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Capítulo 19 Part. II










OCTAVIA:








— Acho que deveríamos usar os cavalos. Chegaríamos mais rápido ao litoral. — Digo me levantando e encarando os corcéis que ali estavam.

— Me parece uma boa também. — Will concorda comigo. — Frank não pode se esforçar muito e usar os cavalos nos pouparia tempo.

— Nós concordamos também. — Hazel diz ajudando o namorado a se levantar.

— Mas temos um problema... — Digo encarando os cavalos comendo a vegetação.

Will geme de frustração.

— Mais um?

— Somos semideuses, solzinho, somos imãs que sempre atraem problemas e confusão. — Sorrio sarcástica. — Esses cavalos são obviamente selvagens. E sabem qual é a diferença de um cavalo domesticado para um selvagem?

Todos negaram com a cabeça.

— Enquanto o domesticado dá coices para fugir, os selvagens dão coices até matarem vocês.

— Mais uma ameaça de morte? Porque não estou surpreso. — Frank suspira.

— Sarcasmo não combina com você, irmãozinho. Então deixe essa arte nas mãos dos profissionais como eu. — Pisco ironicamente. — Vejam o lado bom nessa história, Frank e eu aparentemente sabemos falar cavalês, não é incrível? — Sorrio falsamente.

— Octavia... — Will me chama me censurando com o olhar.

Bufo e reviro os olhos.

— O que estou tentando dizer é que talvez por Frank e eu, sermos legado do rei das sardinhas, pode significar que os cavalos não serão hostis ou tampouco tentaram nos matar com coices.

— Vale a pena tentar. — Hazel diz.

— Obrigada, Hazel! — Digo. — Porque vocês não podem me apoiar como ela?

— Talvez porque sabemos que você é maluca? — Will cruza os braços.

O encaro incrédula.

— Estou me sentindo ofendida. — Confesso. — Mas a maluca aqui salvou a vida de vocês, mais vezes que possam contar. Não se esqueça disso, Andrew.

— Como poderia? Você vai jogar isso na nossa cara até nossa morte.

— Exatamente. — Sorrio vitoriosa antes de ir a direção dos cavalos, correndo o risco por eles.

Andando devagar e cautelosamente até um cavalo branco, que no momento em que percebe minha movimentação para de se alimentar e começa me encarar, analisando cada movimento e gesto meu. Eu olho para baixo tentando não encara-lo diretamente, para que ele não pense que sou uma ameaça. Quando estou próxima o suficiente me ajoelho, mostrando minhas partes vulneráveis, provando mais uma vez que não era uma ameaça.

Cavalos selvagens são criaturas temperamentais e imprevisíveis, então todo cuidado seria pouco.

— Eu não sei se pode me entender. Na verdade estou me sentindo uma maluca por falar com um cavalo e esperar que me compreenda. Mas não custa tentar. — Digo ainda sem encarar o cavalo a minha frente. — Meus amigos e eu precisamos de ajuda. Será que poderíamos montar em dois de vocês, para nos ajudar a chegar ao litoral?

Fico esperando a resposta igual uma idiota. Sério se fosse mesmo um legado de Netuno, espero que isso servisse para algo útil, já que não sou a maior fã do Santo Jackson. Por alguns longos segundos começo a me sentir uma verdadeira idiota por estar falando e pedindo ajuda a um pangaré cosplay do pé de pano do pica pau. Acho que o cavalo não entendeu nada do que eu disse, o que me deixa frustrada e ainda mais furiosa por ser uma idiota.

Mas quando ouço um relinchar ser emitido pelo cavalo, ouso erguer meu olhar ao ouvir um segundo trotar, quando vejo um segundo cavalo completamente negro se aproximar do cavalo branco, que se abaixa diante de mim como sinal de submissão e respiro completamente aliviada, ao perceber que meu diálogo com o pangaré tinha dado bons resultados.

Olhei para trás, em direção dos três.

— O que estão esperando? Um convite formal?! Vamos logo! — Digo me aproximando do corcel branco que decidi de chamar de "pé de pano", antes de pegar impulso e subir em suas costas, antes de Will subir atrás de mim.

Hazel e Frank subiram no cavalo negro, que se sentou sob o chão para facilitar a subida dos dois sob suas costas. A filha de Pluto ficou na frente, enquanto meu irmão abraçou sua cintura por detrás. Segurei na clina negra do meu corcel branco e Hazel fez o mesmo. Will repetiu o movimento de Frank e abraçou minha cintura por detrás, um sorriso incontrolável surgiu nos meus lábios, antes de guiar pé de pano para a direção que queria que ele fosse e Hazel me seguiu.





***





Nosso caminho estava indo bem. Não fomos atacados ou algo muito ruim aconteceu, isso me deixou agitada e preocupada. Eu sei, estar em perigo intermitente nunca é bom, mas quando tudo está muito quieto e silencioso, isso também não era bom. Will poderia dizer quantas vezes quisesse que eu era pessimista, mas eu não era pessimista mesmo. Eu era realista e uma semideusa, então obviamente eu esperava sempre o pior, seja de pessoas ou de situações. Fui criada para ser assim.

Poderia começar a cantar.

Meu pangaré é um cavalo amigo.

Que anda, que anda comigo.

Para mim ele é um alazão.

Como um irmão.

Com ele eu não tenho medo do perigo.

Ok parei com o show.

Não iria mentir, era agradável também estar entre os braços de Will e estar com as costas apoiada no tórax forte e musculoso dele. O cheiro dele... Eu não gostava da ideia de estar realmente sentindo coisas que não deveria sentir por Will, mas, cara, era impossível resistir a William Andew Solace, principalmente quando se tem uma longa história mal resolvida com o pedaço de mau caminho atrás de mim.

Instintivamente começo a relembrar dos meus últimos dias depois que sai de Temiscira. É, eles não foram um verdadeiro mar de rosas, a começar por Los Angeles, onde meus irmãos foram atacados por três ciclopes, eu fui atacada pelas benevolente e por pouco quase não somos atacados pelo Leão de Neméia tudo em um só único dia. Acho que agora, por descobrir ser um legado de Poseidon, explicasse o motivo para atrairmos tantos monstros assim de uma só vez.

Começo a me lembrar que as benevolentes me acusaram de roubar o elmo de Hades... Sim, eu tinha o roubado uma vez porque esse foi um dos meus trabalhos. O senhor do Submundo não ficou feliz, ainda mais porque ele mesmo me pediu para fazer isso, depois que seu elmo foi roubado por Luke, Hades queria ver se a segurança do submundo era realmente tão inútil assim, ao ponto de outro semideus invadir seus domínios e roubar novamente seu elmo.

Bom... Agora que ele foi roubado pela terceira vez, acho que Hades pode pedir música no fantástico por causa disso.

Ai... Ai... Ai... Um dia esse sarcasmo meu, vai ser o motivo da minha morte precoce. Acho que podem começar a me chamarem de Simba, porque eu literalmente rio na cara do perigo.

Mas nesse momento, nada consegue tirar da minha cabeça que tudo está conectado. O roubo do elmo de Hades, o ataque dos ciclopes contra meus irmãos e Barba Negra e sua revolta. Não pode ter sido uma coincidência, até porque César disse que um dos ciclopes disse que tinha sido mandando por uma tal de Alison para captura-los. Meu sangue começa a ferver só com a suposição de essa Alison, seja a mesma Alison Miller que matei. Os filhos de Hades que vimos na ponte, eles poderiam ser os responsáveis por roubar o elmo de seu pai.

Barba Negra estava se rebelando contra os Deuses e de alguma forma doentia precisava de mim e de meus irmãos para isso, mas porquê?

Tinha alguma coisa que eu estava deixando passar... Alguma coisa que não estava enxergando... E isso estava me deixando louca. Eu era uma das estrategistas na corte das Amazonas, minha função sempre foi ler claramente as intenções e os próximos movimentos de inimigos, mas porque infernos não estou conseguindo encontrar uma conexão? Tem que existir uma!

Meu raciocínio é rapidamente interrompido por um cheiro horrível e podre de decomposição. Eu reconhecia o cheiro porque estava habituada a isso. Tantos cadáveres que já vi e fui obrigada a enterrar em Temiscira. Quando se é alguém iniciante na corte, elas te obrigam a enterrar os cadáveres como se fosse um rito de passagem para os novatos como o cuecão é no colegial. Elas fazem isso para que você se acostume logo com a morte, pois ela fará parte da sua vida.

Puxo levemente a clina de pé de pano e meu cavalo para.

— Octavia, o que foi? — Will pergunta no momento em que me vê parar e descer do cavalo.

— Tem algo errado. — Digo simplesmente dando as costas ao loiro e saindo andando sendo guiada pelo cheiro.

— Argh! Que cheiro horrível é esse? — Hazel questiona visivelmente incomodada.

— São cadáveres. — Digo simplesmente, arrancando uma expressão surpresa da filha de Pluto. — Em decomposição, possivelmente.

Continuo caminhando e sendo guiada pelo cheiro até que sou levada a um fosso possivelmente cavado por alguém e vejo muitos cadáveres ali, um amontoado sob o outro. As moscas zumbiam sem parar ali, assim como as larvas faziam a festa ao comerem lentamente a carne podre dos cadáveres. A cena me fez sentir por um momento em The Walking Dead e meu estomago embrulhou por um momento, me fazendo tossir sem parar e controlar minha ânsia de vomito pelo forte cheiro podre. A pior parte era que muitos cadáveres estavam usando uniforme do Acampamento Júpiter ou do Acampamento Meio-Sangue.

