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Capítulo 9







Dez anos atrás:





Octavia estava sentada no chão úmido e apoiava suas costas contra a madeira de um velho carvalho. Seus joelhos estavam flexionados e serviam de apoio para que assim ela pudesse escrever seu "diário" que poderia lhe ajudar, mas só ali, naquele pedaço de papel, era o suficiente para ela desabafar tudo o que estava sentindo por dentro.  Acreditava e esperava que ninguém a encontrasse ali. Pois seu único desejo naquele instante era ficar sozinha. Ela só precisava um pouco de ar e relaxar também.

— O que você está fazendo? — A filha de Ares gritou, se assustando por ter sido pega desprevenida e rapidamente abraçou a carta que estava escrevendo ao seu peito, a escondendo a todo custo, como se sua vida inteira fosse comprometida por um pedaço de papel (talvez dependesse mesmo) e sentia seu rosto queimar. — Oh, desculpe. Eu te assustei?

A Stone olhou imediatamente para o lado procurando o responsável com pouco amor à vida para assustar uma filha de Ares. Afinal, para fazer tal coisa, era necessário coragem ou apenas ser um estúpido mesmo. Ao erguer seus olhos castanhos lentamente, Octavia se deparou com um par de olhos azuis intensos, o que a fez engoli o seco por um momento e ficando totalmente sem graça por um momento ao ver um par de olhos tão bonitos. Mas, logo quando reconheceu o rosto familiar do filho de Apolo, cujo era seu parceiro nas aulas de arco e flechas, a sua expressão começou a mudar de assustada para raivosa.

— Ninguém assusta uma filha de Ares! — Respondeu grosseiramente e de forma orgulhosa. — O que você está fazendo aqui? Caí fora! Esse lado do bosque está ocupado por mim!

O garoto apenas ignorou o que havia acabado de dizer e se sentou ao seu lado, fazendo uma expressão surpresa no rosto de Octavia surgir. Talvez ele fosse surdo como sua avó e por isso não a ouviu. Talvez se ela se comunicasse por linguagem de sinais, ele entenderia o recado e iria embora o mais rápido possível.

— Você tem sotaque britânico. — Disse a olhando com um sorriso nos lábios e a partir dessa constatação, Octavia percebeu que estava errada. O garoto não era surdo, pois se fosse ele não teria distinguido o seu sotaque em inglês fortemente britânico, na verdade, pelo visto, o garoto era apenas idiota. — Mas isso não explica o porquê você está triste.

O rosto da filha de Ares ficou novamente vermelho e em resposta ao que ele disse, a Stone inflou as bochechas com ar, mostrando o quão contrariada ela estava. Ela só queria ficar um pouco sozinha, porque era tão difícil de todos entenderem? Estava praticamente estampado na sua testa "quero ficar sozinha". Talvez devesse usar a caneta em sua mão para escrever isso em sua testa, para ficar mais claro para os idiotas do acampamento.

— Eu quero ficar sozinha! Então dá para sair?!

— Quando alguém diz que quer ficar "sozinho", é porque no fundo é a última coisa que quer realmente. — Fala a olhando nos olhos, mesmo o loiro possuindo a mesma idade que ela, o filho de Apolo ainda era mais alto, o que a fazia se sentir encolhida e até mesmo um pouco acanhada. Como odiava encontrar alguém mais alto que ela. — Não precisa me falar o porquê está triste, mas saiba que não irei sair do seu lado enquanto estiver se sentindo assim.

Octavia abraçou os joelhos, apoiando seu queixo neles, enquanto desviava o olhar para algum canto qualquer que não fosse os olhos azuis irresistíveis do filho de Apolo ao seu lado. Por um curto momento se questionou internamente, o porquê de todos os filhos do deus da cura serem sempre tão belos, ao ponto da filha de Ares se sentir um patinho feio quando estava perto de algum deles. Ela sempre quis ter olhos azuis, azuis como os de sua mãe, Helena, mas infelizmente sua genética havia puxado mais para o lado de seu pai, a fazendo herdar os tão comuns olhos castanhos dos filhos de Ares. E só por um momento, pensou que se talvez tivesse olhos azuis como do garoto ao seu lado, ela seria mais bonita.

Era verdade que o loiro era seu parceiro nas aulas de arco e flecha. Inclusive, ele a ajudou muito com o manuseio do arco e flecha, ensinando-a como deveria mirar adequadamente para acertar em seu alvo. Ele era gentil e até mesmo muito legal, o que a fazia se sentir culpada por dentro, por sequer saber o nome dele e também por ter o tratado a principio mal. Estava se sentindo péssima por nunca ter falado o queria para Nico antes dele ir embora. Ela se sentia mal por ele.

O filho de Apolo não tinha culpa de nada. Porém, infelizmente, Octavia, mesmo pequena, tinha um péssimo defeito, sempre que deixava a raiva ou a tristeza lhe tomar, ela não só culpava as pessoas ao seu redor, como também as atacava mesmo que sem motivo.

Infelizmente, ela era tão cabeça quente quanto à maioria de seus irmãos.

