𝟎𝟏𝟔⠀'⠀⠀ 𝗘𝗦𝗖𝗢𝗡𝗗𝗘-𝗘𝗦𝗖𝗢𝗡𝗗𝗘.
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ㅤㅤㅤㅤ O JOGO HAVIA COMEÇADO. A tensão estava presente em cada jogador alí presente. Fomos os primeiros a entrar na arena. Um cronômetro se fez presente na parede. Tínhamos dois minutos para nos esconder.
━━━ Vamos ficar juntas. ━━ Declarei confiante. ━━ Temos mais chances se ficarmos juntas. ━━ Afirmaram.
━━━ Escutam! Não se escondam! Vamos nos separar para achar a saída! Quem achar primeiro avisa os outros! ━━ Um senhor anunciou. O analisei.
━━━ Não o escutem, vamos. Temos outras preocupações agora. ━━ Comentei baixinho e logo começamos a subir uma das escadas.
Olhei para a Jun-hee preocupada. A garota parecia com dor. A segurei pela cintura e a ajudei a subir as escadas.
━━━ Tudo bem? ━━ A garota afirmou. Dei um sorriso fraco, tentando não demonstrar preocupação. ━━ Precisamos nos movimentar para achar a saída...
━━━ E se alguém nos achar? ━━ A voz preocupada da senhora se fez presente.
━━━ Eu protejo vocês. ━━ Hyun-ju disse determinada.
━━━ A gente protege. ━━ Dei um sorriso tranquilizante. ━━ Eu era policial... Lembra? ━━ A mulher afirmou, um pouco mais calma.
[...]
Andávamos atentamente pelo corredor. Olhávamos para todos os lados, em busca de qualquer pessoa do time vermelho. Quando achamos uma porta, Hyun-ju logo tentou abri-la, mas sem sucesso.
━━━ Deixa eu ver sua chave. ━━ A mulher pediu para mim. A mostrei. ━━ Essa é um círculo... ━━ Refletiu. ━━ Jun-hee... Deixa eu ver a sua. ━━ Analisou a chave e sorriu. ━━ É essa. É essa mesma. Me empresta? ━━ A garota assentiu, logo entregando as chaves. Olhei para a fechadura da porta.
━━━ Eles colocaram fechaduras diferentes... ━━ Comentei, entrando na sala. Olhei para a próxima fechadura. Um quadrado... ━━ Senhora, empresta a chave por favor? ━━ A mulher afirmou, logo dando a chave.
━━━ Pelo que eu entendi, cada porta tem uma forma... ━━ Hyun-ju comentou. ━━ E aqui... Temos todas elas. ━━ Sorriu. Afirmei em meio a um sorriso fraco.
━━━ Acho que estamos com sorte dessa vez.
[...]
Aquele jogo sem sombra de dúvidas era o mais aterrorizante até agora. Claro, os outros jogos foram extremamente horríveis, mas esse… Esse era o pior. Estávamos sendo caçados vivos.
Isso era aterrorizante.
Enquanto ajudávamos a Jun-hee a subir as escadas, a garota tropeçou e caiu. Um arrepio gelado percorreu todo o meu ser.
━━━ Jun-hee! ━━ Gritei desesperada, logo me agachando para ajudá-la. Meu coração estava acelerado enquanto eu a analisava, a procura de qualquer machucado ou sinal de que o bebê não estava bem.
Antes que eu pudesse ajudá-la a se levantar, um homem do time vermelho apareceu. Ele estava nos perseguindo a um tempo, mas finalmente ele conseguiu nos alcançar.
A lâmina em sua mão refletia com a luz do corredor. Respirei fundo, juntando coragem. Me levantei e com um olhar silencioso tentei tranquilizar a Jun-hee e a senhora que agora a abraçava.
━━━ SAI DA FRENTE! ━━ Gritou, com os olhos cheios de fúria. ━━ Eu só quero matar essa garota… ━━ Rosnou. ━━ Ou me deixem matar essa velha… ━━ Olhei em seus olhos. ━━ Eu prometo deixar vocês irem, só me deixem matar uma delas!
━━━ Subam. ━━ Ordenei firmemente, sem tirar os olhos do homem. ━━ AGORA!
Avancei rapidamente contra ele sem pensar duas vezes. Os primeiros golpes foram rápidos, mas não me livrou de alguns cortes superficiais que sua lâmina me causou.
O homem me jogou no chão, tentando me perfurar no peito, mas então Hyun-ju surgiu o empurrando para longe de mim, conseguindo então imobilizar o homem.