Naquele fosso deveria ter mais ou menos dez semideuses.

E a outra parte bizarra era que nas árvores próximas, muitos cadáveres estavam pendurados com cordas amarradas fortemente em seus pescoços, como se fossem enfeites. Suas expressões mortas eram de puro horror e medo. Existiam três semideuses pendurados ali e mais quatro com as cabeças decapitadas e fixas em estacas próximas da árvore com os enforcados.

Aquele lugar era um cemitério. Dezessete semideuses foram mortos brutalmente e miseravelmente sem misericórdia ou foram feitos os ritos fúnebres greco-romanos necessários para que a alma de cada um deles fossem em paz para entrar no submundo. Sem isso, as almas de cada um deles ficariam vagando pela terra como fantasmas amaldiçoados, sendo completamente atormentados e sem possibilidade de descansar em paz.

Isso era desumano. Mesmo que a pessoa fosse uma maldita como Alison, todos mereciam ter os ritos fúnebres, pois se não tivessem isso seria crueldade demais, até para mim.

— Gente? — Chamei os três. — Acho que encontrei os semideuses que estavam desaparecidos. E vocês não vão gostar...





***





— Me ajudem a descer um desses cadáveres. — Digo no topo da árvore.

— Octavia porque você quer estudar um desses cadáveres? — Frank pergunta no chão, enquanto Hazel e Will me encaram como se eu fosse louca por isso.

Bom talvez eu fosse mesmo.

— Informações, irmãozinho tolo. Informações. — Digo retirando a adaga do meu bolso e começando a cortar uma das cordas que sustentava um cadáver feminino, de quem eu não fazia a menor ideia quem fosse. Mas sabia que era uma romana do Acampamento Júpiter. — Ela deve estar morta a um tempo, então pelos Deuses, tratam de segurá-la ou caso contrario o cadáver vai se desfazer em mil pedaços quando chegar ao chão.

— Você está brincando! — Will rosna.

— Nunca falei tão sério em toda minha vida. — Respondo dando de ombros. — Agora parem de serem bebês chorões e abracem o cadáver quando cair. Ou eu juro pelos Deuses que vou jogar vocês dentro daquele fosso junto com os outros cadáveres, vermes, larvas e mosquitos!

— Só eu que estou achando isso tudo muito mórbido? — Hazel diz cruzando os braços.

— Disse a garota que antes estava morta e foi ressuscitada magicamente. — Reviro os olhos. — Você é praticamente um cadáver vivo, Levesque, então não reclame.

A filha de Pluto arregala os olhos castanhos, surpresa.

— Como você...

— Pode não parecer, mas Reyna gosta de fofocar bastante. Principalmente quando a embebedo de propósito com a minha santa caipirinha brasileira. — Digo quase terminando de cortar a corda. — O cadáver vai cair em... Três... Dois... Um! — Após dizer isso a corda é finalmente cortada e o cadáver cai, mas felizmente, Will, Hazel e até o pobre coitado de Frank conseguem segurá-lo com firmeza.

— Argh! — Eles reclamam juntos sobre o quão fedorento é o cadáver em decomposição.

— Ah... Não façam essa cara. Tem gente que gosta de transar com cadáveres. — Digo me preparando para descer da árvore. Ouço eles fazerem cara de nojo e emitirem sons enojados pelo o que disse, eu também faço o mesmo.

Aterrisso no solo com um pulo.

Sinto um olhar penetrante em minhas costas e o pior de tudo, eu parecia conhecer o olhar. Sem pensar duas vezes, ainda com minha adaga na mão, a atiro fortemente para trás e na direção em que sentia estar sendo observada. Um grasnar familiar é ouvido bem alto, tanto por mim quanto pelos outros. E do alto da copa da árvore que tinha acabado de descer um grande abrute alça voo o mais rápido possível para bem longe da li.

Mordo o interior da minha bochecha com força, completamente descontente e irritada por Ares estar nos observando através de seu animal sagrado, como se fosse a porra de um espião. Não sabia quais eram suas intenções, mesmo que ele oferecesse ajuda — algo que duvidaria muito — eu e meu orgulho não aceitaria. Na verdade seria capaz de enfiar um soco no rosto dele.

Como eu o odeio. Sinto a raiva me correr por dentro e me aquecer rapidamente. Causando uma agitação e ansiedade dentro de mim.

Não sei se Frank, Hazel e Will tinham visto o que tinha acontecido, mas se tivessem visto, eu realmente não me importava ou tampouco ligava para isso.

Will e Hazel deitaram o corpo da garota morta na grama e fui até eles. Quando me aproximei do cadáver tentei ao máximo ignorar o cheiro forte e tentar controlar meu estomago para que não vomitasse bem ali.

Me abaixei próxima a ele, o olhando atentamente. Como uma águia que olha e encara sua presa antes de atacar. Eu tinha estudado bastante e era tão inteligente quanto um filho de Atena, então era fácil para mim, ver as coisas que geralmente não eram vistas com facilidade. Ou passavam despercebidas por muitos.

Dediquei basicamente minha vida estudando a sabedoria e também a loucura e a insensatez. Eu sabia que era tão inútil quanto escrever sob a água. Mas, onde há sabedoria há tristeza. Porém descobrir também da pior maneira, que quem aumenta seu conhecimento, consequentemente, aumenta sua dor.

Por mais que ainda não conseguisse entender qual era minha conexão e de meus irmãos com Barba Negra, além do fato de sermos meio irmãos, ainda mantinha um olhar atento para as coisas simples e preciosas.

— Ela não morreu enforcada. — Digo já conseguindo destacar isso.

— Como você sabe? — Will pergunta de pé atrás de mim.

— Olhe as marcas nos pulsos. — Falo segurando o pulso esquerdo da garota, minha pele se arrepia por um momento graças ao gelo do corpo do cadáver. Ignoro isso e tento me concentrar ao máximo no que estou fazendo. Como se fosse uma investigadora de um crime de um seriado de TV como CSI. — Eles foram amarrados fortemente. — Passo o polegar pela linha vermelha da marca no pulso. — E as marcas de dedos no pescoço pálido, só provam que ela foi estrangulada. A falta de uma das unhas e os resquícios de sangue embaixo das unhas provam que ela tentou lutar contra seu assassino. — Suspiro. — Meus instintos estão praticamente gritando o nome do responsável.

— Quem? — Frank perguntou.

— Jacob Lewis. — Digo mordendo o lábio inferior com força. — Eu conheço bem socipatas quando vejo um, porque também sou uma. A forma como ele sorri é de alguém que literalmente sente prazer em matar e provocar dor propositalmente em alguém. Ele é tão doente quanto Jessie era. — O nome sai pelos meus lábios num tom claro de desprezo.

— Acha que ela... Todos esses semideuses mortos participaram desse jogo doentio de caçada do Barba Negra? — Hazel pergunta temerosa.

— Não tenho duvidas quanto a isso. — Digo com uma sinceridade que parece assustar Hazel. — Mas uma coisa é certeza: não vamos ter o mesmo fim deles. — Falo com segurança.

— Como pode ter certeza?  — A filha de Pluto questiona novamente.

Dou um sorriso convencido.

— Digamos que eu tenho um longo histórico de enganar com facilidade a morte... — Continuo sorrindo. — E vocês estão comigo. Quer guarda-costas melhor do que eu? — Ouso brincar um pouco para aliviar o clima.

Os três dão sorrisos aliviados pela minha súbita brincadeira, o que realmente alivia o clima e tensão sobre nós.

Frank olha atentamente para o cadáver da garota desconhecida. Seu semblante é sério, ao mesmo tempo em que demonstra uma súbita compaixão e empatia.

— Talvez deveríamos fazer os ritos fúnebres para todos eles. — Ele diz tristemente olhando fixamente para as cabeças fixadas em estacas longas de madeira próximas a cada um de nós.

Engulo o seco e respiro fundo.

— Por mais que isso seja nobre da sua parte, Frank, não seria uma boa ideia. — O respondo. — Fazer piras funerárias e acende-las chamariam atenção para onde nós estamos e certamente teríamos que lidar com mais dores de cabeça.

O asiático olha para baixo.

— Entendo... — Murmura.

— Mas isso é muito cruel... — Will diz.

Me viro para o loiro.

— A vida é cruel, Andrew. E quanto mais cedo aceitar isso...

— Melhor as coisas ficaram? — Ele tenta, mas dou um sorriso triste e nego com a cabeça.

— Mais difícil as coisas ficaram. Não é algo fácil, mas com o tempo você só se acostuma com isso...

Isso era a mesma coisa com demônios internos para mim. Você simplesmente não luta ou mata eles, isso é pura fantasia e ilusão tosca, eles infelizmente são parte de você e quando percebe que é impossível expulsá-los ou derrota-los, você só... Se acostuma e aprende conviver com eles. É como uma bactéria ou um vírus.

A mesma coisa funcionava para as questões da vida. Com o tempo você está tão acostumado as injustiças e as crueldades que já se tornou indiferente perante à elas e quando menos se espera, você está tão corrompido que está sendo tão cruel quanto a vida foi com você.

"Não deixe que as coisas ruins lhe corrompam". Era o que minha mãe sempre dizia para mim, mas infelizmente não conseguir cumprir esse fato que ela me disse. Ou só fui uma péssima aluna de seus sábios conselhos. É difícil não mudar completamente quando se passa pelas coisas que passei.

