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Capítulo 7

Passei a maior parte do domingo com Sina, foi aniversário de uma colega de trabalho dela e fui arrastado por minha irmã para lá. A festa aconteceu na casa da mulher, um churrasco que acabou somente no começo da noite.

Sina: Até amanhã, irmãozinho! — Ela exclamou, bem alcoolizada, quando Noah, o motorista do dia, estacionou na porta do hotel.

- Vê se bebe bastante água. - Falei. - Noah, cuida dela - Pedi.

Noah: Pode deixar, amanhã ela estará pronta para mais. - Ele brincou, ri um pouco, me despedi dos dois e saí do carro.

Entrei no hotel e vi Any cruzando a porta que levava à sala de descanso dos funcionários, estava em seu uniforme ainda, mas tinha trocado os sapatos pretos que sempre usava no trabalho pelo all star do dia anterior. Em suas costas, uma mochila amarela, na sua mão, um chaveiro do que reconheci como a Sailor Moon.

Não nos falávamos desde que deixamos o festival e mesmo lá, ficamos meio separados depois do nosso momento na grama alheia. Sina, obviamente percebeu que estávamos estranhos, mas surpreendentemente não me questionou sobre nada, nem mesmo nos instantes que ficamos sozinhos no churrasco quando Noah se afastava para pegar alguma coisa, mas os olhares dela para mim eram bem significativos, eu sabia que deveria voltar a me manter afastado da irmã do noivo dela.

Any: Oi! - Exclamou quando paramos no meio do caminho entre a sala de onde ela estava saindo e a porta da entrada do hotel. - Como foi seu dia?

- Comi pra caramba. - Contei, ela fez cara feia.

Any: Isso estraga meus planos.

- Quais seus planos?

Any: Ia te convidar para jantar comigo lá no meu apartamento.

- Você é boa cozinheira?

Any: Ia pedir comida mexicana para nós dois, mas você está cheio do churrasco. - Provocou.

- Não, ainda tem espaço para comida mexicana. - Declarei, isso a fez rir, isso me fez sentir culpa, afinal estava fazendo tudo menos me afastar da recepcionista.

Any: Vem, Beauchamp. - Indicou a saída e fui com ela, decidindo que seria somente um jantar e que nada rolaria.

O carro de Any era uma caminhonete laranja desbotada, um veículo com certeza bem velho, mas que para minha surpresa, estava funcionando bem. Nós abaixamos as janelas, deixando o vento entrar, já que ela não tinha um ar-condicionado, mas tinha um rádio e o ligamos, deixando em qualquer estação e começou a tocar California Nights da Lesley Gore.

No caminho até seu apartamento ficamos conversando sobre o churrasco, as pessoas que conheci lá e o dia de trabalho de Any. Tinha sido bem puxado, problemas com hóspedes que tinham perdido objetos pessoais, problemas com o encanamento de um quarto e um dos funcionários da cozinha faltando.

Assim que chegamos ao seu apartamento Lucy veio ao meu encontro, peguei a gatinha no colo, enquanto Sophie dormia na cama de Any. Sentei no sofá, deixando minha anfitriã fazer o pedido do nosso jantar, me ofereci para pagar, mas ela recusou e quando pediu tudo, foi para o banheiro trocar de roupas, saiu de lá usando um vestido rosa escuro, curto e sem mangas, cabelos presos em um coque no topo da cabeça, porém manteve a maquiagem que usou no trabalho.

- Por que a Sophie é antissocial? - Perguntei quando Any se juntou à Lucy e eu no sofá.

Any: Eu a resgatei da rua quando já era crescida, nunca ficou de muito chamego com ninguém, basicamente só fica assim comigo e com meu irmão. Essa coisinha aqui, no entanto, ama todo mundo. - Fez carinho na Lucy que ainda estava em meus braços.

- Isso quer dizer que não sou especial para você, Lucy? - Perguntei para a gatinha,  Any riu.

Any: Estava com a Sina quando adotei a Lucy. - Contou.

- Sério?

Any: Sim, já tinha a Sophie, mas queria outra gatinha e aí uma amiga da Joalin postou no Instagram que estava doando, Sina e eu estávamos aqui em casa e saímos correndo pra ir buscá-la antes que outra pessoa adotasse.

- Fico feliz que minha irmã conheceu todos vocês. - Murmurei.

Sina tinha deixado New York cerca de um ano depois do acidente, primeiro foi para Los Angeles ficar com uma antiga colega de escola, alguns meses após descobriu sobre o trabalho de professora de dança em Santa Cruz e se mudou para lá. Sabia que ela tinha conhecido primeiro Sofya, já que a enteada de Priscila trabalhava no hospital, ela e a enfermeira cruzaram caminho no hospital da cidade onde minha irmã fazia seus tratamentos e se aproximaram, depois ela conheceu Any e então rolou o tal do amor à primeira vista com Noah na cafeteria.