A faca escorregou da mão do homem e caiu no chão enquanto ele se debatia tentando se soltar de Hyun-ju. Agarrei a arma antes que ele pudesse reagir.
━━━ FILHO DA PUTA! ━━ Gritei, cravando a lâmina contra seu peito.
Meus olhos encontraram os seus. Pude jurar ver sua alma saindo do corpo… Hyun-ju o soltou. Seu corpo desacordado agora banhava o chão de sangue.
Respirei fundo, trêmula. Passei minha mão no rosto, sujando-o de sangue.
━━━ Puta merda… ━━ Xinguei baixinho, quase perdendo as forças.
━━━ Tudo bem? ━━ Indagou Hyun-ju, afirmei, ainda sem tirar os olhos do homem que eu havia acabado de matar.
━━━ A gente tem que sair daqui. ━━ A olhei. ━━ Alguém deve ter nos ouvido.
[...]
Com dificuldade, finalmente conseguimos nos esconder em um dos cômodos. Jun-hee mal conseguia se apoiar em seu próprio pé. O machucado parecia piorar cada vez mais.
━━━ Ela torceu? ━━ Perguntei, apreensiva.
━━━ Não… Acho que quebrou. ━━ Respondeu Hyun-ju enquanto analisava o pé da garota.
━━━ O'Que a gente faz agora…? ━━ A senhorinha perguntou preocupada. Olhei para o relógio na parede. Ainda faltavam mais de quinze minutos para o jogo terminar.
━━━ Vamos ficar aqui até o jogo terminar. ━━ Decidi, tentando soar confiante. Jun-hee negou com sua cabeça.
━━━ Vocês não deveriam fazer isso por mim… ━━ Disse com a voz embargada de dor.
━━━ Nem começa com isso. ━━ Neguei de imediato. ━━ Você é nossa amiga, Jun-hee. Não vamos te deixar aqui. ━━ Analisei a sala. ━━ Além do mais, temos uma faca e esse cômodo só tem uma porta. ━━ Respirei fundo, tentando pensar em um plano. ━━ Eu e a Hyun-ju ficamos de guarda. Vamos segurar a porta, assim se algum deles tentar entrar, vão achar que está trancado. ━━ Jun-hee balançou a cabeça, contrariada.
━━━ Eu fico escondida… E vocês vão. Vão encontrar a saída e.. ━━ Um gemido doloroso cortou sua frase. Instintivamente, olhei para baixo, onde a água escorria pela sua perna.
━━━ Sua bolsa… ━━ Sussurrei em pânico, percebendo o que estava acontecendo. Me levantei num pulo, completamente desesperada.
━━━ So-hee… Vai procurar a saída. ━━ Hyun-ju falou com firmeza, me tirando dos meus devaneios. ━━ Temos que tirar ela daqui.
Fiquei paralisada, olhando para Jun-hee. Em toda a minha carreira de policial, eu nunca havia ficado tão desesperada quanto agora.
Tudo em mim dizia para ficar. Para protegê-las, mas Hyun-ju estava certa. A Jun-hee tinha que sair daqui.
━━━ Se você não encontrar… Volta pra gente, tá bom? ━━ Acrescentou a mulher. A preocupação estava estampada em sua voz, mas a gentileza ainda era presente em seu tom de voz. Assenti, com o coração apertado.
━━━ Fica com isso. ━━ Entreguei a faca. ━━ Eu consigo me virar sem ela. ━━ Hyun-ju segurou meu pulso, tentando me entregar as chaves. ━━ Não… ━━ Recusei. Eu volto e a gente abre a saída juntas. ━━ Dei um sorriso tranquilizador. Olhei para Jun-hee novamente, a senhora a ajudava a se deitar. ━━ Eu posso até me perder no caminho, mas não vou me perder de vocês. ━━ A mulher assentiu. Assim que fiz menção de sair da sala, a mesma puxou meu pulso e me abraçou.
━━━ Obrigada por tudo So-hee. ━━ Sussurrou. Retribui o abraço com um pequeno sorriso.
━━━ Eu que tenho que te agradecer Hyun-ju. Você sempre tá salvando minha vida… Desde o primeiro jogo. ━━ Nos afastamos. ━━ Muito obrigada por ser minha amiga. ━━ Meus olhos marejaram por um instante, uma sensação ruim se instalou em meu peito. ━━ Todas vocês… ━━ Olhei para as mulheres, apreensiva. Com a respiração presa no peito, abri a porta e com cuidado, fui para fora.