A corrupção é como o câncer. Ela se espalha rápido sem que você possa impedir ou tratar. Se você mexe com o tumor, mas trata a causa, só que desta vez ganha. Você aprende que realmente não pode fazer alterações sem uma intervenção completa, abrangente e sistemática. E são essas alterações que mudam você. Corrompe e contamina cada pedacinho da sua vida, alma e corpo. E quando se dá conta do que realmente está acontecendo. Já é tarde demais.

No final, você sempre encontra o inferno, que você mesmo forjou e não há como escapar disso. Consequências são consequências.

A vida não é bela. Ela é complicada. Viver dói. Porra, como dói. É como se você sempre estivesse descalça andando sob cacos de vidro, não importa o quanto a sola de seus pés esteja machucada ou sangrando, você sempre é obrigado a continuar andando. Mesmo que doa, você sempre, sempre tem que seguir em frente. E isso, é uma merda.

Olho para a garota morta diante de mim. Ela parecia ter minha idade. Tão jovem... Mas esse é o preço que todo semideus paga. Morrer jovem. Eu deveria estar acostumada com isso, mas não estou. Na verdade, pela primeira vez após a morte da minha mãe, estou realmente sentindo medo. Não por mim, mas sim, pelos meus irmãos. Já perdi muitas coisas, acho que jamais suportaria perder um deles.

Os olhos frios e sem vida da garota morta me encaram. Como se fossem capazes de verem através da minha alma obscura e suja. Isso me deixa atormentada o suficiente para imaginar um dos meus irmãos mortos diante de mim. Por isso, tento fazer algo sensato e uso meus dedos para puxarem as pálpebras dela para baixo, na tentativa de fechar seus olhos e parar com os meus tormentos.

Sou completamente tirada dos meus pensamentos quando meu olhar afiado se fixa em uma marca atrás do pescoço da garota. A principio penso que poderia ser o desenho do símbolo planetário de Urano, o mesmo símbolo maldito que surgiu atrás do meu pescoço e de meus irmãos no momento em que assassinaram nossa mãe. Mas minha hipótese é rapidamente descartada quando puxo os fios loiros da garota para o lado, e inclino seu corpo para o lado, para que assim possa ver claramente o desenho da tatuagem.

Hazel, Frank e Will estranham meu repentino movimento, mas não falam absolutamente nada, os três se mantem calados e observam atentamente cada gesto meu.

Meus olhos se arregalam em surpresa e perco o ar dos pulmões quando vejo e reconheço o símbolo.

— Não pode ser! — Digo completamente alarmada ao ver o desenho da cabeça de medusa com seu cabelo de serpentes agitados e espalhados por todo lado, enquanto um circulo fechava o desenho. — Medusa... — Minha respiração começa a acelerar.

Qual seria a chance daquilo ser exatamente o que eu estava pensando?

Não. Não pode ser.

— Octavia, o que foi? — Will pergunta preocupado, se ajoelhando ficando ao meu lado. — Você está pálida!

Não consigo dizer nada apenas engolir o seco.

— Porque ela ficou assim depois de ver essa tatuagem da medusa? — Hazel pergunta.

— Porque não é só uma tatuagem. É um símbolo. — A respondo ainda inerte em meus pensamentos internos.

John Rech... O nome vem automaticamente na minha cabeça junto com as lembranças das anotações dele em seus diários nazistas.

— Símbolo? — É a vez de Frank perguntar.

E eu apenas balanço a cabeça afirmando.

— O que vocês sabem sobre a Segunda Guerra Mundial? A verdadeira guerra, não a que ensinam nas escolas.

— Não muito. Apenas que depois dela os três grandes fizeram o juramento pelo Estige sobre não ter mais filhos. — Will diz, Frank e Hazel assentem afirmando.

Dou uma risada debochada, incontrolável.

— Se as coisas fossem tão simples e claras assim... — Murmuro.

— Tem algo que devemos saber? — Will pergunta novamente.

O encaro seriamente.

— Não só vocês, mas como todos os outros semideuses. Todos deveriam saber a verdade sobre a Segunda Guerra Mundial. — Bufo, tentando manter o controle. — Em 1939 existiu um filho de Marte, que era um cientista. Obcecado em unir o misticismo greco-romano e a ciência, ele se chamava John Rech. O mundo naquela época se dividiu completamente, de um lado ficaram os filhos de Poseidon e os filhos de Zeus com seus aliados de um lado e os Filhos de Hades com seus aliados de outro lado.

"Os semideuses naquela época se dividiram. Alguns meios sangue apoiaram Poseidon e Zeus, e outros apoiaram Hades. Os filhos de Ares se dividiram completamente, alguns estavam de um lado e outros de outro. Era uma verdadeira bagunça. Hitler era um filho de Ares e neto de Hades, ele fez uma aliança com Mussolini que era filho de Hades. Na época a maioria dos filhos de Hades se concentravam na Alemanha e Itália, então os dois pensaram que seria uma aliança forte e sólida entre o nazismo e o fascismo."

"A verdade era que a guerra ia muito além de questões humanas e politicas. Os nazistas queriam mais. Eles queriam estabelecer uma nova ordem mundial e até mesmo divina. Por incrível que parecesse, eles não queriam transformar o mundo em nazistas, não era tão simples. Eles queriam uma guerra para acabar com todas as guerras e o caos fosse instaurado em todo mundo, inclusive no mundo que se escondia por detrás da névoa. Eles queriam derrubar os Deuses e fazer com que seus filhos assumissem seus lugares ou se tornassem seus hospedeiros. Os Deuses seriam controlados e aprisionados por seus filhos. Criando uma nova ascensão e um novo regime."

" As HQ da Marvel sobre o Capitão América eram quase que uma cópia do que estava para acontecer de verdade. A ideia de criar soldados geneticamente modificados era realidade. Os Estados Unidos quando entraram na guerra, tentaram fazer isso com testes em cobaias humanas. Mas infelizmente nunca deram certo. Uma organização nazista foi criada, ela se chamava Medusa e era dirigida por John Rech, o objetivo era claro e simplório: criar uma nova geração de semideuses geneticamente modificados."

"Além dos campos de concentração de judeus, na Alemanha existiam um segundo campo de concentração. Um campo exclusivo para semideuses do lado inimigo que eram capturados e trazidos para ali, com o objetivo de serem cobaias dos testes de Rech. John de alguma forma havia conseguido estudar cada uma das habilidades dos semideuses profundamente e tentou desenvolver novas habilidades em cada um deles. A metalocinese e a manipulação de metal através do sangue nos filhos de Ares eram um bom exemplo disso."

" Muitos semideuses morrem em seus testes sádicos e insanos. De alguma forma, Rech estava trabalhando em um soro. Um soro que unia as duas coisas que ele era obcecado e era capaz de transformar os semideuses em super soldados. Eles eram mais fortes, mais rápidos e conseguiam se regenerar mais rápido do que qualquer outra coisa. Sem mencionar nas novas habilidades que ganhavam. Mas a formula do soro era instável, então poucas semanas após receber o soro, muitos semideuses morriam."

"A frustração e a loucura levaram a John Rech cometer suicídio no instante em que os alemãos estavam perdendo a guerra junto com a Itália. Mas Rech antes de tirar a própria vida, encontrou um jeito de espalhar seus diários com suas anotações pelo mundo. Na tentativa de manter vivo seus ideias e legado, mas também na tentativa que um dia alguém pudesse recriar seu soro e o tornar estável."

— Essa garota tem a marca da medusa em seu pescoço. Isso não pode ser coincidência. — Digo ao terminar de contar a verdadeira história e percebo que todos estão me encarando preocupados, como se eu estivesse ficando louca, ou formulando uma teoria conspiratória estupida qualquer.

— Você não pode estar...

— O que, Andrew? Falando sério? Pois estou. — Falo tentando me manter calma, mas isso não funciona. — Acho que de alguma forma, Barba Negra conseguiu encontrar um dos diários de Rech com a formula do soro e conseguiu reproduzi-la com sucesso. — Sinto minha cabeça doer pelos diversos pensamentos que estou tendo ao mesmo tempo. Céus. Era muita coisa. — Alison não era normal. Ela sempre falava sobre evolução durante nossa luta, sem mencionar que magicamente ela se curava rápido e ainda sangrava ichor dourado! Como se fosse a porra de uma Deusa!

— Octavia... — Hazel começa, mas não a deixo terminar porque sei o que vai dizer. Está estampado na cara dela e dos outros: que estou louca.

— Puta que pariu! — Grito, furiosa e empurro Will para longe, antes de me levantar e ir até os cavalos.

Se eles não queriam acreditar em mim, que vão todos para o Tártaro, eu não me importo. Eu sei que não estou louca. Eu sei que minha teoria está certa. Mas se eles não querem acreditar em mim, que morram todos. Pois é isso que vai acontecer.

Afinal os loucos sempre estão certos no final.





***





Eu estava com dez anos e ainda estava no Acampamento Meio Sangue. Percy ainda não tinha chegado ao Acampamento, então poderia dizer com clareza que minha vida era um verdadeiro paraíso. Naquele momento eu estava com Silena Beauregard, sentada na escada de frente o chalé de Afrodite, enquanto ela fazia uma trança no meu cabelo.

Na época eu não tinha rivalidade contra Afrodite ou tampouco implicância com suas filhas. Silena era minha amiga.

— Seu cabelo é muito bonito, Tavy! — Silena diz enquanto continua o trançando.

— Obrigada.

— Às vezes eu me pergunto por que não somos irmãs. Você não se parece muito com uma filha de Ares e sim com uma de Afrodite.

— É o que todos dizem. — Dou uma risada fraca. — Mas minha mãe é a melhor mãe do mundo, então não a trocaria por nada.

Silena dá uma risada.