Torcia internamente para que conseguisse se desculpar com o garoto ao seu lado, o qual mesmo ela o mandando embora diversas vezes, o loiro insistiu em ficar ao seu lado, não a permitindo ficar sozinha e no fundo Octavia gostou disso. Gostou da ideia de alguém insistir em ficar ao lado, esse simples ato a fez se sentir especial naquele momento, aliviando toda a culpa e tristeza que sentia por dentro, a fazendo se sentir bem. E graças a isso, a filha de Ares deixou seu orgulho de lado por um momento e ao olhar novamente para o filho de Apolo, a Stone estendeu a mão em direção a ele. Talvez devesse dar uma chance ao loiro de se aproximar.

— Eu sou...

— Octavia Stone. Eu sei. — Ele deu um sorriso de lado e esticando a própria mão em sua direção, apertando a sua mão que estava estendida na direção dele. — Sou seu parceiro no treino de arco e flecha.

— Mas acho que não sei o seu nome... — Desviou o olhar mais uma vez. — Isso é tão embaraçoso! — Disse sentindo seu rosto novamente se esquentar e também sentindo a enorme vontade de esconder seu rosto em algum lugar.

O loiro apenas deu uma leve risada gostosa, que aqueceu o coração da garota.

— É Will. — Ele fez uma pausa. — Will Solace.

— Bom, Will Solace, acho que agora você é o meu melhor amigo.

E daquele dia em diante, Octavia e Will se tornaram inseparáveis. Como ambos eram vizinhos de chalé, ficava fácil para eles se verem todo o momento e até mesmo se encontrarem sozinhos no chalé sete, quando os irmãos do Solace estavam no treinamento e a Stone ia para o chalé levando seus incontáveis mangás japoneses e seu fiel tablet, para que assim Octavia pudesse ler seus mangás para Will, uma vez que o filho de Apolo era disléxico e não conseguia ler nada que não estivesse em grego antigo. Quanto os filmes, a filha de Ares submetia o mais novo amigo a assistir com ela todos os filmes do Jackie Chan, o qual era um dos atores favoritos dela.

Apesar de nunca ter dito em voz alta, a garota era muito grata a Will, porque dentre todas as pessoas do Acampamento, ele foi o único que a fez se sentir especial pela primeira vez em muito tempo e por isso, era imensamente grata ao amigo. Poderia ter perdido um interesse amoroso, mas no final, ela ganhou um grande amigo. E era apenas isso que importava.





Atualmente:





Octavia empurrou bruscamente a porta de vidro do Burger King de Santa Mônica e só no instante em que viu todos os seus irmãos sentados em uma das mesas comendo um combo de hambúrguer, fritas e refrigerante, foi quando sentiu o peso que estava em suas costas desaparecer. Só ao olhar para todos ali, já se sentia aliviava pela primeira vez desde que deixou a LAPD.

Por mais que a marca em seu pescoço, lhe mostrasse durante o caminho até ali, que todos eles estavam bem e vivos, a preocupação materna que sentia em seu peito, só piorava ainda mais, deixando-a mais ansiosa e com diversas ideias absurdas que lhe passavam em sua mente. Precisava ver com seus próprios olhos que eles estavam bem, não apenas sentir. A filha de Ares quase teve que controlar a vontade de chorar, ao ver que todos estavam ali seguros e totalmente tranquilos, enquanto o peito dela se apertava em tantas preocupações e desespero.

Como sentiu medo por eles.

— Tavy! — A voz doce de Liv ressoou pela lanchonete, enquanto corria até ela estendendo os bracinhos curtos e exibindo os dentes banguelas com um sorriso, ao mesmo tempo em que atraia toda atenção dos outros irmãos para si.

A Stone não pensou duas vezes ao pegar Liv nos braços, erguendo-a do chão. Abraçando o corpo minúsculo da caçula com força, sentindo o cheiro de lavanda que a irmã possuía, enquanto também sentia seu próprio coração aos poucos diminuir as batidas frenéticas e incansáveis. Céus, como estava preocupada. Ainda com Liv em seus braços, Octavia andou até a mesa onde seus irmãos estavam, olhando todos totalmente atenta, com medo de que eles pudessem estar feridos ou coisa parecida.

— Vocês estão bem?! — Perguntou um pouco alto em português. — Machucaram em algum lugar? Quebraram algo? Estão sentindo algo? — Disparou totalmente desesperada, enquanto se abaixava, colocando Liv no chão e indo para Julian segurando a cabeça do irmão com cuidado e a movendo para cada um dos lados, verificando se ele estava realmente bem. Em seguida, Octavia também repetiu o mesmo procedimento com cada um dos irmãos, procurando um arranhão, uma ferida ou alguma sequela.

Mas, felizmente, ela não tinha encontrado nada. Nem mesmo um osso fora do lugar. Porém, mesmo assim, seus irmãos demonstravam um semblante cansado e exaustivo, evidenciando as consequências da luta recente.

— Tavy relaxa! Estamos todos bem. — Vick começou, respondendo a irmã também na língua nativa delas, mas logo recebeu um olhar reprovador de Octavia, fazendo-a se calar imediatamente, por medo.

Aquela expressão facial no rosto da Stone mais velha era o sinal que todos os irmãos receberam ao tomarem consciência do quão encrencados estavam. Era sempre assim. Primeiro Octavia se preocupava e depois ela começava a gritar os xingando e chamando a atenção de todos eles, ao ponto de seus ouvidos doerem pelos berros da irmã mais velha.