[...]
Corri pelos corredores com toda a rapidez que eu consegui. O eco dos meus passos se misturavam com o som dos gritos dos outros jogadores.
Esbarrei em dois jogadores do time oposto no caminho. Mas consegui me livrar deles graças a faca que eu havia achado em meio a alguns corpos no caminho.
Com o coração disparado, abri uma das portas rapidamente, com a esperança de encontrar a saída. Mas em vez disso, dei de cara com Gi-hun.
Meus pés travaram. Recuei instintivamente enquanto erguia a faca. O homem se moveu. Seus olhos estavam vazios, quase mortos. Pareciam até mesmo os olhos de uma boneca. Totalmente sem alma.
━━━ Você tá procurando o Dae-ho… ━━ Minha voz mal saiu da minha garganta. ━━ Não foi culpa dele, Gi-hun… ━━ Eu queria gritar. Gritar que a culpa era do In-ho. Mas eu não conseguia…
━━━ Não é você quem decide isso. ━━ Ele respondeu com frieza, a voz pesada de raiva contida.
━━━ E é você…? ━━ Retruquei, tentando manter a calma, mesmo com o olhar dele me cortando como uma lâmina. ━━ É você quem dita o que é certo ou errado, Gi-hun? Você entrou nesse jogo pra salvar vidas… Para acabar com esse jogo. Não para ser esse psicopata sem alma!
Ele começou a se aproximar de mim com passos apressados. Me amaldiçoei mentalmente enquanto recuava.
━━━ Fica na sua, So-hee! ━━ Rosnou entre dentes, a sua voz mais alta agora. Carregada de dor e frustração. ━━ A gente tentou… Lembra? A gente tentou acabar com tudo isso, e adivinha o que aconteceu?! TODOS MORRERAM!
━━━ EU ESTAVA LÁ, GI-HUN! EU VI! ━━ Falei no mesmo tom. Lágrimas escorreram de meus olhos. Se eu tivesse contato tudo desde o início… Se eu não fosse uma covarde egoísta, eles estariam vivos… ━━ Eu sangrei como você… Perdi pessoas como você. Eu também perdi. Eu também estou sofrendo.
━━━ Sofrendo? ━━ Indagou com raiva. ━━ Enquanto eu voltei pro dormitório com um caixão, você foi levada de pé. Como se todos alí te conhecessem. Como se tivessem respeito por você. ━━ Cuspiu as palavras. ━━ Você conhece eles não conhece? Você deve conhecer. Deve estar conspirando contra nós. Desde o começo…
━━━ Eu nunca faria isso. ━━ Disse com firmeza. ━━ Não diga coisas que você não sabe Gi-hun. ━━ Seu olhar me cortava. Segurei firmemente minha faca. Eu não duvidaria se ele tentasse me matar agora.
━━━ Não se mete onde não é chamada So-hee. ━━ Murmurou por fim, se afastando antes de desaparecer pela porta.
Assim que a porta se fechou, meu corpo desabou contra a parede. Me permiti finalmente levantar minha blusa. Uma dor ardente se encontrava em meu abdômen. Dor a qual eu tentei ignorar por todo o meu percurso.
Gemi baixinho, vendo o grande corte que havia lá. Um presente de mal gosto dos dois jogadores do time vermelho que eu havia encontrado.
O sangue escorria quente, manchando minha blusa e meu colete. Com dificuldade, tirei meu moletom e amarrei contra meu abdômen, fazendo pressão para estancar o sangue.
Respirei fundo. Tentando recuperar minhas forças. Eu não podia desistir.
Não agora.
[...]
Eu andava escorando nas paredes. Eu estava sem forças, mas eu usava o resto que eu tinha para ir até a sala onde minhas amigas estávamos.
Segurei meu ferimento. Parando um pouco para respirar. A dor era insuportável e o sangue não dava sinais de estancar. Encostei minha testa contra a parede e fechei meus olhos por um momento.
━━━ Caralho… ━━ Gemi de dor.
━━━ Olha só oque temos aqui… ━━ Abri meus olhos instantaneamente. Meus olhos se arregalaram. Alí estava o jogador 124 e o jogador 333. Caminhando lado a lado, em minha direção. ━━ Policial!
O título saiu da sua boca como um veneno, carregado de sarcasmos e desprezo. Cada sílaba parecia me perfurar. A morte de Thanos ainda ardia em meu coração.