— É claro que não. — Seus dedos delicados penteiam meus fios, desembaraçando qualquer nó que possa existir nele. — Você vai hoje, certo? Vamos jogar desafio ou desafio no chalé de Apolo.

— É claro que vou.

Afinal aquela era a esperança de todos com objetivo de perder o BV e aproveitar que Quíron estava fazendo um atendimento domiciliar ao ser professor de latim de uma escola qualquer em Nova York e Grover estava com ele para trazer mais um semideus para o Acampamento. Sr. D tinha saído urgentemente para ir numa reunião importante com os compradores de morango do Acampamento, o que significava que estávamos sozinhos e sem a supervisão de um responsável ou adulto.

Se é que podemos chamar o baixinho do treinador Hedge, que estava mais preocupado em assistir seus jogos do que supervisionar os campistas que decidiram passar o ano no Acampamento. Era por esse motivo que o Acampamento estava tão vazio, quieto e silencioso, ultimamente, não estávamos no verão ainda. Todos os que decidiram ficar desde o último verão, estavam passando um ano inteiro aqui.

Minha mãe não gostou muito da minha decisão, ela queria que eu conhecesse minha irmãozinha que tinha acabado de nascer, Liv, mas ela respeitou minha decisão fazendo uma exigência: que sempre que ela pudesse ela viria me visitar e me obrigava a sempre, todos os dias fazer uma chamada de vídeo com ela com o celular que ela tinha me dado exclusivamente para isso.

A maioria que decidiu ficar nesse ano, tinha minha idade. Will, Lee, Peter e Michael do chalé de Apolo. Silena e a insuportável da Drew do chalé de Afrodite. Malcom e Annabeth do chalé de Atena. Castor e Póllux do chalé de Dionísio. Luke, Chris, Travis e Connor do chalé de Hermes. Charles e uma outra irmã dele que desconhecia o nome, do chalé de Hefesto. Katie e Miranda do chalé de Deméter. E por fim, Clarisse, Sean, DK, Yancy, Robert, Lisa, Frederick, Sherman e eu do chalé de Ares.

Como éramos praticamente as únicas crianças ficamos bem próximos, construímos uma amizade forte. Éramos, conhecido como a turma do terror, pelo treinador Hedge, que sempre ficava de cabelos em pé quando nós viam juntos. Na verdade poderia jurar que alguns fios grisalhos apareciam também. Acho que também me desesperaria se vinte e quatro crianças se unissem para começarem um motim ou uma revolta aproveitando que o Acampamento estava vazio.

Naquele ano, todos perceberam o quão triste eu tinha ficado por perder as festividades de São João que aconteciam entre Junho e Julho, e todos no grupo decidiram fazer uma festa junina no Acampamento para me alegrarem. Até mesmo o ensinei como dançava quadrilha e também ensinei fazer as típicas comidas da festa. Ok podemos ter vandalizado um pouquinho a cozinha do Acampamento e por pouco não a explodido, porque Travis deixou o gás do fogão vazar, mas tudo ocorreu bem.

Silena e Drew, juntamente com o meu chalé ficaram responsáveis pela decoração. Que havia ficado tão bonita e tão fiel a do Brasil, que instantaneamente comecei a me sentir em casa. Como havia mais garotos do que garotas para dançar a quadrilha, Connor, Sean, Peter e Castor tiveram que se vestirem de mulheres, o que causou uma certa comoção de risadas escandalosas por nossa parte.

Consegui arrumar os vestidos de quadrilha e os famosos chapéus de palha numa loja brasileira que tinha no Brooklyn que consegui fazer com que entregasse no Acampamento. O treinador Hedge viu o que estávamos aprontando, mas não se opôs ou foi contra, se não estivéssemos incendiando o Acampamento acho que estava tudo bem para ele.

Eu fiquei muito feliz e ainda fui a "noiva" na nossa versão da quadrilha grega e Will foi o meu "marido". Foi até divertido ver todos usando as roupas que roubaram do Will, visto que ele tinha uma coleção gigante de camisas xadrez, já que o loiro era do Texas e usando os rímel e os lápis de olho da Silena e da Drew para podem fazer bigodes e barbas falsas em cada um de seus rostos de criança. Obviamente deixei de ficar triste naquele momento.

Naquele dia, em frente a fogueira no centro dos chalés, todos nós prometemos uns aos outros que mesmo se brigássemos, continuaríamos sendo uma segunda família, um para os outros.

Minhas lembranças são interrompidas quando vejo Annabeth correr na minha direção com os olhos arregalados e visivelmente agitada.

— Tavy! — Ela gritou tentando recuperar o fôlego pedido durante a corrida. — Will e o Lee estão brigando!

Me levanto rapidamente.

— De novo?! — Silena questiona. — Eles sempre estão brigando pela Tavy!

Minhas bochechas ardem.

— Isso não é verdade! — Respondo batendo o pé com força no chão.

Meu constrangimento diverte Silena.

— Os dois gostam de você. Sou uma filha de Afrodite, sei dessas coisas.

— Você está dizendo besteiras, Silena. — Digo antes de me virar para Annie. — Vamos!

Nós duas saímos correndo até a briga que estava acontecendo próximo ao chalé de Hera. Todos meus irmãos estavam lá, mas ao invés de separar eles, meus irmãos estavam gritando e incentivando ainda mais a briga. Até Clarisse estava fazendo apostas sobre quem ganharia a briga. Os fuzilei com o olhar, antes de ir até Lee e Will que praticamente estavam rolando na terra, enquanto brigavam.

— Parem! — Gritei, fazendo menção de ir até eles para separá-los.

Mas por pura sorte, Fred e Peter apareceram depois de praticarem canoagem, largaram rapidamente seus remos e correram para separar os irmãos mais novos de Peter. Lee estava com o nariz sangrando e foi levado pelo mais velho até a casa dos doentes. Will estava com o rosto machucado, pedi para Lisa trazer minha caixa de primeiros socorros e minha irmão trouxe para mim e puxando o Solace violentamente pela orelha, o que arrancou gargalhadas dos meus irmãos, e resmungos de dor do loiro.

Só parei de puxar Will pela orelha quando chegamos no cais do lago de canoagem. O olhei com raiva, colocando minhas mãos na cintura, como se eu pudesse fazer a melhor cara assustadora que a tia Naomi faz e assusta o loiro.

— Você quase arrancou minha orelha! — Will reclama massageando a orelha que foi puxada por mim.

— E você quebrou o nariz do Lee! — Retruco cruzando os braços.

— Ele mereceu! — O loiro responde olhando para o outro lado, como uma verdadeira criança birrenta.

Nem meus irmãos são assim.

— Senta! — Ordeno mandona colocando ambas as mãos nos ombros de Will, o obrigando a se sentar na madeira cais.

O filho de Apolo se senta ainda contrariado e cruza os braços.

Ajeito minha saia cor de rosa, junto com a minha tiara de pérolas, antes de me sentar de frente e próxima a Will. Abro minha maleta de primeiro socorros e já procuro o álcool e o algodão, quando vou passar o algodão molhado por álcool nos arranhões de Will, ele grita pela ardência.

— Isso dói, Lucrécia! — Reclama.

— Eu sei. — Digo novamente pressionando o algodão novamente contra a ferida. Will grita de novo e se afasta.

— Você está fazendo de propósito!

— Claro que estou. — Sorrio sadicamente.

— Você é uma péssima enfermeira.

— E você é um bebê chorão. — Mostro língua para ele. Em resposta, Will também me mostra a dele. — Porque brigou com o Lee dessa vez?

O Solace faz uma careta.

— Connor, Travis, Lee, os gêmeos e Michael apostaram quem tiraria seu BV hoje no desafio ou desafio. Lee começou a cantarolar na minha cabeça dizendo que você seria a namorada dele e o respondi dizendo que só nos sonhos dele, idiota. Ele me chamou de garoto espinha. Eu o insultei de novo e no fim estávamos rolando no chão.

— Brigar não faz seu estilo. — Digo. — Na verdade faz mais o estilo dos meus irmãos.

— Eu não tenho sangue de barata, Lucrécia. Ou tampouco sou um fracote como seus irmãos dizem pelas minhas costas.

— Eu sei disso. — Confesso num suspiro. — E também sei da aposta.

Will ficou surpreso.

— Sabe?

— Sim! Drew fez questão de esfregar isso na minha cara ontem. Acho que ela ficou com inveja porque ninguém quer tirar o BV dela. — Nós dois rimos. — Mas se serve de consolo, hoje no desafio ou desafio só gostaria de ser beijada por uma de duas pessoas que gosto.

Ele parece incomodado.

— Quem?

— A Annabeth... — Começo, e Will fica cabisbaixo. — Ou por você.

O Solace fica surpreso e suas bochechas coram.

— Você gosta de mim?

Dou uma risada.

— Gosto. — Admito. — Me promete uma coisa, Andrew?

— Qualquer coisa.

— Quando crescermos e saímos em missões perigosas... Ou quando um de nós estiver em perigo, vamos prometer que um de nós sempre virá e salvará o outro.

— Eu juro pelo Estige. — Ele diz estendo o dedo mindinho na minha direção. Eu sorrio e faço o mesmo até que nossos mindinhos se envolvem e selam nosso juramento.

Me inclino rapidamente para frente e beijo os lábios de Will.





***





Voltamos a seguir nosso caminho para o litoral no mais absoluto e possível silêncio. Eu não estava afim de falar com ninguém e minha cara ameaçadora deixa isso implícito. Estávamos galopando rapidamente, para chegarmos o mais rápido possível ao litoral e sair desse lugar. Porque se Barba Negra tivesse feito o que realmente eu estava pensando, estaríamos em maus lençóis se ele nos matasse ou nos capturassem.