— Agora que vocês estão bem, podem me dizer que merda tinham na cabeça de lutarem com um monstro?! — O timbre da voz da mais velha ficou alto e totalmente severo. Por sorte, o Burger King estava vazio naquele momento, exceto pelos Stones que estavam ali, pois caso contrário, certamente a mesa deles seriam alvo de diversos olhares insistentes de pessoas curiosas. — Eu pedi para vocês se esconderem! Não estão preparados para lutarem com monstros ainda!

— Não era um monstro... Eram três ciclopes... — César sussurrou baixo, mas o suficiente para Octavia ouvir e arregalar os olhos. Em resposta a delação do irmão, Vick, que estava sentada ao lado dele, lhe deu um tapa na cabeça, enquanto lhe olhava feio. — Ai! — Reclamou.

— Três ciclopes?! — Gritou. — Acharam mesmo que poderiam com três ciclopes?! Porra! Puta que pariu! — Ela xingou desenfreadamente, ao mesmo tempo em que puxava os fios de cabelo para trás. — Se nem sequer eu enfrentei um ciclope antes, vocês acharam mesmo que conseguiriam?! Seis crianças! Vocês... Vocês poderiam... — Logo a respiração de Octavia começou acelerar e ficar totalmente ofegante só com o medo avassalador de ver seus irmãos mortos por um ciclope.

A filha de Ares sentiu um nó gigantesco formar em sua garganta e segurou a vontade de chorar. Geralmente, Octavia não tinha medo de nada, era destemida e corajosa o tempo todo, mas, o seu único medo dentre todos: era perder algum de seus irmãos. Ela já havia perdido pessoas demais em sua vida e não sabia se conseguiria sobreviver a outras perdas. Percebendo que estava prestes a ter outro colapso de um possível ataque de pânico, a Stone tentou concentrar sua mente em outra coisa que não fosse todos os pensamentos assustadores e ansiosos que invadiam sua mente.

Realmente, esse dia estava sendo de grandes emoções fortes para ela sentir tudo de uma só vez.

— Tavy, nos desculpe por desobedecer... Mas você sabe que uma hora ou outra, não vamos mais poder simplesmente só fugir de monstros... — Julian começou, a olhando cuidadosamente. E, nesse instante Octavia se odiou. Se odiou, porque ele estava certo. Ele era só uma criança e ela era a mais velha, era sua obrigação sempre estar certa, não o contrário. — Somos os últimos heráclidas e descendentes de vários legados, então vamos sempre atrair mais monstros.

Heráclidas. O termo ressoou em sua mente carregado de desprezo e ânsia de vômito. Pois era assim que eram chamados todos os inúmeros descendentes de Hércules no mundo antigo e até mesmo agora... Eles eram os últimos que carregavam a descendência do grande e destemido herói grego.

Ser um semideus é perigoso. Nunca foi e nunca será um mar de rosas. É sempre andar com um alvo nas costas e sempre atrair monstros. É sempre lutar para viver. Julian estava certo. Foi ingenuidade de Octavia pensar que o cheiro deles ainda estava fraco, ao contrário disso, ele estava mais forte e vai continuar mais forte com o tempo. Sabia que em um determinado momento seus irmãos teriam de parar de fugir, para lutar por suas vidas. Por mais que essa ideia ainda não agradasse muito, era a mais pura verdade. Nem sempre Octavia estaria ali, para os proteger e os defender de todos os monstros assustadores que perseguiam os semideuses. Eles teriam que crescer e amadurecerem de uma forma ou outra e parece que aquele momento infelizmente havia chegado.

Nesse instante, nunca sentiu tanta vontade de ter Will novamente ao seu lado, o filho de Apolo sempre foi bom em dar conselhos e até mesmo aplacar a fúria da filha de Ares. Porém, seu coração de aço se entristeceu ao se recordar da feição que Grover fez quando descobriu que ela estava viva e mentiu esse tempo todo. Quando o Solace também descobrisse, certamente sua reação não seria das melhores. Era até difícil imaginar alguém tão doce e bom quanto Will odiando alguém, porém, naquele momento, a Stone teve certeza que ele iria odiá-la quando descobrisse a verdade. E a pior parte nessa história, é que o filho de Apolo estaria certo em fazer isso.

Octavia balançou a cabeça para os lados, para espantar tais pensamentos e tentar se concentrar no que estava realmente acontecendo diante de seus olhos. Aquele não era o momento para ficar divagando em sua mente perturbada.

— Tudo bem... — Ela suspirou, ainda tentando controlar a agitação em seu interior. — O importante é que vocês estão a salvo. — Disse para si mesma. — Mas que fique claro: quando chegarmos ao acampamento, vocês sequer saberão o que é dormir, porque vou treinar vocês dia e noite, assim como Hylla fez comigo. Vocês vão aprender a matar monstros.

Os irmãos Stone se entreolharam assustados, porque todos eles sabiam como era os treinamentos pesados de Hylla com Octavia e no fundo também sabiam que não eram muito bons. Eram sempre muito exaustivos e ainda exigiam muito de si próprios. Sangue, suor e dor. Essas eram as três palavras que a irmã mais velha deles sempre definiu os treinamentos com as amazonas e a rainha delas.

Desde que fora derrotada vergonhosamente por Ares em um duelo, Octavia havia ficado obcecada em treinamentos pesados e duros, fazendo de tudo para se tornar mais forte e a melhor dentre todos, mesmo que isso significasse testar os experimentos de Rech em si mesma. Todos ali sabiam que a irmã só havia se tornado general, porque se esforçou muito e se dedicou para isso, jamais descansando, apenas treinando. Dando seu sangue e o melhor de si em cada treinamento.