Sem hesitar, o 333 avançou em minha direção feito um animal selvagem. Com o pouco de força que eu tinha, o empurrei contra a parede, logo caindo no chão em seguida, gemendo de dor.
━━━ Calma aí, MG Coin. ━━ Disse o homem, impedindo do 333 se aproximar. Sorriu, fazendo menções com a mão.
A raiva queimou no meu peito. Aquele idiota estava tentando imitar até os trejeitos de Thanos.
━━━ É só a policial. ━━ Me analisou com um sorriso enquanto eu tentava me levantar. ━━ Ela já vai morrer mesmo, olha só, ela está ferida! ━━ Riu. ━━ Você tá acabada em?
Segurei a faca com firmeza, o sangue escorrendo quente por dentro da minha blusa. Eu não ia cair tão fácil.
Eu não podia.
━━━ Que porra é essa? Virou o Thanos agora? ━━ Perguntei com desprezo, observando os olhos dele dilatados. Claramente drogado. Ele riu alto, se afastando como se não levasse nada a sério. Mas eu mantive a lâmina entre nós.
━━━ Ele estava certo. Você é engraçada! ━━ Comentou. ━━ Ele estava certo em te proteger. ━━ Cuspiu com escárnio. ━━ A protegidinha do Thanos. ━━ Se aproximou com o olhar sombrio. ━━ Considere isso um presente. Afinal… Que graça tem matar alguém já ferido? Nem a luta seria divertida. ━━ Se afastou, seriamente, antes de dar um tapa no ombro do 333 e os dois saírem do meu campo de visão.
Fiquei ali parada por alguns segundos, respirando com dificuldade. O sangue pulsava no meu ferimento.
Mas que porra…
[...]
Corri o mais rápido que pude, mesmo com a dor ardente no meu abdômen me rasgando por dentro. Cada passo era uma agonia, mas o medo me fez prosseguir.
Eu sabia que o 124 não me deixaria viver assim. Ele era louco. Todos que andavam com o Thanos era. E o 333? Eu tinha medo do que ele poderia fazer.
Eles iriam me caçar.
Se divertir com a minha morte.
Respirei aliviada, assim que cheguei ao corredor onde se encontrava a sala. Um pequeno sorriso aliviado escapou dos meus lábios assim que eu me aproximava. Mas meus pés travaram assim que vi a cena à minha frente. O meu sorriso desapareceu instantaneamente.
O meu mundo parou.
━━━ N-não… ━━ Minha voz falhou, como se meu peito recusasse soltar o ar. Meus olhos arderam e, antes que eu percebesse, as lágrimas já escorriam. ━━ Por favor… Por favor, não… ━━ Dei alguns passos trôpegos até o corpo no chão. Me ajoelhei ao seu lado, o corpo inteiro tremendo.
Hyun-ju…
Meus dedos tocaram sua pele ainda morna, mas sem vida. O sangue formava poças ao redor do seu corpo, tingindo suas roupas, seus cabelos, tudo. Como se o mundo tivesse decidido apagá-la da maneira mais cruel possível.
━━━ Hyun-ju… ━━ Sussurrei, desesperada, enquanto envolvia o seu corpo em meus braços. ━━ Fala comigo… Por favor… Porfavor não vai embora...
Minha garganta apertou. O choro explodiu de dentro, descontrolado, rasgando-se em soluços sufocados. Não consegui conter os gritos abafados contra o ombro dela. Era um lamento cru, animal. Um grito de dor que nenhuma câmera conseguiria ignorar.
Mas elas estavam lá.
E eu sabia quem estaria se divertindo.
Aquilo seria um entretenimento prazeroso para os VIPs.
━━━ Jogo encerrado. ━━ A voz robótica cortou o silêncio como uma lâmina, indiferente às tragédias que haviam acontecido naquela arena. ━━ Parabéns aos participantes que avançam para a próxima fase.
Meu olhar se ergueu. Mesmo com os olhos embaçados de lágrimas, fixei meus olhos em uma das câmeras do corredor. A lente vermelha piscava.
Eu sabia.
In-ho estava assistindo. Com seus olhos frios. Talvez até mesmo estaria sorrindo atrás daquela máscara ridícula que ele usava com um orgulho indescritível.
O sangue ainda escorria do meu abdômen, mas doía menos que a dor no peito.
Segurei Hyun-ju com mais força, como se pudesse impedir que o mundo a levasse de mim de vez.
Mas ela já não estava mais ali.
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