Acho que o soro foi o que ele quis dizer em sua carta que entregou quando fugimos da prisão. "Receberam um poder imensurável". Essas eram suas palavras. E nada me tirava da cabeça que o soro tinha haver com isso.

Não importava se meus companheiros achassem que eu estava errada e louca. Meus instintos gritavam que eu estava certa e o mais importante: eu sentia que estava certa.

Meus músculos estavam todos tensos e meu maxilar estava trincando.

Eu estava mais do que ansiosa para sair desse lugar. Porque algo me dizia que se não fizesse isso o mais rápido possível, eu nunca mais veria meus irmãos. Céus! Eles estavam vindo para cá, atrás de mim! Esses idiotas não faziam a menor ideia do que estavam os esperando!

Antes que pudesse revidar ou evitar. Uma chuva de flechas surge do nada, mas elas não nos acertam, na verdade elas acertam apenas nossos cavalos que relincham uma ultima vez antes de caírem mortos no chão, algo que nos fazem cair com força contra o chão também.

Tento me erguer para tentar compreender o que está acontecendo realmente, mas vejo um par de botas de pé parar diante de mim. Ouso erguer meu olhar, que se assusta quando reconheço os fios loiros, a pele clara e a cicatriz grande que ele ainda possuía no lado direito do rosto. Ele estava do mesmo jeito que costumava me lembrar do Acampamento, a forma como ele roubava os marshmallow dos outros campistas para que Travis, Connor e eu pudéssemos comer s'more escondidos atrás do chalé 11.

Aquele era mesmo ele! Como isso era possível?

Luke? — Meus lábios tremem.

O loiro sorri para mim da mesma forma que me lembrava.

— Olá, Tavy. — Ele diz e antes que perceba, Luke acerta fortemente a coronha do seu rifle violentamente contra meu rosto e o impacto é o suficiente para me fazer cair e apagar completamente.





***





Emiti um som dolorido ao sentir minha cabeça doer fortemente. E sentia algo arder no topo da minha cabeça e algo molhado sair escorrendo pela minha bochecha esquerda, até o meu pescoço. Aperto com força meus olhos, antes abri-los lentamente, a claridade forte me cegou por um momento, mas a medida que fui piscando rapidamente, minha visão se acostumou com a luz e se tornou nítida.

Instintivamente toquei o lugar que estava ardendo, senti um pouco de dor e quando toquei a ferida, vi o sangue vermelho na ponta dos meus dedos e então as lembranças do que tinha acontecido começaram a surgir na minha mente. Graças a isso me levantei assustada, me sentando rapidamente. Meu primeiro pensamento foi em Will, Frank e Hazel, mas para meu alivio eles estavam ao meu lado e pareciam bem.

— O que... — Comecei, mas fui interrompida.

— Ora, parece que a bela adormecida acordou. — Eu congelei quando ouvi essa voz. Não. Não. Não pode ser. Ele está morto. Ele morreu na batalha do Labirinto, Octavia. Você chorou pela morte dele.

— Frederick?! — O ar se esvazia completamente dos meus pulmões ao ver meu irmão que deveria estar morto, vivo na minha frente.

— E Peter, não se esqueça, bonitinha. — O loiro surge por detrás de Fred o abraçando com força.

Primeiro Luke, agora isso... Como...?

Fred estava um pouco diferente do que me lembrava. Tinha uma cicatriz gigante na diagonal no seu rosto. Ele tinha deixado a barba escura crescer e seu cabelo cacheado continuava o mesmo. A pele morena ainda continuava marcada por várias tatuagens e os olhos verdes continuavam tão intensos quando da última vez que os vi. Peter continuava o mesmo. Alto, forte, loiro, com os olhos azuis e bronzeado. Ele não tinha mudado nada ao contrario do namorado.

Minha respiração começou a ficar ofegante. Eu estava a beira de outro ataque de pânico.

Meu olhar rapidamente vagou por todas as direções, vendo que todos não só estavam altamente armados, com espadas, lanças, escudos e rifles de caça, como também todos os rostos eram familiares.

— Silena? — Meus olhos rapidamente começam a se encherem de lágrimas ao rever minha antiga amiga. Queria correr até ela e abraça-la fortemente e dizer o quanto senti sua falta. Mas meus instintos gritaram para não fazer isso.

— Faz um longo tempo, Tavy... — Ela sorri docemente, como sempre fez, antes de colocar uma mecha de seu cabelo negro agora curto, atrás da orelha. Seus olhos multicoloridos continuavam brilhando como sempre, e sempre estavam mudando de cor.

— Gostaríamos que esse reencontro fosse de outra forma... — Charles aparece e meu coração acelera.

Aquilo não poderia ser real.

— Eu sabia... Eu morri... Eu tô morta... É a única explicação. — Digo as primeiras coisas que aparecem na minha mente.

Ouço uma risada.

— Você não morreu, Tavy. — Me viro vendo Luke com as costas apoiadas no tronco de uma árvore grande, ele estava analisando uma adaga de ouro imperial. — Mas não foi por tentar bastante. — Ele sorri.

Isso me fez fazer com que minhas mãos fossem até minhas costas, a procura do meu arco e da minha aljava. Eu estava sem eles. Meu olhar rapidamente foi em direção a Will, Frank e Hazel. Eles também estavam desarmados e tão vulneráveis quanto eu. De alguma forma, Will estava cabisbaixo, calado e tão branco quanto um papel. Eu queria saber o porque ele estava assim, mas algo me dizia que logo saberia. Por isso não fiz nada.

A raiva toma conta de mim por um momento, quando encaro Luke.

— Você me apagou! — Grito, furiosa e me sentindo um pouco traída, afinal éramos amigos e muito próximos no Acampamento.

— Ele não fez porque quis. Fomos obrigados. — Alguém parte em defesa de Luke.

Me viro rapidamente para ver quem era. E quando vejo o trio, é como se um forte soco tivesse acertado meu estomago, quando reconheço seus rostos.

— Lee? Castor? Michael? — Meus lábios tremem.

Michael dá um sorriso para mim.

— Você mudou, Tavy. — Ele diz me observando atentamente com seus olhos.

Os três continuavam os mesmos pelo que me lembrava. Michael tinha o cabelo loiro escuro, quase castanho, seus olhos eram dourados e assim como Will tinha um físico invejável e era bastante alto. Com Lee era a mesma coisa, apesar dele estar usando fones de ouvido, Lee tinha o cabelo loiro ondulado, olhos âmbar e tinha o mesmo físico de Will. Ambos eram bronzeados naturalmente. Castor também era outro que continuava com a mesma aparência de quando éramos mais jovens, cabelo loiro encaracolado, olhos violetas intensos e ainda era magricela, com braços finos e pernas também.

Agora entendi porque Will estava calado, pálido e com a cabeça baixa. Acho que rever seus três irmãos que deveriam estar mortos, foi bastante chocante para ele. Não o culpo está sendo um choque para mim também, ver todos que eram meus amigos que estavam mortos na guerra contra Cronos, agora estavam vivos diante de mim.

Meus músculos estavam todos tensos e meus instintos gritavam para que não me deixasse levar por sentimentos nostálgicos e me mantivesse racional e firme. Hazel, Frank, Wil e eu estávamos sentados no centro e éramos rodeados por todos eles. Não estávamos amarrados ou presos, mas algo me dizia que ainda sim éramos na verdade prisioneiros deles. Só constar isso foi o suficiente para a bile subir a minha garganta rapidamente.

Eu não sabia o que estava acontecendo ou como eles foram trazidos de volta a vida, mas de alguma forma sentia que definitivamente estamos lutado em lados opostos.

Olhei rapidamente ao nosso redor, tentando saber mais ou menos onde realmente estávamos, mas isso não adiantou porque não consegui saber. Sequer estávamos perto dos cadáveres dos cavalos que a chuva de flechas mataram. Isso definitivamente não era bom.

— Agora que o momento de reencontro de vocês acabaram, acho que devemos finalizar nossa missão. — Um loiro magricelo e pálido que desconhecia aparece e Frank e Hazel ficam tensos, antes de pronunciar o nome dele:

Octavian! — O casal disseram em coro.

Uma expressão sombria e ao mesmo tempo assustadora tomou conta da face de Will, quando seus olhos azuis pousaram no loiro, eu vi no olhar do Solace algo que nunca pensei que veria algum dia: ódio e raiva. Confesso que isso me assustou um pouco. Andrew era o tipo de pessoa sempre calma e pacifica, esse tipo de pessoa era geralmente as que raramente demonstravam aqueles sentimentos e quando faziam, elas ficavam assustadoras.

Will fez menção de se levantar furiosamente e ir até Octavian, mas foi rapidamente detido por Hazel e Frank que o seguraram fortemente.

— Seu maldito! — O loiro grita completamente descontrolado e furioso.

O dono da versão masculina do meu nome, não se abala ou muito menos se intimida pela reação de Will, pelo contrário. Ele dá um sorriso debochado em direção a Will, antes de dizer:

— Também é bom rever, vocês. — Debocha descaradamente, antes de seus olhos azuis repousarem em mim. — Você deve ser Octavia, Reyna falava muito de você, mas acho que ela exagerou bastante. Aparentemente você não era tudo aquilo que a filha de Roma insistia ser.

Trinco o maxilar.

— Disse o maluco que quase iniciou uma guerra civil entre os Acampamentos. — O respondo. — Chega um pouquinho mais perto de mim, que vou te mostrar como se quebra rapidamente um pescoço.