Mas, eles não disseram nada. Em partes, porque sabiam que precisavam de um treinamento mais rigoroso e só conseguiram ver isso claramente graças aos três ciclopes que tentaram os devorar no píer.

Eles tinham que ficar tão bons quanto à irmã era em combates.

— Sim Tavy. — Disseram em coro.

— Ótimo. — A Stone disse sentindo já seu interior se acalmando aos poucos e ao virar sua cabeça para o lado, ela viu Told e Grover parados próximo ali, provavelmente sem saber o que fazer, uma vez que ela antes estava gritando em português com seus irmãos, por desobedecê-la. — Ah... — Começou ainda falando no seu idioma nativo. — Esses são Told e Grover. Sim, ele é um sátiro e foi meu sátiro buscador no passado. — Revirou os olhos.

Instantaneamente, a atenção de todos os irmãos na mesa, foram para Told e Grover, que lentamente se aproximaram ao ouvirem seus nomes serem pronunciados, com os semblantes visivelmente envergonhados. O sátiro se aproximou lentamente, enquanto coçava sua nuca e dava um sorriso constrangido.

— Vocês devem ser os irmãos da Octavia... — O Underwood diz em um português totalmente carregado ao percorrer o olhar por todos eles, até parar em Vick. — Você deve ser a Victória! Lembro-me de você pequena quando fui ao Brasil buscar sua irmã.

— Claro que lembra, afinal, Victória pensou que você fosse um pônei, queria montar e sair galopando por aí. — Octavia dá um sorriso zombeteiro e em resposta o sátiro a encara com uma expressão maligna.

— Você sempre tem que ser desagradável assim?

— Faz parte do meu incrível charme de filha de Ares. — Dá uma piscadela e Grover revira os olhos.

Seu relacionamento com Grover sempre foi bem estável e por mais que jamais admitisse em voz alta, Octavia não só apreciava a companhia do Underwood, como também o considerava um bom e velho amigo. Ainda era fresca a memória de quando o sátiro que mal sabia falar português direito apareceu em sua escola particular que frequentava no Rio de Janeiro. Grover era considerado esquisito por todos, mas Octavia também era esquisita, ainda naquela época era uma criança bem briguenta e com um temperamento horrível por isso não tinha muitos amigos até que o novato, que tinha atestado médico o liberando da aula de educação física durante toda sua vida, foi corajoso o suficiente para se aproximar dela pedindo ajuda em inglês para que ela lhe ensinasse a falar português.

Assim, como toda típica e desastrosa história de qualquer semideus, logo Octavia descobriu que Grover era metade bode e sua mãe lhe revelou que seu pai não era um cara muito normal, assim como toda família dela não era tão normal assim. Helena comprou as passagens de avião para que sua filha e o guardião dela pudessem chegar em segurança ao Acampamento. Bom, claro que alguns monstros surgiram e por não ter muita experiência em combates, a Stone e o Underwood apenas fugiram de todos eles, o mais rápido que conseguiam correr, mas se bem que, Grover mesmo sendo metade bode conseguia correr incrivelmente mais rápido do que ela.

É não foi uma de suas melhores aventuras como semideusa, mas foi um bom começo, uma vez que tanto ela quanto Grover chegaram vivos ao acampamento. Primeira provação, concluída.

— Não faça essa cara, faminto. — Começou. — Vou te pagar um sanduíche vegetariano e um café. — Deu uma leve cotovelada no braço do sátiro, sorrindo levemente, mas ao contrário do que esperava Grover não sorriu ou tampouco ficou animado com a ideia de estar prestes a comer e beber suas coisas favoritas. Ele estava sério e visivelmente preocupado, enquanto encarava Octavia seriamente.

E só com aquele olhar a filha de Ares, soube que o sátiro queria uma explicação plausível para tanta mentira que sustentou durante esses últimos sete anos.

— Vamos conversar depois, eu prometo. — Sussurrou baixo para que só ele a escutasse. — Mas não vou fazer isso na frente deles. — Disse se referindo aos irmãos.

Grover apenas deu um suspiro derrotado e olhou fixamente para Octavia.

— Tudo bem. — Disse parecendo relaxar um pouco os ombros tensos e a expressão facial.

A Stone também se sentiu aliviada por ter evitado o assunto, mais uma vez. Nunca foi muito boa em lidar com drama sentimental ou muito menos com sentimentalismo, ela não tinha muita paciência com essas coisas e por isso gostava mais de lidar com coisas práticas e simples. Porque quando lidava com sentimentos, Octavia tinha certa tendência a ser bastante fria e até mesmo insensível, os seus casos amorosos que dirão.

Após Jessie, havia prometido que nunca se apaixonaria ou tampouco abaixaria suas defesas para permitir que mais alguém se aproximasse o suficiente para saber quais seriam os pontos vulneráveis de si própria. No entanto, Octavia tinha vários envolvimentos amorosos, não era algo relacionado ao sentimentalismo, mas sim, a atração física. Desejo carnal. Sexo sem compromisso e outras coisas mais.