Any: Nós também ficamos feliz de ter ela aqui. - Lucy passou do meu colo para o de Any, sem a gatinha sobre mim, me coloquei de pé e caminhei até a estante lotada da dona dela, os títulos de romance me fizeram indagar em voz alta.

- Sua mãe e Carlos parecem muito felizes juntos, você acha que eles são almas gêmeas ou ela era destinada ao seu pai? - Eu tinha pensado naquela questão após o festival.

Nossos olhares se encontraram e Any riu baixinho.

Any: Isso é sobre a conversa na praia?

- Exatamente, se você acredita em almas gêmeas, quer dizer que alguém não pode ter mais de um amor na vida? É como um quebra-cabeças? Apenas uma peça encaixa?

Any: Só sei que meu pai e minha mãe se amavam muito, ele não era um homem de se expressar em voz alta, mas estava lá em cada gesto dele. Então, acho que papai era o amor da vida dela e Carlos é ótimo, só que não vejo entre eles a mesma coisa que via entre meus pais. Ou posso só estar sendo parcial porque estamos falando do meu pai.

Voltei a me aproximar do sofá e a sentar perto dela.

Any: E acredito no destino e encontro de almas gêmeas, mas não que sejam metades uma da outra. Elas são parecidas, não incompletas, sabe? - Assenti, compreendendo o ponto de vista dela sobre aquilo. Não dá pra colocar nas mãos do amor o que falta na gente, o que dá pra fazer é um ao outro incentivar para que a pessoa individualmente busque completar, sozinha, o que falta nela.

- Conta um pouco sobre seus pais? - Os olhos dela se iluminaram de carinho.

Any: O amor deles estava principalmente nos gestos, mamãe colocava Beatles para tocar toda manhã porque era a banda favorita dele. Papai parecia adivinhar quando ela tinha um dia ruim no trabalho e fazia torta de maçã, mamãe amava aquela torta pra caramba. Uma vez foram para uma festa, mamãe bebeu todas. - Riu. - E eles passaram a noite no banheiro com ela vomitando, papai segurando os cabelos dela, limpando o rosto de Priscila. Quando acordei no outro dia eles ainda estavam lá, dormindo no chão, embrulhados com uma toalha. - Lágrimas cruzaram o rosto dela. - Meu pai quase não falava que amava a gente, sabe? Só que nós sabíamos, porque ele demonstrava de diversas formas. E o que vou falar, como uma amante de livros, pode soar polêmico, mas palavras para mim não tem tanto significado quanto gestos. Um abraço, um bilhetinho na geladeira, preparar uma torta de maçã às quatro da manhã quando você voltou do mar, para que sua esposa coma ela no café da manhã. Tudo isso é tão cuidadoso, tão amoroso.

Pensei em minha mãe, todas as inúmeras vezes que falava que nos amava, mas como nos tratava com frieza em todas oportunidades possíveis quando não andávamos sobre os planos dela. Era amor de verdade o que ela sentia por mim?

A pergunta me atingiu, mas sabia que não teria respostas naquele instante e voltei a querer saber mais de Any.

- Já pensou em escrever algo, Any? - Perguntei, ela olhou para mim meio amedrontada. - Você lê muito e dá pra ver que adora verdadeiramente histórias de amor. Já pensou em contá-las?

Any: Não sei se teria algo bom o suficiente para colocar no papel. - Sussurrou. - E você? Seu sonho é contar histórias através da dança? Ou já pensou em escrever também? - Ela sabia que eu gostava de livros, sabia até que meu favorito era Todo Dia do David Levithan.

- Já pensei em escrever. - Sussurrei também, pensando no meu livro fracassado e em como nunca mais escreveria. - Mas é um sonho e a realidade me consome demais, não irei perseguir fantasias.

Any esticou uma mão e afagou meu rosto, senti como os músculos da minha face estavam rígidos, mas aliviaram um pouco sob o toque dela. E como tinha feito na tarde do dia anterior, Any se inclinou e beijou meu rosto, antes de deixar Lucy no chão e ir para a cozinha falando que pegaria limonada para nós dois.

Voltei até a estante e apontei para o exemplar de capa comum de Um Perfeito Cavalheiro e perguntei:

- Posso pegar emprestado?

Ela apareceu ao meu lado, me entregando um copo de limonada e ficando com outro.

Any: Claro, pode levar, Josh. Espero que goste. Sabe, eu amo Coca-Cola, mas minha bebida favorita mesmo deve ser limonada. - Gesticulou para nossos copos.

- Por quê? 

Any: Era a favorita do meu pai e foi a favorita do pai dele, que dizia que uma boa limonada é capaz de curar todas as dores, ou ao menos afogar as dores nela.

Eu sorri e bebi todo o líquido no meu copo de uma vez.

Any: Funcionou? - Perguntou.

- Talvez com álcool.

Ela riu e quis beija-la, mas me levantei para pegar mais limonada.

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