Todos ali parecem surpresos com a minha ameaça de morte a Octavian, afinal eles não me conhecem agora, eles conheciam a Octavia idiota do passado, que não era capaz de matar nenhuma mosca. Eles não me conhecem mais, mesmo que um dia já fomos amigos inseparáveis.

— Não liguem para ela. Cadela que late, não morde. — Ouço outra voz familiar dizer e meus batimentos começam acelerar juntamente com a minha raiva reprimida.  Frank, Hazel e Will ficam ainda mais chocados ao vê-la, até porque, todos nós vimos o momento em que a matei, ao enfiar minha espada no seu peito.

Quando a vejo diante dos meus olhos, inteira e sem nenhum arranhão. Cerro meus punhos violentamente, ao ponto das minhas unhas ficarem na palma da mão, na medida de machuca-la para valer.

— Alison... — Rosno furiosa, ao vê-la de pé na minha frente. Totalmente impecável ao lado de Octavian.

A loira sorri.

— Achou mesmo que se livraria tão fácil de mim, vadia?





***





Sou completamente dominada pela minha raiva quando me levanto e tento ir à direção de Alison, mas sou contida pelos braços fortes de Luke, que me seguram, me imobilizando e me impedindo de matar aquela vadia uma segunda vez. Tento me libertar do aperto, ao me contorcer violentamente como uma verdadeira selvagem. Grito diversos palavrões e xingo Luke dos piores nomes possíveis, mas o filho de Hermes continua firme ao me segurar.

— SUA MALDITA! — Grito descontrolada. — EU VOU TE MATAR DE NOVO! — Ameaço com alguns fios da minha franja sob meus olhos.

Alison olha entediada para as unhas recentemente pintadas de vermelho, antes de suspirar e me encarar fixamente.

— Ah claro que vai. — Diz. — E eu vou reviver de novo e de novo. Não pode matar algo que já está morto, Octavia.

Trinco o maxilar e mordo meu lábio inferior com tanta força, que começo a sentir o gosto de sangue na minha boca.

— Vejo que reencontraram seus amiguinhos mortos. Isso é bom para que você veja com seus próprios olhos, Stone, que Barba Negra falava sério sobre trazer sua mãe de volta a vida. Mas você foi estupida e escolheu o lado errado nessa luta.

— Como você os trouxe de volta? Como infernos você pode estar viva? Eu enfiei minha espada no seu coração, sua puta!

Alison sorri macabramente.

— É impressionante o que o soro da doutrina Rech pode fazer com os semideuses, não acha Octavia? — Arregalo os olhos. Eu sabia! — Ele pode trazer semideuses mortos de volta a vida, como também pode nós dar um imenso poder. Seus amiguinhos foram trazidos de volta a vida graças a esse poder especial que nossos filhos de Hades adquiriram e sabe qual é a melhor parte? É que eles são controlados pelos filhos de Hades, como se fossem verdadeiros fantoches, então não os culpem por serem tão malvados com vocês. — Ela força a mudança no tom de voz para transforma-la em um tom de uma criança de oito anos.

Sinto nojo de Alison. Nojo de Barba Negra e dos filhos de Hades que estão controlando meus amigos. Minha vontade é apenas matar todos eles, mas agora que sei que todos tomaram o soro de Rech, sei que isso é impossível. Pois se Alison voltou magicamente a vida depois de mata-la, sei também que é o que vai acontecer com os outros.

Droga! Como odeio estar em desvantagem! Mas odeio ainda mais esse sorrisinho irritante de Alison. Meus amigos viraram zumbis e estavam sendo manipulados contra sua vontade por aquela vaca e a trupe dela. Isso me deixa louca e com uma sede animal por sangue.

Tento mais uma vez me livrar do aperto de Luke, mas isso é em vão e diverte ainda mais Alison e Octavian. Eu quero decapitar eles e enfiar suas cabeças em seus traseiros.

— Agora... Vamos à parte interessante... — Alison começa se aproximando perigosamente de mim. — Infelizmente Barba Negra quer você viva, mas ele não disse nada sobre seus amiguinhos. — Meu olhar acompanha perigosamente Octavia que se aproxima de Hazel, Frank e Will com um revolver nas mãos. — Vamos fazer um jogo. Que tal? Você me responde com sinceridade e eu não mato seus amigos.

Balanço a cabeça.

— Eu vou te matar... — Digo novamente. — Vou me banhar no seu sangue, enquanto danço por cima do seu cadáver.

Ela me encara.

— Que original... — Alison sorri. — Mas isso não vem ao caso... Agora me responda onde está a lança de Diomedes?!

Meu coração falha uma batida.

— O quê?! — Tento me fazer de desentendida.

— A lança que Atena te deu e Hera usou para prolongar sua maldita vida e a vida de seus irmãos ao conectarem a lança. — Alison sorri. — Se ela for destruída você e todos seus irmãos morre, mas se cair em mãos erradas, o usurpador pode controlar vocês... Não era essa a regra?

Como aquela vadia sabia sobre aquilo? Nunca havia contado aquilo para ninguém! Nem mesmo para Hylla, Reyna ou Jessie. Nem mesmo meus irmãos sabiam disso. Todo esse cuidado para manter isso em segredo, para essa vaca conseguir descobrir.

— Continuo não sabendo do que você está falando... — Insisto na mentira e vejo, Octavia repousar a boca do revolver na cabeça de Will. É claro que aquele merda iria querer matar um grego primeiro ao invés de um romano. Principalmente se esse grego fosse o Solace.

Minha atenção volta para Alison no momento em que sinto a dor forte no meu couro cabeludo, quando a vadia loira puxa violentamente meu cabelo, me obrigando a tombar a cabeça para trás. Faço uma careta e rosno de dor. Isso diverte tanto Alison quanto Octavian. Vejo Fred e Peter fecharem os olhos para não ver minha dor ou minha tortura. Sinto que Luke fez o mesmo atrás de mim.

— Vou perguntar de novo, sua cadela! É melhor me responder, ou pode dar adeus a seu namoradinho. — Ela sussurra e minha vontade de mata-la novamente aumenta. — Onde está a lança de Diomedes?!

Não a respondo, pelo contrario. Eu cuspo na sua cara.

Alison fecha os olhos e tira a mão do meu cabelo, se afastando para trás. Ela limpa meu cuspe de seu rosto e encara mortalmente a mim, mas seus olhos azuis por um momento vão para Luke, atrás de mim e o filho de Hermes me solta e se afasta de mim. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, por uma segunda vez, sinto Alison socar brutalmente meu estomago. Isso me faz perder completamente o ar, abraço meu abdômen como forma de protege-lo e caio de joelhos contra o chão.

— Octavia! — Ouço, Will, Frank e Hazel me chamarem. Mas estou concentrada demais na forte dor que estou sentindo para me importar.

Faço uma careta dolorida e tento puxar o máximo de ar que consigo.

— Você me fez perder a paciência! — Alison berra. — Por isso vai ver seu namoradinho morrer diante de seus olhos! — Ela se aproxima de mim e puxa violentamente meu cabelo para trás e vira minha cabeça na direção de Will.

Mesmo sentindo completamente dores por varias partes do meu corpo, ainda ouso erguer minhas duas mãos em direção a meus lábios e com o ar que me resta emito um som de chamado de ajuda, semelhante à de um filhote de elefante da forma exata que Kwame havia me ensinado. Respiro com dificuldade e todos me olham como se não acreditasse no que tinha feito, consigo repuxar meus lábios em um sorriso de canto e olho para Alison, que parece se enfurecer ao me ver sorrindo.

— Porque está sorrindo?! — Ela grita, mas não a respondo. Meu silêncio a deixa ainda mais louca. Alison se vira para Octavian. — Está esperando o quê, imbecil? Atira logo nele! — Berra descontroladamente.

Octavian continua com a boca da arma apontada para a cabeça de Will, seu dedo está prestes a puxar o gatilho, quando ele de repente o loiro afasta o revolver do Solace ao sentir as fortes vibrações que vinham do solo. Meu sorriso aumenta quando vejo que todos estão olhando um para o outro confusos, tentando entender o motivo do solo está vibrando e tremendo ao mesmo tempo. Até mesmo Alison começa a olhar para todos os lados, buscando entender o que está acontecendo.

O som de árvores caindo e a vegetação sendo brutalmente esmagadas são ouvidos facilmente, ao mesmo tempo em que o som de gritos de elefantes também são capazes de ser ouvidos. E tão rápido quanto um raio, a manada de elefantes que Will e eu vimos ontem, aparecem diante de todos, deixando-os surpresos e ao mesmo tempo assustados. O primeiro elefante ataca batendo furiosamente sua tromba contra o rosto de Fred que é arremessado para longe. Peter grita desesperado pelo namorado e por um momento me sinto mal pelo meu irmão.

Logo não demora para a gritaria se misturar com sons dos elefantes que começam a atacar a todos violentamente. Vejo Castor e Michael serem esmagados por uma das gigantescas e pesadas patas dos elefantes. Outros como Silena e Chales são atacados por suas trombas e são arremessados para longe. Todos gritam em horror. Luke, Lee e Octavian começaram a tirar contra os elefantes, mas o som violento dos disparos só os irritam e os deixam ainda mais violentos.

Alison está tão surpresa pelo o que está acontecendo diante de seus olhos, que comete o erro de soltar meu cabelo. Eu tiro proveito da sua distração e pego impulso forte o suficiente para dar uma violenta rasteira na loira, que cai violentamente contra o chão e em seguida grita antes de ter a cabeça esmagada por um elefante.