A Stone era uma filha de Ares, o que na maioria das vezes, poderia justificar seu comportamento impulsivo e até mesmo canalha. Seu pai era um canalha que mal conseguia conter os impulsos sexuais, então porque ela deveria fazer o mesmo? Porque ela é mulher? E por isso deveria ser mais recatada, submissa e tímida? Ora, Octavia era muitas coisas, mas recatada, submissa e tímida, certamente não era. Ela era uma predadora, e assim como qualquer filho do Deus da guerra, gostava de conquistar e de um bom desafio, no entanto, rapidamente ela se entediava após conseguir o que queria e partia para o próximo envolvimento. E era nessa "partida" que todo melodrama, do qual não sabia lidar, começava.

Pode parecer irônico e até mesmo decepcionante ao se recordar que recebeu o título de "Rainha de Aço", não porque suas habilidades e técnicas de combates eram incríveis, ou porque o termo estava atrelado ao seu dom peculiar da metalocinese. Não. Octavia recebeu aquele apelido por um dos filhos de Mercúrio do Acampamento Júpiter, o qual teve seu coração partido insensivelmente pela filha de Ares e a partir disso, ela ficou conhecida como a "garota do coração de aço" que mais tarde terminou com o título de "Rainha de Aço", o que para todos os efeitos, não a deixava incomoda nenhum pouco, afinal, Stone gostava do seu título de destruidora de corações.

Conversar com Grover sobre tudo que havia acontecido nesses últimos sete anos; seria a mesma coisa de ter que lidar com o todo drama que sempre lida quando dispensa ou dá um pé na bunda de alguém. Seria algo melancólico, dramático e muito sentimental, três coisas das quais não tinha paciência para lidar. Já conseguia imaginar o olhar de pena que o Underwood lhe lançaria quando contasse que sua família foi morta diante do seus olhos e até mesmo conseguia simular a voz do sátiro na sua mente ao lhe perguntar se ela estava bem.

Claro que ela não estava bem! Ela não ficaria bem, nem agora e nem nunca! Nunca é fácil perder alguém que se ama e tampouco quando é de uma maneira tão brutal e bestial como a que presenciou tão jovem.

Explicar a Grover o que aconteceu era como passar sal na sua ferida que nunca foi cicatrizada. Seria amargo, dolorido e não ajudaria em nada.

— Ele é um semideus como nós? — A voz de Augustus em inglês ressoou pela sua mente, fazendo-a despertar de seus pensamentos profundos.

Por um momento ficou divagando, sem entender o que estava acontecendo, até que finalmente sua mente voltou à ativa, percebendo que Gus estava se referindo a Told.

— Ah... — Octavia apertou os olhos com força. — É. Ele é um semideus. — Disse rapidamente em inglês balançando a cabeça para os lados, antes de fixar seu olhar no mais novo semideus.

Told tinha um cabelo escuro cacheado, era magricelo, pele morena, olhos dourados e não era tão alto. Mas era jovem, talvez tinha cerca de quatorze anos, a mesma idade que os trigêmeos e Vick — que ainda naquele ano completaria quinze anos. Ainda não conseguia entender como ele ainda estava vivo e não virou jantar de algum monstro, uma vez que ele já era um pouco mais velho do que o comum da maioria dos semideuses que chegam no Acampamento com idade entre sete a onze anos. Porém, Told parecia fazer a linha do caladão antissocial, uma vez que foram poucas as vezes que ele abriu a boca para falar algo desde que Grover e ela o tiraram da LAPD.

Isso era meio incomodo para Octavia, tudo bem que ela não gostava de pessoas muito tagarelas, mas também ela não curtia muito pessoas introvertidas. Afinal, dado sua experiências em filmes de ação, pessoas introvertidas sempre são suspeitas. Ainda não sabia que confusão Told e Grover tinham se metido para pararem no departamento, mas, ela sequer sabia se gostaria de saber o que realmente havia acontecido. Ela já tinha problemas demais em sua mente e com certeza não precisava se preocupar com problemas de outros.

Porém, para sua surpresa, Told subitamente havia decidido falar:

— Porque todos vocês tem as mesmas tatuagens? — Perguntou no típico inglês americano, percebendo que tanto Octavia quanto os outros irmãos tinham as mesmas tatuagens nas mesmas regiões de seus corpos.

Todos eles tinham o mesmo símbolo tatuado no lado esquerdo do pescoço; um cruzado de lanças em X e um elmo, a marca que Hera havia os dado para prolongar suas vidas, não só as unindo, como também as ligando ao um objeto: a lança de Diomedes de Argos, a mesma lança que derramou sangue o de Ares e Afrodite durante a Guerra de Troia. "Se a lança for possuída por outro alguém, vocês se tornaram servos deste. Se a lança for destruída, todos vocês morreram". A voz de Hera ecoou em sua cabeça, relembrando dos avisos da Deusa e do cuidado que deveriam ter com a lança de Diomedes, a qual Octavia havia escondido muito bem.

Já o leão tatuado no alto do braço esquerdo próximo ao ombro, era o símbolo que receberam por descenderem da casa de Hércules, uma vez que o herói adotou o leão como símbolo de sua casa por ser um dos primeiros dos seus doze trabalhos, o monstruoso leão de Nemeia. Aquela marca havia surgido do nada em todos os Stones, quando foram reclamados heráclidas e ao mesmo tempo legados de Júpiter, já que Hércules era filho do Deus do céu.

