talvez ela não sentisse por mim o que eu sentia por ela, talvez estivesse indo se encontrar com outro cara.

Úrsula: Oi, Josh! - Meu sangue gelou quando entrei no meu apartamento e escutei minha mãe, ela surgiu no corredor de entrada, com uma expressão furiosa. Úrsula Beauchamp era uma mulher de 55 anos, cabelos loiros e olhos azuis que eu tinha herdado, mas diferente da alegria de Sina e da minha ansiedade, ela era alguém que parecia estar sempre com raiva.

- O que está fazendo aqui, mãe? - Ela tinha uma chave reserva do meu apartamento para emergências, mas aquele não parecia ser o caso.

Úrsula: Vim saber por que mentiu para mim, falou que iria para a Flórida com amigos, mas segundo seu extrato bancário esteve em uma cidade da Califórnia nos últimos dias. O que foi fazer lá?

Soltei minhas malas no chão, meu estômago revirou de enjoo. Eu tinha 25 anos, trabalhava, era completamente capaz de tomar minhas próprias decisões, mas estava sendo questionado por minha mãe de forma tão rude que nem mesmo um adolescente deveria ser.

- Não é da sua conta. - Foi minha resposta, ela arregalou os olhos.

Úrsula: Garoto...

- Eu sou seu filho, não sua propriedade! - Exclamei. - E estou farto disso, como assim você teve acesso ao meu extrato do banco? Que tipo de psicopatia é essa?

Úrsula: Você mal tem amigos, como iria viajar com eles? - Rebateu. - Achei tudo estranho e dei meu jeito de investigar.

- Você é insana e talvez eu não tenha amigos porque você está desde sempre regulando nossas vidas, me impedindo de criar laços com as pessoas por aí.

Úrsula: Nossas? Está falando da Sina? Era com ela que você estava?

- Sim, estava com minha irmã, era casamento dela, satisfeita? - Os olhos dela, se possível, arregalaram ainda mais. - E foram dias maravilhosos longe de você e perto dela, porque a Sina me ama de verdade, ela não me vê como um brinquedinho. Somos seus filhos, mas você nos trata como bonecas, alguma vez sequer nos perguntou se realmente queríamos ser bailarinos?

Úrsula: Ela era a melhor bailarina da idade dela!

- E eu? Nunca fui o melhor, não queria ser bailarino...

Úrsula: E você queria ser o que, Joshua? A porra de um escritor?

- Como sabe disso? - Foi minha vez de arregalar os olhos.  - Além de invadir minha conta do banco, também acessou os documentos do que escrevo?

Úrsula: Você não é bom. - Disse secamente e foi a pior crítica que recebi, nenhuma outra, nem mesmo minhas autocríticas foram tão cortantes quanto aquela. - Esqueça de uma vez por todas essa ideia de se tornar um escritor e foca de vez no balé. Você é um sonhador como seu pai e sua irmã, sempre fui a base dessa família, sei o que é melhor.

- Sempre foi nossa âncora, mãe. Nos mantendo presos e submersos. Estou farto, de brincar de boneca com você, cansado de tentar ser o substituto da Sina. Quero viver minha vida, fazer o que me dá prazer e que se foda o que acha do que escrevo, pode não ser nada grandioso, mas é o que amo fazer. Estou deixando o balé, como também nunca mais quero te ver.

Úrsula: Você é meu filho! - Gritou e tentou se aproximar, mas eu me afastei, seguindo para a sala. Ela foi atrás de mim, gritando que precisava dela, que não poderia deixar o balé e um monte de merdas.

Meses após o acidente, para Sina, ela disse que minha irmã era um peso morto, que sem a perna ela não teria um futuro brilhante, talvez não tivesse futuro algum. E eu tentei remediar a situação, conversar com Sina e convencê-la a perdoar nossa mãe, mas estava errado e deveria ter partido com minha irmã no dia que ela pegou um avião para a Califórnia.

- Você abandonou a Sina, me fez perder anos de convívio com ela porque fiquei ao seu lado mesmo não devendo. Não te quero mais na minha frente, saia e deixe a chave, amanhã mesmo irei procurar um psicólogo e cuidar da minha cabeça, mereço ser feliz e só vou conseguir isso quando me livrar da sua prisão.

Ela não disse mais nada, pegou minha chave, que estava dentro da sua bolsa sobre o sofá. Atirou o objeto no chão, próximo aos meus pés, e saiu do apartamento.

Eu me abaixei e peguei a chave, chorando, destruído e com medo, mas no fundo satisfeito que tinha feito o que precisava fazer. Apertei a chave em minha mão, ela era minha e nunca mais deixaria ninguém me trancar, eu estava livre.

••••

Mais tarde naquele dia estava na cozinha, tomando uma taça de vinho e escrevendo mais um pouco. Era uma forma de fugir dos pensamentos ansiosos a respeito de Any e minha mãe.

Ainda não tinha feito um planejamento geral da história, mas escrevia alguns diálogos e cenas que estavam praticamente implorando para serem escritas. Foi no meio de uma conversa dos protagonistas que o interfone do meu apartamento tocou, resmunguei e temi ser minha mãe voltando, ainda assim atendi e falei com o porteiro.