Rapidamente desvio da tromba do elefante que tenta me acertar e corro para pegar um rifle e um facão, que levo comigo, quando corro na direção de Will, Frank e Hazel.

— Vamos sair daqui! — Grito para eles e ajudo Hazel a levantar Frank, que ainda estava ferido, e ajudo a Filha de Pluto a arrastar meu irmão para longe daquela confusão.

Corremos o mais rápido que podíamos, mas algo me acerta na parte detrás do meu ombro e grito de dor, caindo no chão. Hazel segura Frank firmemente para que ele não caia junto comigo.

— Octavia! — Eles gritam.

E Will corre para me ajudar e tira uma flecha do meu ombro. Quando olho para trás, vejo Lee armando sua próxima flecha em seu arco para acertar Will. Empurro o loiro violentamente para trás.

— Vão sem mim! — Grito.

— Não vamos te deixar para trás mais uma vez! — Will grita furioso.

— Will, eu sei de uma forma de atrasá-los e os afastar de nós! Mas você precisa ajudar Hazel a carregar o Frank!

Vejo em seus olhos que ele sabe que estou certa.

— Nós prometemos... — O Solace relembra da nossa promessa.

— Eu sei! — Grito me abaixando e desviando de mais uma flecha de Lee. — Mas agora sou eu que estou salvando você! Então me deixe fazer isso!

Will bufa contrariado.

— Eu vou voltar para te buscar! — Ele diz se levantando e indo até Hazel a ajudando a carregar Frank para longe dali.

Eu não presto muita atenção neles. Sinto meu ombro sangrar sem parar, assim como meu ferimento na cabeça. Mas não é a hora para isso. Começo aproveitar que estou no chão e dou inicio a minha sequencia de socos violentos repetidos no chão, tentando ver se consigo recuperar minha força de heráclida.

" Hércules para realizar um de seus  (o décimo), teria necessidade de transpor um  marítimo. Dispondo de pouco tempo, ele tirando proveito de sua força monstruosa resolveu abrir o caminho com seus ombros, empurrando com as mãos, ele conseguiu separar dois continentes inteiros com facilidade, ligando assim o  Mediterrâneo ao Oceano Atlântico." As palavras do meu avô aparecem na minha mente e só me motivam ainda mais a socar o solo com mais força.

"Eu consegui separar dois continentes inteiros, só usando minha força. E você, minha descendente, sequer consegue partir uma rocha ao meio. Você é uma vergonha para todos heráclidas." As lembranças da minha conversa com Hércules no passado me vem a mente e só me deixam mais furiosa e descontrolada.

Sangue começa a ser expelido pelas meus dedos e mancham o chão de vermelho. Por pouco não sou atingida por mais uma flecha de Lee, ouço gritos e sinto vibrações no solo, o que significa que os elefantes estão se aproximando e se não fizesse alguma coisa, eles matariam Will, Frank e Hazel quando os alcançassem.

Sei que Barba Negra tirou minhas habilidades de semideusa, mas eu precisava fazer alguma coisa para trazê-las de volta, ou pelo menos parte delas. Eu precisava ajudar meus amigos.

"Se sua força pode ser tirada de você, então você não é nada além de um pedaço de esterco de Pégaso". Novamente as palavras de Hércules, me enfurecem. Meus dedos estão sangrando sem parar, as feridas ardem cada vez que soco o chão, mas não me importo continuo o socando brutalmente, até que o som dos ossos da minha mão esquerda se estalam indicando que quebrei um dos dedos. Aguento a dor violenta que me invade e com um grito soco mais uma vez o chão, que dessa vez uma longa e profunda abertura no solo se abre diante de meus olhos.

Sorrio por um curto momento, quando enfio minhas mãos na abertura em ambos os lados e começo a empurra-las para lados opostos tentando ao máximo separá-las. Continuo empurrando e ouço outro barulho violento quando vejo a abertura aumentar as rachaduras assim como também aumentava o espaço. Eu gritava descontroladamente e sentia meu nariz e boca sangrarem, assim como meus ouvidos e meus olhos choravam sangue.

Eu sabia que estava exigindo muito de mim mesma. Estava forçando meu corpo a recuperar a força que lhe foi tirada e ele estava respondendo a isso com os sangramentos incontroláveis. Exigir tanto assim do meu corpo era perigoso. Isso poderia me matar, eu sabia desse risco. Mas a única coisa que estava na minha cabeça era salvar Will, Frank e Hazel.

E não havia sacrifício mais nobre do que morrer por pessoas importantes para si mesmo.

Quando conseguir separar o bastante da abertura para poder me enfiar nela, eu entrei sem pensar duas vezes na abertura que fiz e apoiando as costas de um lado e minhas mãos na direita, enquanto meus joelhos flexionados e solas dos pés empurravam o máximo que conseguiam a parte esquerda. Eu sentia a terra se mover e se abrir cada vez mais, respondendo a minha força monstruosa de heráclida, ao mesmo tempo que sentia meus sangramentos aumentarem, assim como as lagrimas de sangue. Estava gritando descontroladamente de dor.

Mas se Hércules conseguiu separar dois continentes, eu conseguia partir uma ilha inteira ao meio.

Respiro fundo e grito mais ainda, mas esse grito é diferente, porque é o ultimo que dou, quando consigo finalmente separar a ilha inteira em duas e quando vejo a água salgada preencher a abertura que fiz. Rapidamente empurro a parte esquerda com mais força para longe o máximo dali e com o resto da força que me resta, uso para me jogar para cima da parte direita. Caio deitada e observo o mar preencher aquele lugar, com a respiração ofegante.

Estou exausta, mas consigo sorri um pouco quando vejo os elefantes parados do outro lado me encarando. Eles não pode nos alcançar.

De repente minhas pálpebras ficam pesadas e então eu apago pela segunda vez naquele dia.





***





Quando acordo novamente, me sinto completamente fraca e exausta. Meu corpo está dolorido e mole. Cada movimento que faço é o suficiente para me fazer gritar de dor.

— Ei, vai com calma! — Ouço a voz de Will me dizer, isso me deixa tranquila.

— Então você realmente veio atrás de mim?

— Eu sempre irei atrás de você, sua idiota. — Ele diz sério, mas me faz rir, e isso me faz sentir mais dor.

Abro meus olhos com dificuldade e vejo que Hazel e Frank estão seguros, da mesma forma que o dia havia se tornado completamente noite. Tudo só não estava escuro, porque a luz da lua cheia iluminava tudo.

— Acha que eles estão mortos? — Will pergunta se referindo aos nossos amigos de infância.

— Não. Se eles tomaram o soro de Rech como Alison, vão reviver como ela. — Suspiro. — Eles agora são como Deuses menores. Fortes e invencíveis. O que, porra, é um verdadeiro problema para todos nós.

Will me ajuda a sentar com dificuldade.

— Você conseguiu separar uma ilha inteira ao meio. — Frank diz visivelmente impressionado.

Tento sorrir, mas sinto mais dor.

— Sou Octavia Stone. Existem poucas coisas que não consiga fazer. — Tento brincar, algo que arranca um sorriso dos três.

Will me abraça de forma protetora e aceito seu abraço, descansando minha cabeça no seu ombro.

— Eu realmente achei que você iria morrer dessa vez. Nunca senti tanto medo de te perder de novo. — Ele beija o topo da minha cabeça e sinto sua preocupação e medo.

— Eu também achei que ia te perder... — Confesso. — Mas felizmente, sei falar elefantes além do cavalês. — Brinco.

— Idiota. — Ele se afasta um pouco e quando vejo estou beijando ele, sem me importar de Frank e Hazel estejam vendo isso. Eu só queria que ele soubesse que nunca mais iria deixa-lo de novo.

Alguém começa a tossir próximo a nós e Will e eu nos separamos, para encarar Hazel parada diante de nós com um cantil. A encaro sem entender.

— Bom, você roubou um rifle e um facão e eu roubei néctar para nós. — A filha de Pluto sorri amigavelmente para mim, estendendo o cantil na minha direção. — Você sempre está se arriscando e nos salvando, deixe-me agradecer você por isso.

Seguro o cantil e tento sorrir para Hazel, mesmo sentindo dor.

— Obrigada, Hazel, mas acho que Frank precisa mais disso do que eu. — Digo com sinceridade devolvendo o cantil para ela, mas a Levesque nega com a cabeça com um sorriso.

— Eu já dei para ele. O ferimento na perna dele melhorou e ele está cem por cento, agora só falta você!

Fico espantada e arregalo os olhos. Mas sem dizer uma só palavra abro o cantil e o bebo de uma só vez. Sinto o gosto do néctar me aquecer completamente, renovando minhas energias e curando rapidamente minhas feridas, sinto também o gosto de bolo de cenoura com cobertura de chocolate que minha mãe costumava fazer parar mim, me deixando totalmente nostálgica por um momento.

— Nossa... Fazia tanto tempo que não bebia néctar que tinha me esquecido como era. — Digo com sinceridade arrancando risadas dos três.

Me sentia completamente renovada e pronta para outra luta.

Mas nossas risadas são interrompidas quando ouvimos um barulho no arbusto próximo de nós. Me levanto rapidamente, já esperando pelo pior ou pelo próximo ataque. Hazel, Frank e Will também fazem o mesmo.