Quanto ao leviatã, à serpente tatuada no antebraço esquerdo de todos, foi algo extremamente estranho. A Stone sempre foi maravilhada pela ideia de Thomas Hobbes, um filósofo defensor do absolutismo monárquico britânico, sobre o leviatã. A monstruosa criatura bíblica que aterrorizava os mares, mas que, no entanto, ainda era visto como um guardião do mar. Essa dualidade, sempre chamou sua atenção de forma avassaladora, ao ponto de ao completar quatorze anos e com uma identidade falsa, foi até um estúdio de tatuagem, decidindo fazer a tatuagem de um leviatã no antebraço e uma coruja no lado esquerdo do seu abdômen para homenagear Atena, que a ajudou no passado com seus conselhos.

Porém, como num passe de mágica, a tatuagem do leviatã e da coruja, também haviam surgido em todos os antebraços e na mesma região esquerda do abdômen de seus irmãos. Talvez fosse a marca que Hera havia lhes dado fazendo seu dever de os conectar e por isso a tatuagem que havia feito também apareceu neles. Por esses motivos, todos os irmãos tinham as mesmas tatuagens, até mesmo Lívia, uma criança de sete anos, também as tinha nos mesmos lugares. E muito provavelmente, todos que encarava os irmãos pensavam que eles eram possíveis delinquentes com pais irresponsáveis o suficiente para deixa-los ter tatuagens mesmo sendo tão jovens.

É a vida de semideus, não é fácil.

Octavia pensou em responder, mas não o fez, seria complicado demais explicar toda situação, inclusive, explicar que os Stones tem a vida ligada a um objeto que se for possuído por alguém ou destruído, eles poderiam ser controlados ou mortos. Realmente não era sábio revelar algo assim para qualquer um, nem mesmo Hylla tinha conhecimento disso, mesmo com a filha de Ares confiando nela, Octavia acreditava que certas coisas tinham que ser mantidas em segredo a qualquer custo.

— E porque você é tão magricelo? — A voz maldosa de Marcus ressoou em um inglês totalmente forte. — É tão magro que podia servir de palito de dentes para algum monstro.

Todos os irmãos de Octavia na mesa, inclusive Liv, começaram a rir e o rosto de Told ficou vermelho como um tomate em resposta as risadas escandalosas. Até mesmo a mais velha quis rir da pequena zoação de Marcus, apenas Grover não estava rindo e se manteve sério.

— Filhos de Ares... — Resmungou o sátiro, porque no fundo o Underwood sabia; que para ser um filho de Ares, os requisitos eram: ser um valentão, sempre implicar e tirar uma com a cara de qualquer um. Tudo isso eram algo tão natural para eles quanto acordar.

Porém, quando o olhar de Octavia recaiu sobre Augustus, ela logo percebeu que tinha algo de errado com o irmão. A boina italiana que anteriormente era do seu avô, Richard, ainda permanecia no topo da cabeça dele, antes Gus não usava chapéus, mas a Stone acreditava que depois que o irmão presenciou, assim como ela, o assassinato da mãe e dos avós, Augustus passou sempre usar a boina italiana que era do avô, como uma forma de o manter por perto, enquanto sufocava sua dor e luto por dentro.

Era verdade que Gus nem sempre era fácil de lidar. Ele era pouco sociável e Octavia já perdeu a conta de quantas vezes já o chamou e ele não o respondeu ou quando respondia não a encarava nos olhos. Augustus era frio na maioria do tempo, não gostava de abraços ou muito menos de falar. Os outros irmão entendiam a situação do irmão do meio, já que avó deles não só era autista, como também era surda e Octavia, por ser a mais velha, já sabia como mais ou menos lidar com a situação em que o irmão estava. Podiam ser raros os momentos, mas em algumas vezes, Gus saia de sua bolha e se permitia se aproximar um pouco mais dos irmãos ao ponto de abraça-los e até mesmo os deixarem tocar nele.

Mas, naquele instante, a filha de Ares percebeu que algo estava errado com Augustus, porque ele estava agitado. Mexia as mãos no ar sem parar e inquietamente, enquanto tinha um olhar vazio direcionado para um canto qualquer. Quando entreabriu os lábios para questionar o irmão sobre o que poderia ter acontecido, tanto ela como todos ali haviam ouvido o cacarejar de uma galinha.

Nesse instante, Octavia arregalou os olhos, espantada e sem saber o que pensar. Mas, ao olhar para todos os irmãos ali, a Stone viu que as expressões dos seis mudaram.

— Eu disse que esse bicho não ia ficar calado! — Resmungou César mal humorado, em português.

— Não deveríamos ter comprado isso! — Vick geme em desespero.

— Eles iam cortar a cabeça dela! Eu não podia deixar! — Augustus levanta a voz.

— Ah claro, agora a Tavy vai cortar a nossa quando... — Marcus parou de falar subitamente quando seu olhar se encontrou com o olhar severo que a mais velha lhe lançou.

Maravilha! Além do súbito ataque dos ciclopes, seus irmãos haviam aprontado alguma coisa a mais e de alguma forma uma galinha estava envolvida nisso tudo.

— Quando...? — Incentivou a continuar. — Acho melhor falarem, antes que eu perca a paciência que não tenho.

Todos na mesa ficaram em silêncio, enquanto trocavam olhares significativos, até que Julian suspirou e resolveu falar o que estava acontecendo, antes que a irmã novamente tivesse um ataque de raiva:

— Augustus comprou uma galinha por setenta dólares.