Porteiro: Senhor Beauchamp, Any Gabrielly está aqui procurando por você.

Any? Meu coração disparou sem acreditar, ela estava em New York? E estava ali para me ver?

- Any Gabrielly?

Porteiro: Isso, senhor. Ela pode subir?

- Pode, diz para ela subir agora!

Desliguei o interfone e corri para a entrada do apartamento, abri a porta e fiquei no corredor, próximo ao elevador. A cada segundo de espera meu coração batia mais forte, ansiando para ver Any novamente, até que finalmente aconteceu.

As portas do elevador surgiram e ela apareceu diante de mim, cabelos soltos nada de maquiagem, rosto preso em uma expressão de medo. A mesma blusa que usou no dia do festival, calça jeans e seus tênis favoritos, uma mala pequena e a mochila amarela.

- Você está aqui! - Não esperei ela sair, entrei no elevador junto dela, vendo a mulher começar a chorar. - Está tudo bem, não chora. - Segurei seu rosto e beijei sua testa, ela soluçou, nos tirei do elevador antes que ficássemos rodando dentro dele pelo prédio.

Any: Desculpa vir sem avisar. - Sussurrou. - Ninguém sabia até eu pousar, aí liguei para sua irmã e pedi o endereço. Passei a noite sem saber o que fazer, mas aí na hora que você deveria estar indo para o aeroporto decidi que vinha te encontrar aqui, peguei um voo depois do seu. Sério, me desculpa por surgir assim, é ridículo, né?

- Não, é perfeito, um ótimo gesto. - Beijei o rosto dela de novo, Any soltou sua mala e mochila no chão do corredor e me abraçou.

Any: Eu vou reler seu livro, a minha crítica será refeita...

- Any, não precisa fazer nada disso. - Fiz com que ela me olhasse.

Any: Eu fui rude e menti para você.

- Estou chateado por você ter escondido que era a Penny de mim, mas a crítica eu juro que já superei. Você não é obrigada a gostar do que escrevo.

Any: Gosto da premissa, mas não senti emoções verdadeiras, nem conectada aos personagens. - Disse baixinho. - O protagonista... Bom, ele era muito apático e não parecia que era sua intenção para ele que fosse assim.

- Porque escrevi sem brilho no olho, apesar de gostar do que escrevi, foi um livro escrito depois do acidente, após diversas crises de ansiedade e exaustão por um trabalho que nunca amei. Mas vou me cuidar, irei para a terapia e vou escrever algo que não seja superficial. Na verdade, já estou escrevendo. Leu minha mensagem?

Any: Sim, li assim que o avião aterrissou... Ai caramba, eu estou em New York mesmo!

- Você está! - Sorri e ela sorriu um pouco também. - E você está realmente de férias agora?

Any: Sim, loucura, nem sei o que são férias para valer. - Riu nervosa. - Tenho uma semana, preciso procurar um hotel.

- Para com isso, é claro que você vai ficar comigo.

Any: Vou? - Indagou descrente.

- Vai sim. - Peguei as coisas dela do chão e abri a porta do apartamento. - Bem-vinda!

Guardei sua mala e mochila no armário, segurei sua mão e a levei para a cozinha, apontando para o caderno onde eu estava escrevendo.

- Pode ler o que já escrevi.

Ela pegou o caderno em mãos, mas antes de ler, comentou:

Any: Comecei a ver algumas semelhanças entre você e Jude antes da nossa ida para São Francisco. Seu livro favorito, seu pensamento sobre amor. Ainda é doido pensar que você é o Jude, irmão da minha cunhada. Não viu semelhanças entre Penny e eu?

— Algumas, mas nunca iria suspeitar de que era a Penny, aparentemente estávamos destinados a nos encontrarmos.

Any: Estávamos?

- Leia o livro. - Foi minha resposta e ela leu o último trecho que escrevi. 

"Eu suspirei, olhando para Penny na tela do meu notebook. Linda, sorridente, dona de olhos castanhos que pareciam enxergar minha alma.

Jude: Amo você. - Falei, fazendo com que ela me olhasse surpresa, mas a garota sorriu e disse de volta:

Penny: Também amo você, Jude. Mal vejo a hora de pegar um avião para poder te encontrar!"

Any: Jude e Penny? - Estava chorando ao devolver o caderno para mim.

- Jude e Penny.

Any: Ela vai pegar um avião até ele?

- Vai, assim como você pegou um até mim.

Any: Eu pegaria vários aviões por você, Josh. Não sei se ficou claro, mas eu te amo. E preciso dizer isso com palavras também, não só com gestos.

- Também pegaria aviões por você, Any. - Deixei o caderno sobre o balcão e segurei na cintura dela. - E eu também te amo, não sei se foi à primeira vista, mas posso afirmar que te amo mais a cada momento que te olho.

Any: Ainda estou me sentindo péssima por ter escondido a verdade. - Fungou.

- Ei, tá tudo bem. - Declarei, apoiando minha testa na sua. - O que seria de um romance sem clímax no final?

- Não quero que seja o final. - Seus lábios tocaram os meus.

Any: Podemos fazer várias continuações, o que me diz? Escreve essa história de amor eterno consigo?

••••

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