***





Sem ao menos pensar ou mediar, Octavia deixou seus instintos e sua fúria lhe domar quando o som de galhos se partindo e folhas secas sendo pisoteadas, do lado oposto de um arbusto à sua frente, foram ouvidos por ela. Will, Frank e Hazel estavam logo atrás de si, provavelmente pensando no pior que os aguardava por detrás daquele arbusto. Sem muita paciência, a Stone segurou com firmeza o punho do facão se preparando para a próxima luta pela sobrevivência. Poderia usar o rifle que estava pendurado em seu pescoço, mas tinha plena consciência que tinha das poucas balas que lhe restavam, então ela não tinha outra escolha, a não ser usar seu facão.

O que poderia fazer? Eram quatro semideuses sem nenhum poder em um território que lhe era desconhecido. Seja qual fosse o plano de Barba Negra, ele queria que os quatros continuassem seus poderes divinos para que assim fosse mais fácil capturá-los novamente. Mas o prazo para Octavia recuperar seus poderes estava quase acabando e logo ela já conseguiria ser capaz de dar uma surra em Alison pelo o que ela fez consigo.

E dessa vez, após respirar fundo e ao ouvir novamente o barulho do arbusto se remexendo, foi o estopim para que Octavia se jogasse contra as folhagens densas do arbusto de uma só vez, fazendo sua pele ser arranhada e maltratada pelos galhos secos quando os atravessou, mas isso não era importante. Não naquele momento em que surpreendeu seu possível inimigo, surgindo quase do nada entre as folhagens para um ataque surpresa.

A filha de Ares derrubou brutalmente seu possível inimigo juntamente consigo em direção ao chão. Se movendo rápido, a Stone se sentou sob o abdômen do rapaz, assim o imobilizando completamente, sem sequer olhar em seu rosto e no momento em que ergueu a faca para o alto e desceu bruscamente seu braço, ela estava prestes enfiar a ponta do facão na garganta do garoto, quando a voz de Will a impediu:

Octavia, não! — O loiro gritou, e, como se o filho de Apolo tivesse algum controle mágico sob ela, a Stone parou no instante em que a ponta de seu facão estava a milímetros de perfurar a pele da garganta de seu inimigo, que pela surpresa e perplexidade, estava completamente imóvel sob o chão.

Mas algo estava errado. Claro que estava.

O familiar cheiro de sal marinho invadiu as narinas de Octavia, fazendo-a erguer o olhar, pela primeira vez, em direção ao rosto de quem ela cogitava ser um "inimigo". Ainda estava de noite, mas o brilho da grande lua cheia de Selene era capaz de iluminar até mesmo os recintos mais obscuros da noite e graças a essa luz, a Stone encontrou um par de olhos verdes perplexos e um rosto com traços tão familiares que o estômago da garota revirou automaticamente.

Poderia ter se passado anos desde que não o via mais, no entanto, Octavia ainda era capaz de reconhecer o cara que considerou seu maior arqui-inimigo de toda sua vida e bem aqui estava ele. A pele familiarmente bronzeada e o cheiro... O cheiro desagradável de peixe. Bem abaixo de si própria, estava nada mais e nada menos que: Percy Jackson, filho de Poseidon e que por acaso era seu arqui-inimigo declarado desde o episódio da privada e da captura a bandeira, quando ele tinha estragado o penacho de seu próprio elmo.

— Só pode ser piada...

Quando as palavras saíram de sua boca, Octavia tinha abaixado sua guarda, dada a surpresa interna que sentia por encontrar Percy Jackson bem ali, mas graças a esse fator desagradável, a Stone não pode ser capaz de evitar que a ponta de uma segunda lâmina completamente negra recaísse sob seu pescoço.

A filha de Ares foi pega de surpresa por causa de sua leve distração e agora estava com uma espada apontada para sua garganta. Ela estava em desvantagem e se odiou por se permitir ficar nessa posição, no entanto mesmo que estivesse em desvantagem, Octavia não ia deixar seu orgulho ceder.

Os olhos castanhos da garota percorreram a lâmina negra da espada apontada para seu pescoço, até reconhecer o material de que ela era feita. Ferro estígio. Fazia muito tempo que não via uma arma forjada com esse material, a última vez que viu foi no Acampamento há sete anos... Ainda não conseguia se lembrar de muito bem quem era o semideus que possuía a lâmina, mas a raiva por ter uma espada apontada em seu pescoço lhe cegou.

Como odiava estar em qualquer posição desfavorável.

— É melhor tirar essa coisa do meu pescoço, ou vou te partir em dois! — Rosnou ameaçadoramente, enquanto seus olhos percorreram completamente a espada até encararem o dono da lâmina: um garoto um pouco baixo, pálido, magricelo e com cabelos e olhos em um tom de castanho tão escuro que pareciam pretos, que também a encarava com certa raiva e desconfiança em seus olhos opacos.

Octavia sabia dos riscos na situação deprimente que se encontrava. Um movimento em falso e a lâmina poderia cortar sua pele, pegando uma de suas artérias principais, fazendo-a sangrar até a morte. No entanto, existia uma pequena chance de escapar sem nenhum corte em seu pescoço se atravessasse o facão em sua mão na coxa direita daquele garoto. Ele iria sentir dor e provavelmente sangraria muito, mas pelo menos isso iria ajuda-la a desarmá-lo.

NightFall nunca lhe fez tanta falta quanto agora.

Nico! — Ouviu Will gritar parecendo furioso. — Abaixa a espada! AGORA! — Gritou entredentes, enquanto o loiro se aproximava do garoto, com o intuito defendê-la furiosamente.

Nico... O nome ecoou pela sua mente sem parar, causando-lhe certo desconforto interno. Uma forte dor de cabeça surgiu subitamente, causando a sensação como se seu cérebro estivesse sendo perfurado por inúmeras facas. Não era a primeira vez que sentia isso ao ouvir tal nome ser proferido, mas parecia que algo dentro dela estava lutando para se lembrar de algo que tinha esquecido com esses anos todos de tragédias e perdas significativas para si.

Nico. Nico. Nico.

Repetiu a voz em sua cabeça.

Até que, como se Octavia tivesse levado um forte soco no estômago pela segunda vez em poucos dias, ela conseguiu se lembrar do porque do nome e do ferro estígio lhe parecerem familiar, porque aquele quem estava bem diante de si, segurando uma espada contra seu pescoço era: Nico Di Ângelo, filho de Hades. O mesmo garotinho que teve uma ilusão boba quando criança, agora tinha sua espada apontada contra sua garganta, podendo ser capaz ou não de mata-la.

Isso não poderia estar acontecendo.

— Não pode ser... — Ouviu outra voz familiar, que instantaneamente fez Octavia se virar rapidamente para a procura da dona. — Octavia?!

A Stone prendeu sua respiração quando os olhos castanhos saíram de Nico para irem ao encontro da outra figura familiar que estava bem ali. Poderia fazer anos que não a via, mas mesmo assim, Octavia nunca se esqueceu dos traços bruscos e familiares que o rosto da conselheira-chefe do chalé 5 tinha. Clarisse não tinha mudado absolutamente nada, talvez o cabelo estivesse um pouco mais curto do que lembrava e a expressão de surpresa poderia ser uma munição futura para uma possível gozação de sua parte contra a meia-irmã, mas naquele momento, sabia que seria uma péssima ideia fazer isso.

Engolindo o seco com dificuldades enquanto olhava nos olhos perplexos da irmã, Octavia poderia ter dito qualquer coisa. Um pedido de desculpas, ou um simples cumprimento cordial, ou dizer que estava com saudades de Clarisse ou qualquer outra coisa mais sensata e empática para se falar na situação em que se encontrava, mas ao invés dessas coisas, a Stone apenas disse:

— Essa é a minha jaqueta do Queen?! — Questionou reparando na sua jaqueta de couro que agora Clarisse usava. — Você está usando a porra minha jaqueta?! — Questionou indignada.

As Parcas só podiam estar de sacanagem.

O destino era mesmo um puto desgraçado.











TIRO, PORRA E BOMBAAAAAA !!!!

QUE TIRO FOI ESSE?! PORRA!

EU DISSE QUE ERAM PRA VOCÊS ESTAREM PREPARADOS PARA ESSE CAPÍTULO, NÃO DISSE?!

Gente vai ser explicado como o soro do Rech funciona não se preocupem, ou não me matem plis kkkkkkkkk

Eu não me lembrava muito das descrições do Lee e do Michael quando li PJO (que faz um bom tempinho), então peguei a descrição das aparências deles através de fanart, se tiver algo errado vocês me falam, viu?

DOZE! DOZE MIL PALAVRAS ESSE CAPÍTULO BRASEEELLLL! QUERIAM CAPÍTULO GRANDE?! QUERIAM PANCADARIA?! ENTÃO TOMEM!

AS COISAS VÃO SÓ ESQUENTAR AINDA MAIS!

Aguentem coração!

P.S: espero que tenham plano de saúde, por que vão precisar! ASHASHASHASHASH

NICO VAI FICAR FULL PISTOLA QUANDO DESCOBRIR SOBRE OCTAVIA E WILL, ALTAS TRETAS VEM POR AÍ!

OCTAVIA FULL PISTOLA TAMBÉM. MATANDO GERAL.

PREPAREM-SE!

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje!

Essa semana vou entrar em semana de provas, o que quer dizer que vou atrasar nas att. MASS EU PROMETO QUE VOU RESPONDER TODOS OS COMENTÁRIOS QUANDO PUDER, A FALTA DE TEMPO ESTA ME DESTRUINDO POR DENTRO! Então não desistam da autora aqui, sim? <3

O que acharam? Essa Alison ainda vai dar o que falar viu.

Não se esqueçam de votar e comentar! Isso me ajuda muito gente! <3

Obrigada por lerem! E até o próximo capítulo! <3

Beijos <3

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