Octavia arregalou os olhos e disparou rapidamente:

— Uma galinha por setenta dólares?! — Quase gritou novamente. — Uma galinha por setenta dólares... — Repetiu ainda incrédula.

— Clementina. — Gus disse, se abaixando e pegando sua mochila que estava debaixo da mesa.

— O quê?!

— O nome dela é Clementina. — Dito isso, Gus abriu sua mochila e assim a cabeça de uma galinha de penas amarelas apareceu.

— Pelo menos vamos ter ovos de graça. — Marcus forçou um sorriso torto.

— Galinhas não botam ovos sem o galo! — Resmungou a mais velha entredentes ainda falando em português.

A filha de Ares por sua vez, inflou as bochechas com ar e fez sua melhor expressão zangada. Realmente Gus gastou setenta dólares em uma galinha?! E ainda deu um nome para ela?! Como se fosse um animal de estimação?! Por mais que sua careta fosse engraçada, ninguém ali não tinha pouco amor à vida para rir de Octavia... A não ser que essa pessoa fosse Reyna.

— Você e essa careta raivosa, sempre é muito divertida, Tavy. — A filha de Belona disse em um português com um sotaque forte, entre os risos, atraindo a atenção de todos, inclusive de Octavia que a olhou surpresa, pois a última coisa que esperava era encontrar Reyna em Los Angeles e muito menos em uma lanchonete do Burger King.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou de uma vez, retornando a assumir o seu inglês britânico.

— Quem você acha que ajudou seus irmãos com os monstros?! — Reyna falou em inglês, cruzando os braços e em resposta a Stone bufou. — E ainda deu néctar para que eles pudessem se curar dos ferimentos? Augustus bateu com a cabeça com força, Julian torceu o braço e César quase foi esmagado por um aperto de uma das mãos dos monstros.

Octavia arregalou os olhos espantada. Por isso não havia encontrado qualquer resquício de ferimentos ou algo do tipo em seus irmãos, pois eles haviam sido curados. Claro que seus irmãos tiveram ajuda, afinal, eles não conseguiriam lidar sozinhos conta de três ciclopes, eram muito jovens e despreparados.

— Obrigada... — A filha de Ares agradeceu contragosto.

Não que Octavia desdenhasse a presença de Reyna, muito pelo contrario, a Stone gostava da amiga. Afinal as duas cresceram quase como irmãs, com Hylla sendo a tutora da Stone e Reyna se tornando próxima de si também, ao ponto dos próprios irmãos de Octavia criarem o hábito de chamarem as filhas de Belona de "tias". Mas o momento em que reencontrou a velha amiga, não poderia ser pior. A filha de Ares se sentia como uma bomba relógio, prestes a explodir a qualquer momento. O dia tinha sido estressante demais e, para a sua infelicidade, ele só parecia piorar ainda mais.

— Oi Grover. — Reyna diz com um sorriso simpático para o sátiro. — Faz tempo desde que nos vimos pela última vez.

— Sim, é verdade. Mas eu ainda me lembro que Nico lhe ajudou com o transporte da Atena Partenos e daquela confusão toda como se fosse hoje. — Grover disse sorrindo.

Quando o sátiro faz menção ao nome Nico, Octavia se sente desconfortável sem saber o porquê, o nome fica ecoando em sua mente sem parar, pois ele de alguma forma lhe parecia familiar, por mais que não conseguisse se lembrar. Porém, logo desistiu de tentar se recordar, no instante em que já sentia sua cabeça começar a doer de tantos pensamentos desorganizados que lhe passavam por sua mente.

Era muita coisa. Muita informação.

Depois do pequeno diálogo entre Reyna e Grover — que havia apresentado Told à filha de Belona também —, a Ramírez direcionou seus olhos sombrios para Octavia, a encarando seriamente. A semelhança entre Reyna e Hylla eram inquestionáveis, até mesmo porque elas tinham as mesmas expressões faciais, as quais a Stone já havia decorado. E essa expressão que Reyna lhe lançará, era a que deixava Octavia louca, porque ela dizia que a filha de Belona queria conversar.

E "conversar" nunca era bom quando se era um semideus.





***





— Eu estou pensando seriamente em colocar aquela galinha na panela. — Octavia resmungou se referindo a nova galinha de estimação de Augustus, enquanto dava uma mordida no seu sanduíche e bebia refrigerante em seguida pelo canudo do copo de plástico.

— Acabo te dizer que semideuses estão sendo sequestrados e desaparecendo e isso é tudo o que você tem a dizer? — Reyna diz a olhando incrédula e a filha de Ares ignorou seu olhar, afinal a Stone nunca foi uma das pessoas mais sensíveis ou empáticas do mundo.

— O que você quer que eu diga; Reyna? Não é problema meu. — Responde de forma insensível. — Olha, somos semideuses, nossa vida é uma merda! Se eles desapareceram, é porque já estão fazendo digestão no estômago de um monstro. Sinto em dizer essas coisas, mas é a verdade. Todos eles devem estar mortos. Viu? Simples e fácil. Mistério resolvido. Ou como no Brasil dizemos: "partiram dessa para melhor".

— Octavia, sabe, às vezes nem te reconheço mais. — Reyna suspira, balançando a cabeça para os lados em negação. — Você não era assim.

— As pessoas mudam. Fazer o quê... — Deu de ombros com indiferença.

— Eu sei que o que aconteceu com a Jessie...

— Puta merda, Reyna! — Rugiu raivosa entredentes, interrompendo a amiga. — Toda vez que nos encontramos, você tem que entrar nesse assunto?! Olha, você é minha amiga, quase uma irmã, mas eu já disse que não quero falar sobre esse assunto. Nunca. Mais. — Falou pausadamente as últimas palavras.

Desde que a filha de Belona demonstrou que queria ter uma conversa com Octavia, as duas haviam decidido se sentar um pouco mais longe dos irmãos da Stone, de Grover e Told, para que assim tivessem mais privacidade e não corressem o risco de que mais ninguém pudesse ouvir a conversa. No meio tempo em que conversavam; Octavia já havia feito seu pedido de um combo em dobro de sanduiche, batatas, refrigerante e também tinha aproveitado para pedir um combo para Told e outro combo com sanduíche vegetariano para Grover. Até mesmo Reyna, não resistiu à tentação e havia pedido um combo para si própria também.

A princípio a filha de Ares, perguntou a amiga o porquê ela estar em Los Angeles e não em São Francisco cuidando do Acampamento Júpiter, Reyna comentou dizendo que Hylla havia a avisado sobre a decisão de Octavia, sobre retornar ao Acampamento Meio Sangue, mas que também havia vindo para Los Angeles com Dakota para investigar o motivo para o desaparecimento de tantos semideuses romanos sem explicação aparente.

Poderia até ser insensível dizer, mas a Stone certamente ficou mais interessada em saber sobre o filho de Baco, ao invés dos misteriosos desaparecimentos. Afinal, aquilo não era problema dela, porque deveria se importar? Não era o Santo Jackson que era o salvador do Olimpo? Então que o cara de sardinha resolva esses problemas. Não ela.

— Tudo bem... — Reyna suspirou em derrota. Pois já sabia, Octavia era uma cabeça dura que sabia também ser bastante ignorante e inflexível quando queria. — Não sei se você deve os conhecer, mas entre os desaparecidos está um filho de Marte, uma filha de Pluto e um filho de Apolo.

O coração de Octavia deu um pulo.

— Filho de Apolo? — Perguntou um pouco alto, mas não se importava, pois já estava sentindo calafrios passarem pelo seu corpo só com a ideia de que esse filho poderia ser...

— Will Solace. Ele é o filho de Apolo que está entre os desaparecidos. Você o conhece?

— Não. — Mentiu descaradamente, sem sequer saber o porquê de estar mentindo para Reyna quando não havia motivo para isso.

Após ouvir aquela revelação, todo seu interior começou a ficar uma bagunça. Até mesmo o recém-comido sanduíche começou a se revirar em seu estômago. Poderia ter se passado sete anos, mas Will, de alguma forma, ainda era importante para Octavia. Importante o suficiente para que ela continuasse se preocupando com ele.

Certamente, a filha de Belona não acreditou na sua mentira, já que a expressão facial que deveria estar em seu rosto, a denunciava descaradamente. Entretanto, não estava se importando se Reyna iria ou não acreditar nela, pois a única coisa que tinha na sua cabeça era Will em perigo e isso a deixava completamente louca por dentro.

O som do pequeno sino que ficava acima das portas da lanchonete, ressoou por todo o ambiente e rapidamente, Octavia foi desperta de seus pensamentos internos, direcionou seu olhar para a origem do som e no momento em que fez isso, ela viu que quem havia acabado de entrar na lanchonete era nada mais e nada menos que Dakota. E no momento em que seus olhares se cruzaram, uma ideia para silenciar seus pensamentos perturbadores, passou na cabeça da filha de Ares.

Rapidamente, Octavia limpou a boca com um guardanapo e o jogou sob a bandeja azul, antes de se levantar desesperadamente de qualquer jeito, mas antes de deixar Reyna completamente sozinha disparou:

— Cuide das crianças, eu volto logo. — E sem obter resposta da filha de Belona, a Stone já estava andando apressadamente em direção ao filho de Baco. Porém, quando passou ao lado da mesa onde seus irmãos estavam sentados, Octavia apenas murmurou algo como: "Reyna está no comando" e assim que estava próxima de Dakota, ela envolveu o pulso dele, saindo o arrastando para fora da lanchonete.

— Para onde estamos indo? — Perguntou, mas Octavia o ignorou.

Ela apenas precisava relaxar e respirar um pouco, o dia foi exaustivo demais para si e o único que podia lhe ajudar com isso, obviamente, era Dakota.








Olá pessoas, como estão? :3

Aqui estou eu de volta! Demorou sair esse capítulo né? Mas minha criatividade tava meio bler e de repente ela resolveu voltar e escrevi um capítulo de 10k de palavras, isso mesmo, 10k de palavras, mas decidi separar ele. Infelizmente hoje não deu para revisar todo o capítulo (sei que um errinho ou outro devem ter passado despercebidos por mim) e por hoje decidi postar a parte que revisei. Se conseguir revisar tudo amanhã, eu posto o resto do capítulo e assim FINALMENTE FINALIZO O CAPÍTULO SEIS! ALELUIAAAAAAAA! E vou para o capítulo sete tão aguardado!

Mas então gente, o que acharam? Desse capítulo de hoje?

Não se esqueçam de votar e comentar! Isso me ajuda muito de verdade <3

Bom, por hoje fico por aqui.

Beijos para todos vocês.

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